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Anjo da Noite 5 - A Vingança - Capitulo 9


Capítulo 9 – O Amor Cura Tudo


Quando abri os olhos estava um pouco confuso, a principio não tinha muita certeza de onde eu estava, mais logo reconheci meu quarto. Eu estava sozinho no quarto, mais podia ouvir as vozes agitadas no andar de baixo. Resolvi ir até lá pra dar um oi, o clima devia não devia ser dos melhores depois do que houvera no dia anterior.
Desci as escadas devagar, todos conversavam animadamente, mais pararam imediatamente ao me ver.

_Bom dia_ eu dei um meio sorriso.
_Bom dia_ responderam todos em coro, me olhando com cautela.
Eu me sentia como uma bomba que podia explodir a qualquer minuto.

Ramon e Madison, aparentemente os únicos que não estavam nem ai com os problemas daquela família maluca, corriam pela casa, brincando de pique pega. Eu ri dos dois, até que o Ramon passou correndo por mim e sem querer me deu um belo chute na canela... Aquele projeto de vira lata.

_AI_ eu resmunguei passando a mão na canela_ cuidado pirralho isso dói.
_O que você disse?_ Mellany perguntou me fitando com descrença.
_Eu disse que dói_ dei de ombros.

Foi só ai que eu me manquei... Havia doido, eu tinha sentido aquilo... Eu estava curado.

_Não acredito_ eu comemorei_ eu posso sentir... Estou curado.
_Oh graças a Deus_ Melany correu pra me abraçar, foi um alivio sentir os braços dela em minha volta... Minha filha, minha pequena mestiça.
_Que bom que acabou_ Kevin sorriu_ aquilo já estava me dando nos nervos.
_Mais como foi que isso aconteceu?_ Marcus perguntou_ você simplesmente acordou e tinha passado?
_É_ concordei.
_Eu acho que sei o que foi_ Mellany disse.
_O que?_ todos perguntaram curiosos.
_Mãe_ ela se virou pra Demi que permanecia sentada em um canto, observando tudo em silencio.
_O que tem eu?_ ela pareceu assustada.
_Eu vi a senhora abraçada ao papai ontem_ explicou_ pode ter acontecido enquanto o tocava.
_É... Talvez_ forçou um sorriso.
Demi baixou os olhos de novo pro copo que tinha nas mãos, ela não estava feliz como todo mundo e eu não precisava ler mentes pra saber por quê. Ela ainda estava se sentindo culpada. Mais eu não estava com raiva dela, sabia que ela não fizera de propósito e o importante era que tinha passado... Eu estava bem.
Mais mesmo assim, caminhei até ela.

_Eu estou bem Demi_ disse sorrindo.
_É, legal_ ela disse desanimada.
_Você não esta feliz?_ perguntei_ conseguiu me curar.
_Contando com o fato de que fui eu que causei tudo isso, não a motivos pra alvoroço... Só fiz minha obrigação_ deu de ombros.
_Demi...

Eu ergui minha mão na direção dela... Esperava poder tocar seu rosto e sentir a sua pele macia, tive medo de não poder fazer mais isso. Porém ela esquivou gentilmente do meu toque e se levantou da cadeira, caminhando pra porta.

_Eu vou caçar_ ela disse_ preciso de sangue fresco.
_Demi, vamos conversar_ pedi.
_Agente conversa outra hora_ ela disse_ agora eu preciso beber.
E ela desapareceu pela porta... Eu suspirei.
Essa mania que ela tinha de se culpar por tudo e ficar chateada sem motivos era irritante, eu estava bem... Pra que o estresse?
Eu teria que conversar com ela do meu jeito pra fazê-la entender.

_Vou atrás dela_ avisei.
_Cuidado_ Marcus pediu_ não vá arrumar mais nenhuma confusão, por favor.
_Não se preocupe_ eu ri_ vou ficar bem.
_É, ele esta de volta_ Nick revirou os olhos_ iupi... Agora andem, temos trabalho a fazer.

Era incrível como todos naquela casa se recuperavam fácil das crises... Todos exceto Demi é claro, que carregava a culpa com ela pra onde quer que fosse e por um longo tempo, completamente desnecessário.
Eu corri atrás dela, seguindo se cheiro e não demorei pra encontrá-la... Estava naquela clareira perto do lago onde costumávamos nos encontrar as escondidas, mais não estava admirando a beleza do lugar... Estava com os dentes cravados no pescoço de um veado, sugando todo seu sangue como se fosse um bom copo de água. 
Fiquei paralisado por um momento diante da cena... Eu nunca havia a visto caçar... Era nossa regra numero um de segurança, ficar longe dela quando estava caçando e descontrolada, pra que meu cheiro delicioso não lhe afetasse e ela não me matasse... E agora, sem querer, eu havia quebrado a regra. Percebi que fora uma péssima ideia quando ela virou o rosto pra mim e rugiu como um animal pronto pra dar o bote.

_Hei, calma_ eu pedi erguendo as mãos pra pará-la_ sou eu Demi.
Ela virou um pouco a cabeça pro lado, respirando fundo e inalando meu cheiro, e em seguida rugiu de novo... Parecia possuída.
_Demi_ dei um passo pra trás_ calma... Por favor.

Eu fiquei quieto e esperei pra ver o que ela faria... Pra minha sorte, depois de um breve minuto, ela se recompôs e voltou a si, agora me olhando um pouco assustada ao perceber o que quase acontecera.

_O que esta fazendo aqui?_ perguntou zangada_ enlouqueceu?
_Eu queria falar com você_ expliquei.
_Eu não disse que ia caçar?_ ela protestou_ esta querendo morrer vira lata?
_Desculpe_ fiz careta.
_Tudo bem_ ela suspirou_ você tem mesmo sorte.

Ela passou a mão pelos lábios pra limpar os vestígios do sangue do animal, e se livrou da carcaça dele, a levando pra longe e voltando pra mim antes que eu pudesse contar até um.

_O que quer falar?_ ela perguntou.
_Só quero que pare com isso_ eu disse.
_Isso o que?_ pareceu confusa.
_Isso_ apontei pra ela_ esta zangada... E atoa. Eu estou bem Demi.
_Mais não estava há algumas horas atrás... E por minha culpa.
_Foi um acidente Demi, e já passou... Pra que ficar se culpando?_ perguntei_ não podemos simplesmente esquecer?
_Você sabe que eu não vou esquecer isso_ ela avisou_ odeio fazer essas coisas com você... Odeio te machucar.
_Você não me machucou_ lembrei a ela.
_Não exatamente... Mais você ficou tão mal com o que fiz.
Eu sorri me aproximando dela, e pude finalmente tocar seu rosto... A sensação de sentir a pele gelada dela era incrível, um verdadeiro calmamente depois do que passei nos últimos dias. Ela repousou o rosto em minha mãe.

_Sabe por que fiquei tão enlouquecido?_ perguntei.
_Porque você não podia sentir nada e... Nem se transformar?_ ela deu um palpite.
_Nem tanto_ dei de ombros_ essas eram as menores de minhas preocupações.
_O que te incomodava então?_ perguntou curiosa.
_Pensar que talvez eu nunca mais pudesse sentir você_ sussurrei.

Ela pareceu se derreter com minhas palavras e fechou os olhos, um leve sorriso iluminando seu rosto perfeito... Sim, era aquilo que me perturbava, pensar que nunca mais sentiria a pele macia dela... Que beijá-la não faria diferença, que eu não sentiria nada, era enlouquecedor.
Eu aproximei mais meu rosto do dela, pretendo beijá-la, mais ela se afastou um pouco.

_Não Joe, não quero correr o risco de fazer aquilo com você de novo_ ela disse_ da outra vez foi um acidente, apenas te tocando.
_E o que vai fazer? Nunca mais vai me beijar por causa disso?_ questionei.
_Não, mais eu queria treinar com meu pai... Ele iria me ensinar controlar isso e assim você não correria o risco de...

Mais eu não deixei que ela terminasse de falar, calei sua boca um beijo... Aquele era outros dos problemas de Demi, às vezes ela falava demais, quando palavras simplesmente não eram necessárias.
Foi incrivelmente bom sentir a língua dela em contato com a minha, as duas brincando uma com a outra, tão perfeito e gostoso. Mais ela me afastou de novo... Sanguessuga teimosa.

_Não vou ficar a vontade enquanto não me assegurar que não vai acontecer de novo_ ela disse se sentando na grama.
_Eu não tenho medo_ garanti.
_Mais eu tenho_ ela resmungou zangada.
_Então me deixe cuidar disso_ pedi. 
Eu me sentei ao lado dela na grama verde e segurei seu rosto entre minhas mãos muito delicadamente, como se ela fosse feita de vidro e o menor movimento pudesse quebrá-la... Interessante já que nada a machucava, mais eu simplesmente não podia evitar ter aquele medo de magoá-la ou machucá-la de alguma forma... Ela causava esse efeito em mim.
Eu a puxei pra mim, pra beijá-la... Nunca me cansava disso, e agora... De certa forma era como se fosse a primeira vez que eu a tocava. Ainda me lembro da primeira vez que a beijei, o medo que sentíamos... Lembro-me que ela me mordeu e tentou me matar logo em seguida. Nunca me arrependi, nem mesmo um único dia de ter arriscado minha vida por ela... Cada minuto, cada momento de medo, cada gota de sangue derramado, cada lágrima, cada sorriso... Tudo valeu muito a pena. Eu gostaria que Demi pudesse de alguma forma entender isso... Que não importava o que ela fizesse, nada poderia me fazer amá-la menos.

_Eu te amo_ sussurrei, meus lábios roçando os seus_ minha sanguessuga.
_Eu não duvido disso_ ela me assegurou_ só... Gostaria de poder amá-lo sem correr o risco de machucá-lo.
_Eu não tenho medo de me machucar_ assegurei_ e... Se não houvesse riscos não teria graça.
_Não é pra ter graça...
_Só... Cale a boca_ eu pedi.

Eu a calei com um beijo e ela riu... Eu não queria discutir com ela, já fazia um bom tempo que não brigávamos, não valia a pena perder tempo com isso. Ela pareceu entender que aquela discussão não levaria a lugar nenhum e apenas correspondeu a meu beijo de bom grado, sei que apesar da culpa ela estava feliz por eu estar bem.
Eu a fiz deitar na grama, e fique deitado ao lado dela, escorado no cotovelo, acariciando seu rosto... Ela sorriu pra mim, seus olhos brilhavam, a coisa mais linda que eu já vi na vida.
_Você é tão linda_ eu sussurrei fitando seus olhos.
_E você é muito idiota_ ela zombou.
_É eu sou_ eu esperava fazer graça, mais estava completamente hipnotizado pelo olhar penetrante dela.

Meus dedos deslizaram levemente pela barriga dela, por debaixo de sua blusa fina, fazendo desenhos imaginários, a fazendo sorrir ainda mais... Ela sabia bem o que eu queria, não era preciso dizer nada.
Eu senti algo dentro de mim queimar, quando ela deslizou os dedos por meu peito... Quase não tocara minha pele, mais parecia que meus sentidos voltaram com mais força, e vê-la ali tão linda estava me pondo louco.
Então, eu muito delicadamente levantei sua blusa, a tirando... Deixando a mostra seus delicados seios, fazendo com que sua pele fria descansasse na grama.

_Você lembra da primeira vez que fizemos amor aqui?_ perguntei.
_Lembro sim_ ela afirmou.
_Lembra do que você sentiu?
_Huhum_ ela concordou fechando os olhos.
Eu me aproximei mais, meus lábios tocando levemente seus ouvidos.
_Lembra do meu toque?_ perguntei enquanto acariciava delicadamente seu seio, ela suspirou_ lembra-se dos meus beijos?_ minha boca vagou até seu pescoço, distribuindo beijos quentes e provocantes, ela se contorceu um pouco, soltando um suspiro pesado_ lembra de mim dentro de você?_ sussurrei em seu ouvido_ me movimentando devagar... Fazendo você minha?

Ela gemeu baixo, ainda com os olhos fechados e senti suas unhas se encravarem no meu braço... Sim, ela se lembrava.
Minha mão desceu um pouco mais, abrindo os botões de seu short... Então eu o tirei, o largando de lado, levando sua calcinha junto... Ela ficou nua, como se fizesse parte da natureza, uma bela criação de Deus.
Depois eu tirei minha própria roupa, colando meu corpo ao dela... Ela se encolheu ao sentir minha pele quente tocar a sua. 
_Você gosta disso?_ eu perguntei, voltando a beijar a delicada pele de seu pescoço.
_Sim_ ela gemeu, senti suas pernas envolvendo minha cintura e me puxando mais pra junto dela.
Eu contive minha vontade de possuí-la de imediato... De me afundar nela e me entregar ao prazer. Eu queria mais tempo, queria senti-la um pouco mais.
_Joe_ ela gemeu meu nome, sentindo minha mão passear por seu corpo.

Eu nunca entendi bem como ela conseguia me enlouquecer daquele jeito... Estando ali com ela, ouvindo sua voz sussurrar meu nome, entorpecida pelo prazer, ela conseguia me fascinar ainda mais. E sempre que eu pensava não ser possível, ela arrumava uma força de me fazer amá-la ainda mais.
Foi assim agora, enquanto ela mexia seu corpo de encontro ao meu, querendo que eu saciasse seus desejos, seus olhos brilhavam como fogo, cheios de desejos, me queimando por dentro de uma forma que eu não sabia explicar e que provavelmente eu nunca poderia entender. Não era possível explicar aquilo que havia entre nós dois... Não era normal um amor tão grande entre duas criaturas tão diferentes, mais ainda assim era lindo. Era único... Deus devia ter um propósito além de minha imaginação quando me fez me apaixonar por ela. Só podia ser o destino... Nada seria assim tão perfeito.

_Eu te amo_ sussurrei no ouvido dela, minha voz suave e provocante.
Ela não me pareceu ter ouvido... Estava envolvida demais no mar de sensações que eu lhe provocava. Ela ficava linda daquele jeito, perdida no prazer. E eu não esperei mais... Afundei meu corpo no dela, tomado pelo desejo... Foi como entrar no paraíso.
Eu me movia dentro dela de forma dolorosamente lenta... Eu sentia suas unhas rasgando minha pele, e dei boas vindas a dor, nunca pensei que fosse gostar tanto de senti-la.
Demi gemia enlouquecida, se apertando contra mim, querendo que eu fosse mais depressa e encerrasse com o sofrimento, mais eu não queria... Queria apreciar cada segundo dentro dela, era delicioso e ao mesmo tempo enlouquecedor e torturante.
Mais naquele momento o mundo poderia ter desabado e eu não me importaria.
Mantive o mesmo ritmo até o fim... Não sei como consegui, mais de alguma forma foi mais perfeito que todas as outras vezes. Como se fosse a primeira... A primeira vez que eu a sentia de verdade.
Foi maravilhoso e eu não queria que acabasse... Mais acabou... O que me confortava é que ela era minha... O pensamento de que eu a teria pra sempre, sempre que eu quisesse.
Sim... Perfeito. 


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