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Beautiful Bombshell 2ª Temporada - Capitulo 2 (2.5)



 Beautiful Bombshell - Capitulo 2 (2.5)


Com minhas mãos no volante e as dela em tudo o mais – minhas coxas, meu pau, meu pescoço, meu peito –, eu não sabia se chegaríamos em casa com segurança. Principalmente quando ela levantou meu braço direito para poder se abaixar abrir o zíper da minha calça, puxar meu pau para fora e arrastar a língua por toda sua extensão. Eu queria chegar até seu apartamento, mas merda, isto já estava bom demais. – Oh Deus… – ela murmurou, antes de me tomar por inteiro na boca. – Puta merda – balbuciei, entrando na faixa da direita e diminuindo a velocidade. Mais uma vez, tudo parecia tão perfeito: suas mãos e boca trabalhando em sincronia, pequenos gemidos vibrando em mim e soando como se não houvesse nada que ela quisesse mais do que me sentir daquela maneira. Ela começou devagar, com longas chupadas e pequenas lambidas provocantes, me olhando de um modo sombrio até eu pensar que perderia a cabeça. Mas ela entendeu minha expressão, como sempre fazia, sabendo quando não parar, quando aumentar a velocidade, quando apertar gentilmente. Sua excitação foi o que me deixou ainda mais louco; seu olhar se tornou suplicante, a respiração entrecortada e os gemidos mais frenéticos. Cedo demais, eu já estava agarrando o volante com força, ofegando e implorando e, finalmente, praguejando alto ao gozar em sua boca. Não sei como consegui guiar o carro na rua, ou como o estacionei, mas minhas mãos trêmulas de algum jeito realizaram a façanha. Ela beijou minha barriga, então descansou a testa na minha coxa e o carro ficou completamente silencioso. Não foi exatamente como imaginei estar de novo com ela, mas a maneira apressada e espontânea como aconteceu… isso sim era a nossa cara. Quando ela se apoiou no meu braço para sentar, eu aproveitei para subir meu zíper e fechar o cinto. – Espera aí – ela disse, olhando pela janela. Seu tom surpreso diminuiu um pouco o clima sensual. – Estamos na sua casa? Por que estamos aqui? – Você queria ir para o seu apartamento? Dando de ombros, ela disse: – Só achei que era para lá que estávamos indo. Não tenho nada meu aqui. – Eu também não tenho nada no seu apartamento. – Mas eu tenho escovas de dente extras. Você tem escovas de dente extras? Do que ela estava falando? – Você pode usar a minha. Qual o problema? Suspirando, ela abriu a porta e murmurou: – Homens! – Só para esclarecer – eu disse, saindo do carro e a seguindo até a calçada –, eu trouxe você aqui porque era onde eu queria te trazer depois de San Diego. Eu ia amarrar você na cabeceira da cama e te dar tapas a noite inteira. E continuo com a intenção de fazer isso, depois de tudo que você me fez passar.
Demi parou na minha varanda, com as costas viradas para mim. Ficou assim por vários segundos confusos antes de girar e me encarar. – O que você disse? – Você não ouviu? – eu disse, e, quando ela apenas continuou me olhando, expliquei: – Sim, ficamos separados porque eu fui um idiota. Mas você também foi. Ela apertou os olhos e sua expressão ficou séria. A ideia de que ela fosse explodir e gritar comigo me deixou ao mesmo tempo com medo e excitado. Ela me pressionou contra a porta, agarrou com força a minha gravata e puxou até ficarmos cara a cara. Seus olhos negros estavam arregalados e selvagens. – Me dê suas chaves. Levei a mão ao meu bolso, tirei as chaves e coloquei em suas mãos sem questionar. Observei enquanto ela procurava as chaves e fiquei surpreso quando encontrou a certa na primeira tentativa. – Tem a tranca de cima e a… Ela me interrompeu, colocando a ponta do dedo nos meus lábios. – Shh. Não diga nada. Tentei entender o que estava acontecendo. Obviamente, ela não esperava que eu brincasse com o fato de ela ter me deixado mal. Talvez ela pensasse que toda essa discussão acabara na sala de conferência onde nos reconciliamos. E acho que, de muitas maneiras, foi isso mesmo que aconteceu. Eu não precisava que ela se desculpasse, e também não sentia mais a necessidade de pedir desculpas. Mas nossa separação resultara em alguns meses horríveis, então também não parecia que a conversa estava completamente terminada. Por isso, pensei que fazer uma sessão de tapas e beijos seria uma terapia muito apropriada para nós dois. Sua mão não hesitou ao enfiar a chave na porta. Ouvi o familiar som da fechadura virando, então ela abriu a porta e me empurrou, de costas, para dentro. – Continue reto e vai encontrar a sala de estar – ofereci. – Ou siga pelo corredor até minha cama. Senti ela me direcionar para a sala de estar, movendo os olhos entre meu rosto, sua mão na gravata e o resto do ambiente. Afinal, era a primeira vez que ela via a minha casa. – Belo lugar – ela sussurrou, aparentemente decidindo o que faria comigo. Então me puxou para ainda mais perto. – É tão básica. Parece tanto… com você. – Obrigado – eu disse, rindo. – Eu acho. Como se de repente lembrasse que estava me punindo por algo, ela me lançou um olhar severo. – Fique aqui. Ela me deixou ali e, embora eu quisesse saber o que estava tramando, segui sua instrução. Após apenas alguns segundos, ela voltou com uma das cadeiras da mesa de jantar. Colocou-a atrás de mim, pressionou meus ombros e me fez sentar. Então ela virou-se e caminhou até meu rádio, pegou o controle remoto e olhou para os botões. – Primeiro, ligue o… – Shh! – sem olhar para mim, ela ergueu a mão para me silenciar. Fechei a boca, com o queixo tenso. Ela estava abusando um pouco da minha paciência.
Se ela não tivesse me mandado sentar – e eu achava que ela não estava para brincadeiras –, eu já teria jogado seu corpo no meu colo com a bunda para cima, pronta para ser estapeada. Após apenas alguns momentos, um ritmo suave e pulsante preencheu a sala com uma voz rouca feminina. Demi hesitou ao lado do estéreo, seus ombros se movendo com sua profunda e nervosa respiração. – Linda, venha até aqui – sussurrei, esperando que ela me ouvisse em meio à música. Ela se virou, andou até mim e parou tão perto que suas coxas encostaram nos meus joelhos. Meu rosto ficou alinhado com seu peito, e não pude resistir a beijar os seios por cima da camisa. Mas Demi empurrou meus ombros de volta para trás. Ela seguiu o movimento do meu corpo, se movendo para montar em meu colo. Com as duas mãos, agarrou e começou a brincar com minha gravata. – Aquilo que você disse lá fora… – ela sussurrou. – Acho que precisamos conversar melhor. – Certo. – Mas se você não quiser fazer isso agora, podemos ir até seu quarto e você pode fazer o que quiser comigo – ela ergueu o olhar até meu rosto, estudando minha reação. – A conversa pode ficar pra depois. – Podemos conversar sobre qualquer coisa que você quiser – engoli em seco e sorri. – Depois vou te levar para a cama e fazer tudo que eu quiser. Eu mal conseguia respirar. Comecei a desabotoar minha camisa, mas ela tomou minha mão e a abaixou, erguendo a sobrancelha em um questionamento silencioso. Vagarosamente, ela tirou minha gravata e a enrolou no punho como uma luva de boxe. Fiquei tão excitado por ela se mostrar tão poderosa que nem notei quando moveu minhas mãos para o lado da cadeira. Meu pau endureceu em uma posição desconfortável, e movi a cintura para ajustar o ângulo da minha calça, com o coração explodindo debaixo do peito. Que diabos ela estava fazendo? – Diga que me ama – ela sussurrou. Meu coração acelerava e meu sangue parecia martelar nas veias. – Eu te amo. Loucamente. Estou… – eu tinha imaginado isso milhares de vezes, mas o momento parecia pesado demais e minhas palavras saíram em um único sussurro ofegante. Respirando fundo e fechando os olhos, murmurei: – Estou loucamente apaixonado por você. – Mas ficou bravo comigo quando fui embora. Senti um nó no estômago. Será que isso se transformaria em uma briga? E, se isso acontecesse, seria algo bom ou ruim? Demi se inclinou para frente, beijou meu queixo, meus lábios, meu rosto. Depois deslizou a boca até meu ouvido. Então senti um aperto nos meus pulsos: ela tinha usado a gravata para amarrar minhas mãos atrás da cadeira. – Está tudo bem – ela disse. – Não se preocupe. Só quero conversar sobre isso. Ela queria apenas conversar, queria sentir-se confortável ao ouvir como tudo aquilo me afetara, o quanto eu ficara com raiva. Mas precisava me amarrar? Eu sorri, virando o rosto para beijar seus lábios. – Sim, fiquei bravo com você. Meu coração estava partido, mas eu estava com raiva
também. – Conte por que você estava com raiva – sua boca se afastou da minha e chegou ao pescoço, onde chupou a pele enquanto eu pensava na resposta. Senti como se nossa separação tivesse acontecido milhões de anos atrás, mas ao mesmo tempo parecia ter sido ontem de manhã. O fato de Demi estar aqui, montada em meu colo e me beijando, era um lembrete de que aquilo era, de muitas maneiras, um passado remoto. Mas o jeito como meu peito se contorcia com a memória dela me deixando… mostrava que a ferida ainda era recente e estava aberta. – Você nunca me deixou explicar ou pedir desculpas. Eu te liguei. Fui até seu trabalho. Eu faria qualquer coisa para consertar tudo. Demi não respondeu, nem tentou se defender. Em vez disso, se levantou, deu um passo para trás, e abriu a fivela do salto alto. Ela desceu dos sapatos e voltou até mim, correndo os dedos em meus cabelos e puxando meu rosto contra seu peito. – Nós sabíamos que não seria fácil fazer a transição entre sexo-raivoso e casalapaixonado – eu disse, em meio ao tecido macio de sua blusa. – E, na primeira vez que eu fiz uma besteira, você me deixou. Ela abriu o botão de seu jeans, abaixou lentamente o zíper e então tirou a calça inteiramente. Em poucos segundos, a camisa também foi para o chão. Ela ficou de pé na minha frente, nua, com exceção do sutiã e da minúscula calcinha de renda vermelha. Na sala escura, sua pele parecia seda. Merda, merda, merda, merda. – Eu tinha acabado de perceber que estava apaixonado, e que talvez já estivesse apaixonado há algum tempo, e então você sumiu – olhei em seu rosto, torcendo para não ter ido longe demais. Ela deslizou para meu colo, e eu quis mais do qualquer coisa ter minhas mãos livres para subir por suas coxas perfeitas. Mas só pude ficar olhando para onde suas pernas se abriam em cima de mim, a apenas alguns centímetros do meu pau. – Sinto muito mesmo – ela sussurrou. Pisquei, surpreso. – Eu não mudaria nada, pois fiz o que precisava fazer na época. Mas eu sei que te machuquei, e sei que não foi justo simplesmente parar de falar com você. Concordei, levantando meu queixo para ela se aproximar e me beijar. Ela pressionou a boca na minha, de um jeito macio e molhado, e um pequeno gemido escapou de seus lábios. – Obrigada por aparecer hoje de manhã – ela disse. – Você teria me procurado? – perguntei. – Sim. – Quando? – Amanhã de manhã. Depois de terminar minha apresentação. Decidi isso faz uma semana. Soltei um grunhido e me inclinei para beijá-la. Ela se arqueou para trás, então acabei beijando seu queixo e descendo até a garganta. – Você saiu com mais alguém enquanto estávamos separados? Parei e a encarei, de queixo caído. – O quê? Você está falando sério? Não! Um sorriso se espalhou em seu rosto.
– Eu só precisava ouvir isso. – Se você deixou outro homem te tocar, Demi, eu juro por Deus, eu… – Calma aí, tigrão – ela pressionou dois dedos na minha boca. – Não deixei. Fechei os olhos, beijando seus dedos e assentindo. Essa imagem ofensiva evaporou lentamente da minha cabeça, mas meu coração não desacelerou nem um pouco. Senti sua respiração em meu pescoço antes de ouvi-la perguntar: – Você pensava em mim? – Várias vezes a cada minuto. – Você pensava em me comer? Todas as palavras sumiram da minha mente. Cada palavra existente no dicionário evaporou e eu me ajeitei debaixo de Demi, desejando-a tão intensamente neste momento vulnerável e silencioso que fiquei com medo de enlouquecer no instante que ela tirasse minha calça. – No começo, não – consegui dizer finalmente. – Mas depois de algumas semanas, eu tentei. – Tentou se tocar e pensar em mim? Como se a sua mão pudesse me substituir? Observei sua expressão se transformar de curiosa para predatória antes de responder: – Sim. – Você gozou? – Meu Deus, Demi – por que eu me excitava tanto quando ela me pressionava desse jeito? Ela não piscou nem se mexeu enquanto esperava minha resposta. Ficou apenas me encarando. – Responda. Eu mal consegui esconder um sorriso. Ela adorava bancar a mandona. – Algumas vezes. Não era muito prazeroso, porque você aparecia na minha mente e isso me trazia alívio, mas também frustração. – Para mim também – ela disse. – Senti tanta saudade que até doía. Sentia saudade no trabalho, em casa, na minha cama, eu quase não conseguia aguentar. Os únicos momentos em que eu conseguia apagar você da minha mente era quando eu saía para… – Correr – sussurrei. – Dá pra perceber. Você perdeu peso demais. Ela ergueu uma sobrancelha. – Você também. – E também bebi muito – admiti, lembrando a ela que isso não era uma competição. Ela não precisava provar que se saíra melhor, pois eu tinha certeza de que fora isso que acontecera. – O primeiro mês da nossa separação ainda é um borrão na minha memória. – Sara me contou sobre o seu estado. Ela disse que eu não estava sendo justa ficando longe de você. Franzi a testa. É mesmo? Sara disse isso? – Você fez o que precisava fazer. Ela se inclinou para trás e olhou para meu corpo, depois para os meus olhos. Fiquei curioso ao perceber que ela parecia um pouco surpresa. E um pouco atrevida. – Você me deixou te amarrar. Olhei em seu rosto.
– É claro que sim. – Eu não sabia se você deixaria. Pensei que tinha te enganado… achei que diria não. – Demi, você me ganhou desde o primeiro segundo em que te vi. Eu teria deixado você me amarrar lá na sala de conferência, se você tivesse pedido. Um pequeno sorriso apareceu no canto de sua boca. – Eu não teria deixado, se você tivesse me pedido. – Ótimo – tentei me aproximar para beijá-la. – Você é mais esperta do que eu. Ela ficou de pé e levou as mãos até as costas para abrir o sutiã, que deslizou por seus braços e caiu no chão. – Acho que nós dois sempre soubemos que isso é verdade. Meu desejo por ela era como uma dor forte e constante. Eu estava tão duro que podia sentir em meu pau cada batida do coração, mas também sentia como se minha visão estivesse supersaturada com cores: o vermelho de sua calcinha e dos lábios, o marrom de seus olhos, a brancura da pele. Meu corpo gritava, pedindo por ela, mas meu cérebro não conseguia parar de admirar cada detalhe. – Deixa eu sentir você. Ela voltou até mim, levando um seio até minha boca. Eu me inclinei e tomei um mamilo em meus lábios, prendendo-o com os dentes. Sem aviso, ela se levantou e se afastou, ficando de costas para mim e lançando um olhar endiabrado por cima do ombro. – O que você está fazendo, sua diabinha? – eu disse ofegando. Seus polegares se engancharam na cintura da calcinha de renda e ela começou a abaixála, rebolando lentamente. Não. De jeito nenhum. – Não se atreva a fazer isso! – eu disse, livrando minhas mãos do nó frouxo que ela tinha feito. Fiquei de pé, olhando-a de cima para baixo, como uma nuvem de tempestade se formando em minha sala de estar. – Vá até a cama. Se você pensar em tirar essa calcinha, eu vou cuidar de mim mesmo e você só vai poder ficar lá deitada assistindo eu gozar. Seus olhos se arregalaram no meio da penumbra e, sem dizer uma palavra, ela se virou e correu para meu quarto. —
E, com essa memória em minha mente, meu dia estava oficialmente perdido. Aquela noite foi a mais íntima da minha vida e mudou o status de nossa relação de “Vamos ver se dá certo” para “Totalmente comprometidos”. Nunca vou me esquecer de como ela transformou sua vulnerabilidade em uma confiança discreta, ou de como, no quarto, ela me deixou virar o jogo, amarrá-la na minha cama e mordiscar cada centímetro de seu corpo. Soltei um grunhido quando percebi que não fazia ideia de quando teríamos uma noite tão sossegada assim de novo, então peguei meu celular. Enviei uma mensagem: Almoço? Ela respondeu: Não posso. Tenho reunião com o Douglas do meio-dia até as três. Me mate. Olhei para o relógio. Eram onze e trinta e seis. Deixei o celular na mesa e voltei para o artigo que estava escrevendo para o Journal. Eu estava imprestável e sabia disso. Depois de dois minutos, peguei o celular e enviei outra mensagem para ela, desta vez
usando nosso código secreto. Bat-Sinal. Ela respondeu imediatamente: Estou a caminho. A porta do lado externo do meu escritório se abriu, e pude ouvir os saltos de Demi batendo no chão do escritório da recepção logo ao lado da minha sala. Esse já fora o lugar onde Demi trabalhava, mas, quando terminou o MBA e voltou para a Jonas Media Group, ela se mudou para um escritório próprio, na ala Leste. Resultado: minha recepção agora ficava vazia. Tentei trabalhar com outros assistentes, mas nenhum funcionou. Andrea chorava o tempo todo. Jesse batia a caneta na mesa e aquilo me deixava maluco. Bruce não conseguia digitar. Aparentemente eu deveria ter acreditado quando diziam que Demi era uma santa por “me aguentar”. Minha porta se abriu e ela entrou, com as sobrancelhas franzidas. Usávamos o bat-sinal principalmente para avisar um ao outro sobre crises no trabalho, e por um momento eu me perguntei se teria exagerado. – O que aconteceu? – ela perguntou, parando a uns trinta centímetros de mim, com os braços cruzados sobre o peito. Dava para ver que ela estava preparada para encarar uma batalha profissional ao meu lado, mas a luta que eu queria que ela enfrentasse era muito mais pessoal. – Nada com relação ao trabalho – eu disse, coçando o queixo. – Eu… Perdi o raciocínio enquanto observava cada parte de seu rosto: os olhos concentrados, os lábios macios apertados enquanto prestava atenção, a pele suave. E, é claro, deixei meu olhar cair em direção aos seios, pois ela usava uma blusa apertada e… meu Deus. – Você está olhando meus peitos? – Sim. – Você usou o bat-sinal pra ficar olhando os meus peitos? – Sossega, nervosinha. Usei o bat-sinal porque estou com saudade de você. Seus braços caíram para os lados e começaram a arrumar nervosamente a blusa. – Como pode estar com saudade? Dormi na sua casa ontem. – Eu sei – conhecia esse lado dela. Sempre tentando se preservar. – E passamos o fim de semana inteiro juntos. – Sim. Você e eu… e a Julia. E o Scott. E o Kevin. E a Dani. Não ficamos sozinhos. Não tanto quanto esperávamos. Demi virou a cabeça e olhou para a janela. Pela primeira vez em semanas, tínhamos um perfeito dia de sol, e eu queria ir lá fora com ela e… apenas sentar em algum lugar. – Ultimamente eu tenho sentido saudades de você o tempo inteiro – ela sussurrou. O nó em meu peito se afrouxou um pouco. – É mesmo? Confirmando, ela se virou para mim. – Sua agenda de viagens está uma droga – ela se aproximou e ergueu uma sobrancelha. – E você não me deu um beijo de despedida hoje de manhã. – Na verdade, dei sim – eu disse, sorrindo. – Você ainda estava dormindo. – Isso não conta. – Você está procurando uma discussão, srta. Lovato? Ela deu de ombros, tentando esconder um sorriso enquanto estudava cuidadosamente minha expressão. – Nós podemos pular a briga e você pode simplesmente chupar o meu pau por uns dez
minutos. Sem hesitar, ela se aproximou e passou os braços ao meu redor, esticando o corpo para mergulhar o rosto em meu pescoço. – Eu te amo – ela sussurrou. – E amei você ter enviado o bat-sinal só porque estava com saudades. Fiquei sem palavras, provavelmente por tempo demais, até que finalmente consegui balbuciar: – Eu também te amo. Não é que Demi não fosse expressiva; ela era sim. Quando ficávamos sozinhos, ela era – fisicamente – a mulher mais expressiva que já conheci. Mas, embora eu frequentemente expressasse meus sentimentos, eu podia contar nos dedos as vezes em que ela pronunciou as palavras “eu te amo”. Eu não precisava que ela falasse mais; porém, a cada vez que dizia, isso me afetava de um jeito mais profundo do que eu esperava. – Mas, falando sério – sussurrei, lutando para me recompor. – Talvez eu só precise de uma rapidinha em cima da mesa. Ela riu, balançando a cabeça em meu pescoço e levando a mão até meu pau. Esse jogo eu conhecia, e era perfeitamente possível que ela fizesse algo ameaçador, que iria me excitar na mesma medida que me aterrorizava. Mas, em vez de me encarar com perigo nos olhos, ela virou a cabeça para chupar meu pescoço e sussurrou: – Não posso ir na reunião com o Douglas cheirando a sexo. – Você acha que não está sempre cheirando a sexo? – Nem sempre eu tenho o seu cheiro – ela esclareceu, antes de lamber meu pescoço. – Isso é o que você pensa. Fazia muito tempo desde a última vez que transamos no escritório e eu já não aguentava mais o desejo de possuí-la. Eu queria rasgar minha calça e arrancar a camisa dela cintura acima, depois arruinar as pilhas de papéis em minha mesa, jogando Demi por cima de tudo. Felizmente para mim, ela começou a descer, beijando meu queixo até o pescoço, depois deslizou por meu corpo até o chão, subindo levemente a saia, de um jeito quase inocente, para se ajoelhar na minha frente. Mas não… uma vez no chão, ela continuou subindo a saia até chegar à cintura. Com uma mão, ela se tocou entre as pernas; com a outra, abriu rapidamente meu cinto e o zíper. Fechei os olhos, precisando acalmar minha mente enquanto ela me libertava e, sem hesitar, tomava meu pau em sua boca. Meu pau estava quase totalmente ereto e, com seu toque, cresceu ainda mais. Uma sucção quente e molhada desceu e subiu, mais forte da segunda vez, enquanto ela se ajustava à sensação de me ter em sua boca. Senti sua respiração acelerar em rápidas lufadas em meu umbigo, e podia ouvir o som de seus dedos se movendo em si mesma. – Você está se tocando? Sua cabeça se ajeitou levemente quando ela confirmou. – Você já estava molhada por minha causa? Ela parou por um segundo, e então levantou a mão acima da cabeça. Eu me inclinei e chupei dois dedos dela. Merda. Fui consumido pela percepção tão clara do quanto ela queria aquilo. Eu sabia por
experiência própria qual era seu sabor antes de estar realmente pronta para mim – por exemplo, quando eu chegava tarde em casa e a surpreendia, em seu sono, com minha boca. E sabia que tinha um sabor muito diferente depois de provocarmos um ao outro por quase uma eternidade. Agora, em seus dedos, eu sentia sua excitação máxima, e isso fez minha cabeça girar. Desde quando ela estava esperando por isso? O dia todo? Desde que saí, hoje de manhã? Mas ela não me deixou pensar muito, levou a mão de volta para o espaço oculto no meio de suas pernas. Observei sua cabeça se movendo e seus lábios deslizando sobre mim. Tentei me concentrar nisso para me acalmar. Mas, mesmo quando sua boca estava em mim, ou quando eu estava dentro dela, eu sempre queria mais. Era impossível possuí-la de todas as maneiras ao mesmo tempo, mas isso nunca me impediu de imaginar um furacão de posições e gemidos, minhas mãos em seus cabelos e em sua cintura, meus dedos em sua boca e também entre suas pernas, agarrando suas coxas. Quando eu passava as mãos em seus cabelos ela sabia que eu queria mais rápido, e quando minha cintura começava a se mover, ela sabia que não deveria provocar, nem mesmo um pouco. Pelo menos, não quando ela tinha uma reunião logo em seguida. Em um pensamento súbito, lembrei que meu escritório não estava trancado; Demi entrara pensando que iríamos conversar sobre o trabalho. A porta da recepção estava fechada, mas também não estava trancada. – Oh, merda – murmurei. Por algum motivo, a ideia de que poderíamos ser flagrados deixou tudo ainda mais excitante. – Demi… – sem mais aviso, um orgasmo desceu por minhas costas, eletrizante e ardente, e tão intenso que deixou minhas pernas bambas e meus punhos agarrando seus cabelos. Ela se arqueou com meu puxão, seu braço se movendo rapidamente enquanto tocava a si mesma, fazendo os sons de seu próprio prazer me atingirem, abafados. Olhando para baixo, percebi que ela estava observando minha reação… é claro que estava. Seus olhos se arregalaram e mostravam uma doçura – ela parecia fascinada. Tenho certeza de que sua expressão era exatamente igual à que eu fazia toda vez que a via gozar com meu toque. Após uma pausa para recuperar o fôlego, eu saí de sua boca e me ajoelhei no chão de frente para ela, levando minha mão para encontrar a dela no meio de suas pernas. Ela se ajeitou e deixou meus dedos tomarem o controle. Deslizei dois para dentro, entrando fundo e de uma vez, e ela quase tombou para trás, seu corpo se apertando em mim. Usei minha outra mão para apoiá-la e beijei seus lábios, gemendo ao sentir que eles estavam um pouco vermelhos, um pouco inchados. – Estou quase lá – ela disse, passando o braço livre ao redor do meu pescoço. – Eu gosto dessa sua necessidade de me avisar disso. Eu imaginava que um dia meu toque se tornasse familiar demais para ela, ou que minha técnica se tornasse cansativa, mas cada vez que meu polegar raspava e pressionava seu clitóris ela parecia ter uma sensação mais intensa do que antes. – Mais um – ela sussurrou quase sem voz. – Por favor, eu quero… Ela não terminou o pensamento. E nem precisava. Enfiei três dedos e fiquei olhando enquanto sua cabeça caía para trás, com os lábios separados e o som rouco e silencioso de seu orgasmo-quase-abafado reverberando por seu corpo. Por alguns segundos, ficamos abraçados enquanto eu respirava em seus cabelos, tentando imaginar que estávamos em outro lugar, talvez em minha sala de estar ou no meu quarto,
certamente não no chão do meu escritório de porta destrancada. Parecendo se lembrar disso ao mesmo tempo que eu, Demi subiu sua calcinha e baixou a saia no lugar, depois tomou minha mão para eu levantá-la. Como de costume, fui atingido pelo silêncio ao redor, e imaginei se éramos mesmo tão discretos como pensávamos. Ela olhou ao redor, ainda um pouco fora do ar, e deu um sorriso preguiçoso. – Agora vai ser ainda mais difícil ficar acordada na reunião. – Não estou nem aí – eu murmurei, abaixando para beijar seu pescoço. Quando me endireitei, ela se virou e entrou no meu lavabo, subindo as mangas da blusa para lavar as mãos. Eu me aproximei, pressionando meu peito em suas costas, e coloquei minhas mãos debaixo da água com as dela. O sabonete deslizou entre nossos dedos e ela pousou a cabeça para trás em meu peito. Eu queria passar uma hora tirando seu cheiro de nossos dedos, apenas para poder ficar nessa posição. – Vamos passar a noite no seu apartamento? – perguntei. Sempre era uma decisão difícil. Minha cama era melhor para brincarmos, mas sua cozinha era mais abastecida. Ela desligou a água e levou as mãos até a toalha. – Sua casa. Tenho que lavar roupas. – Quem disse que o romantismo não existe mais… – também usei a toalha e a beijei novamente. Ela manteve a boca fechada e os olhos abertos, e eu me afastei um pouco. – Joe? – Humm? – É verdade sim. – O quê? – Eu te amo. Talvez eu não diga isso o bastante. Talvez seja por isso que você usou o batsinal. Eu sorri, com meu coração apertado no peito. – Eu sei. E não foi por isso que enviei a mensagem. Fiz isso porque ultimamente não recebo sua atenção exclusiva, e eu sou um cretino ganancioso. Minha mãe não te avisou que eu nunca fui bom em compartilhar? – Depois que mudarmos para Nova York, as coisas vão se acalmar e nós vamos ter mais tempo juntos. – Em Nova York? Duvido! – eu disse. – E, mesmo que as coisas se acalmem, não seria legal se viajássemos um pouco antes de tudo isso? – Quando? – ela perguntou, então olhou ao redor como se sua agenda lotada preenchesse cada superfície do lugar. – Nunca vai existir uma data perfeita. E depois que mudarmos os escritórios, tudo vai ficar ainda mais corrido, pelo menos por um tempo. Ela riu e balançou a cabeça. – Bom, eu não consigo pensar numa hora pior. Talvez no final do verão? – com um beijo rápido, ela se virou, pegou meu celular em cima da mesa e arregalou os olhos quando viu as horas. – Preciso ir! – disse, me beijando mais uma vez antes de ir embora. E o assunto morreu ali. Mas a palavra férias continuou em minha mente.

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