Beautiful Beginning - Capitulo 1
– Estou prestes a assassinar alguém – eu disse, empurrando
minha parte do trabalho para longe. Joe nem se dignou a olhar para mim, então
acrescentei: – E por alguém, quero dizer você. Pelo menos isso arrancou um
sorrisinho do rosto dele. Mas eu sabia que, mesmo depois de uma hora, ele
continuava no modo “preparativos do casamento” e não pararia de trabalhar
roboticamente até que a pilha inteira de papel-cartão desaparecesse. Nossa
normalmente imaculada mesa de jantar estava repleta de programas de casamento.
Na minha frente, Joe dobrava metodicamente cada um antes de passar para a pilha
dos “terminados”. Era um processo simples: Dobrar, mover. Dobrar, mover.
Dobrar, mover. Dobrar, mover. Mas eu estava ficando maluca. Nosso voo para San
Diego sairia às seis horas na manhã seguinte, e nossas malas estavam todas
prontas, com exceção dos quatrocentos programas de casamento que precisávamos
dobrar. Soltei um gemido quando me lembrei de que, além disso, precisávamos
amarrar quinhentas fitinhas azuis em quinhentos saquinhos cheios de doces. –
Sabe o que poderia melhorar muito esta noite? – perguntei. Seus olhos castanhos
olharam para mim por uma fração de segundo antes de voltarem para os programas.
Dobrar, mover. – Uma mordaça? – ele sugeriu. – Engraçadinho – eu disse,
mostrando o dedo do meio. – Não. O que faria esta noite muito melhor seria
entrar num avião para Las Vegas, casar por lá mesmo e depois transar a noite
inteira numa cama gigante de hotel. Ele não respondeu, nem mesmo com um
sorrisinho. Certo, certo, admito que provavelmente tinha repetido isso um
milhão de vezes nos últimos meses. – Então tá – respondi para o silêncio dele.
– Mas estou falando sério. Ainda não é tarde demais para largar tudo isso e
fugir para Las Vegas. Ele parou um instante para coçar o queixo, depois voltou
a dobrar um programa. – Claro que não é tarde demais, Demi. Eu estava só
brincando – ou nem tanto – até aquele momento, mas suas palavras realmente me
irritaram. Bati na mesa de jantar e ele me olhou por um segundo novamente antes
de, adivinhe, voltar a dobrar os papéis. – Não fale comigo como se eu fosse uma
idiota, Jonas. – Certo. Pode deixar. Apontei o dedo para ele. – Desse jeito.
Meu noivo me deu um olhar seco, depois piscou.
Maldita piscadela sexy. Minha raiva se dissipou e em seu
lugar surgiu uma pontada de desejo. Ele estava me ignorando e me tratando como
uma idiota. E eu estava sendo uma cretina. Era o cenário perfeito para eu ter
vários e vários orgasmos. Olhei em seus olhos e mordi os lábios. Ele vestia uma
camiseta azul-escura velha, com o colarinho já todo desgastado e – embora não
conseguisse ver – eu sabia que havia um pequeno furo logo acima da barra por
onde meu dedo entrava direitinho para sentir a pele quente de seu abdômen. Ele
havia usado a mesma camiseta na semana anterior, e eu pedira para que ele
continuasse com ela enquanto me comia encostada na pia do banheiro, só para que
eu tivesse algo para agarrar. Me ajeitei na cadeira para aliviar um pouco o
formigamento entre minhas pernas. – Cama ou chão. Você escolhe – fiquei olhando
para Joe enquanto ele permanecia impassível, depois acrescentei num sussurro: –
Ou você prefere que eu engatinhe debaixo da mesa para chupar você primeiro?
Deixando escapar um sorrisinho, Joe respondeu: – Você não vai se livrar de
ajudar nas preparações do casamento usando sexo. Parei de me insinuar e disse:
– Que tipo de homem diz uma coisa dessas? Você já não é mais o mesmo. E então
ele me deu um olhar sombrio e faminto. – Juro que ainda sou o mesmo. Só quero
terminar isso logo para depois me concentrar em comer você até dizer chega. –
Faça isso agora – exclamei, levantando da cadeira e andando até ele. Deslizei
os dedos entre seus cabelos e os puxei. Senti a adrenalina em minhas veias
quando os olhos de Joe se fecharam e ele segurou um gemido. – Onde está todo o
dinheiro que você fala que tem? Por que não contratamos alguém para fazer isso?
Rindo, ele agarrou meu pulso e tirou meus dedos de sua cabeça. Após beijar
minha mão, ele deliberadamente a reposicionou ao lado da minha cintura. – Você
quer contratar alguém para dobrar programas na última noite antes de irmos para
San Diego? – Sim! Daí podemos transar! – Mas não é legal assim também? Apenas
desfrutando da companhia um do outro – ele disse, depois ergueu a taça de vinho
para tomar um gole de um jeito dramático – e conversando como os noivos felizes
que somos? Fiquei encarando seu rosto e sacudindo a cabeça com sua tentativa de
fazer eu me sentir culpada. – Eu ofereci sexo. Ofereci sexo quente e selvagem
no chão. E ofereci uma chupada. Você quer dobrar papel. Quem é o
estragaprazeres aqui? Ele ignorou minha pergunta e começou a olhar um dos
programas. – Eddie De La Garza Lovato – ele leu, e eu comecei a tirar minha
camiseta –, com Paul e Denise Jonas agradecem sua presença no casamento de seus
filhos, Demi Devonne Lovato e Joe Adam Jonas. – Sim, sim, é tão romântico –
sussurrei. – Venha aqui e passe a mão em mim. – Celebrado pelo ilustre ministro
Adam Marsters. – Até parece – suspirei e deixei a camiseta cair no chão antes
de começar a baixar minha calça. – Vou fingir que é o Spike quem vai fazer a
cerimônia, e não aquele velho hilário e demente que encontramos em novembro. –
O ministro Adam Marsters casou os meus pais há mais de trinta anos – Joe me
repreendeu levemente. – Isso é importante para mim. O fato de ele ter esquecido
de fechar o zíper é um lapso que poderia acontecer com qualquer um. – Três
vezes? – Demi. – Tá bom – eu me senti um pouco culpada por fazer piada disso, e
por um minuto fiquei quieta, deixando minha memória revisitar nosso encontro
com aquele senhor. Ele nos encontrara quando fomos visitar o local do casamento
pela primeira vez e tinha conseguido se perder nas três vezes que foi ao
banheiro, voltando com a braguilha aberta em cada uma delas. – Mas você acha
que ele vai se lembrar dos nossos no… Joe me interrompeu com um olhar duro
antes de perceber que eu estava apenas de calcinha e sutiã, então sua expressão
mudou completamente. – Eu estava apenas dizendo – comecei a falar enquanto
levava as mãos até as costas para abrir o sutiã – que seria pelo menos um pouco
engraçado se ele se esquecesse do que estava fazendo no meio da cerimônia. Ele
conseguiu voltar a atenção para sua tarefa antes de os meus seios aparecerem,
então dobrou o próximo programa passando o polegar com força no papel. – Você
está sendo uma cretina agora. – Eu sei. E não me importo. Ele ergueu uma
sobrancelha e olhou para mim. – Estamos quase acabando. Eu contive minha
resposta, pois queria dizer que dobrar programas era o menor de nossos
problemas; a próxima semana, com nossas famílias juntas, tinha potencial para
ser um desastre de proporções bíblicas, e transar agora mesmo não seria muito
melhor do que ficar se preocupando com isso? Só meu pai e suas duas irmãs
malucas já conseguiam nos enlouquecer, mas acrescente a família do Joe, o Max e
o Will, então teríamos sorte de sairmos de lá sem um ou dois boletins de
ocorrência. Ao invés de dizer isso, eu apenas sussurrei: – Só uma rapidinha?
Podemos fazer uma pausa? Ele se inclinou para frente, respirando entre meus
seios antes de se mover para o lado e beijar meu peito esquerdo até chegar ao
mamilo. – Quando eu começo algo, não gosto de parar. – Você não gosta de
interrupções, eu não gosto de esperar para gozar. Quem de nós você acha que
ganha? Joe passou a língua sobre o meu mamilo, depois chupou forte enquanto
suas mãos circularam minha cintura, agarraram minha calcinha e a rasgaram com
só um puxão. Uma centelha de divertimento acendeu seus olhos quando ele olhou
para mim enquanto chupava o outro mamilo e seus dedos roçavam a junção entre
meu quadril e minha coxa. – Pelo jeito, minha linda noivinha, você vai
conseguir o que quer, como sempre, e eu vou terminar de dobrar os programas
mais tarde, quando você estiver na cama dormindo como um anjinho travesso.
Agarrando seus cabelos, eu sussurrei:
– Não se esqueça de amarrar os saquinhos de doce. Ele riu
levemente. – Não vou esquecer. E então aquela sensação me atingiu novamente: eu
o amava loucamente. Amava cada centímetro dele, cada emoção que passava por
seus olhos, cada pensamento que eu sabia que estava em sua mente, mas que ele
não dizia em voz alta: Primeiro, fui eu quem insistiu para que nós mesmos
fizéssemos o máximo possível dos preparativos. Segundo, fui eu quem assegurou
não ter problema que cada parente distante nesse planeta conseguisse um
lugarzinho no casamento. Terceiro, eu nunca, jamais, desistiria da oportunidade
de usar meu vestido de noiva no litoral de Coronado. Mas ao invés de apontar o
óbvio – que era ele quem estava levando tudo na esportiva, não eu, e que apesar
da minha cretinice eu nunca ficaria satisfeita com um casamento rápido em Las
Vegas –, ele se levantou e se virou em direção ao quarto. – Certo. Você venceu.
Mas esta é a última noite em que vou comer você antes do casamento. Fiquei tão
excitada pela parte de “ser comida” que só depois que ele havia desaparecido no
corredor minha ficha caiu em relação ao resto da frase.
Joe já estava se despindo quando me juntei a ele no quarto;
fiquei olhando enquanto ele desabotoava a calça e a tirava com a cueca. Ele
agarrou a barra da camiseta, com as sobrancelhas levantadas numa pergunta
silenciosa – vai ficar aí só olhando? – antes de a tirar completamente. Andou
até nossa cama, deitou-se de costas, olhou para mim. – Vem logo – ele disse num
rosnado baixo. Eu me aproximei, mas fiquei fora de seu alcance. – Quando você
diz “a última noite que vou comer você antes do casamento”, você quer dizer que
vamos transar só durante o dia nesta semana? Um pequeno sorriso apareceu no
canto de sua boca. – Não. Quero dizer que, depois desta noite, quero me abster
até você se tornar minha esposa. Um pânico pouco familiar cresceu em meu peito,
e eu não sabia se deveria levá-lo a sério ou não. Subi na cama e engatinhei
sobre ele, me curvando para beijar seu peito. – Achei que eu sabia o que
abstinência significa, mas nesse contexto parece que você está me dizendo, em
plena terça-feira, que vamos ficar juntos toda a semana e não vamos transar até
sábado. – É exatamente isso o que estou dizendo – dedos fortes se emaranharam
em meus cabelos e puxaram minha cabeça mais para baixo, para onde seu pau
latejava, rígido e liso de excitação. Parei de beijá-lo na região de sua
cintura, que se erguia do colchão numa tentativa de alcançar minha boca. – Por
que diabos você quer se abster? – Caramba, Demi, pare de provocar e ponha logo
meu pau na sua boca. Ignorando-o, eu me sentei em suas coxas para que ele não
pudesse se mexer caso eu
decidisse lhe aplicar algum castigo corporal. – Você deve
estar maluco se acha que vou ficar sem sexo por quatro dias seguidos no meio da
loucura do casamento. – Não estou maluco – ele insistiu, tentando deslocar meu
corpo para que suas partes tivessem acesso às minhas partes. – Quero que seja
especial. E não era você que queria uma rapidinha antes de terminar os
preparativos? – ele agarrou minha cintura e me ergueu, colocando-me exatamente
sobre seu pau. – Então, pare de resistir. Mas eu escapei apertando o único lugar
em que ele sentia cócegas, entre duas de suas costelas, e com o espasmo ele me
soltou e empurrou minhas mãos com força. Então me inclinei e beijei sua linda
boca perfeita. – Isso foi antes de você sugerir que meu acesso ao seu
maravilhoso corpo vai expirar quando bater meia-noite. Sábado será nossa noite
de núpcias. Até onde sei, essa é uma noite única. Como poderia não ser
especial, mesmo se transarmos como coelhos a semana inteira? – Talvez eu queira
deixar você com um pouco de apetite – ele sussurrou, sentando-se debaixo de
mim. Sua boca encontrou meu pescoço, minha clavícula, meus seios. – Quero que
você fique tão excitada que nem consiga pensar direito – ele aumentou as
carícias, agarrando minha cintura, chupando minha pele. Eu estava ciente demais
de sua ereção pressionada contra minhas coxas, e queria muito senti-lo dentro
de mim e ouvir seus gemidos enquanto ele se perdesse num desejo urgente. Mas
então um pensamento cruzou minha mente. – Entendi. Você quer me deixar excitada
o bastante para não me importar quando você rasgar a lingerie caríssima que
comprei para a noite de núpcias, não é? Ele riu em meus seios. – É uma boa
teoria, mas não é isso. Eu conhecia Joe Jonas bem o suficiente para saber que
eu não venceria essa batalha. Não aqui, não agora. Dele eu nunca ganhava com
palavras; ganhava apenas com ações. Eu me ajoelhei sobre ele e sorri ao ouvir
seu pequeno grunhido de frustração. Mas então virei meu corpo para poder
prender seu rosto entre minhas pernas ao mesmo tempo em que tomava seu pau com
minha boca. Ele estendeu os braços com avidez, agarrando minha cintura e me
puxando com força. Meus olhos se fecharam com o primeiro toque quente de sua
língua deslizando em meu sexo, seguido da sucção de seus lábios. Rapidamente me
perdi na vibração de seus gemidos, nas palavras abafadas, nas brincadeiras com
os dentes antes da sucção voltar mais desesperada. Debaixo de mim, ele
impulsionava o corpo para cima e eu envolvi a base de seu pênis com a mão,
admirando sua extensão, apreciando sua forma e textura. Eu adorava senti-lo
impulsionando os quadris impacientemente. Com um sorrisinho malicioso, soprei a
ponta de seu pau e sussurrei: – Sua boca é maravilhosa. Ele gemeu, empurrando
ainda mais os quadris, mas eu simplesmente deixei minha boca onde estava,
arfando sobre sua grande cabeça, deixando-o sentir o calor da minha respiração.
Deslizei uma mão para baixo, envolvendo e acariciando gentilmente um dos sacos
enquanto a outra mão trabalhava na base do pau. Na ponta, eu apenas continuei
soprando ar quente. Ele conseguia me fazer gozar mais rápido com sua boca do
que com qualquer outra parte, e eu sentia que já estava chegando lá. A sensação
combinou com o prazer da minha travessura e
se transformou num calor urgente, o meu tipo preferido de
orgasmo: a boca de Joe entre minhas coxas junto do prazer de provocá-lo. Meu
êxtase ardeu como chamas descendo por minhas costas e subindo por minhas
pernas, explodindo até eu realmente perder toda a noção dos meus movimentos. Eu
estava praticamente fodendo seu rosto e puxando seu pau sem ritmo nem
propósito. Ele desacelerou quando meu corpo se acalmou, depois beijou meu
clitóris, minha cintura, minha coxa, antes de gentilmente me empurrar e me
deitar de costas. Subi minha mão pela minha barriga, passando pelos seios até
pousar em meu coração. Não me esqueci de que estava encrencada por ter
oferecido a preliminar favorita de Joe sem ter dado nada em troca, mas nossa,
eu precisava de um minuto para desfrutar dos efeitos da boca maravilhosa de Joe
Jonas. – Isso foi bom demais – eu murmurei, recuperando o fôlego. – Eu acho que
a sua boca deve ser alguma divindade grega. Ele subiu em cima de mim, com os
olhos pegando fogo. – Eu sei o que você está fazendo. Abri meus olhos e deixei
seu vulto entrar em foco antes de perguntar: – O que eu estou fazendo? Ele
montou sobre minhas costelas e eu sorri, passando as mãos sobre suas coxas
quando ele agarrou seu próprio pau e o puxou lentamente para baixo. Sua voz
soou como gelo seco quando disse: – Você acha que vai vencer essa batalha. –
Que batalha? Ele riu e apoiou a mão no colchão ao lado da minha cabeça,
preparando-se enquanto pairava sobre mim. Seu pau estava a apenas alguns
centímetros da minha boca quando ele se inclinou para frente e, com a mão
livre, fez sua ponta roçar sobre meus lábios. Sem pensar, deslizei a língua
para fora, sentindo o sabor de sua umidade. Minha boca salivou e meus mamilos
se endureceram. Eu o queria dentro da minha boca, queria vê-lo se mexer para
dentro e para fora. Mas Joe se afastou um pouco, então tive que me contentar em
assistir enquanto ele se masturbava na minha frente. – Posso ver a pulsação em
seu pescoço. Engolindo em seco, eu perguntei: – E daí? – E daí que posso ver o
quanto você quer isto – ele se inclinou para frente de novo, mal encostando o
pau em meus lábios antes de recuar. – Você quer dentro da sua boca – sua mão
começou a mexer mais rapidamente, e sua respiração também acelerou. – Você quer
em sua língua. Ele estava certo. Eu queria tanto que sentia minha pele apertada
e queimando. – Não tanto quanto você quer – retruquei, com minha voz
entrecortada. – Você não consegue passar nem um dia sem sexo. Ele ficou parado
e então começou a se afastar. Por um único e perfeito instante eu achei que ele
fosse abrir minhas pernas para me comer com raiva, mas em vez disso ele apenas
inclinou a cabeça para o lado, olhou para mim e depois se levantou. – O que
você está fazendo? – eu perguntei, apoiando o cotovelo no colchão para poder
enxergá-lo vestindo a cueca. – Provando que você está errada.
Ele andou até a porta e desapareceu. – Por que você é tão teimoso? – gritei, e
tudo que ouvi de volta foi uma risada no fim do corredor. – E não se esqueça de
que eu chupei você hoje de manhã no banho, então tecnicamente você já transou
hoje! Ele vai voltar, eu pensei. Cem por cento de certeza. Eu posso esperar.
Fiquei deitada olhando para o teto. Minha pele estava corada, e eu sentia uma
ansiedade febril entre minhas pernas. Meu corpo ainda não havia sincronizado
com meu cérebro e ainda queria correr atrás dele e implorar para que me tomasse
de verdade. O som da geladeira se abrindo quebrou o silêncio no quarto e eu me
levantei imediatamente. Ele estava preparando um maldito lanche? Antes que eu
pudesse pensar direito, já estava correndo pelo corredor, completamente nua.
Meus pés batiam no chão de madeira e entrei na cozinha bem quando ele fechava a
geladeira com a mão cheia de comida. – Você está brincando comigo? – eu disse,
parando ao seu lado enquanto ele começava a preparar um sanduíche. – Você vai
fazer um maldito sanduíche de peru? Ele se virou e olhou para mim, movendo os
olhos do meu rosto para cada uma das minhas curvas – o cretino não conseguia
nem esconder o quanto ele queria me comer – e depois voltou a olhar para meu
rosto. – Já que minha noiva não para de agir como uma maldita provocadora eu
vou comer outra coisa enquanto isso. – Mas… – comecei a pensar na melhor
maneira de sugerir para ele me comer sem provocar sua raiva sexualmente
frustrada. Mas não pensei em nada. – Seu bruto. – Se você quer sexo, vai ter
que jogar com as minhas regras. Hoje é o dia, Srta. Lovato. Na verdade – ele
disse, mostrando um sorrisinho satisfeito –, hoje é o último dia em que vou
comer você enquanto ainda tem esse nome. Ah, não, isso eu não poderia deixar
passar. – Ainda não decidimos nada sobre nomes, Sr. Jonas. Meu voto ainda vai
para Demi Myan e Joe Rills. – Avise quando estiver pronta, Demi – ele me
encarou por vários segundos, depois aproximou tanto o rosto que tudo que eu
precisava fazer era me inclinar um centímetro para beijá-lo. Comecei a fazer
isso, mas ele se afastou. – Quando você disser “Por favor, Joe, eu preciso de
você”, só então vou foder você tão forte que não vai conseguir sentar por
vários dias sem se lembrar de como foi. Minha boca abriu e fechou algumas vezes
sem que nenhuma palavra se formasse. Com um sorrisinho sacana, Joe voltou a
preparar seu sanduíche. Ele estava sem camiseta e seu torso nu parecia não ter
fim. Sua pele era macia, lisa e bronzeada por causa das corridas matinais. Os
músculos em seus braços ficaram aparentes quando abriu um jarro de mostarda,
pegou uma faca na gaveta e abriu o saco de pão. Tarefas tão simples, mas
observá-lo parecia como assistir ao melhor e mais erótico filme pornô do mundo.
Eu adorava seus ombros, seus cabelos pretos, sua pele bronzeada, seus músculos
definidos. Que filho da mãe.
Assisti à sua língua molhar os lábios. Os cabelos estavam
desarrumados e caíam sobre a testa. Quando deixei meus olhos descerem por seu
corpo, encontrei a única reação que ele não conseguia esconder. Joe ainda
estava tão duro que seu pau pressionava o tecido fino da cueca. Meu Deus. Abri
minha boca mais uma vez e, sem olhar para mim, ele se inclinou um pouco para o
lado e deixou o ouvido perto dos meus lábios. Sem fôlego, fechei meus olhos com
força. – Joe…? – O que você falou? – ele perguntou. – Não ouvi direito.
Engolindo com dificuldade, sussurrei: – Por favor. – Por favor, o quê? Por
favor, Joe, vá se ferrar era a frase que estava na ponta da minha língua. Mas a
quem eu estava querendo enganar? Eu queria que ele me comesse logo. Então
respirei fundo e admiti: – Por favor, Joe, eu preciso de você. O estrondo veio
antes que eu pudesse registrar direito: com um único movimento do braço, Joe
limpou o balcão jogando tudo o que ele havia tirado da geladeira para o chão. O
jarro se espatifou e a faca voou longe. Joe me agarrou e me beijou, forçando
sua língua em minha boca, e me permitiu a satisfação de ouvir seu longo gemido
de alívio. Já não era mais uma brincadeira, não era gentil nem cuidadoso. Eram
seus braços me jogando em cima da mesa, uma mão puxando meu corpo no mármore
frio e me mantendo imóvel com a palma sobre meu peito. Sua outra mão abrindo
minhas pernas e puxando a cueca para baixo. E antes que eu pudesse dizer o
quanto eu queria isso, antes que pudesse pedir desculpas por provocá-lo tanto –
pois eu queria pedir desculpas, e alguma coisa em vê-lo tão selvagem me
assustou deliciosamente –, antes de tudo isso, ele estava facilmente entrando em
mim, tão fundo e tão forte, depois saindo rapidamente, movendo os quadris com
perfeitos golpes de punição. Tirando o peso da mão sobre meu peito, ele agarrou
minhas pernas e deu um passo à frente, puxando-as para cima de seus ombros e
acertando aquele ponto tão fundo que eu sentia sua força reverberando por todo
meu corpo. Ele deslizou as mãos até minha cintura e me segurou no lugar
enquanto me comia, com a cabeça jogada para trás, alcançando o seu prazer
agora. O balcão era firme o bastante para aguentar a força de seus movimentos,
mas eu estiquei os braços e agarrei a beirada para poder jogar meu corpo ainda
mais contra o dele. Não era suficiente; eu precisava de mais, mais fundo, mais
molhado, mais forte. Ele havia dito que eu não poderia ter isso por vários dias
e sabia muito bem que seu toque era a única coisa que me mantinha sã naquele
furacão de estresse. Eu precisava tê-lo mais fundo dentro de mim do que jamais
tinha tido, e fiquei obcecada com a ideia de que conseguiria, de algum jeito. –
Meu Deus, você está completamente encharcada – ele gemeu, abrindo os olhos para
me encarar. – Como vou conseguir não transar com você? Você não tem ideia do
quanto eu preciso disto. – Então por quê? Por que dizer que não podemos? Ele se
abaixou, fazendo minhas pernas dobrarem até minhas coxas pressionarem meu
peito. – Porque é a única vez em minha vida que poderei parar, relaxar e apenas
aproveitar ficar
perto de você – ele suspirou e lambeu meu pescoço; a língua,
os dentes, o toque, foi como fogo queimando minha pele. – Quero não ficar
pensando o tempo inteiro sobre onde eu poderia levar você para ficarmos
sozinhos por dez, quinze minutos, uma hora. Não quero ficar com raiva de
ninguém por nos manter separados enquanto estão lá para festejar – ele disse,
ofegando em silêncio. – Estou obcecado por você, com isto. Quero mostrar a você
que eu posso me conter. – E se não for isso o que eu quero? Joe enterrou o
rosto em meu pescoço e diminuiu a velocidade, mas eu conhecia seu corpo bem o
bastante para saber que ele estava na beira do abismo, quase atingindo o ápice.
Ele se esfregou em mim, encontrou aquele ponto perfeito e o ritmo que me
distraía da minha pergunta e me fazia querer me concentrar na sensação entre
minhas pernas. Eu estava presa debaixo dele e Joe começou a se concentrar em
meu prazer, penetrando tudo dentro de mim, levando-me às alturas até eu agarrar
seus ombros e enterrar as unhas em sua pele. Minhas costas estavam doloridas
por causa do tampo de mármore, duro e frio, mas a crescente urgência de seus
movimentos fazia eu não me importar. Eu poderia ficar marcada, mas não tinha
problema. Eu não queria mais nada além de gozar com ele. Quando meu orgasmo me
atingiu, a sensação que tomou meu corpo disparou um lampejo de eletricidade por
minha pele, deslizando para dentro e para fora até eu não saber se aguentaria
mais a sensação de ser preenchida, de ser atacada, e de gozar tão forte que
tudo se escureceu. Eu gritei e puxei seu corpo contra o meu, precisando sentir
todo seu peso sobre mim. Seus movimentos aceleraram e se tornaram mais
selvagens, depois ele se arqueou e também gritou, sua voz ecoando pelo teto
enquanto gozava até a última gota. Apesar do frio do tampo, nós estávamos
suados e sem fôlego. Joe se endireitou e continuou a me penetrar, agora mais
devagar. Como se não quisesse parar mesmo que precisasse, ele entrava e
recuava, observando toda a minha pele corada. Ele já havia gozado, mas parecia
que ainda não tinha terminado. Ao invés disso, ele parecia um predador que
provou rapidamente sua presa e agora queria se empanturrar antes de voltar para
a selva. Eu adorava esse seu lado: o Joe que parecia mal conseguir se
controlar, tão diferente do jeito contido do dia a dia. Seus olhos estavam
sombrios e quase fechados. Mãos famintas tocavam o ponto aquecido entre minhas
pernas, subindo por minha cintura, chegando aos seios, onde beliscou meus
mamilos com força. As mãos tomaram meus seios e os apertaram em direção à sua
boca quando ele se abaixou e chupou minha pele com vontade. – Não me deixe marcada,
seu bruto – eu disse, e minha voz saiu pequenina e rouca. – Meu vestido…
Afastando o rosto, ele me encarou com uma expressão de quem acabara de entender
que vivemos num mundo com outras pessoas, e que precisaríamos interagir com
essas pessoas num futuro próximo em nosso casamento. Um casamento em que eu
usaria um vestido tomara que caia que mostraria todas as mordidas e chupões que
ele estava prestes a fazer. – Desculpe – ele sussurrou. – Eu só queria… – Eu
sei – agarrei seus cabelos e o puxei, desejando poder ficar assim para sempre:
eu de costas na mesa da cozinha, ele de pé e inclinado sobre mim. Joe exalou
profundamente, prendendo-me debaixo do peso de seu corpo. De repente, ele
parecia exausto. Nos últimos meses ele não apenas ajudou em cada estágio do
planejamento, mas também fez tudo o que podia para me manter
sã: e tudo isso tinha que deixálo exausto. Mergulhei os dedos em seus cabelos e
fechei os olhos, adorando esse vislumbre do Joe como mero mortal, como um homem
que era capaz de se exaurir ou que precisava de um lembrete para ser mais
gentil. Ele era o amante perfeito, o chefe perfeito, o amigo perfeito. Como
conseguia isso? Tenho certeza de que, de vez em quando, ele só queria uma
namorada tranquila, uma mulher que não discutisse com cada pensamento que ele
tivesse. Uma pontinha de dúvida passou por minha mente, mas então parei e
comecei a sorrir. Joe Jonas era um filho da mãe perfeccionista, teimoso,
exigente e faminto por poder. Nenhuma outra mulher sobreviveria mais do que dois
segundos com ele. Caramba, às vezes eu também adoraria ter um homem dócil e
educado, mas de jeito nenhum eu trocaria meu cretino irresistível. Ele se
levantou, beijou entre meus seios e, com um gemido relutante, saiu de dentro de
mim. Abaixando-se, apanhou a cueca e a vestiu antes de olhar mais uma vez para
meu corpo ainda corado e suado. – Vou terminar os programas e amarrar os
malditos saquinhos de doce – ele disse, passando a mão no rosto. – Você tem uma
cozinha para limpar se quiser mais disso na cama depois. – Humm, não – eu
protestei, apoiando um cotovelo. A cozinha estava um desastre. – Eu termino os
programas. – Você vai arrumar a cozinha – ele disse, com a voz firme. – E se
apresse, Srta. Lovato. Mostarda deixa mancha.
pode divulgar que voltei com o blog?
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