Seis
Eu não conseguia me lembrar da última vez que passei uma
noite de sábado sozinho. Era como se toda a minha rotina tivesse sido quebrada,
começando com minhas corridas matinais com Demi. Algo havia mudado nos últimos
dias e agora havia um peso invisível entre nós. Começou numa de nossas
corridas, quando ela parecia quieta e distraída, e acabou se abaixando no chão
quando sentiu cãibras. No café da manhã, ela claramente estava irritada, mas
foi fácil entender: ela estava lutando contra alguma coisa. Estava irritada
como eu, como se estivéssemos lutando contra a força de um imã que parecia nos
puxar para um lugar diferente. Um lugar fora da zona de amizade. Meu celular
vibrou na mesa de centro, e eu quase dei um pulo quando vi a foto de Demi na
tela acesa. Tentei ignorar o quente zumbido que senti ao ver que era ela quem
estava ligando. – Oi, Dem. – Venha para uma festa comigo hoje – ela disse
simplesmente, pulando qualquer cumprimento tradicional. Era o sinal clássico de
seu nervosismo. Ela fez uma pausa e depois acrescentou num tom de voz baixo: –
A não ser que… merda, hoje é sábado. A não ser que você esteja com uma das suas
não namoradas. Ignorei a segunda pergunta implícita e considerei apenas a
primeira, imaginando uma festa numa sala de conferência no departamento de
biologia da faculdade, com garrafas de refrigerante de dois litros, salgadinhos
e docinhos. – Que tipo de festa? Ela ficou em silêncio por um instante do outro
lado da linha. – Uma festa de estreia de uma nova casa. Eu sorri ao telefone, cada
vez mais desconfiado. – Casa de quem? Do outro lado, ela soltou um gemido de
rendição. – Tá bom, certo. É uma festa numa república da faculdade. Um cara do
meu departamento e seus amigos acabaram de se mudar para um apartamento. Tenho
certeza de que é uma espelunca. Eu quero ir, mas quero que você vá comigo.
Rindo, eu perguntei: – Então vai ser uma festa de república? Vai ter barril de
cerveja e Baconzitos? – Joe – ela suspirou. – Não seja tão esnobe. – Não estou
sendo esnobe – eu disse. – Estou apenas sendo um cara de trinta anos que já
passou do tempo da faculdade e agora considera uma noite de farra quando
consegue convencer o Nick a gastar mais de mil dólares numa garrafa de uísque.
– Apenas vá comigo, prometo que você vai se divertir. Suspirei, olhando para a
garrafa de cerveja quase vazia na minha frente. – Eu vou ser a pessoa mais
velha nessa festa? – Provavelmente – ela admitiu. – Mas tenho certeza de que
também vai ser o mais gostosão. Tive que rir, e depois considerei minha noite
sem essa opção. Eu tinha cancelado com
Alexis, mesmo sem saber exatamente por quê. Isso é mentira.
Eu sabia exatamente a razão. Eu me sentia estranho, como se talvez estivesse
sendo injusto com Demi ficando com outra mulher quando ela parecia estar se
dedicando tanto a mim. Quando eu disse para Alexis que precisava desmarcar, eu
sei que ela percebeu algo na minha voz. Ela não perguntou a razão, nem tentou
remarcar para outro dia, como Kitty faria. Suspeitei de que eu não dormiria
mais com essa loira em particular. – Joe? Suspirando, eu me levantei e andei
até onde tinha deixado meus sapatos, ao lado da porta da frente. – Certo, então
tá, eu vou. Mas use uma camisa que mostre bem os seus seios para eu ter algo
para me entreter se eu ficar entediado. Ela riu, conseguindo soar ao mesmo
tempo sapeca e sedutora. – Combinado. —
Era exatamente o que eu esperava: um apartamento barato para
estudantes sem dinheiro e uma cena bem familiar. Fui atingido por uma pequena
onda de nostalgia quando entramos naquele lugar apertado. Os dois “sofás” eram
apenas colchões velhos no chão, cobertos com lençóis manchados. A televisão
ficava em cima de uma tábua equilibrada entre duas caixas de madeira. A mesa de
centro parecia que tinha visto dias melhores, e só depois foi doada para esses
caras a estragarem ainda mais. Na cozinha, uma horda de estudantes hipsters
barbados cercava um barril de cerveja, e havia uma variedade de garrafas de
bebida barata pela metade no balcão. Mas, pela expressão no rosto de Demi,
qualquer um poderia pensar que tínhamos acabado de entrar no céu. Ao meu lado,
ela deu um pulinho e agarrou minha mão. – Estou tão feliz por você ter vindo
comigo! – Falando sério, você já esteve em alguma festa antes? – eu perguntei.
– Uma vez – ela admitiu, puxando-me para o meio da confusão. – Na faculdade.
Bebi quatro doses de Bacardi e vomitei no sapato de um cara. Até hoje não sei
como voltei para casa. A imagem fez meu estômago embrulhar. Já vi esse tipo de
garota – ingênua, tentando ser selvagem – em virtualmente todas as festas que frequentei
no tempo da faculdade. Odiei pensar em Demi como esse tipo de garota. Aos meus
olhos, ela sempre era mais esperta e consciente do que isso. Ela ainda estava
falando e eu precisei me inclinar para ouvir. – … a gente passava a maioria das
noites jogando Magic no salão da moradia e bebendo ouzo. Bom, todo mundo bebia,
menos eu. Mal podia sentir o cheiro sem ficar com vontade de vomitar – ela
olhou de volta para mim e esclareceu: – Minha colega de quarto era grega. Ouzo
é uma bebida típica da Grécia. Demi me apresentou para um grupo de pessoas, a
maioria homens. Tinha um Dylan, um Hau, um Aaron, e acho que um Anil, ou algo
assim. Um deles entregou um coquetel feito com um saquê de ameixa que estava na
moda e água com gás. Eu sabia que Demi não era de beber muito, e senti meu
instinto protetor me dominar. – Você não prefere tomar algo não alcoólico? – eu
perguntei, alto o bastante para os outros ouvirem. Que babacas, achando que ela
queria ficar bêbada.
Eles esperaram sua resposta, mas ela tomou um gole e soltou
um assobio. – Isso é bom. Caramba! – aparentemente, ela gostou. – Apenas não me
deixe passar de um – ela sussurrou para mim, encostando-se ao meu lado. – Ou
não serei responsável pelos meus atos. Oh, merda. Com essa única frase, ela
conseguiu destruir meu plano de agir como um irmão mais velho protetor no resto
da noite. Demi bebeu seu coquetel mais rápido do que eu esperava. Um rubor se
espalhou em seu rosto e seu sorriso parecia não acabar mais. Ela me olhou nos
olhos, e eu podia ver sua felicidade como uma aura ao seu redor. Deus, ela é
linda, eu pensei, desejando que estivéssemos a sós em meu apartamento
assistindo a um filme. Fiz uma anotação mental para fazer isso acontecer algum
dia. Olhei ao redor da sala e percebi que a festa estava bem mais cheia agora.
A cozinha estava cada vez mais lotada. Outra estudante se juntou ao nosso
círculo no meio de uma conversa sobre os professores mais malucos do
departamento. Ela se apresentou para mim e se enfiou à minha direita, entre
Dylan e eu. À minha esquerda, eu podia sentir Demi observando minha reação. Eu
me senti meio travado, enxergando a mim mesmo através dos olhos dela. Demi
estava certa quando disse que eu sempre notava as mulheres, mas, embora essa
garota fosse bonita, ela não me causava nada, principalmente com Demi por
perto. Será que ela realmente pensava que eu transava com alguém sempre que
saía de casa? Encontrei os olhos de Demi e devolvi um olhar bravo. Ela riu e
disse apenas movimentando os lábios: – Eu conheço você. – Não, não conhece – eu
murmurei. E, merda, não aguentei e disse: – Você ainda tem muito o que
aprender. Ela ficou olhando para mim por vários e pesados segundos. Eu podia
ver a pulsação em seu pescoço, a maneira como seu peito subia e descia com a
respiração que acelerava. Ela olhou para baixo, colocou a mão no meu braço e
correu a ponta dos dedos sobre a tatuagem de um fonógrafo que eu fiz quando meu
avô morreu. Juntos, deixamos o grupo para trás, compartilhando um sorrisinho
secreto. Merda, essa garota faz eu me sentir transtornado. – Me conte sobre
essa aqui – ela sussurrou. – Fiz essa tatuagem no ano passado, quando meu avô
morreu. Foi ele quem me ensinou a tocar baixo. Ele ouvia música todos os dias,
em todas as horas. – Conte sobre alguma que eu ainda não vi – ela disse,
voltando sua atenção para meus lábios. Fechei os olhos por um instante,
pensando. – Tenho a palavra não escrita debaixo da última costela do meu lado
esquerdo. Rindo, ela chegou mais perto, o suficiente para eu sentir o cheiro de
ameixa em seu hálito. – Por quê? – Fiz quando estava bêbado na faculdade. Eu
estava numa fase antirreligiosa e não gostava da ideia de que Deus fez Eva com
a costela de Adão. Demi jogou a cabeça para trás, soltando minha risada
preferida, aquela que vinha de sua barriga e tomava todo o seu corpo. – Você é
linda demais – murmurei, sem pensar, passando meu polegar em seu rosto.
Ela subiu a cabeça novamente, começando a abrir um sorriso.
Com um olhar suspenso em minha boca, Demi me puxou para fora da cozinha, com
aquele pequeno sorriso no rosto que a fazia parecer uma diabinha. – Para onde
estamos indo? – perguntei, deixando-a me conduzir por um corredor cheio de
portas fechadas. – Shh. Vou perder a coragem se eu disser antes de chegarmos
lá. Apenas venha comigo. Mal sabia ela que eu a seguiria mesmo que o corredor
estivesse pegando fogo. Afinal de contas, até aceitei vir nessa festa de
república. Numa porta fechada aleatória, Demi parou, bateu e esperou.
Pressionou o ouvido contra a porta, sorriu para mim e, ao não ouvirmos nada,
girou a maçaneta e soltou um gritinho de excitação. O quarto estava escuro,
felizmente vazio e ainda relativamente intocado pela mudança recente. Uma cama
estava feita no meio do quarto, e um guarda-roupa estava encostado num canto,
mas a parede oposta ainda estava cheia de caixas alinhadas. – De quem é este
quarto? – eu perguntei. – Acho que é do Denny, mas não tenho certeza. Passando
o braço por trás de mim, ela trancou a porta e então começou a me encarar,
sorrindo. – Oi. – Oi, Demi. Sua boca se abriu e seus lindos olhos se
arregalaram. – Você não me chamou de Dem. Sorrindo, eu sussurrei: – Eu sei. –
Fala de novo? Sua voz parecia rouca, como se estivesse pedindo para eu tocá-la
de novo, para eu beijála. E talvez, quando a chamei de Demi, foi quase como um
beijo. Com certeza, foi assim que me senti. E parte de mim – uma grande parte
de mim – decidiu que eu já não me importava mais. Eu não me importava por ter
beijado sua irmã doze anos atrás e por seu irmão ser um dos meus amigos mais
próximos. Eu não me importava que Demi fosse sete anos mais nova que eu e, de
muitas maneiras, uma garota inocente. Eu não me importava que eu provavelmente
fosse estragar tudo, ou que meu passado pudesse incomodá-la. Nós estávamos
sozinhos num quarto escuro, e cada centímetro da minha pele parecia zumbir com
a necessidade de sentir o toque dela sobre mim. – Demi – eu disse num tom de
voz baixo. As duas sílabas preencheram minha cabeça e tomaram minha pulsação.
Ela soltou um sorriso todo secreto e então olhou para minha boca. Sua língua
molhou seus lábios. – O que você está pensando? – eu sussurrei. – O que estamos
fazendo neste quarto tão escuro, trocando olhares maliciosos? Ela ergueu as
mãos e soltou palavras com a respiração ofegante. – Este quarto é Las Vegas. Entendeu?
O que acontece aqui, permanece aqui. Ou, melhor dizendo, o que é dito aqui não
sai daqui. Eu ri.
– Certo…? – Se ficar estranho, ou se eu cruzar um limite da
nossa amizade que por algum milagre eu ainda não tenha cruzado, apenas me diga,
e daí vamos embora, e tudo vai voltar ao mesmo nível de ridículo que era antes.
Eu suspirei e assenti, dizendo “Certo”, e fiquei observando enquanto ela
respirava fundo. Demi já estava um pouco alta, e com certeza nervosa. Uma
ansiedade subia por minhas costas. – Eu fico tão atrapalhada quando estou perto
de você – ela disse em voz baixa. – Apenas comigo? – eu disse, sorrindo. Ela
deu de ombros. – Eu quero você… me ensinando coisas. Não apenas sobre como me
comportar na presença de outros homens… mas como ficar com um homem. Penso
nisso o tempo todo. E sei que você é bom nessas coisas sem precisar estar num
relacionamento e… – ela perdeu a voz, olhando para mim no meio do quarto
escuro. – Somos amigos, não é? Eu sabia exatamente para onde isso estava indo,
então murmurei: – Seja lá o que for, eu farei. – Você nem sabe o que estou
pedindo. Rindo, eu sussurrei: – Então, peça. Ela chegou mais perto, colocou a
mão em meu peito e eu fechei os olhos enquanto a palma de sua mão quente
deslizava por minha barriga. Eu me perguntei por um segundo se ela podia sentir
meu coração acelerando. Eu sentia minha pulsação por toda parte, batendo em meu
peito e reverberando em minha pele. – Eu assisti outro filme – ela disse. –
Outro pornô. Meus olhos se abriram com surpresa. Talvez eu não estivesse tão
certo de onde isso estava indo, afinal. – Aqueles filmes são bem ruins, na
verdade – ela disse baixinho, como se estivesse preocupada em não ofender
minhas sensibilidades masculinas. Rindo, eu concordei. – É mesmo. – As mulheres
são muito exageradas. Na verdade – ela disse, reconsiderando –, os homens
também são, na maior parte do tempo. – Na maior parte do tempo? – Não no final
– ela disse, com a voz quase sumindo de vez. – Quando o cara gozou, ele tirou
de dentro dela e gozou em cima dela. Seus dedos se moveram para debaixo da
minha camisa, acariciando a linha de pelos que descia da minha barriga até
dentro da calça. Ela segurou a respiração e subiu a mão até meu peito, onde
começou a explorar. Merda. Eu estava tão excitado que mal conseguia manter
minhas mãos longe de seus quadris. Mas eu queria que ela liderasse a conversa.
Ela me trouxe até aqui, ela começou tudo isso. Eu queria que ela confessasse
tudo antes de me entregar o bastão. E então, eu não iria me conter. – Isso é
bem comum em filmes pornôs – eu disse. – Os caras não gozam dentro das
mulheres.
Ela olhou para mim. – Eu gostei daquela parte. Senti minha
ereção acordar de vez dentro da minha calça e minha garganta secou
imediatamente. – É mesmo? – Acho que estou apenas agora descobrindo essas
coisas. Nunca realmente tentei antes… ou, talvez, acho que nunca quis explorar
com os caras com quem eu fiquei. Mas desde que comecei a sair com você, não
consigo parar de pensar nesse tipo de coisa. – Isso é bom. Estremeci no meio do
quarto escuro, querendo não ter respondido tão rápido, parecendo tão
desesperado. Eu queria mais do que qualquer coisa que ela me pedisse para
carregá-la até a cama e transar com ela tão alto que a festa inteira saberia
onde estávamos e o que ela estava recebendo. – Eu não sei do que os homens
realmente gostam. Sei que você diz que os homens são fáceis, mas não é verdade.
Ela tomou minha mão e, com os olhos colados em meu rosto, levou-a até os seios.
Debaixo da minha palma, ela era exatamente como imaginei centenas de vezes.
Cheia de curvas macias e pele cremosa sob as minhas carícias. Era tudo que eu
podia fazer para tentar resistir à tentação de erguê-la e esmagá-la com meu
corpo contra a parede. – Eu quero que você me mostre como fazer – ela disse. –
Como fazer o quê? Ela fechou os olhos por um segundo, engolindo em seco. –
Quero tocar você até você gozar. Respirei fundo e olhei para a cama no meio do
quarto. – Aqui? Ela seguiu meus olhos e balançou a cabeça. – Não ali. Ainda não
numa cama. Apenas… – ela hesitou, e depois disse quase sem voz: – Isso é um
sim? – Humm, é claro que estou dizendo sim. Não sei se conseguiria dizer não
para você mesmo se eu devesse. Ela mordeu o lábio tentando evitar um sorriso e
deslizou minha mão até sua cintura. – Você quer bater uma para mim? É isso que
você está pedindo? Dobrei meus joelhos para olhar em seus olhos. Eu me senti um
idiota sendo tão direto, e essa conversa parecia completamente irreal, mas eu
precisava deixar claro o que estava acontecendo antes de eu me soltar e levar isso
longe demais. – Só quero ter certeza de que estou entendendo. Ela ficou tímida
de repente, e então assentiu. – É isso mesmo. Cheguei mais perto e, quando o
leve aroma botânico de seu xampu me atingiu, percebi o quanto eu estava
realmente ansioso. Nunca fiquei nervoso antes, mas agora eu estava apavorado.
Eu não me importava se seria bom para mim – ela podia ser atrapalhada e
desastrada, muito devagar ou muito rápida, muito mole ou muito apertada –, mas
eu sabia que iria gozar muito em suas mãos. Apenas queria que ela continuasse
sendo tão aberta assim comigo em todos os momentos. Eu queria que o sexo fosse
divertido para ela.
– Você pode me tocar – eu disse, tentando equilibrar
cuidadosamente minha necessidade de ser gentil com minha tendência a ser dominador.
Ela tocou meu cinto, abriu a fivela, e eu deslizei meus dedos de sua cintura,
subindo até o botão de sua camisa. Seu sorriso era quase brincalhão – ela
tentou abaixar a cabeça para escondê-lo, mas não conseguiu. Eu não tinha ideia
de como eu parecia, mas imaginei meus olhos arregalados, boca aberta e mãos
trêmulas abrindo os botões. Puxando sua camisa pelos ombros, notei a maneira
como ela hesitou na minha braguilha, com dedos incertos, antes de dar um passo
para trás e deixar a camisa cair no chão. E lá estava ela, na minha frente
vestindo um simples sutiã branco de algodão. Levei minhas mãos até suas costas,
olhando-a nos olhos como se pedisse permissão antes de abrir o fecho e deslizar
a peça de roupa íntima por seus braços. Eu não estava preparado para a visão de
seus seios nus, então apenas fiquei ali parado, olhando, feito um bobo. – Só
para você saber – ela sussurrou –, você não precisa fazer nada para mim. – Só
para você saber – eu disse, também sussurrando –, manter minhas mãos afastadas
de você seria algo impossível agora. – Quero prestar atenção. Soltei um gemido;
ela estava me matando. – Que aluna obediente – eu disse, abaixando para beijar
a junção do ombro com o pescoço. – Mas de jeito nenhum eu vou ficar aqui parado
sem olhar para esses peitos. Acho que você já percebeu que sou um pouco
obcecado por eles. Sua pele era macia e tinha um cheiro maravilhoso. Abri a
boca e mordi gentilmente, testando. Ela ofegou e pressionou o corpo contra mim;
foi a melhor reação possível. Minha mente foi inundada por imagens de suas
unhas cravando nas minhas costas, minha boca aberta, pressionando com força e
com fome seus seios. – Me toque, Demi. Tomei o peso de um seio nas mãos, subi e
apertei. Puta merda, eu podia mordê-la por inteiro. Ela voltou a colocar as
mãos na minha braguilha, mas apenas ficou por lá, imóvel. – Você me mostra como
é que se faz? Foi provavelmente a coisa mais sexy que já ouvi uma mulher dizer.
Talvez fosse o tom de sua voz, um pouco rouca, um pouco faminta. Talvez fosse
saber o quanto ela é inteligente e o quanto essa tarefa era tão fora de sua
zona de conforto, mas ela pediu para eu ajudar. Ou talvez fosse simplesmente
porque eu estava louco por ela, e mostrar para Demi como me dar prazer me fez
sentir como se estivesse gritando para o universo: “Esta aqui pertence a mim”.
Movi suas mãos para a cintura do meu jeans, e juntos descemos a calça e a cueca
pelos meus quadris, libertando meu pau entre nós. Deixei que ela me observasse
enquanto eu passava seus cabelos para trás do pescoço e me abaixava para beijar
sua garganta. – Seu sabor é incrível. Eu estava tão duro que até sentia a
pulsação em meu pau. Eu precisava de alívio para essa tensão. – Merda, Demi,
agora me agarre. – Mostre como, Joe – ela implorou, correndo as duas mãos em minha
barriga e depois abaixando-as, apenas raspando a ponta da minha ereção.
Tomei sua mão quente e a envolvi no meio meu do pênis.
Depois a fiz subir e descer pela extensão, soltando um longo e intenso gemido.
Ela também gemeu, discreta – um som contido e excitado –, e eu quase gozei ali
mesmo. Mas ao invés disso, fechei os olhos com força, abaixei de novo para
beijar um caminho subindo pelo pescoço, e a guiei. Bem devagar. Fazia muito
tempo desde que recebi uma punheta, e cem por cento das vezes eu preferia uma
chupada ou sexo propriamente dito, mas isso, neste instante, era a coisa mais
sexy que fiz em muitos anos. Na verdade, era a coisa mais sexy. Seus lábios
estavam muito próximos. Eu podia sentir sua respiração, podia sentir a doçura
do coquetel de ameixa que ela tomou. – Você acha estranho eu tocar você desse
jeito sem nem ter te beijado ainda? – ela sussurrou. Neguei com a cabeça,
olhando para onde seus dedos me envolviam. Engoli em seco, mal conseguindo
pensar. – Não existe certo nem errado aqui. Não existem regras. Ela ergueu os
olhos, saindo de minha boca até encontrar meu olhar. – Você não precisa me
beijar. Fiz uma expressão de surpresa. – Oh, Demi. Sim, eu preciso. Ela molhou
os lábios. – Se você quer mesmo. Foi isso mesmo que eu quis dizer, mas ao mesmo
tempo não era. De um modo geral, era estranho ter uma garota querendo me fazer
gozar num quarto qualquer sem nem mesmo trocarmos uns beijos. Porém, mais do
que isso, era estranho ficar com Demi desse jeito tão honesto e íntimo e não
beijar. Eu queria beijá-la fazia muito tempo. Eu me abaixei de novo, ainda
guiando sua mão para cima e para baixo, apenas aproveitando. Seus lábios
estavam a alguns centímetros dos meus, soltando pequenos sons sempre que ela
chegava até a ponta do meu pau e eu gemia. Estava bom demais para ser apenas
uma punheta. Tudo isso, de repente, transformou-se em algo íntimo demais para
apenas dois amigos. Olhei para seus olhos, depois para a sua boca, antes de me
acabar com aquele último centímetro e finalmente beijá-la. Ela era tão doce e
quente, nosso primeiro beijo foi surreal: apenas um toque dos meus lábios sobre
os dela, como se eu pedisse: Deixe-me fazer isso. Deixe-me fazer isso, e
deixeme ser gentil e cuidadoso com cada parte do seu corpo. Eu a beijei algumas
vezes, apenas com os lábios, com todo o cuidado para que ela soubesse que eu
faria tudo no ritmo dela. Quando abri minha boca o bastante para sugar seu
lábio inferior, uma excitação correu meu corpo ao som de seu gemido contido.
Deus, eu queria erguê-la, foder sua boca com minha língua e tomá-la contra a
parede, com a festa acontecendo lá fora e meus olhos grudados em seu rosto,
observando cada reação. Quando afastou a cabeça, ela estudou minha boca, meus
olhos, minha testa. Ela me estudou; eu não sabia se era uma fascinação geral
com aquilo que estava aprendendo ou se era algo específico deste momento. Mas
nada me arrancaria do meu transe. Nem fogos de artifício lá fora, nem um
incêndio no corredor. Minha necessidade de algum dia entrar nela – de possuí-la
por inteiro – preencheu meu corpo todo e começou a
pressionar dentro do meu peito. – Me avise se não estiver bom, certo? – ela
pediu, num tom de voz baixo. Eu ri, praticamente sem fôlego. – Ah, não se
preocupe. Está bom demais, e você só está usando a mão. Parecendo insegura, ela
perguntou: – As… outras não fazem isso? Engoli em seco, odiando a menção de
outras mulheres. Antes, eu quase queria que a presença delas fosse sentida,
como uma lembrança para as partes envolvidas sobre o que poderia ou não
acontecer num momento como este. Mas com Demi, eu queria apagar aquelas sombras
da existência. – Shh. – Quer dizer, você geralmente faz apenas sexo? – Eu gosto
do que nós estamos fazendo. Não quero mais nada agora. Por favor, apenas se
concentre no pinto que você está segurando. Ela riu, e eu estremeci em sua mão,
adorando o som de sua risada. – Certo – ela sussurrou. – Acho que eu preciso
começar do básico. – Eu gosto de saber que você quer aprender como me tocar. –
Eu gosto de tocar você – ela murmurou contra minha boca. Agora estávamos nos
mexendo mais rápido; mostrei a força que ela podia usar, ensinando até onde
apertar e dizendo que eu precisava que ela começasse a ir mais rápido e mais
forte que pensava. – Aperte – eu sussurrei. – Eu gosto que você aperte forte. –
Isso não machuca? – Não, isso está me matando. – Vou tentar – ela sussurrou de
volta, gentilmente tirando meu braço com sua mão livre. Isso me permitiu tocar
seus seios, então me abaixei para chupar um mamilo, soprando de leve por cima.
Ela gemeu, desacelerando seu ritmo por um momento antes de acelerar de novo. –
Posso continuar fazendo isso até você gozar? – ela perguntou. Eu ri
silenciosamente em sua pele. Eu estava praticamente vibrando, lutando para não
me perder a cada vez que sua mão deslizava para baixo e depois subia até a
ponta do meu pau. – Era isso mesmo que eu queria. Chupei seu pescoço, fechando
os olhos e pensando se ela me deixaria marcá-la, para eu poder ver no dia
seguinte. Para que todo mundo pudesse ver. O mundo inteiro parecia girar ao meu
redor. Sua mão era fantástica, é claro, mas a realidade de ser ela era
absolutamente incrível para mim. O sabor e o cheiro de sua pele firme e macia,
os sons de prazer que ela fazia apenas por estar me tocando, tudo isso era
inebriante. Ela era uma criatura sexual, sensível e curiosa, e eu não sabia se
alguma vez já fiquei mais excitado do que agora. A familiar tensão se acumulou
em minha barriga e comecei a estocar em sua mão. – Demi. Oh, merda, um pouco
mais rápido, por favor. As palavras pareciam tão mais íntimas dessa maneira:
sussurradas em sua pele, com minha respiração acelerada. Ela hesitou apenas por
um segundo antes de reagir, acelerando cada vez mais, e eu estava muito próximo
– constrangedoramente próximo –, mas não me importava nem um pouco. Seus
longos dedos magros me agarravam com força, e ela me deixou
chupar seu lábio inferior, seu queixo, seu pescoço. Eu sabia que ela teria um
sabor incrível em qualquer lugar. Eu queria mostrar a ela como era ser fodida
de verdade. Com esse pensamento, de agarrá-la e entrar dentro dela, fazendo-a
gozar com meu corpo, eu me inclinei sobre ela, implorei para me morder, morder
meu pescoço, meu ombro… qualquer coisa. Não me importava como soava; de algum
jeito eu sabia que ela não iria recusar, nem fugir da realidade dessa
confissão. Sem hesitar, ela inclinou-se, abriu a boca em meu pescoço e
pressionou os dentes em mim. Meus pensamentos se tornaram um borrão, tudo
parecia quente e selvagem; por um momento, senti como se todas as sinapses do
meu corpo tivessem queimado e se apagado. Sua mão deslizava em mim rapidamente,
meu orgasmo represado não aguentou mais e eu gozei com um gemido silencioso,
com o calor subindo por minhas costas e derramando em sua mão e sobre sua
barriga nua. Bem quando eu precisava, ela parou de mexer, mas não soltou. Eu
podia sentir seus olhos colados onde sua mão me agarrava, e eu estremeci quando
ela se mexeu para baixo novamente, como se estivesse experimentando. – Não mais
– eu disse ofegando, quase sem voz. – Desculpe. Ela deslizou o polegar da mão
livre onde eu havia gozado em sua mão e esfregou sobre sua cintura, com olhos
arregalados e fascinados. Ela respirava com tanta força que seu peito quase
tremia com o movimento. – Puta merda – eu disse soltando o ar dos pulmões. –
Isso foi…? O quarto ficou preenchido com sua pergunta inacabada e minha
respiração pesada. Senti um pouco de tontura, e desejei deitar no chão com ela
e desmaiar. – Isso foi incrivelmente irreal, Demi. – Adorei seu gemido quando
você gozou. O mundo caiu dentro de um abismo quando ela disse isso, porque aqui
estou eu, amolecendo em sua mão, e tudo que eu queria era descobrir se isso
tudo a deixou molhada. Eu me inclinei em seu pescoço e perguntei contra sua
pele macia: – Agora é a minha vez? Com um suspiro trêmulo, ela sussurrou: –
Sim, por favor. – Você quer as minhas mãos? Ou prefere outra coisa? Ela soltou
uma risada nervosa. – Acho que ainda não estou pronta para outra coisa… mas
acho que as mãos também não funcionam comigo. Eu me afastei apenas o suficiente
para mostrar meu olhar mais cético, enquanto desabotoava o primeiro botão de
sua calça, como se a desafiasse a me impedir. E ela não impediu. – Só acho que
não sei se consigo gozar com dedos, tipo, lá dentro – ela esclareceu. – Bom, é
claro que não, apenas com dedos lá dentro. Seu clitóris não fica lá dentro –
deslizei minha mão debaixo de sua calcinha de algodão e quase congelei com a
sensação de sua pele macia e nua. – Humm, Demi? Nunca pensei que você gostava
de se depilar.
Ela tremeu um pouco, constrangida. – Dani estava falando
sobre isso. Fiquei curiosa… Deslizei um dedo entre seus lábios; Deus do céu,
ela estava encharcada. – Nossa – eu gemi. – Gostei disso – ela admitiu,
beijando meu pescoço. – Gostei da sensação. – Você está brincando? Você é tão
macia; quero lamber cada parte disso. – Joe… – Eu cairia de boca em você em
dois segundos se não estivéssemos no quarto de uma festa de república. Ela
tremeu com meu toque, soltando um gemido silencioso. – Nem sei quantas vezes eu
sonhei com isso. Caralho. Senti meu pau endurecer de novo. – Acho que você iria
derreter igual açúcar na minha língua. O que acha disso? Ela riu um pouco,
apoiando-se nos meus ombros. – Acho que estou derretendo agora mesmo. – Acho
que está mesmo. Acho que você vai derreter inteira na minha mão, e eu vou
lamber tudo depois. Você grita alto, minha pequena Ameixa? Você grita alto
quando está gozando? Um pequeno som sufocado escapou antes de sua resposta. –
Quando estou sozinha, eu sou bem silenciosa. Merda. Era isso que eu queria
ouvir. Eu poderia criar fantasias por uma década apenas pensando em Demi, com
as pernas abertas no sofá ou deitada na cama, tocando a si mesma. – Quando você
está sozinha, como você faz? Apenas toca o clitóris? – Sim. – Com um brinquedo
ou…? – Às vezes. – Aposto que consigo fazer você gozar desse jeito – eu disse,
deslizando cuidadosamente dois dedos dentro dela, sentindo seus músculos me
apertarem. Raspei meu nariz contra o dela. – Diga. Você gosta dos meus dedos
aqui? Fodendo você? – Joe… você é tão safado. Eu ri, mordiscando seu queixo. –
Eu acho que você gosta de safadeza. – Eu acho que gostaria da sua boca safada
no meio das minhas pernas – ela disse suavemente. Eu grunhi e comecei a mover
minha mão cada vez mais rápido e mais forte nela. – Você pensa sobre isso? –
ela perguntou. – Pensa em me beijar ali? – Sim, penso muito – admiti. – Penso
nisso e fico imaginando todas as técnicas que posso usar. Tão molhada. Ela
estava tremendo inteira em minha mão, soltando pequenos sons desesperados que
me faziam querer devorá-la. Tirei os dedos, ignorando sua reclamação, e tracei
uma linha molhada subindo por seu queixo até os lábios, seguindo quase
imediatamente com minha língua e cobrindo sua boca com a minha. Caralho. Seu
sabor era todo feminino, suave e inebriante, e sua língua ainda estava
açucarada por causa do coquetel. Era um sabor de ameixa madura, macia,
pequenina em minha boca. Eu me
senti como um maldito rei quando ela implorou para eu
continuar, soltando um pequeno som de surpresa quando disse que estava quase
gozando. Voltando a ela, arranquei com força sua calça e sua calcinha. Agora
ela estava completamente nua, e meus braços tremiam com a necessidade de
deslizar para dentro de sua maciez e de seu calor. Ela agarrou meu braço e
levou minha mão de volta para o meio de suas penas. – Mas que garota faminta.
Seus olhos se arregalaram com constrangimento. – Eu apenas… – Shh – eu a calei
com minha boca, chupando seus lábios e lambendo sua doce língua. Então,
sussurrei: – Eu gosto disso. Quero fazer você explodir. – Eu vou mesmo – ela
tremeu novamente em minha mão quando deslizei meus dedos entre suas pernas e
por cima do clitóris. – Nunca senti isso. – Tão molhada. Sua boca se abriu num
grito silencioso quando enfiei os dedos novamente. Ela encarava meus lábios, meus
olhos, cada reação minha. Eu adorava ela ser tão curiosa que não conseguia nem
desviar os olhos. – Quero um favor seu – eu pedi. Ela assentiu. – Quando
estiver para gozar, me diga. Eu vou saber, mas quero ouvir as palavras. – Sim –
ela disse, ofegando. – Eu falo, eu vou… por favor. – Por favor o quê, minha
pequena Ameixa? – Por favor, não pare. Enfiei mais fundo, mais rápido,
pressionando o polegar contra seu clitóris em círculos cada vez menores. Sim,
caralho, ela está tão perto. Eu estava ereto novamente, esfregando meu pau em
sua barriga nua onde eu já tinha me derramado um minuto atrás, e agora estava
quase chegando lá mais uma vez. – Agarre meu pau. Apenas segure. Você está tão
molhada, e seus gemidos, eu… E então, ela obedeceu, segurando meu pau com tanta
força que eu consegui foder seu punho cerrado, e todos os meus pensamentos
foram sequestrados pela sensação macia de sua pele em meus dedos, e o sabor de
ameixa dos lábios e língua, e os dedos apertando com força. Ela começou a se
dissolver, com o corpo se desmanchando na minha frente. Ela ofegava
discretamente, dizendo a mesma coisa de novo e de novo – “Ah, meu Deus” –, e eu
estava pensando a mesma coisa. – Diga. – Eu vou… – ela hesitou, apertando meu
pau ainda mais enquanto eu a fodia de volta. – Diga! – Joe. Meu Deus – suas
coxas começaram a tremer, e eu envolvi sua cintura com meu braço livre para não
deixá-la cair. – Vou gozar. E com um violento movimento dos quadris, ela gozou,
tremendo e molhada, o orgasmo enviando ondas através dos meus dedos enquanto
ela gritava, cravando as unhas nos meus ombros. Era exatamente o que eu
precisava, como ela sabia disso? Com um grunhido profundo, senti meu segundo
orgasmo explodir, quente e líquido, em sua mão. Merda. Minhas pernas
fraquejaram, e eu me inclinei sobre ela, pressionando-a contra a parede.
Fizemos muito barulho. Barulho demais? Estávamos no final do
corredor, separados da festa por vários quartos, mas eu ainda não tinha noção
de que existia um mundo exterior, pois o meu mundo havia se desfeito nos braços
de Demi. Sua respiração saía quente e adocicada em meu pescoço, e eu
cuidadosamente retirei meus dedos, passando levemente a mão em seu sexo macio,
aproveitando mais alguns momentos de sua pele sensível e convidativa. – Foi
bom? – murmurei em seu ouvido. – Sim – ela sussurrou, envolvendo os braços em
meus ombros e pressionando o rosto em meu pescoço. – Deus, foi muito bom.
Deixei minha mão onde estava, com minha mente ainda em marcha lenta enquanto eu
gentilmente corria meus dedos em seu clitóris, passando de volta por sua
entrada e sentindo todas as curvas. Possivelmente, esta foi a melhor primeira
vez que tive com uma mulher. E tudo aconteceu apenas com nossas mãos. –
Provavelmente é melhor a gente voltar para a festa – ela disse, com a voz abafada
em minha pele. Relutantemente, eu retirei minha mão, e imediatamente estremeci
quando ela acendeu a luz. Enquanto eu vestia minha calça, fiquei olhando para
ela, que ainda estava completamente nua no meio do quarto. Meu Deus. Seu corpo
estava em forma e saudável, com seios fartos e uma gentil curva nos quadris. A
pele ainda brilhava por causa do sexo. Não pude deixar de reparar o rubor que
se espalhou em seu rosto quando eu olhei para sua barriga molhada com meu
orgasmo. – Não fique olhando – ela disse, abaixando-se para pegar uma caixa de
lenços de papel. Demi olhou para sua barriga, limpou-se e depois jogou o lenço
numa lata de lixo. Fechei meu cinto e então sentei na ponta da cama, observando
enquanto ela se vestia. Ela era incrivelmente sexy, mas nem sabia disso. O
quarto cheirava a sexo, e eu sabia que ela podia sentir minha atenção, mas nem
por isso se apressou. Na verdade, ela parecia perfeitamente contente em me
deixar olhá-la de cada ângulo, cada curva, enquanto subia a calcinha pelas
pernas, entrava na calça apertada, vestia o sutiã, abotoava vagarosamente a
camisa. Olhando para mim, ela lambeu os lábios e meu coração acelerou quando
registrei que ela podia sentir o próprio sabor. Fiquei pensando que eu mesmo
iria me lembrar daquele gosto pelo resto dos meus dias. – E agora? – eu
perguntei, levantando da cama. – Agora… – ela buscou meu braço, tracejando a
dupla hélice do meu cotovelo até o pulso. – Nós voltamos para a festa e tomamos
outro drinque. Meu sangue esfriou um pouco ao ouvir sua voz voltar ao normal.
Não estava mais ofegante e excitada, hesitante e esperançosa. Ela voltou ao seu
modo atrapalhado de sempre, a mesma Demi que todo mundo enxergava. Não era mais
a minha Demi. – Então tá. Ela olhou para meu rosto por vários segundos, nos
meus olhos, boca e queixo. – Obrigada por não deixar ficar estranho. – Você
está brincando? – eu me abaixei e beijei seu rosto. – O que poderia ser
estranho nisso? – Acabamos de tocar as partes privadas um do outro – ela
sussurrou.
Eu ri, arrumando o colarinho de sua camisa. – Isso eu
percebi. – Acho que eu gostaria de tentar essa coisa de ter uma amizade
colorida. Parece tão fácil, tão relaxado. Vamos simplesmente voltar para lá –
ela disse, sorrindo abertamente para mim. E com uma piscadela, acrescentou: – E
apenas nós dois vamos saber que você gozou na minha barriga e eu gozei na sua
mão. Ela girou a maçaneta, abriu a porta e deixou os sons da festa entrarem no
quarto. Ninguém poderia ter nos escutado. Nós poderíamos fingir que nada
aconteceu. —
Já fiz isso antes, dezenas de vezes. Fiquei com uma mulher e
depois voltei para uma festa, entrando na multidão e me perdendo em outro tipo
de diversão. Mas apesar do grupo genuinamente divertido de pessoas, eu não
conseguia parar de seguir Demi com meu olhar para saber onde ela estava e o que
estava fazendo. Primeiro foi na sala de estar, falando com um cara asiático e
alto que eu lembrava ser o Dylan. Depois, entrou pelo corredor, acenando para
mim antes de entrar no banheiro. Então, foi tomar água na cozinha. Agora, olhava
para mim do outro lado da sala. Dylan encontrou Demi novamente, sorriu ao se
abaixar e disse algo em seu ouvido. Ele tinha um sorriso largo, roupas que
sugeriam que tinha uma vida fora da faculdade, e também parecia realmente
gostar dela. Observei o sorriso dela aumentar, e depois se tornar um pouco
hesitante. Ela o abraçou e ficou olhando enquanto ele entrava na cozinha. Eu
não sabia o que estava acontecendo, apenas adorava vê-la se divertindo com os
amigos. Mas o desejo de algo mais começou a se espalhar em minha pele, e depois
de duas horas de festa pós-sexo manual, eu percebi que queria levá-la para
casa, onde poderíamos sentir um ao outro de verdade pelo resto da noite. Tirei
meu celular do bolso e escrevi uma mensagem para ela. Vamos sair daqui. Venha
para minha casa e fique comigo esta noite. Movi meu polegar para o botão
“Enviar”, antes de notar que ela também estava escrevendo algo em nossa janela
do iMessage. Então apenas esperei. O Dylan acabou de me chamar para sair.
Fiquei olhando para meu celular antes de levantar a cabeça para encontrar seus
olhos ansiosos do outro lado da sala. Apaguei o que escrevi e pensei em outra
mensagem. O que você disse para ele? Seu celular vibrou e ela abaixou o olhar,
então respondeu. Eu disse que responderia na segunda-feira. Ela estava pedindo
orientação, talvez até pedindo permissão. Apenas algumas semanas atrás, eu
estava transando regularmente com duas ou três mulheres diferentes por semana.
Agora eu não tinha ideia de onde minha cabeça estava em relação a Demi; meus
pensamentos estavam bagunçados demais para que eu pudesse ajudá-la a traduzir
as próprias emoções. Meu celular vibrou novamente, e eu olhei para baixo.
Isso é estranho demais, depois do que fizemos?? Não sei o
que fazer, Joe. É disso que ela precisa, eu disse a mim mesmo. Amigos,
encontros, uma vida fora da faculdade. Você não pode ser a única coisa nessa
equação. Pela primeira vez em minha vida eu estava buscando algo complicado,
enquanto ela queria algo simples. Não é estranho. Assim é o mundo dos
encontros.
AI DEUS demi fica c ele
ResponderExcluirCaraca, já fazia algum tempo que eu não ficava tão presa em uma história...... por favor continuaaaa.....
ResponderExcluir