Beautiful Bitch - Capitulo 1
“A coisa mais esperta que já fiz foi convocar o Max Stella
pra ajudar a organizar sua despedida de solteiro.” Olhei para meu irmão, Kevin,
depois que ele praticamente cantou isso. Ele sentava reclinado em sua poltrona
de couro, com um copo de vodka na mão, recém-chegado de sua “sessão privada”
num misterioso cômodo do estabelecimento, portando o maior sorriso que já vi.
Ele não estava me olhando quando disse isso; observava as três mulheres
maravilhosas que estavam no palco dançando e tirando a roupa, ao som de um
ritmo lento e pulsante. “Preciso me lembrar disso na próxima vez,” ele murmurou
levando o copo à boca.
“Meu plano é só ter uma despedida de solteiro.” Disse.
“Bem.” Will Sumner, sócio e melhor amigo de Max, inclinou-se
para frente para chamar a atenção de Kevin. “Você, entretanto, pode acabar
precisando de uma segunda despedida de solteiro se a atual esposa descobrir
sobre essas dançarinas profissionais. Pela aparência deste lugar, aqui elas não
fazem só o strip-tease usual.”
Com um aceno com a mão, Kevin disse, “Foi só um lap dance.”
Então ele me encarou, piscou um olho e sorriu. “Mas um lap dance1 muito bom.”
“Final feliz?” Perguntei, provocando, apesar de meio
contrariado.
Kevin negou, balançando a cabeça e soltando uma gargalhada,
tomou mais um gole de sua bebida. “Não tão bom assim, Joe.”
Expirei aliviado. Conhecia meu irmão bem o suficiente para
saber que ele 1 Lap Dance – dança erótica, comum em
clubes de striptease, onde a dançarina move-se sensualmente com ou sem roupa
chegando a sentar no colo do cliente, a dançarina pode estar nua ou de topless,
o contato geralmente é de sexo não penetrativo podendo ser mútuo ou apenas da
dançarina, o cliente pode estar sentado ou deitado.
nunca trairia sua esposa, Dani, mas ele seguia muito mais a
regra de “o que os olhos não vêm, o coração não sente” do que eu jamais
conseguiria.
Apesar de meu casamento com Demi estar marcado para Junho, o
único final de semana em que eu, Max, Kevin e Will conseguiríamos nos reunir
para minha despedida de solteiro seria no segundo final de semana de Fevereiro.
Esperávamos uma bela chantagem das meninas em troca de conseguir passe livre
para ir a Las Vegas para um final de semana só com os caras em pleno Dia dos
Namorados, mas como sempre elas nos surpreenderam: sem nem piscar, concordaram
e simplesmente marcaram um final de semana em Catskills.
Max escolhera um clube realmente chique para o pontapé
inicial de nosso final de semana de libertinagem garantida. Este lugar
certamente não apareceria numa busca online por diversão em Las Vegas. Pra ser
honesto, fora o Black Heart não tinha nada demais. Enterrado em um prédio
comercial, a alguns quarteirões da agitação da Las Vegas Boulevard. Mas dentro
- depois de passar por três salas quase do tamanho de meu apartamento em Nova
Iorque e por dois seguranças gigantescos, nas profundezas do edifício - o clube
era muito elegante, e exalava sexo.
O salão principal era enorme e havia pequenas plataformas
elevadas espalhadas, cada uma com uma dançarina de lingerie prateada brilhante
em cima. Havia quatro bares de mármore preto, um em cada canto da sala e cada
um com um tipo de bebida. Kevin e eu nos divertimos no bar de vodka, também nos
servindo de um pouco de caviar, salmão e blinis2. Max e Will foram direto para
o bar de Uísque. Os outros bares ofereciam vinhos e licores.
O mobiliário era todo em couro preto. Incrivelmente macio e
cada poltrona era grande o suficiente para sentar dois... Para o caso de algum
de nós aceitar uma oferta de lap dance particular. Atendentes, vestindo desde
minúsculos
2 Blini são uma espécie de
crepes tradicionais da Rússia, feitos com massa lêveda de farinha de trigo
branco ou trigo mourisco, aveia, cevada ou centeio, com leite, ovos e
nata.
biquínis à exatamente nada, circulavam com bandejas de
bebidas. Nossa hostess, Gia, iniciou a noite vestindo uma blusa de renda
vermelha, calcinha e alguns acessórios brilhantes nos cabelos e em volta do
pescoço e parecia ter algo a menos cada vez que vinha à nossa mesa ver se
precisávamos de algo.
Não era um lugar comum, e mesmo eu sabia que era muito mais
que um simples cabaré. Era impressionante.
“A pergunta da vez é.” Kevin disse interrompendo meus
pensamentos, “Quando o noivo vai receber seu lap dance particular?”
Em minha volta, todos soltaram palavras de encorajamento,
mas balancei a cabeça dizendo. “Vou ter que passar. Lap dance não é minha
praia.”
“Como uma desconhecida maravilhosa rebolando e tirando a
roupa pode não ser sua praia?” Kevin perguntou incrédulo. Meu irmão e eu nunca
visitamos um lugar assim em nossas viagens de negócio. Acho que estava tão
surpreso com seu entusiasmo quanto ele com minha aversão. “Tem certeza que está
vivo?”
Assenti. “Muito. E acho que é por isso que não gosto disso.”
“Cacete.” Disse Max, colocando seu copo sobre a mesa,
acenando para alguém em um canto escuro do outro lado do salão. “Essa é a
primeira noite da sua despedida de solteiro e uma dancinha é obrigatória.”
“Vocês podem ficar surpresos de saber que desta vez apoio o Joe.”
Disse Will. “Lap dance de estranhas são bem ruins. Onde você coloca as mãos?
Onde olha? Não é a mesma coisa que estar com uma amante, é muito impessoal.”
Enquanto Kevin insistia que Will simplesmente nunca vira um
bom lap dance, Max se levantou para falar com um homem que apareceu como que
por encanto ao lado da nossa mesa. Ele era mais baixo que Max - o que não era
incomum - os cabelos grisalhos nas têmporas. Tinha uma expressão no rosto e
demonstrava uma calma que me fazia acreditar que já fizera de tudo e já vira
ainda mais. Seu terno escuro era impecável, seus lábios
cerrados numa linha fina. Imaginei que se tratava do famoso Johnny French que
Max mencionara no voo.
Apesar de saber que eles deviam estar combinando os detalhes
da minha dança particular, percebi quando Johnny falou algo e Max encarou a
parede, fechando a cara. Podia contar nos dedos as vezes que vi Max diferente
de totalmente relaxado e tranquilo, e me inclinei para frente na tentativa de
descobrir do que se tratava. Kevin e Will permaneciam indiferentes a isso,
voltando sua atenção para as dançarinas, que agora dançavam nuas. Finalmente
Max relaxou os ombros, como se tivesse chegado a alguma conclusão e sorriu para
Johnny murmurando “Obrigado, parceiro.”
Com um tapinha nas costas de Max, Johnny virou-se e deixou
nossa mesa. Max voltou para seu assento e pegou seu drinque. Apontei com o
queixo para o corredor onde Johnny entrou por trás de uma pesada cortina preta.
“O que foi isso?”
“Isso.” Disse Max. “Foi sobre o quarto que está sendo
preparado para você.”
“Pra mim?” Coloquei a mão sobre o peito sacudindo a cabeça
em negação. “Já disse, Max, vou passar.”
“Vai passar, uma ova.”
“Você não está falando sério.”
“Pode ter certeza que estou. Ele disse para você seguir
aquele corredor” Max apontou para uma passagem diferente da que Johnny havia
tomado “e entrar no quarto Netuno.”
Limpei a garganta e me recostei na poltrona. Apesar deste
clube parecer ser o melhor da cidade - ou até do mundo, não vem ao caso - na
lista de coisas que gostaria de fazer esta noite, ver uma lap dance de uma
dançarina qualquer de Vegas vinha ligeiramente acima de comer sushi estragado e
passar
terrivelmente mal.
“É só andar por aquele corredor como um cara foda e ganhar
uma esfregada de uma dançarina gostosa.” Max me encarou com os olhos apertados.
“Para com essa merda. É a porra da sua despedida de solteiro. Se comporte como
o homem que costumava ser.”
Eu o estudei, me perguntando por que ele estava tão colado
na sua cadeira enquanto insistia para que deixasse a minha. “O Johnny também te
arranjou um quarto? Também vai ganhar um lap dance particular?”
Ele riu, virando sua bebida resmungando. “É um lap dance Joe, não um tratamento de canal no dentista.”
“Imbecil.” Levantando meu copo observei o líquido denso e
transparente. Sabia que vindo nesta viagem haveria mulheres, bebida e
possivelmente algumas coisas que beirariam o ilícito, mas a verdade é que Demi
também sabia disso. Ela me disse para me divertir, sem nenhuma sombra de
preocupação ou desconfiança nos olhos. Ela não tinha razão para desconfiar.
Virei meu drinque e murmurei “Foda-se,” antes de levantar e tomar a direção do
corredor. Meus companheiros de noitada foram - surpreendentemente - elegantes o
suficiente para não fazer nenhum alvoroço com minha partida, mesmo assim podia
sentir que estavam me olhando enquanto entrei no corredor à esquerda do palco
principal.
Logo após a entrada, o carpete mudava de preto para um
profundo azul royal e o lugar parecia ainda mais escuro que o salão principal.
As paredes eram forradas com o mesmo veludo negro e a luz vinda de pequenos
cristais na parede mal iluminava o caminho. Ao longo de uma das paredes do
corredor havia portas com nomes de planetas: Mercúrio, Vênus, Terra... No
final, ao chegar à porta com o nome Netuno, hesitei. Já haveria alguma mulher
lá dentro? Haveria uma cadeira para mim, ou pior, uma cama?
A porta era trabalhada e pesada, como que tirada de um
castelo, ou, porra, de
algum porão Gótico sexual. Porra, Max. Me arrepiei e girei a
maçaneta, suspirando de alívio ao ver que não havia nem cruzes nem algemas, e
nem uma mulher lá dentro ainda, somente uma poltrona long chaise com uma
pequena caixa prateada sobre o centro do assento. Amarrado à caixa por uma fita
de cetim vermelha, um envelope escrito em caligrafia perfeita Joe Jonas.
Maravilha. A dançarina desconhecida de Las Vegas talvez já
saiba a porra do meu nome.
Dentro da caixa havia uma venda de cetim e um cartão escrito
Coloque isto em tinta preta.
Eu deveria usar uma venda para ver um lap dance? Qual era o
sentido? Só porque não queria um hoje não quer dizer que tenha esquecido como
funciona: só olhar e não tocar. Por que merda deveria estar vendado quando ela
entrasse? Com certeza não iria tocar nela.
Coloquei o pedaço de pano na cadeira, ignorando-o e
encarando a parede. Os minutos passavam e com eles aumentava minha certeza de
que não colocaria a venda dentro deste quarto. Quase podia ouvir minha
irritação aumentando. Soava como um rugido, uma onda, uma chama queimando.
Fechando os olhos, respirei profundamente por três vezes e olhei melhor em
minha volta. As paredes eram de uma cor cinza suave, a poltrona de um azul
acinzentado. O cômodo mais parecia um provador de alguma loja chique e presumi
que comportava muito mais que apenas um lap dance. Passei a mão sobre o couro
da poltrona e só então percebi um segundo bilhete na caixa, por baixo de onde
estava a venda. Escrito na mesma caligrafia em um pedaço de papel cartão,
dizia,
Coloque a porra da venda, Joe, não seja um maricas.
O merda do Max. Realmente teria que ficar aqui preso até
colocar a venda e acabar com esta história? Bufando, peguei o pedaço de pano,
passei entre os
dedos e hesitando um segundo, coloquei sobre meus olhos. Já
planejava como seria minha vingança contra Max. Ele me conhecia a mais tempo do
que qualquer um que não fosse de minha própria família e sabia como controle e
fidelidade eram importantes para mim. Me pedir para entrar neste quarto e me
vendar sem saber o que estava por vir? Que canalha.
Sentei recostado de costas para a parede e esperei,
contrariado, em meu isolamento, meus ouvidos captando sons que não havia ainda
percebido: o som de música vindo dos outros cômodos, o som de portas abrindo e
fechando com pesados cliques. Então ouvi o som da maçaneta da porta, a porta
abrindo com um suave escorregar sobre o carpete.
Meu coração disparou.
Assim que senti um traço do perfume desconhecido, minhas
costas enrijeceram em desconforto. Além do perfume desconhecido, não sabia nada
sobre quem estava ali e odiava não saber o que viria. Ela fez algo contra a
parede: ouvi um ruído, um pequeno clique e então uma música calma preencheu o
quarto.
Mãos quentes e macias me agarraram os pulsos e delicadamente
posicionaram meus braços ao lado do corpo. Sem tocar? Sem problema.
Sentei imóvel enquanto ela roçava seu corpo no meu, seu
hálito cheirava a canela, seus quadris rebolando no meu colo, as mãos apoiadas
no meu peito. Então é isso: fico aqui sentado de olhos vendados, ela rebola no
meu colo, depois vou embora? Senti minha tensão diminuir um pouco. A mulher se
remexia em meu colo, esfregando seus quadris nas minhas pernas, suas mãos
acariciando meu peito. Podia sentir o suficiente do seu corpo e a venda deixou
de parecer absurda, mas se fosse o tipo de homem que gosta disso me sentiria
passado para trás por me terem privado da visão. Mas talvez Max soubesse que
este seria o único jeito desta experiência não ser insuportável para mim. Este pensamento
me fez querer chutá-lo no traseiro um pouco menos.
A stripper dançou sobre mim, balançando os quadris no ritmo
da música em círculos sugestivos. Ela se jogou para trás, segurando em meus
ombros para se apoiar e pude sentir a pressão de sua bunda em minhas pernas e a
mera sugestão da proximidade de seu sexo do meu pau me fez afundar na cadeira,
tentando cuidadosamente me afastar. Então ela voltou para frente e pude sentir
o formato de seus seios roçando no meu peito. Sua respiração era quente e suave
no meu pescoço e apesar de não ser exatamente ruim, logo pareceu estranho
demais. O medo que tinha no começo de ter que fazer contato visual, sorrir e
parecer estar ali por vontade própria desapareceu, e entendi que esta dança não
era para nenhum de nós. Certamente ela só estava ali pelo dinheiro e graças à
venda, não precisava nem fingir que estava gostando. Estava contando quanto
tempo faltava para acabar a música. Não era uma que conhecesse, mas conhecia a
fórmula e consegui finalmente relaxar ao perceber que estava próxima do final.
Sobre mim, a pobre mulher diminuía seus movimentos, suas mãos descansando sobre
meus ombros.
Quando a música terminou, o único som que se ouvia no quarto
era a respiração acelerada da dançarina.
Ela vai sair? Devo dizer-lhe algo?
Com um nó no estômago, entendi claramente que este talvez
fosse só o começo do show. Para meu terror, a stripper se aproximou e roçou os
dentes em meu queixo.
Então... Congelei, minha intuição começando a superar minha impaciência.
“Olá Sr. Jonas.” Seu hálito quente em meu ouvido, tive um
sobressalto ao ouvir sua voz, meu corpo inteiro enrijeceu. Que merda é essa?
Cerrei as mãos ao lado do corpo. “Eu quero muito, muito, beijar essa sua boca
sexy e nervosa.”
Abri a boca para falar, mas nenhum som saiu.
Demi Porra Lovato.
“Caprichei na dança e você não tá nem um pouquinho
excitado?” Ela se aproximou e lambeu meu pescoço, balançando sobre meu pau.
“Agora sim...” Ela soltou uma risada. “Agora está.”
Minha cabeça explodiu em reações: alívio e raiva, choque e
espanto. Aqui estava Demi, em Vegas, não esquiando na porra de Catskills, e ela
entrou aqui para me encontrar de olhos vendados, esperando por uma dançarina
qualquer fazer exatamente o que ela fez: dançar no meu colo se esfregando no
meu pau. Mas pela primeira vez consegui fazer com Demi o que sempre fiz em
minhas relações profissionais: esconder a reação que tive até conseguir a
reação que quero.
Contei até dez antes de perguntar. “Isso foi algum tipo de
teste?”
Ela me beijou a orelha. “Não.”
Não ia explicar o que estava fazendo dentro deste quarto;
não havia feito nada de errado. Ainda assim tinha sentimentos contraditórios
dentro de mim: uma crescente excitação por ela ter feito isso por mim e raiva
por ter armado tudo. “Você está encrencada Lovato.”
Ela apertou um dedo sobre meus lábios, então o prendeu entre
nossas bocas com um breve beijo. “Só estou feliz por ter razão. Max me deve R$
100,00. Disse que você detestaria um lap dance de alguma estranha. O seu limite
é infidelidade.”
Engoli, assentindo.
“Usei todos os meus truques e nada. Nem um simples movimento
aqui em baixo. Espero que você realmente não tenha nem desconfiado de que era
eu senão - pra ser honesta - estou um tanto ofendida.”
Balançando a cabeça, murmurei. “Não. O perfume é...
Estranho. Você odeia chiclete de canela. E não posso ver ou sentir você.”
“Agora pode.” Disse, colocando minhas mãos sobre suas coxas
nuas. Corri as mãos por seus quadris e pude sentir pequenas e afiadas pedras em
sua calcinha. Que porra ela está vestindo? Estava morrendo para tirar a venda,
mas como ela ainda não o tinha feito, imaginei que fosse algo que devesse
esperar.
Escorreguei minhas mãos por suas pernas até suas
panturrilhas e de repente, tudo o que mais queria era foder neste quarto no
meio deste clube suspeito em Las Vegas. Meu alívio em ter Demi aqui comigo e
não uma dançarina qualquer, liberou uma descarga de adrenalina em minhas veias.
“Pode ficar à vontade para me foder neste quarto, Srta. Lovato.”
Ela se aproximou me chupou na mandíbula. “Humm... Talvez.
Quer uma segunda chance para aproveitar a dança?”
Assenti e ela suspirou e removeu minha venda, expondo seu...
traje. Ela vestia um minúsculo sutiã preso por finas fitas de cetim nos ombros,
que parecia ser todo feito em pedrarias presas a mais fina seda. A calcinha
também era delicada, ainda mais fascinante. As finas tiras de cetim me fizeram
entender que não deveria destruí-la.
Passando a ponta dos dedos sobre o peito ela perguntou:
“Você gosta da minha lingerie nova?”
Encarei as minúsculas joias que lhe decoravam a pele,
brilhando feito pequenos diamantes. Ela parecia uma porra de uma obra de arte.
“Dá pro gasto.” Resmunguei me aproximando para lhe beijar entre os seios. “Numa
emergência.”
“Você quer me tocar?”
Assenti de novo e olhando seu rosto, senti meus olhos
escurecerem ao ver seu jeito de me olhar, com desejo e incerteza ao mesmo
tempo.
Ela sorriu e passou a língua nos lábios. “Isso não foi um
teste, te trazer aqui.
Mas,” seus olhos descendo para minha boca, “o fato é que
você veio esperando ver uma estranha dançar para você. Você vendou seus olhos e
qualquer outra mulher poderia ter entrado aqui e tocado no que é meu.” Ela
pendeu a cabeça para o lado me estudando. “Acho que mereço um pequeno prêmio.”
Porra se merece. “Concordo.”
“E regras são regras.” Ela apontou para um cartaz na parede
que deixava bem claro que qualquer cliente que violasse as regras seria
carregado para fora e jogado na represa sem cerimônias. “Você ainda não pode me
tocar livremente.”
Não estava certo do que ela queria dizer com “livremente” e
ainda estava preso sob seu corpo, então só soltei as mãos e aguardei
instruções. Meu corpo ansioso e preparado e para o que quer que ela fizesse
comigo.
Ela se levantou, andou até o som e reiniciou a música.
Eu realmente era um sortudo do caralho. Tinha a namorada
mais gostosa do planeta. Lambendo meus lábios, encarei sua bunda dura e
perfeita, até que ela se virou e com sua usual confiança, veio rebolando até
mim.
Demi sentou sobre mim, montando minhas pernas. “Tira minha
calcinha.”
Puxei os delicados laços de cada lado de seus quadris, puxei
o tecido delicado e larguei em algum canto.
“Agora. Coloca sua mão sobre a perna com a palma pra cima e
estique quantos dedos você quiser usar pra me foder.” Sussurrou.
Pisquei. “O quê?”
Ela riu, mordendo seus lábios antes de responder bem
devagar. “Coloca sua mão sobre a perna com a palma pra cima e estique quantos
dedos você quiser usar pra me foder.”
Ela estava falando sério? Sem tirar meus olhos dos dela,
coloquei a mão sobre a perna e estiquei o dedo do meio. “Aqui está.”
Ela olhou para baixo e riu. “Esse é um bom dedo, mas coloca
pelo menos mais um. Preciso de algo mais próximo do seu pau.”
“Você vai mesmo foder meus dedos? Meu pau está no ponto e
você não pode negar que ele é a melhor opção para todos envolvidos.”
“Você ia ganhar uma lap dance de uma garota qualquer de
Vegas.” Ela argumentou, erguendo as sobrancelhas. “Seu pau nem estava
interessado cinco minutos atrás.”
Com um suspiro, fechei meus olhos e estendi três dedos.
“Tão generoso.” Murmurou, levantando os quadris e
escorregando seu sexo sobre meus dedos rígidos. “Você dará um marido fantástico
se continuar agindo assim.”
“Chlo...” Gemi, abrindo meus olhos e observando como ela
deslizava vagarosamente sobre meus dedos. Ela já estava molhada e a observei
quase nua exceto pelo seu minúsculo sutiã, suas pernas macias abertas sobre o
tecido escuro das minhas calças.
Ela envolveu meu pescoço com suas mãos e começou a se mover
sobre mim, levantando seu corpo e descendo os quadris em círculos, esfregando
seu clitóris na base da minha mão. De novo, e de novo, e de novo. Eu me ergui
sob ela, precisando de alguma fricção. Podia sentir seu gosto no ar, ouvir seus
gemidos. Suor começou a brotar entre seus seios, fazendo sua pele brilhar.
Nunca iria admitir o quanto gostei de vê-la usando meu corpo para o seu próprio
prazer.
“Você é um tesão.” Gemi, sentindo o peso e o prazer de seus
braços nos meus ombros. A visão dela sobre mim, provocando meu lado selvagem,
acho que podia até gozar se ela abaixasse um pouco mais, roçando no meu pau
duro
sob as roupas. “Vou sair daqui de pau duro e cheirando a
boceta.”
Girando os quadris ela disse, “Não me importa.”
Ainda assim, pude perceber seus mamilos endurecerem por
baixo do sutiã ao som da minha voz. Ela sabia que estava de pau duro e se
importava muito.
Demi suspirou quando curvei meus dedos e levei minha outra
mão até seus quadris, guiando seus movimentos. Apertei meu polegar no seu
clitóris, quase gozando só de olhar pra ela. Seu corpo tremeu ao redor de meus
dedos, tenso em antecipação. Mesmo dentro de um quarto estranho, com
Deus-sabe-lá-oquê acontecendo lá fora, conseguia fazê-la gozar em cinco
minutos. Ela era uma mistura de contradições: generosa e provocadora, séria e
recatada. “Você acaba comigo, Chlo.”
“Você consegue perceber que estou quase lá?” Sem romper o
contato de nossos olhos, escorreguei a ponta dos dedos pela curva de seus
quadris.
“Sim.” Sussurrei.
“Isso ainda te deixa louco? Saber que consegue me deixar
assim?”
Assenti, subindo minha mão até seu ombro, seu pescoço. Meus
dedos contra sua jugular, tentando sentir seu pulso quando gozar. “Amo saber
que ninguém mais deixa você molhadinha assim.”
Seus olhos cor de mel escureceram pesados de desejo. “Preciso
que me deseje a cada segundo.” Ela suspirou quase sem fôlego. “Você é o único
homem que deixei me possuir desse jeito.”
A palavra “possuir” liberou meu lado animal e não pude mais
me controlar. Seus lábios tão próximos dos meus, o cheiro de canela, o perfume
estranho... A realidade do quão longe ela foi pra me agradar me fez pegar fogo
e me lancei, me desintegrando; meu beijo tão violento e castigante, desesperado
por seu gosto.
Ela se afastou só o suficiente para murmurar, “Você quer me
escutar?”
“Eu quero que o clube inteiro a escute.”
Suas mãos mergulharam nos cabelos da minha nuca e seus
quadris tremeram, prendendo meus dedos bem fundos dentro dela enquanto ela se
retorcia sobre minha mão.
“Oh, Deus...” Sugando seu lábio inferior, ela se jogou para
trás e eu me curvei sobre seu pescoço, chupando, mordendo, possuindo as batidas
de seu coração.
Senti as marteladas de sua pulsação nos lábios, senti cada
uma de suas expirações enquanto ela arfava, tencionando todo corpo em minha
volta ao gozar. Com um grito grave, disse meu nome, sua voz vibrando em minha
língua apertada contra seu pescoço.
Demi parou seu corpo apoiado no meu, saciado e mole, e levou
as mãos ao meu pescoço. Seus polegares pressionando levemente contra minha
pulsação, ela se aproximou, sugando meu lábio inferior levemente antes de me
morder selvagem e rapidamente. Soltei um gemido surpreso, incerto do que dizia
sobre mim e pensei ter gozado nas calças com a mordida.
“Isso...” Ela suspirou se afastando, “foi incrível.”
Levantando-se cuidadosamente de meus dedos, ela ficou de pé
de pernas bambas. Inclinei-me para beijar a pele molhada de suor entre seus seios
e puxei sua mão sobre meu pau duro dentro das calças. “Você fica tão linda
quando goza Chlo. Sente como você me deixa de pau duro.”
Ela me apertou devagar.
Virei os olhos e implorei, “Quero você de joelhos agora. Me
chupa.”
Mas pra meu absoluto horror, ela removeu a mão e se afastou,
pegando sua calcinha num canto da sala.
“O que você está fazendo?” Perguntei asperamente.
Ela prendeu as finas tiras em volta dos quadris, pegou um
robe de um cabide na parede e vestiu, sorrindo para mim. “Você está bem?”
Devolvi a mesma intensidade de seu olhar. “Você tá falando
sério?”
Ela voltou até mim, pegou minha mão e a levou até a boca,
enfiando meu dedo sem a aliança até o fundo, roçando com os dentes e a língua e
sugando de leve. Então ela a soltou e com uma piscadela, disse, “Eu sou séria.”
Meus braços tremeram de tensão, meu pau pulsando num eco da
sensação de sua boca em meus dedos, sua sucção leve e demasiado curta. “Então
não, não estou nada bem, Demi. Nem um pouco.”
“Eu estou.” Disse sorrindo docemente. “Me sinto ótima.
Espero que você aproveite o resto de sua despedida de solteiro.”
Me reclinei contra a parede, observando enquanto ela prendia
o robe na cintura. Minha pele quente, coçando, fervendo, e ela me observando o
tempo todo enquanto se vestia, curtindo o quanto frustradamente a desejava.
Lutei para esconder minha frustração, tentando fingir que
estava bem. Gritar com ela só a deixaria ainda mais orgulhosa de seu feito.
Manter a frieza sempre era o melhor modo de lidar com Demi quando ela estava no
modo cadela provocante. Mas quando relaxei as sobrancelhas, ela sorriu, nem um
pouco surpresa.
“O que você vai fazer depois disso?” Perguntei. Por alguma
razão nem havia pensado no que ela faria depois disso. Será que voaria direto
para casa?
Ela deu de ombros e respondeu, “Não sei. Jantar. Um show
talvez.”
“Espera. Você está aqui com alguém?”
Ela me olhou, pressionando os lábios e sacudindo os ombros.
“Porra Demi! Vai pelo menos me dizer onde você se hospedou?”
Ela me olhou de cima a baixo, demorando os olhos um pouco
mais sobre meu zíper das calças e sorriu. “Em um hotel.” Ela se endireitou,
ergui uma sobrancelha e ronronou, “Ah, e feliz dia dos namorados, Sr. Jonas.”
E assim deixou o quarto.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk mas essa Demi, vai matar o Joe antes do casamento
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