Beautiful Bombshell - Capitulo 5
– E você tem certeza de que vamos conseguir as assinaturas a
tempo? – perguntei para minha assistente, que checou seu relógio e escreveu
alguma coisa em seu bloco de notas. – Sim. Aaron está vindo agora mesmo. Elas
estarão aqui até o meio-dia. – Ótimo – eu disse, fechando e devolvendo os
arquivos. – Vamos dar uma última olhada antes da reunião e, se tudo der certo…
A porta da recepção se abriu e Joe entrou com um olhar muito determinado. Minha
assistente soltou uma exclamação aterrorizada e eu fiz um gesto dispensando-a.
Ela praticamente saiu correndo. As longas pernas de Joe o carregaram através da
sala em poucos passos. Ele parou em frente à minha mesa e jogou dois envelopes
brancos em cima de uma pilha de relatórios de marketing. Olhei para os
envelopes e depois para o seu rosto. – Algo aqui parece muito familiar – eu
disse. – Quem de nós vai escancarar a porta e correr escada abaixo? Ele revirou
os olhos. – Apenas abra. – Bom dia para você também, sr. Jonas. – Demi, não
seja mal-humorada. – Por quê? Só você tem esse direito? Seu olhar ficou mais
suave e ele se inclinou na mesa para me beijar. Na noite anterior ele voltara
tarde para casa, e eu já estava dormindo fazia tempo. Acordei com o som do
despertador e encontrei seu corpo quente e nu junto ao meu. Eu merecia algum
tipo de medalha por ter conseguido sair daquela cama. – Bom dia, srta. Lovato –
ele disse suavemente. – Agora, abra os malditos envelopes. – Se você insiste.
Mas não diga que eu não avisei. Geralmente, quando você joga algo na minha
mesa, as coisas nunca ficam bem. Bom, pelo menos não para mim. Talvez você
possa corrigir isso… – Demi. – Tá bom, tá bom – abri o envelope que tinha meu
nome e puxei um papel. – É uma passagem de avião. Chicago para França – olhei
em seu rosto. – A empresa vai me enviar para algum lugar? Joe parecia brilhar
e, francamente, ele ficava tão bonito assim que fiquei aliviada por estar
sentada. – França. Marselha, para ser exato. A outra passagem também está aí.
Passagens aéreas, um envelope para cada um de nós. Saída marcada para
sexta-feira. Estávamos na terça. – Eu… não estou entendendo. Nós vamos para a
França? Isso tem alguma coisa a ver com a noite passada? Nós temos uma vida
ocupada, Joe. Esse tipo de coisa sempre vai
acontecer. Eu juro que não fiquei brava. Ele circulou a mesa
e se ajoelhou na minha frente. – Não. Não tem nada a ver com a noite passada.
Tem a ver com muitas noites. Tem a ver com colocar em primeiro lugar aquilo que
importa. E isto – ele disse, apontando para nós dois –, isto é o que importa.
Nós mal nos vemos nos últimos tempos, Demi, e isso não vai mudar quando
chegarmos em Nova York. Eu te amo. Eu sinto falta de você. – Também sinto sua
falta. Mas… estou um pouco surpresa. A França é… realmente longe, e ainda temos
tanta coisa para fazer e… – Não é só a França. Vamos para uma casa particular,
uma casa de campo. Pertence a um amigo meu, o Max, aquele que fez faculdade
comigo, lembra? É uma casa linda, grande e vazia – ele acrescentou. – Com uma
cama gigante, várias camas. Uma piscina. Podemos cozinhar e andar pelados, e
nem precisamos atender ao telefone se não quisermos. Vamos lá, Chlo. – Adorei
essa parte de cozinhar-e-andar-pelados – eu disse. – Pois é com esse argumento
que você me convenceria de vez. Ele se aproximou, claramente percebendo que
minha resistência se dissolvia. – Eu me orgulho de sempre conhecer meu
oponente, srta. Lovato. Então, o que você diz? Vamos? Por favor? – Meu Deus, Joe.
São dez horas da manhã e você está me matando com esse sonho distante. – Eu até
pensei em drogar você e te carregar daqui em cima do meu ombro, mas seria
difícil passar pela alfândega desse jeito. Respirei fundo e olhei mais uma vez
para as passagens. – Certo, então nós vamos no dia nove e voltamos… Espera aí,
isso aqui está certo? Ele seguiu meu olhar. – O quê? – Três semanas? Eu não
posso simplesmente jogar tudo para o alto e viajar para a França por três
semanas, Joe! Ele se levantou, confuso. – Por quê? Eu consegui arrumar tudo e…
– Você está falando sério? Nossa mudança é daqui a um mês. Um mês! E ainda nem
escolhemos um apartamento! E tem a minha melhor amiga, que na semana passada
foi traída pelo maior estúpido do mundo. E não vamos esquecer do pequeno
detalhe chamado meu trabalho. Tenho reuniões e um departamento inteiro para
contratar e enviar para Nova York! Sua expressão murchou completamente; com
certeza essa não era a reação que ele estava esperando. O sol aparecia atrás
dele e quando virou a cabeça, inclinando-a levemente para o lado, suas
sobrancelhas e os contornos do rosto foram iluminados, formando uma bela
silhueta. Droga. Um sentimento de culpa cresceu em meu peito como um balão. –
Merda. Desculpa – eu me encostei nele e deitei a cabeça em seu ombro. – Eu não
queria dizer essas coisas desse jeito. Seus braços fortes me envolveram e senti
ele suspirar. – Eu sei. Joe tomou minha mão e me conduziu até a pequena mesa no
canto da sala. Ele fez um
gesto para eu me sentar e sentou em outra cadeira. – Vamos
negociar? – disse, com um olhar desafiador que eu não via desde que ele entrou
na minha sala. Negociar era algo que eu poderia fazer. Ele se inclinou para
frente, com as mãos juntas e os cotovelos na mesa. – A mudança – ele começou. –
Admito que é algo grande. Mas nós temos nossa agente imobiliária para nos
ajudar. Eu visitei as três melhores opções. Você só precisa decidir se quer vê-las
também ou se confia em mim para essa escolha. É só deixar a agente cuidar do
resto, e podemos pagar para que nossas coisas sejam empacotadas e enviadas –
ele ergueu uma sobrancelha esperando minha reação e eu fiz um gesto para ele
continuar. – Eu sei o quanto você se importa com Sara. Converse com ela;
descubra como ela está lidando com tudo isso. Você disse que nem sabia se ela
iria terminar com ele, não é? – Sim. – Então nós cuidamos disso quando chegar a
hora certa. E quanto ao seu trabalho… Estou muito orgulhoso de você, Demi. Sei
como você trabalha duro e o quanto você é importante. Mas nunca teremos uma
oportunidade perfeita. Sempre estaremos ocupados, sempre haverá pessoas
querendo nossa atenção e sempre haverá coisas que parecem não poder esperar.
Para você, vai ser um bom exercício para delegar as coisas. Eu te amo, mas você
é péssima quando se trata de dividir responsabilidades. E tudo vai ficar ainda
mais agitado depois da mudança. Quando será a próxima vez que teremos uma
chance? Eu quero ficar com você. Quero falar em francês com você e fazer você
gozar numa cama na França onde ninguém vai aparecer no fim de semana ou nos
ligar por causa do trabalho. – Está ficando cada vez mais difícil ser a adulta
responsável por aqui – eu disse. – Ser responsável nem é tão importante assim.
Senti meu queixo cair e não pude fazer nada além de olhar para ele com cara de
boba. Eu estava quase perguntando quem era essa pessoa gentil e o que tinha
feito com meu namorado, quando ouvi alguém batendo na porta. Tirei os olhos de
um namorado muito agradável e vi uma estagiária aterrorizada entrar na minha
sala, olhando aterrorizada para Joe. Com certeza ela perdera no palitinho para
ver quem iria chamar o Cretino. – Humm… Com licença, srta. Lovato – ela
gaguejou, com o olhar grudado em mim. – Eles estão esperando pelo sr. Jonas na
sala de conferência do 12o… – Obrigada – eu respondi. Ela saiu e eu me virei
para Joe. – Discutimos isso mais tarde? – ele perguntou baixinho enquanto se
levantava. Eu concordei, ainda um pouco desconcertada por sua mudança de
atitude. – Obrigada – eu disse, vagamente mostrando as passagens, mas querendo
dizer muito mais. Ele beijou minha testa. – Até mais tarde.
Viagens… nunca realmente foram boas para Joe e eu. San Diego
foi perfeita enquanto ainda estávamos dentro de nossa pequena bolha. Então
tentamos voltar ao mundo real e tudo começou a dar errado. De um jeito
catastrófico. Depois disso, tentamos planejar uma viagem no Dia de Ação de
Graças, mas acabamos
cancelando por causa do trabalho. Tentamos novamente em
dezembro; Joe estava soterrado com trabalho de uma grande conta que seria
lançada antes do Ano Novo, e nós dois tínhamos o lançamento da Papadakis no
começo de janeiro. De algum jeito, eu consegui convencê-lo a prolongar o fim de
semana do Natal e viajar comigo. Para conhecer meu pai. Joe a princípio não
queria – ele estava nos últimos estágios daquela campanha enorme e tinha também
que ficar com a própria família. E eu passara a maior parte do ano passado
reclamando para o meu pai sobre como o meu chefe era um idiota egocêntrico,
apenas para depois admitir que estava transando com esse chefe. A viagem tinha
todos os ingredientes de um desastre. Joe permaneceu quieto na maior parte do
voo, eu soube que algo estava errado porque ele não sugeriu uma transa no
banheiro do avião. – Você está respeitoso demais, Jonas. O que está
acontecendo? – eu perguntei, depois de pousarmos, enquanto nos dirigíamos para
a locadora de carros. – O que você quer dizer? – Bom, nas últimas três horas
você não fez nenhum comentário inapropriado sobre mim falando de cavalgar,
chupar, lamber, tocar, agarrar etc., nem disse nada elogioso sobre seu pau.
Está tão quieto que eu praticamente posso ouvir seus pensamentos e,
francamente, estou um pouco preocupada. Ele esticou o braço e deu um tapa na
minha bunda. – Melhorou? E, a propósito, seus peitos ficam ótimos com essa
blusa. – Converse comigo. – Estou indo conhecer o seu pai – ele disse,
arrumando o colarinho. – E…? – E ele sabe o idiota que eu fui – limpei minha
garganta e ele olhou para mim. – Posso ser. – “Pode”? – Demi. – Isso faz parte
do seu charme que todo mundo conhece – eu disse, piscando minhas pestanas
rapidamente para ele. – Desde quando você pede desculpas por causa disso? Ele
suspirou. – Desde que concordei em conhecer seu pai. E, se ele possui um
calendário, já sabe que eu estava dormindo com você enquanto trabalhávamos
juntos. – Eu também tive que encarar sua família depois disso tudo. Tenho
certeza de que Dani contou para Kevin sobre o Incidente do Banheiro e se o Kevin
sabe então o Paul sabe. E se o Paul sabe… oh, meu Deus, sua mãe sabe que
transamos no banheiro favorito dela… enquanto o Joel estava lá para me
conhecer! – bati a palma da mão na minha testa. – Pois é! Acontece que a minha
família adora você de qualquer jeito, já a situação aqui é um pouco diferente.
Chegamos na porta da locadora de carros e eu tomei sua mão, fazendo-o parar. –
Olha, meu pai conhece a filha que tem. Ele sabe que eu posso ser um pouco
difícil às vezes… – Há! Agora foi a minha vez de encarar seu rosto.
– E ele sabe que eu sempre revido à altura. Você não tem por
que se preocupar. Ele suspirou novamente e se aproximou para encostar sua testa
na minha. – Se você acha mesmo…
No meio da neve, meu pai soltou um assovio enquanto
circulava a Mercedes-Benz preta que estacionamos na frente de sua casa. –
Sempre achei que existe apenas uma razão para um homem andar por aí dirigindo
um carro desses: compensar algo. Você não concorda, Joseph? – Joe – ele corrigiu
com a voz baixa, antes de sorrir nervosamente para mim. – É Natal, pai. Todos
os carros quatro por quatro já foram alugados. As coisas não melhoraram durante
o jantar. Enquanto estávamos sentados à mesa, meu pai encarava Joe como se
tentasse reconhecer um rosto que tinha visto na televisão. – Joe, humm? – ele
disse, lançando-lhe um olhar cético por cima de sua taça de vinho. – Que tipo
de nome é esse? Eu resmunguei: – Pai. – Minha mãe era fã de Jane Austen,
senhor. O nome do meio do meu irmão é Willoughby, então acho que até que me saí
bem dessa. O rosto do meu pai permaneceu sério. – Você tem nome de personagem
de um romance? Acho que isso explica algumas coisas. – O seu primeiro nome,
Frederick – Joe disse, com um pequeno sorriso – é um bom nome, se me permite
dizer. Frederick Wentworth é um dos protagonistas de Persuasão, um homem que
trabalha duro. Minha mãe me fez ler todos os romances da Jane Austen quando eu
estava no colégio, e eu geralmente obedeço minha mãe – ele provou o jantar,
mastigou e engoliu, antes de dizer: – Os conselhos dela também incluíam namorar
a sua filha. – Humm. Bom, tenha cuidado com ela – meu pai disse, encarando Joe
do outro lado da mesa. – O namorado do meu assistente é da máfia, e eu duvido
que alguém sentiria a sua falta. – Pai! Meu pai olhou para mim, com olhos
arregalados e inocentes. – O quê? – O namorado do Mark não é da máfia. – É
claro que é. Ele é italiano. – Isso não quer dizer nada! – Confie em mim. Eu o
conheci. Ele anda num carro preto com janelas escuras. Mark o chamou de Fat Don
na festa do escritório. – O nome dele é Glen, pai, e ele está estudando para se
tornar um contador. Ele não é da máfia. – Não entendo por que você tem que
discutir comigo o tempo todo, Demi. Só Deus sabe de quem você puxou isso. Nesse
momento, Joe começou a rir tanto que precisou pedir licença e sair da mesa.
Mais tarde, após conquistar meu pai deixando-o ganhar no
Banco Imobiliário – como alguém acreditaria que Joe Jonas perdeu um jogo
envolvendo dinheiro é algo que eu nunca vou saber –, Joe saiu do quarto de
hóspedes e se esgueirou para minha cama. – Você vai fazer ele nos pegar – eu
disse, ao mesmo tempo em que subia nele. – Não se você não fizer barulho. –
Humm. Nem sei quantas vezes meu pai me pegou tentando sair de casa à noite
quando eu estava no colégio, e eu sempre fui silenciosa. – Podemos parar de
falar do seu pai agora? Isso está tirando minha atenção do quanto vai ser sexy
transar com você na sua cama da época do colégio. E, meu Deus, Demi. Você chama
isso de calcinha? – ele disse, agarrando a pequena tira de tecido e puxando.
Com força. – Ah, meu Deus! – eu sussurrei, querendo gritar. – Era uma calcinha
novinha e… – Você adorou – ele completou, sorrindo. – Estou só fazendo minha
parte da tradição. Eu queria discutir, mas: 1) ele estava certo e 2) fiquei
distraída quando ele deslizou o tecido rasgado para o lado e enfiou um dedo
dentro de mim. Ele tomou minha cintura com a outra mão, encorajando-me a
cavalgar nele. – Isso, desse jeito – ele disse, com os lábios separados e os
olhos voltados para o meio das minhas pernas. – Merda… tire a camisa. Já
esquecendo da calcinha rasgada, eu obedeci, tirando minha camiseta e jogando-a
para trás. Ele deslizou outro dedo e eu acelerei meus movimentos, fazendo a
cama chiar levemente. Joe se sentou, sussurrando um “Shh” contra minha boca. –
Sente um pouco. Eu me apoiei num joelho e fiquei olhando enquanto ele descia
seu pijama pela cintura. – Nós vamos mesmo fazer isso aqui? – eu sussurrei. A
cama era pequena demais, o quarto estava quente e silencioso demais… e meu pai
estava no quarto ao lado. Seria estúpido e inconveniente, mas não havia nada
nesse mundo que eu quisesse mais do que isso. Acendi o pequeno abajur para
poder enxergá-lo melhor. Seus lábios estavam inchados, o cabelo bagunçado e seu
sorriso parecia ridiculamente malicioso quando disse: – Eu te amo, porra, sua
garota safada. Você quer que eu fique olhando? – Sim. – Comece a se masturbar –
ele ordenou. Eu obedeci, devagar demais para chegar a algum lugar, mas com a
velocidade perfeita para fazer seus olhos se arregalarem antes de ele se
esticar para me beijar. Ele murmurou alguma coisa em meus lábios, com a língua
se movendo preguiçosamente contra a minha. Ele soltava pequenos sons e passava
as mãos por todo meu corpo. Seu pau deslizou sobre meu clitóris antes de entrar
vagarosamente em mim. Tudo se tornou um borrão depois disso, com a sensação de
estar preenchida por inteiro, sentindo sua respiração quente e sua pele ainda
mais quente. Joe chupou meu mamilo, raspando os dentes em mim enquanto eu me
movia sobre ele. Eu estava tão alheia a tudo que nem percebi o familiar ranger
da porta do quarto. – Oh, pelo amor de Deus! – meu pai gritou, e de repente
pernas e braços e lençóis esvoaçaram para todo lado tentando nos cobrir. Ouvi
os passos do meu pai enquanto ele se
afastava do quarto pelo corredor, resmungando algo sobre sua
pequena garotinha e sexo debaixo de seu teto e sinais de um ataque do coração.
Digamos apenas que Joe e eu nunca fomos tão gratos por nada nesse mundo quanto
pelo jogador de futebol que precisou de um tratamento de canal na manhã
seguinte e que apenas meu pai poderia fazer. Meu pai já estava em seu
consultório, esperando a chegada do jogador, antes mesmo do sol raiar. Pois é,
viagens nunca derem muito certo para nós dois.
Um sentimento de culpa me corroeu pelo resto da manhã. Eu
não deveria ter rejeitado tão rapidamente a proposta de Joe. Lá estava ele,
tentando ser flexível, e lá estava eu, dizendo para ele pensar no trabalho. O
que havia de errado comigo? Tentei encontrá-lo no meio das reuniões. Tentei
encontrá-lo no almoço. O mais perto que cheguei foi quando cruzei com ele no
corredor, acompanhado por um grupo de executivos que tagarelavam ao seu redor
como tietes perseguindo uma celebridade. – Preciso falar com você – eu disse,
apenas mexendo os lábios. – Bat-sinal? – eu acho que foi sua resposta.
Concordei com a cabeça. – Jantar? Ele assentiu, jogou um beijo para mim e foi
embora, carregado pela manada em direção ao elevador.
– Como estão as coisas? Sara deu de ombros, arrastando outra
batata frita pelo ketchup antes de jogá-la na boca, mas definitivamente sem
olhar para mim. – As coisas estão bem. Fiquei olhando para ela. As coisas
sempre estavam “bem” com Sara. – É sério! – ela insistiu, recostando-se na
cadeira. – Tem tanta coisa sendo falada sobre isso tudo. Estou apenas tentando
entender o que é verdade e o que não é. – Parece um bom plano – eu disse. – Eu
o conheço há tanto tempo que fica difícil colocar tudo no lugar. Mas,
honestamente, eu estou bem. – Sara, perdoe minha intromissão, pois acho que
tecnicamente isso não é da minha conta, mas isso que você falou é a maior
besteira que eu já ouvi. – Como é? – Você me ouviu! Essa história do Andy é
importante demais! Joe quer viajar comigo para a França e, além das outras
duzentas razões óbvias para eu não ir, no topo da lista está você! – Como é? –
ela repetiu, desta vez um pouco mais alto. – Joe quer levar você para a França?
Oh, meu Deus, isso é incrível! Mas, espera, o que você quer dizer com essa
história de eu estar no topo de uma lista?
– Pois é, ele quer que a gente tire umas férias antes da
loucura de Nova York realmente começar – eu disse, antes de amassar meu
guardanapo e jogá-lo nela. – Mas eu não quero sumir de repente porque estou
preocupada com você! Sara riu, levantando-se e andando ao redor da mesa para me
abraçar. – Isso é a coisa mais fofa e mais idiota que alguém já disse por mim.
Eu te amo, Demi. – Mas eu estou de mudança – acrescentei, apertando-a mais
forte. – As próximas semanas seriam nossos últimos dias juntas. Ela se sentou
na cadeira ao meu lado. – Sou uma garota crescida e sempre posso pegar um avião
até a sua cidade. Eu amei, amei saber que você queria ficar aqui e cuidar de
mim. Mas… acho que Joe está certo – ela disse, estremecendo um pouco. – Vocês
precisam disso, e se conseguir arranjar tudo… bom, você deveria jogar umas
roupas sexy na mala e arrastar aquele homem até a França. Eu ri, me apoiando em
seu ombro. – Deus, isso complicaria tudo. Eu teria que encontrar alguém para
fazer as entrevistas, participar de todas as minhas reuniões… – Mas valeria a
pena? Sorri, lembrando de como Joe parecera animado ao contar sobre a viagem, e
como seu rosto murchara quando eu não mostrei o mesmo entusiasmo. – Sim,
valeria.
eles PRECISAM viajar AGORA MESMO
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