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Criminal Lover - Capítulo 10

Capítulo 10

O silêncio da noite o agradava ao extremo, mas pela primeira vez, não estava ali para fazer algo da qual estava acostumado. Tinha uma missão e aquela mansão era grande o suficiente para sair sem ser notado. Bastava manter-se em silêncio até chegar à garagem e o que viria a seguir seria mais fácil. Por sorte Eddie viajara pela manhã e ele pode planejar tudo durante todo o dia para finalmente estar ali àquela hora. Abriu a porta do quarto de Demi devagar, o ambiente estava iluminado apenas pela luz do abajur e era a claridade ideal que precisava. Fechou a porta atrás de si e olhou para ela adormecida, debaixo de um edredom com o rosto tranquilo. Sabia que teria que acordá-la e quanto mais rápido fizesse isso, mais cedo estaria à caminho do local escolhido.
Aproximou-se da cama devagar, retirou o edredom descobrindo o corpo dela e demorou o olhar em suas coxas completamente à mostra por conta da camisola rosa bastante curta. Cada dia que passava se sentir mais atraído por ela, mas ainda não era hora de saciar seus desejos sexuais. Com rapidez e precisão, ele se debruçou e tapou a boca de Demi com firmeza. Ao sentir a força com a que ele pressionava suas bochechas com os dedos, ela acordou assustada e arregalou os olhos ao ver o que Joe estava fazendo. Ainda estava sonolenta e demorava para assimilar tudo o que acontecida.

- Fique quieta, não tente fazer nada. - ele disse com a voz rouca.
Joe usava uma luva preta de couro que continuava pressionando sua boca, tirou do bolso da calça que usava uma fita e olhando fixamente para Demi, retirou a mão da sua boca devagar para poder arrancar um pedaço com da fita.

- Não ouse falar nada. - disse bastante sério - Mas para prevenir que você faça algum barulho, vou te por isso.

Colocou a fita na boca de Demi e ela arregalou os olhos ao se sentir os lábios presos. Joe sorriu malicioso e amassou a fita novamente colocando-a dentro do bolso. Retirou do mesmo um pedaço de pano e com agilidade virou Demi de bruços provocando nela um grunhido abafado pela fita. Com o pedaço de pano, amarrou os pulsos dela com firmeza deixando-a com os braços imobilizados. Sem conseguir resistir, deslizou uma das mãos pelo quadril dela fazendo a camisola subir um pouco mais e mostrar a calcinha branca. Sorriu diante da imagem e sem querer perder tempo, segurou-lhe os cabelos e a puxou fazendo com que Demi grunhisse novamente e se levantasse, sendo arrastada para fora da cama e ficando de pé enquanto Joe a soltava e ia até a penteadeira onde ficava a caixa de jóias.
Por sorte, lá estava o colar de diamantes que ela usara na última festa em que foram juntos. Sorriu passando o dedo pela pedra maior e, mesmo usando luvas, podia sentir que as pedras queimavam em sua mão. Demi o olhava curiosa e ele se aproximou dela se posicionando atrás e colocando o colar em seu pescoço com calma.
- Pronto, isso é tudo que eu preciso por enquanto. - disse baixo perto do ouvido dela. - Vamos.

Joe segurou os cabelos dela próximos à nuca novamente e saiu do quarto arrastando-a pelo corredor e descendo as escadas com uma Demi um pouco desajeitada ao seu lado por conta dos braços amarrados que não lhe davam equilíbrio. Ele não queria perder tempo, saiu pela porta dos fundos da mansão que ficava na cozinha e deu a volta por trás para chegar à garagem sem correr o risco de ser visto por algum empregado que pudesse estar acordado àquela hora. Já passava da meia-noite, mas ainda assim tinha que tomar todos os cuidados. Entrou na garagem e rapidamente abriu a porta traseira do carro, empurrando Demi lá dentro que caiu deitada no banco de trás e deu a volta no veículo se posicionando atrás do volante.

- Não quero que levante, quero que permaneça deitada. - disse sério ligando o motor.

Enquanto Joe dirigia pelas ruas calmas da Flórida, sem saber para onde seria levada, Demi respirava um pouco ofegante sem poder se mover. Todo esse mistério, a maneira como Joe se dirigia à ela e até mesmo a violência com a qual a arrastara para fora do quarto a deixavam com o corpo em alerta, começando a pegar fogo diante da excitação daquele momento. Não podia falar nada, nem ao menos se mexer para tocá-lo, apenas observar o quanto Joe estava sexy vestido de preto e com a aquelas luvas de couro. Agora podia sentir um pouco como era o Joe ladrão, aquele tipo que a excitava ao extremo e a enlouquecia apenas com um olhar.
Demi não teve certeza de quanto tempo ficou imóvel naquele carro e muito menos sabia para onde estava indo, mas ficou em alerta ao ver que Joe diminuía a velocidade até parar. Tentou se levantar, mas sem o apoio dos braços aquilo era complicado e ficou esperando até que ele saiu do carro e abriu a porta de trás, puxando-a novamente pelos cabelos e fazendo com que ela sentasse no banco. Demi pode ver que era um local isolado, não tinha a mínima noção de onde estava, mas seu corpo se excitava ainda mais com o desconhecido, principalmente por estar em companhia de Joe.
Ele a puxou para fora do veículo e bateu a porta acionando o alarme enquanto a arrastava pelos cabelos para a pequena casa de madeira. Era bem rústica, isolada e ela gostaria de saber como ele conseguira aquele lugar. Ao abrir a porta, esta rangeu mostrando que as dobradiças estavam gastas, e ao acender a luz, pode ver que o local por dentro era simples, mas estava bem organizado. Joe finalmente soltou-lhe os cabelos e largou a chave em uma mesinha de madeira que estava ao canto. Aproveitou que estava atrás dela e jogou seus cabelos para o lado, soltando o colar enquanto tinha um sorriso malicioso nos lábios.

- Isto agora me pertence. - deixou o colar em cima da mesa ao lado das chaves - Olhe para mim, Demi. - ordenou.
Devagar, ela se virou encontrando os olhos dele escurecidos e sombrios. Os mesmos que vira no dia em que descobriu que ele era um ladrão de jóias. O olhar que a fazia estremecer, que lhe arrepiava e era capaz de lhe despertar desejo.

- Você não tem ideia de onde está não é? - sorriu de canto enquanto retirava as luvas - Se eu te largasse no meio da estrada, dificilmente você chegaria à cidade sem ser abusada pelo caminho. - jogou o par de luvas em cima da mesa - Mas não se preocupe, eu mesmo vou cuidar dessa parte.

Com pressa e louco para possui-la, ele avançou jogando-a no sofá que estava logo atrás fazendo com que Demi grunhisse ao bater as costas nele. Joe retirou a camisa preta com agilidade e deixou que esta caísse ao chão, em seguida abriu o cinto e a calça, puxando-a para baixo e ficando apenas de cueca. Ela já enxergava o volume que ele guardava ali e ficou ainda mais excitada ao imaginar o prazer que sentiria ao ser penetrada. Sabia que Joe seria violento e estava disposta a encarar a força com a qual ele a penetraria.
Sem poder gemer quando ele debruçou-se por cima e abocanhou seu pescoço, ela fez um barulho como se estivesse chamando pelo nome dele o que o deixou ainda mais excitado. Deu um chupão em seu pescoço e com uma das mãos abaixou a alça da camisola dela, abocanhando o seio direito em seguida. Demi queria poder gemer, adorava o contato da língua de Joe em seu mamilo e as leves mordidas dele lhe davam certa dor e a excitavam ainda mais. Joe se deliciava com um dos seios dela e com uma das mãos, subiu a camisola até sua cintura e puxou com força a calcinha deslizando-a por suas pernas.
Deixou a intimidade dela à mostra e afastou-lhe as pernas, colocando a boca em seu centro e fazendo com que Demi arqueasse o corpo grunhindo pela excitação. Joe fazia coisas com a língua que faziam com que ela quase chorasse quando era provocada. Ansiava por sentir o membro rígido invadindo-a com força como sempre fazia. Sem contorcia com os movimentos da língua dele, queria segurar seus cabelos, mas estava com as mãos amarradas à mercê daquele homem.
Por conta dos olhos fechados, Demi não viu quando e nem como Joe se livrou da cueca, já que não deixara de sentir a língua dele acariciando-a, mas assim que deixou de sentir aquele contato tão íntimo, abriu os olhos, mas voltou a fechá-los no mesmo momento sentindo a força com a que ele a invadia. Joe gemeu, mas ela apenas pode emitir um som que era como um gemido abafado. Ele começou a se movimentar rápido segurando a coxa dela enquanto sentia o membro deslizando pela intimidade úmida e quente. Eram movimentos precisos e ritmados, que faziam com que ele suasse e os cabelos dela grudassem em seu pescoço. Joe lhe dava alguns tapas na coxa e ela sentia a pele arder, e sem conseguir arranhá-lo, cravava as unhas na própria palma da mão. O corpo dele se movia rápido levando o dela junto e as respirações já estavam ofegantes. Para Demi era difícil manter-se respirando apenas pelo nariz, por isso estava ainda mais vermelha.
Era um prazer indescritível, estava totalmente à mercê do que Joe quisesse fazer e ele não perdia tempo provocando-a. Queria que ambos chegassem ao orgasmo o mais rápido possível e foi o que aconteceu. Joe se contorceu deixando o corpo mole enquanto sentia ser absorvida para outro mundo onde toda a sua razão era deixada de lado e apenas o corpo importava. Joe explodiu dentro dela, soltando um gemido rouco e apertando sua coxa com mais força, deixando os dedos marcados na pele clara dela.
Joe assim que conseguiu controlar o próprio corpo, levantou a cabeça e olhou para Demi que estava com os olhos fechados e respirava pesadamente. Ele segurou ponta da fita e puxou-a com força para, fazendo com que ela gemesse e pudesse finalmente emitir um som de verdade. Estava ofegante, manteve os olhos fechados tentando tomar todo o ar que pudesse para si, até que finalmente abriu os olhos encontrando com os olhos amendoados dele olhando-a com atenção.

- Nunca pensei que ser sequestrada fosse ser tão... - ela disse e respirou fundo - Prazeroso.
- Passará dois dias trancada nesse cativeiro. - sorriu e virou-a de bruços - Vai sair daqui tendo a certeza que o sequestro foi a melhor coisa que aconteceu na sua vida. - soltou o nó do pano que amarrava os pulsos dela - E sabe o que quero como recompensa? - jogou o pano para o lado.
- O quê?

Ele abaixou o corpo e colocou a boca próxima ao ouvido dela, sussurrando em seguida:

- Você.

Finalmente ele a beijou. Demi sentia falta do contato com a língua quente dele e o beijo foi profundo, se intensificando e entre carícias ambos se deixaram levar novamente, mas dessa vez ela também podia acariciá-lo como pretendia.
Após ficarem deitados por um tempo recuperando as energias daquela madrugada agitada, Demi se sentou no sofá-cama e passou as mãos nos cabelos. Joe apenas a observou, queria fumar, mas seu corpo lhe pedia para ficar deitado, pois não queria levantar-se e ir até o porta-luvas do carro buscar o maço de cigarros deixado lá.

- Como ficarei aqui por dois dias, Joe? - olhou para ele - Os empregados vão perceber, além do mais, não tenho roupa.
- Eu avisei a Lucy que você ficaria dois dias na casa de uma amiga e eu mesmo a levaria até lá, assim eu não preciso aparecer na mansão.
- Ótimo, mas e minhas roupas? Não posso ficar de camisola todo o tempo.
- Pode ficar nua. - sorriu malicioso - Mas não se preocupe, eu dei um jeito. - levantou-se e abriu uma mochila em cima da poltrona que até então ela não havia notado - Coloquei algumas roupas suas aqui e trouxe mais cedo enquanto você estava no curso.
- Como fez isso e eu não notei? - perguntou surpresa.
- É a especialidade de um ladrão, Demi. - olhou-a - Fazer as coisas sem que ninguém se dê conta. - caminhou até a porta que dividia a sala da cozinha - Incrível como existam lugares assim, não é mesmo?
- Onde você encontrou essa casa? - perguntou curiosa se levantando e o acompanhando até a cozinha.
- Há muitas casas como essa aqui nessa estrada, tudo pertence à pessoas que querem fugir da confusão da cidade. - explicou indo até a geladeira - Era do meu pai, quando ainda morávamos na fazenda. Aqui era a fazenda.
- Sério? - foi até a janela da cozinha e abriu-a - Mas o que houve com ela? - olhou para fora vendo apenas um mato quase seco.
- Depois que meu pai abriu a empresa, ele não quis mais essa fazenda e vendeu todos os animais que tinham aqui. Sobrou só a casa que ele quis conservar, bem como todo o terreno. - colocou a jarra de suco em cima da mesa - Portanto a casa é minha e hoje durante o seu curso, comprei algumas coisas e coloquei na geladeira, assim não passamos fome. - olhou para ela - Não quer suco?
- Não, não agora. - olhou para ele - Sua vida foi tão interessante, a minha tão sem emoção. - aproximou-se dele - Mas depois que te conheci, ficou tudo tão diferente. - colocou as mãos nos braços dele, apertando-os um pouco - Até andar nua dentro de casa passou a ser tão natural. - sorriu.
- Que bom que pensa assim. - colocou uma das mãos na bunda dela - Me poupa grande parte do trabalho. - sorriu malicioso - Que tal tomarmos um banho?
- Beba seu suco e me encontre no banheiro. - mordeu o queixo dele e saiu correndo para fora da cozinha.
- Que se dane o suco! - ele exclamou indo atrás dela a passos largos.

Dentro do chuveiro ambos transaram mais uma vez e após terminarem o banho, Joe colocou uma calça de abrigo e ela vestiu um short branco com uma blusa vermelha que chamava a atenção dele para o decote. Ela se sentou no sofá-cama e pegou o controle para ligar a TV procurando um filme interessante. Joe pegou o maço de cigarros no porta-luvas do carro e ficou perto da janela fumando enquanto algumas vezes olhava para Demi deitada. Pensava no quanto ela lhe chamava a atenção e apesar de ser mais nova do que as mulheres com que estava acostumado a se relacionar, fora a única que lhe fizera perder a razão e o envolvera tanto a ponto de fazer com que deixasse o trabalho de lado.

- Vou fazer o jantar. - ele dissera apagando o cigarro no cinzeiro que deixara na pequena mesa de madeira ao seu lado.
- O quê? - ela desviou o olhar da TV e olhou para ele curiosa - Você vai cozinhar?
- Claro. - sorriu de canto e caminhou até ela se sentando na beirada do sofá-cama - Há coisas sobre mim que você não sabe, Demi. - segurou-lhe o queixo e lhe deu um beijo chupando seu lábio inferior.
- Cada vez que descubro essas coisas, fico ainda mais interessada em descobrir o resto. - sorriu e passou a ponta dos dedos no rosto dele - Quero ver você cozinhar.
- Venha.

Ele a pegou no colo de surpresa e Demi soltou um pequeno grito de espanto por ser levantada de maneira tão rápida. Joe a levou para a cozinha e a deixou no chão enquanto ia para o armário e pegava os ingredientes. Demi se sentou na cadeira e ficou olhando ele se movimentar de um lado para o outro em busca dos ingredientes e já colocando a água para ferver. Era impressionante como Joe podia sempre surpreendê-la, era um ladrão, um dono de empresa, um amante incrível e agora também era cozinheiro, e ela era capaz de imaginá-lo roubando uma jóia, mas não conseguia ter a imagem dele com panelas e de frente para um fogão.
Joe cozinhava rápido e com bastante habilidade e em poucos minutos estava pronto o macarrão. Os dois comeram e Demi anotou mentalmente mais um detalhe daquele homem que não apenas cozinhava, mas o fazia deliciosamente bem. Até repetiu a refeição, já que estava bastante faminta e adorara o macarrão.

- Nossa, você cozinha muito bem! - exclamou assim que terminou de comer.
- E você não sabe cozinhar, não é? - sorriu de canto.
- Nem fritar um ovo. - confessou - Sempre tive cozinheiras em casa.
- Eu aprendi muita coisa quando era adolescente. - recostou-se na cadeira e respirou fundo - Lavarei a louça rapidamente me espere deitada.
- Com o maior prazer. - sorriu e saiu da cozinha.

Após deixar tudo arrumado, Joe se deitou com ela e entre carícias e beijos transaram novamente se deixando cair em um sono profundo logo em seguida.
Durante a manhã, Demi levantou-se primeiro na intenção de preparar um café. Por não saber cozinhar, só conseguiu colocar na mesa cereais e leite. Suspirou frustrada porque Joe iria rir daquele café da manhã nem um pouco sofisticado. Ficou chateada por não conseguir proporcionar uma surpresa decente para ele. Sentou-se na cadeira e apoiou os cotovelos na mesa com expressão derrotada.

- Já acordada? - Joe entrou na cozinha com os cabelos despenteados e com cara de sono.
- Sim, queria preparar algo legal para o café, mas não consegui. - disse desanimada - Não sei cozinhar, então o máximo que fiz foi pega o cereal e o leite.
- Demi, não fique com essa cara. - aproximou-se dela e lhe deu um beijo nos lábios - Nem todo mundo sabe cozinhar, mas quem sabe hoje no almoço eu não te ensine algo?
- Acho ótimo! - sorriu antes de sentir outro beijo.

Tomaram o café juntos enquanto Joe contava sobre as jóias que ha havia roubado, especificamente sobre o colar que Demi vira em sua mão quando descobriu que ele era um ladrão. Ela estava completamente encantada com tudo o que estava acontecendo com ela e com o quanto podia se excitar com aquele homem. Nunca se imaginou atraída por um ladrão, mas a beleza de Joe, seu jeito, sua maneira de falar e agir fazia com que ela ficasse completamente enlouquecida.
Ele fizera o que prometera. Demi o ajudou com purê de batatas e frango e o almoço saíra delicioso. Joe estava mais sorridente naquele momento, era um sorriso de alegria, não os sorrisos cheios de malícia que sempre brotavam em seus lábios.

- Nossa, eu comi demais! - ela disse se jogando no sofá-cama.
- Modéstia à parte, eu cozinho muito bem. - sentou-se ao seu lado.
- Convencido. - passou a mão na barriga - Nossa, acho que não quero comer tão cedo. - suspirou.
- Duvido. - passou uma das mãos na coxa dela e apertou-a - Quero que veja algo.
- O quê? - sentou-se curiosa.

Joe foi até a mochila que estava com as roupas de Demi e abriu o zíper, revirando o que estava dentro e busca do que tanto queria. Tirou de lá de dentro uma pequena calcinha preta e um corpete da mesma cor com detalhes brancos. Jogou-os em cima do sofá-cama na frente de Demi e ela olhou curiosa, reconhecendo as peças.

- Quero que vista isso. - ele disse cruzando os braços - Encontrei no seu armário quando estava pegando suas roupas e não consigo viver só com a imaginação. Quero te ver usando ele.
- Você é louco! - pegou as peças de roupa e sorriu - Vou te provar que você nunca viu uma mulher tão gostosa quanto eu, Joe. - sorriu maliciosa e foi para dentro do banheiro.
Em pouco tempo ela já estava pronta e ajeitara os cabelos antes de abrir a porta. Joe estava sentado no sofá-cama, mas se levantou assim que viu que ela estava saindo do banheiro. Quando Demi apareceu, ele prendeu a respiração por alguns poucos segundos. Se ela estava disposta a mostrar que não existia uma mulher mais gostosa, conseguira. Demi estava com o corpo modelado pelo corpete, os seios ainda mais volumosos e as coxas totalmente à mostra, com sua intimidade coberta apenas pela minúscula calcinha.

- O que achou? - disse se aproximando dele - Melhor que na sua imaginação?
- Muito melhor. - olhou-a de cima a baixo - Uma pena ter que tirá-los.
- Não preciso tirar se não quiser. - provocou-o.
- Mas vai.

Ele a puxou pelo pulso e a trouxe para perto chocando com seu corpo. Demi logo sentiu os lábios possessivos contra os seus e a língua quente invadindo sua boca. O beijo era intenso e carregado de desenho enquanto uma das mãos dele pousava em sua bunda, apertando-a contra seu corpo e fazendo com que sentisse o quanto ele estava ficando excitado. Demi subiu as mãos para os cabelos dele enquanto Joe ia abaixando o zíper do corpete livrando-a imediatamente dele.
Estava com desejo, não queria esperar, era sempre assim quando começavam as carícias. Não havia tempo para muitas preliminares, quando Joe estava daquele jeito, se tornava mais agressivo e mais preocupado em levá-la ao orgasmo o mais rápido possível. Agarrou os cabelos de Demi com uma das mãos enquanto a outra lhe dava um tapa na bunda, descendo os lábios para seu pescoço e lhe dando um chupão que arrancou um gemido dela.
Joe segurou o fio de elástico que ficava na lateral da calcinha dela e puxou com força. O barulho do pano se rasgando pode ser ouvido e ela gemeu cravando as unhas na nuca dela ao sentir o elástico roçar em sua pele queimando-a. Ele voltou a lhe dar um beijo já sentindo o membro pulsar dentro da cueca e o desejo consumi-lo de maneira voraz. Olhou-a nos olhos e sorriu malicioso. Virou-a de costas e empurrou as costas dela fazendo com que Demi colocasse as mãos na ponta da mesa. Joe estava excitado, olhava para ela completamente nua, alisando uma de suas nádegas e apertando-a algumas vezes deixando-a totalmente vermelha.
Com agilidade ele se livrou da calça e da cueca, ficando completamente nu e pronto para possui-la. Abaixou-se por trás e passou a língua na intimidade de Demi que gemeu com o contato. Ela estava molhada e Joe sabia que podia levá-la a loucura em poucos minutos. Levantou-se de novo e passou a ponta do membro na intimidade molhada dela antes de deslizá-la e penetrá-la devagar atrás. Demi gritou, nunca havia feito aquilo e a dor que sentiu enquanto o membro entrava fez com que seus olhos lacrimejassem, mas ao mesmo tempo saber que era Joe quem a invadia preenchendo-a tão bem a deixava excitada.
O misto de dor e prazer daquela situação fez com que gemesse baixo chamando por ele, o que o incentivou aos pequenos movimentos dos quadris fazendo com que Demi se acostumasse à sua presença. Logo os movimentos já estavam rápidos e ritmados, com ela gritando pelo prazer e Joe suando enquanto se deliciava com aquele momento. Demi estremeceu apertando um dos seios enquanto atingia mais um orgasmo, seguida por ele que se deixou liberar dentro dela dominado pelo prazer. O que ela era capaz de provocar durante o sexo era indescritível, todo o seu corpo sentia a energia daquele momento como o melhor que já acontecera e o tesão que sentia por essa ruiva não podia ser classificado como algo qualquer. Era poderoso, intenso, quente.
Demi sentia uma pequena ardência depois que ele retirara o membro, mas o prazer que sentira fora muito maior do que qualquer dor no momento. Passou uma das mãos pelo rosto suado e afastou a franja do rosto enquanto tentava controlar a respiração. Joe a abraçou por trás com uma das mãos jogou os cabelos dela para o lado.

- Realmente você é a mais gostosa que já vi. - sussurrou em seu ouvido.
- Eu sei, eu já sabia. - sorriu de canto e colocou uma das mãos para trás segurando a nuca dele - Você diz isso com os olhos.
- Ah é? - virou-a de frente para si - E o que meus olhos estão dizendo agora?
- Que você quer me beijar. - entrelaçou os braços em torno do pescoço dele.
- Exato.

Ele tomou os lábios dela com os seus enquanto a levava para o sofá-cama, deitando-a enquanto ia se debruçando por cima de seu corpo. Para Demi, aquele fora o melhor fim de semana que tivera, já que teve momentos com Joe que seriam inesquecíveis. Descobrira aos poucos mais coisas sobre ele, de maneira natural, sem precisar forçar uma conversa para aquilo. Quando finalmente a noite foi se aproximando, ambos voltaram para a mansão com o espírito renovado por terem aproveitado aqueles momentos.
Ela bufava de ódio, mas não se vingaria dele ali. Apenas pegou suas coisas enquanto Joe voltava para o banheiro e após se vestir, saiu do apartamento dele apressada. Se ele pensava que poderia fazer o que bem entendesse a tratar como uma simples amante com a qual transava quando lhe desse vontade, ela também iria mostrar que ele era apenas um homem a mais. Até mesmo esqueceu o atrito que tivera com o pai e voltara para a mansão, agora muito mais preocupada em mostrar para Joe que não dependia dele.
Quando chegou à mansão, Eddie a vira subir as escadas e chamou-a, mas ela não deu atenção e logo se trancou no quarto. Não queria mais uma briga com o pai, precisava ligar com urgência para Philip. Mesmo que ele fosse um tremendo idiota e jamais chegasse aos pés de Joe quando o assunto era sexo ou apenas um amasso, mas precisava de um encontro naquela noite para provar que ele também não tinha seu certificado de exclusividade com ela.
Por sorte, Philip disse que estaria no bar naquela noite com alguns amigos que tinham em comum e aquela era a oportunidade perfeita para encontrá-lo, além do mais, Joe estava de folga e poderia ir para onde quisesse sem ser vigiada. Tomou logo um banho para não se atrasar e vestiu sua roupa. Por mais vontade que tivesse de estar com Joe naquele momento, teria orgulho o suficiente para enfrentá-lo e jogar com as mesmas armas.
Uma hora depois, Eddie procurava Demi por toda a mansão e descobriu que a filha havia saído quando o porteiro do condomínio dissera que ela passara por ali em busca de um táxi. Ela voltava a ser a mesma menina rebelde de antes e fora por aqueles motivos que contratara um segurança. Joe de algum jeito havia conseguido controlá-la, mas agora sua ausência pesava bastante e Demi achava que podia agir de acordo com as próprias vontades. Pegou o celular no bolso e ligou para o segurança imediatamente, contava com a ajuda de Joe para pelo menos ter uma pista de onde a filha havia ido.

- Pode falar, Sr. Lovato. - ele atendera do outro lado.
- Joe, preciso da sua ajuda. - dissera nervoso - Demi saiu de casa, nós dois brigamos hoje cedo e agora à noite ela saiu e pegou um táxi, ao que parece estava vestida para uma festa ou algo semelhante. Tem alguma ideia de onde ela pode ter ido? - perguntou esperançoso já que Joe andava o tempo todo com Demi e pudesse ter alguma suspeita.
- Demi fugiu? - bufou do outro lado da linha - Eu não tenho certeza, mas ela costuma ir a um bar com uns amigos, posso tentar ver se ela está por lá.
- Eu fico agradecido, Joe. Qualquer coisa entre em contato comigo.
- Pode deixar, Sr. Lovato. - confirmou - Eu vou encontrá-la. - dissera determinado à revirar a cidade atrás dela.
Demi havia passado dos limites e ele torcia para que sua ideia estivesse certa. Se ela tinha saído arrumada como quem vai para uma festa, ele decidiu passar no bar em que costumava levá-la quando começou a trabalhar como seu segurança. Pegou as chaves do seu carro irritado, desceu pelo elevador e se meteu dentro do veículo saindo em disparada. Apertava o volante com as duas mãos com força desnecessária. Aquela ruiva rebelde estava querendo dar uma lição não somente nele, mas também no pai, porém iria impedir e mostrar que odiava ser contrariado.
Chegando ao bar, ele entrou passando por entre as pessoas ignorando a música alta. Olhou em volta em busca de Demi ou de alguém conhecido. Por sorte, encontrou uma roda de amigos dela que ele conhecia de vista das vezes em que a levou até lá. Caminhou a passos largos e parou diante da roda composta por três garotas e um rapaz.

- Onde está Demi? - perguntou diretamente fazendo com que os quatro o olhassem.
- Não sabemos dela. - respondeu a mais baixa com os cabelos enrolados.
- Não minta para mim. - disse incisivo - Ela sempre vem aqui, tenho certeza que se pensarem com carinho vão lembrar onde ela está.
- Olha, cara... - o rapaz se manifestou - Demi passou aqui, mas já foi embora. Então desencana.

Joe encarou aquilo como um abuso e segurou a camisa do rapaz empurrando-o até a parede, segurando pela gola e olhando-o nos olhos.

- Diz logo onde Demi foi e com quem, antes que eu te arranque os dentes um a um. - esbravejou.
- Qual é, cara? - olhou para Joe - O que você é da Demi?
- Não é da sua conta! - apertou-lhe mais a gola quase enforcando-o - Fala que eu estou sem paciência!
- Minha garganta... - disse com dificuldade - Ela saiu com o Philip, ele disse que iam para um motel.
- Que motel? - quase gritou sem afrouxar.
- Ele não disse, mas Philip costuma ir ao Venice. - respondeu de olhos fechados ficando com o rosto vermelho.

Irritado por saber que Demi fora infantil o suficiente para se meter em um motel apenas por conta da raiva, Joe soltou o rapaz com a mesma violência com a qual segurou-lhe a gola anteriormente. As pessoas já estavam aglomeradas vendo se aquele atrito entre os dois sairia em briga, mas Joe já andava em disparadas para fora do bar, entrando no veículo e arrancando em seguida. Aproveitou o silêncio do carro para ligar para Eddie, disse que sabia onde Demi estava e ele mesmo resolveria a situação, já que ela estava com raiva do pai, sem lhe dizer que também sentia raiva dele.
Em dez minutos, após dirigir acima da velocidade, ele chegou ao motel. Tinha uma boa aparência, mas sua mente só conseguia pensar em Demi. Odiava ser afrontado daquela maneira, mesmo que não tivessem uma relação séria, ficava irritado por saber que ela estava fazendo aquilo para lhe provocar. Chegou até a recepção e viu um homem baixo, um pouco gordo e com cerca de vinte e cinco anos olhando para a tela de um computador.
- Preciso de uma informação. - dissera sem perder tempo - Preciso que me diga em que quarto está uma pessoa.
- Sinto muito senhor, mas não posso lhe dar essa informação. - respondeu educadamente.
- Tenho certeza que vai pensar melhor. - pegou a carteira no bolso da calça e tirou um maço de notas - Preciso dessa informação. - colocou as notas em cima do balcão.
- Quem o senhor procura? - perguntou sem hesitar.
- Eu acho que o quarto está no nome de Philip, não sei o sobrenome. - olhou para a tela do computador - Mas ele entrou aqui com uma garota de cabelos vermelhos.
- Ah, claro. Faz poucos minutos. - relembrou - Quarto nove, senhor.
- Muito obrigado.

Saiu apressado em direção às escadas e chegou ao corredor caminhando a passos largos olhando de porta em porta até achar a que lhe interessava. Finalmente viu uma porta vinho com uma placa dourada e o número nove pintado de preto com perfeição. Respirou fundo sabendo que seu sangue estava fervilhando dentro das veias e tentou a sorte forçando a maçaneta, que para sua surpresa, a porta foi impulsionada para frente revelando que estava aberta. Sem conseguir mais controlar a raiva e querendo terminar de uma vez por todas com aquela rebeldia, abriu a porta empurrando-a com força e viu Demi usando um vestido dourado que estava sendo suspenso e se encontrava em sua cintura. Ela estava em pé na lateral da cama e Philip estava deitado de barriga para cima com um sorriso vitorioso nos lábios. Foi o momento em que sentiu seu corpo se aquecer pela raiva e esbravejou com tanta força que sentiu sua garganta arder.

- ACABOU A PALHAÇADA!
Demi se virou para a porta num pulo reconhecendo claramente quem era o dono daquela voz e largou o vestido no meio do caminho sentindo o coração acelerado quase saltando pela boca. O que ele estava fazendo ali? Seu rosto estava vermelho, podia ver a veia do pescoço saltar e os olhos sombrios de um jeito que nunca vira. Joe quando ficava irritado era outra pessoa e ela o provocara sem imaginar que ele pudesse aparecer ali.

- Joe? - perguntou dando um passo para trás.
- VOCÊ É UMA VAGABUNDA! - gritou apontando para ela - ACHA QUE PODERIA VIR PAR UM MOTEL E TRANSAR COM QUALQUER UM SÓ PARA ME AFRONTAR? ACHA QUE SOU IDIOTA?
- Que merda é essa? - Philip perguntou se sentando na cama.
- VOCÊ TRATE DE CALAR A BOCA ANTES QUE EU ARRANQUE O QUE VOCÊ TEM NO MEIO DAS PERNAS! - gritou virando para olhá-lo.
- Joe... - disse começando a choramingar - Por favor... - disse como se estivesse implorando para que tivesse piedade, mesmo sabendo que ele não tinha o direito de fazer uma cena.

Ele nem sequer deu atenção ao pedido, avançou até Demi e segurou-a pelos cabelos rente a sua nuca arrancando um grito de dor da garganta dela. Estava tão dominado pela raiva que nem mesmo controlava sua força. Saiu arrastando-a pelo quarto se dando ao trabalho de pegar sua bolsa e levou-a para fora do quarto largando um Philip em cima da cama com a expressão confusa, mas sem se meter.

- Está me machucando... - reclamou com lágrimas nos olhos enquanto descia os degraus aos tropeços.
- Se você age como uma piranha, é assim que será tratada. - disse de maneira irritada.
Arrastou-a até a garagem e abriu a porta de trás do carro, jogando a bolsa e empurrando Demi em seguida para dentro. Ela caiu deitada no banco e ouviu a porta ser empurrada com força para em seguida Joe entrar no veículo e se acomodar atrás do volante. Ele estava sério, ela preferiu ficar calada já que falar poderia deixá-lo ainda mais irritado. Não conseguia nem imaginar o que Joe faria quando estivessem sozinhos. Ainda podia sentir sua nuca dolorida pela forma com a qual ele segurara seus cabelos puxando-a com violência para fora do quarto. Estava arrependida por ter sido tão rebelde. O fato era que não sentia nada por Philip, sabia que ele jamais iria superar Joe, mas agira pela raiva de saber que o homem com quem tinha certo tipo de relação, andava tendo casos com outras mulheres, mas ele era cabeça dura e orgulhoso demais para permitir que ela fizesse o mesmo.
Da mesma maneira que a tirara de dentro do motel, ele a arrastou para seu apartamento. Assim que abriu a porta, empurrou-a com violência para dentro e largou a bolsa em cima do aparador, trancando a porta atrás de si. Demi estava com o corpo tenso, sem conseguir imaginar o que ele faria com ela, mas temia apenas por ver a maneira com que Joe a olhava.

- Posso saber o que você tem na cabeça? - perguntou reduzindo o tom de voz, mas mantendo os olhos sombrios e a expressão séria - Sair para encontrar um moleque só para transar e me enfrentar?
- Você não tem direito de brigar comigo por isso. - respondeu apreensiva dando dois passos para trás.
- Dane-se os direitos! - abriu os braços - Você quis bancar a infantil e fazer birra para me irritar. Meus parabéns, você conseguiu.

Avançou novamente para cima dele, mas dessa vez segurou seu braço com força puxando-a para o banheiro social. Demi podia sentir a pressão dos dedos, mas não iria reclamar, tinha medo do que ele pretendia fazer e seu corpo estava completamente tenso.

- Você vai para debaixo d'água porque não quero o cheiro daquele moleque na sua pele! - esbravejou.

Ele apenas entrou no banheiro, abriu o box e jogou-a lá dentro, abrindo o chuveiro em seguida. Demi gritou ao sentir o choque da água gelada, esperando que esta esquentasse em vão. Joe queria castigá-la, não iria se apiedar naquele momento.

- Está gelada... - gemeu sentindo a pele arrepia-se e o corpo tremer, ficando completamente encharcada e ainda com as roupas.
- Eu sei. - ele disse com os braços cruzados - Mas se você se achou tão mulher para entrar em um motel com o intuito de transar com o primeiro que aceitasse, você vai ser mulher e vai ficar debaixo dessa maldita água até eu achar que deve! - disse ainda mostrando-se irritado - E sem reclamar!
 Você não queria transar? - perguntou sem esperar uma resposta - Você vai ter o que tanto queria.

Ela não teve tempo de reagir. Logo Joe estava com os lábios colados ao dela, explorando sua boca com a língua possessiva enquanto lhe rasgava o vestido sem nenhum tipo de cerimônia ou preocupação. Demi não tinha forças para fazer nada, apenas permitia que ele fizesse o que queria com seu corpo. Sentiu a calcinha ser arrancada com força logo em que fora deitada no colchão. Olhou para ele e viu Joe se livrar das roupas e voltar a beijá-la arrancando-lhe um gemido de dor com a mordida que recebera nos lábios e o tapa em sua coxa.
Ele não estava preocupado em dar prazer à ela, apenas castigá-la pelo que fizera e penetrou-se sem perder tempo. Demi podia sentir uma leve dor em sua intimidade, mas não deixou de sentir prazer enquanto sentia o membro de Joe dentro de si, do jeito que gostava. Ele movimentou-se de maneira bruta, movendo o quadril com força enquanto mantinha os olhos fechados sem querer olhar para a reação dela. Demi se contorceu embaixo de seu corpo e começava a se excitar a sentir que sua intimidade ia umedecendo a cada estocada. Porém, Joe não queria que ela tivesse um orgasmo, não naquela noite. Portanto estocou mais uma vez e se deixou alcançar o clímax enquanto Demi ficava ali, apenas recebendo o líquido dentro de si e frustrada por ele não ter permitido que ela também atingisse o orgasmo.
Joe estava ofegante, levantou o rosto e olhou para ela, levou uma das mãos para seu rosto e segurou-o apertando-lhe os dedos na bochecha.

- Você é minha, trate de não esquecer disso. - disse com voz rouca.
Soltou-a e saiu de cima dela com a mesma pressa com que se deitou. Abriu a gaveta do criado mudo e pegou seu cigarro e um isqueiro, acendendo-o e fumando logo em seguida. Precisava relaxar, ainda podia sentir raiva pela audácia de Demi, portanto ficou de costas para ela próximo à janela olhando o pouco movimento da rua. Expelia a fumaça e por conta do silêncio, começou a ouvi-la chorar baixinho, fungando pouco para tentar evitar que ele pudesse escutar. Virou-se e a viu enxugando as lágrimas dos olhos e suspirou impaciente.

- Sem dramas, Demi. - voltou a olhar para a janela e levou o cigarro até a boca, expelindo a fumaça em seguida - Já vou te levar para casa, seu pai já sabe que eu estava indo atrás de você e acho que vocês dois também tem coisas para resolver.

Ela não disse nada, apenas respirou fundo e secou as lágrimas forçando-se ao máximo para não chorar. Joe apagou o cigarro e foi até sua calça vestindo-a logo após a cueca. Pegou sua camisa e jogou em cima de Demi que permanecia deitada encolhida e completamente nua.

- Vista minha camisa. - ele disse autoritário - Direi ao seu pai que o vestido estava rasgado e eu lhe dei minha camisa. Agora se levante daí e vamos logo acabar de uma vez por todas com essa confusão.
Demi não disse nada, apenas se sentou na cama e pegou a camisa dele, vestindo e sentindo o perfume tão masculino impregnado no pano. Joe a castigara e ela sabia que ele não deixaria aquela atitude sem uma punição, fora ela mesmo quem provocara e apesar do jeito dele um pouco torto, sabia que no fundo ele tinha ciúmes, só não queria admitir. Joe dirigira até a mansão dos Lovato sem camisa, já que Eddie precisava acreditar que ele emprestara para Demi e que vinham direto do motel onde ele havia tirado ela.
Dentro do carro o clima era pesado, Joe não falava nada e Demi sabia que havia provocado aquela raiva nele. Queria mostrar que também podia ter outros encontros, mas na verdade, era apenas ele quem lhe interessava, só que infelizmente, para Joe não existia apenas ela e era duro encarar aquela verdade. O silêncio só foi quebrado quando ele pegou o celular e ligou para Eddie dizendo que estava a caminho da mansão. Assim que chegaram, ele saiu do carro batendo a porta com força além da necessária e viu que Demi saía devagar, parecendo querer prolongar o encontro com o pai. Joe caminhou até a entrada da mansão onde Eddie estava parado com os braços cruzados.

- Olá, Sr. Lovato. - ele cumprimentou-o - Tive que emprestar minha camisa para Demi já que o vestido dela estava rasgado. - explicou.
- Você me envergonha, Demi. - o pai disse enojado assim que a filha se aproximou - Sair por aí e ainda por cima voltar desse jeito. Você é uma vergonha para o nome dos Lovato! - esbravejou.
- É só com isso que você se preocupa não é? - ela o desafiou - Com seu maldito nome na sociedade!
- Joe, perdoe a cena da minha filha. - Eddie disse mantendo a pose educada - Amanhã quero que venha trabalhar no horário normal.
- Claro. - deu uma última olhada em Demi - Boa noite, Eddie.
- Boa noite. - ele respondeu.

Joe apenas virou-se e voltou caminhando para o carro. Saiu da mansão curioso em saber o que aconteceria com Demi, mas não tinha outra solução senão deixá-la lá para que sofresse o castigo merecido. Ainda continuava irritado com a rebeldia dela e com o quanto ela fora infantil.

No dia seguinte, Demi acordou com a cabeça latejando pela dor de cabeça. Brigara com o pai assim que Joe foi embora e Eddie continuava gritando que ela o envergonhava. Não tinha valor como filha, apenas como um objeto que ele ostentava para os sócios como família feliz. Eddie somente se preocupava com o fato de manter as aparências e por isso havia contratado m segurança, porque não estava preocupado com a filha ou com suas preferências, e sim em mantê-la presa às suas regras.
Estava decidida que ficaria naquela mansão pelo menor tempo que fosse. Não iria aguentar mais as regras do pai e nem a forma com a qual estava tratando-a. Antes era mimada e agora parecia que Eddie pensava somente em aprimorar seus negócios e manter uma boa imagem e Demi era apenas uma contribuição. Pensou em Joe, recordou-se que o pai havia lhe chamado para trabalhar no dia seguinte e pela hora ele já provavelmente já teria chegado. Tinha que falar com ele, apesar da forma com que fora tratada no dia anterior e não saber como Joe reagiria à sua presença, tinha tomado uma decisão. Apesar de ter sofrido pela forma como que ele a tratara, não conseguia sentir raiva, era até mesmo capaz de compreender o que ele sentira no momento, até mesmo porque conhecia seu jeito possessivo. O que mais queria era estar com Joe e faria o que fosse possível para tal.
Saiu do quarto em busca dele e pensou que estava em sua casa, mas encontrou-o na cozinha comendo um sanduíche enquanto Lucy preparava o almoço. Ambos conversavam um pouco e ele logo desviou sua atenção para ela que acaraba de entrar. Demi usava um short jeans e uma blusa amarela um pouco solta, com uma sandália rasteira azul clara. Os cabelos estavam presos em um rabo e Joe logo voltou sua atenção para o sanduíche em suas mãos.

- Joe, eu gostaria de ir à praia agora. - disse mantendo toda a formalidade necessária.
- Claro. - ele largou o sanduíche no prato - Vou tirar o carro da garagem.
- Pode levar seu lanche, termine de comer.

Ele apenas assentiu e saiu da cozinha terminando de comer o sanduíche enquanto Demi o seguia para que pudessem ir até a praia. Queria conversar com ele, mas julgou que ali não era um bom lugar e por ser segunda-feira, a praia estava calma e bastante vazia naquele horário. Nenhum dos dois dissera nada dentro do carro. Demi tinha medo que ele pudesse começar novamente uma briga por conta do dia anterior, mas ele apenas se limitou a dirigir sem olhá-la. Talvez pedir para ficar com ele fosse perda de tempo, talvez Joe não a quisesse mais depois do que acontecera, provocara uma raiva muito grande nele, mas precisava tentar.
Ao chegarem à praia, ele estacionou o carro e saiu do veículo sendo seguido por Demi que logo pisou na areia sentindo o vento contra seu rosto.

- Venha para a areia, Joe. - chamou-o - Gostaria de conversar.
Ele não dissera nada, apenas retirou os sapatos, jogou-os dentro do carro e se livrou também do paletó e da gravata. Para não sujar a calça, ele dobrou-as um pouco acima dos tornozelos e abriu alguns botões da camisa social. Acionou o alarme do carro e pisou na areia para acompanhar Demi que já começava a caminhar em direção ao mar. Colocou as mãos no bolso de trás do short e parou, olhando o mar e sentindo que Joe parava ao seu lado.

- Eu queria me desculpar... - começou a dizer ainda olhando para as ondas - Pelo que houve ontem, eu fui infantil querendo me vingar.
- Pelo visto o castigo resolveu. - ele dissera com a típica voz rouca colocando as mãos nos bolsos da calça.
- Resolveu também para outra coisa. - parou de frente para ele - Quero ser sua parceira. Já que sou sua, quero que me aceite trabalhando para você. - disse decidida.
- É mais uma das suas loucuras que você costuma fazer sem pensar? - levantou uma das sobrancelhas um pouco surpreso com que ela disse.
- Pelo contrário, eu pensei muito sobre isso. - tirou as mãos dos bolsos e cruzou os braços - Eu não quero mais ficar à mercê do meu pai. Ele me quer numa redoma de vidro para ser a filha ideal e arrumar um noivo que vai ser bom para os negócios dele. - suspirou - Não é isso que eu quero. Quero ter minhas escolhas, fazer o que eu quiser sem me preocupar se ele vai ou não aprovar minhas atitudes. - colocou as mãos no peitoral dele - Não quero mais morar naquela mansão, mas ficarei lá até que você consiga roubar as jóias. Eu vou te ajudar.
- Isso não é um serviço fácil, Demi. - alertou-a - Não é a vida fácil que você está acostumada.
- Eu sei que não, mas estou disposta a viver isso e aprender também. - segurou a gola da camisa dele - Meu pai vai viajar daqui a dois dias, posso tentar abrir o cofre com algumas ideias de senha que tenho em mente.
- Tudo bem. - concordou - O roubo das jóias da sua família será o teste para saber se te aceito como minha parceira ou não.
- Está certo. - passou os braços em torno do pescoço dele - Já que por enquanto não te provei que posso ser sua parceira nos seus serviços, posso ser sua parceira na cama?
- Deve. - passou os braços em torno da cintura dela - Somente minha.
- Completamente e somente sua. - sorriu.

Joe capturou-lhe os lábios com vontade, buscando a língua de Demi de maneira sedenta. Ela acariciava a nuca dele com a ponta dos dedos enquanto sentia uma das mãos firmes entrarem por baixo de sua blusa e acariciar-lhe as costas. Foi um beijo intenso e após ficarem sem fôlego, ambos se afastaram após alguns selinhos.

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