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Beautiful Beginning 4ª Temporada - Capitulo 7



Beautiful Beginning - Capitulo 7

Inspire. Respire. São apenas trezentas e cinquenta pessoas olhando para você. É apenas um rio de lama no caminho até o altar. É apenas uma marca de pneu no vestido da minha madrinha. É apenas uma cerimônia, é apenas um dia. É apenas o amor da sua vida esperando no altar. Meu pai me deu o braço e pousou seus dedos sobre os meus. – Está pronta, minha querida? Eu engoli em seco, assentindo, e disse: – Não. – Por acaso você está pensando melhor sobre casar com esse tal de Joseph? Olhei para ele e ri diante da provocação. – Não, não estou pensando melhor sobre esse Joseph. É só que… do jeito que foram os dois últimos dias, estou preocupada que um furacão passe por cima de nós antes de chegarmos até o altar, ou um tsunami, ou um… – Bom, talvez aconteça um terremoto, talvez aconteça um tsunami. Mas você não pode controlar a natureza mais do que pode controlar quem você ama. Então, vamos fazer esse casamento ou vamos fugir para tomar uns drinques em algum abrigo? Apertei sua mão e dei um passo à frente, saindo do chão de concreto do pátio para a lama do jardim. Meu sapato afundou na grama e fez um barulho de esponja quando levantei o pé. Ao meu lado, meu pai quase perdeu o equilíbrio. – Pense que você é uma pena – meu pai sussurrou, e nós dois rimos. – Mais leve do que o ar. Mas então nós viramos a esquina e eu tive uma visão geral do que vinha pela frente. Os convidados. A cerimônia. O homem que se tornaria meu marido em questão de minutos. Seus olhos se encontraram com os meus e ele exibiu o maior sorriso que já vi em seu rosto. Por vários segundos, eu não consegui andar. Mal conseguia respirar. A única coisa que eu podia fazer era olhar para o Joe de pé no altar. Ele vestia um smoking perfeitamente cortado, e um sorriso perfeitamente devastador. Ele parecia estar se sentindo como eu me sentia: extasiado, sobrecarregado, à beira de um colapso. Vi sua boca sussurrar: – Venha até aqui. De repente, senti uma urgência para alcançá-lo. Puxei meu pai, ignorando sua risadinha por causa da minha pressa, ignorando a sucção da lama em meus sapatos, ignorando que eu estava indo mais rápido do que nós ensaiamos e a música não estaria no ponto certo quando eu chegasse ao altar. Nada importava. Eu queria me juntar ao Joe, apanhar sua mão, apressar
os votos e chegar à parte do “Sim” o mais rápido possível. Eu me abaixei e tirei os sapatos cheios de lama dos meus pés. Jogando-os para o lado, ignorei o barulho que fizeram quando acertaram uma poça, depois levantei a saia do meu vestido acima dos tornozelos. Sorri quando as pessoas começaram a rir e a aplaudir, e puxei meu pai ainda mais rápido, praticamente correndo. Ele me parou no meio do caminho, na fronteira entre o gramado e a areia da praia. – Isto é a metáfora perfeita – meu pai sussurrou, beijando minha testa. – Eu levei você até a metade do caminho, minha querida; agora, o resto é com você – ele beijou meu rosto e depois me soltou para que eu pudesse correr pelo resto do caminho e me jogar nos braços de Joe. Vários flashes disparavam loucamente ao nosso redor, e os convidados gritaram de aprovação quando Joe me girou no ar, com meu rosto enfiado em seu pescoço e sua boca encostada em meu ombro. Eu imaginava nossa aparência: nem casados ainda, nos agarrando como se nossas vidas dependessem disso, meus pés descalços enquanto Joe me girava, as manchas de lama na barra contrastando com o perfeito branco do resto do vestido. Ele me colocou no chão cuidadosamente e me encarou. – Oi. Eu engoli um som que provavelmente era o cruzamento entre um gemido e um choro. Só depois consegui responder: – Oi também. Nós não nos víamos desde que fui sequestrada quando estávamos prestes a nos atacar, e eu podia ver em seus olhos: ele queria me beijar. Queria me beijar com tanta vontade que nós dois parecíamos vibrar, olhando para a boca um do outro, lambendo os lábios ao mesmo tempo. – Quase lá – eu sussurrei. Ele assentiu levemente e nos viramos para o ministro, o ilustríssimo Adam Marsters, que parecia estar perplexo. Ele se inclinou e murmurou: – Nós já terminamos a cerimônia? – seus olhos úmidos pareciam confusos enquanto olhava para suas anotações. Com a doçura de sua expressão e a perfeita sincronia de sua pergunta, eu mordi meus lábios para não explodir em risos. Joe me olhava como quem também queria rir, depois se virou para o ministro. – Não. Desculpe… minha noiva e eu nos empolgamos um pouco – ele aproximou o rosto e completou num sussurro: – E não foi a primeira vez, nem será a última. – Pelo menos sabemos onde estamos nos metendo – eu disse, e ao meu lado Sara riu. Eu entreguei meu buquê para ela e voltei a encarar Joe quando ele segurou minhas mãos. E uma vez que eu estava no altar com ele, eu quis aproveitar cada segundo. O ministro leu seu discurso sobre o amor e o casamento, e eu absorvi cada palavra enquanto ao mesmo tempo me perdia na intensidade da expressão de Joe. Enquanto eu recitava meus votos, eu o senti chegar mais perto, com seu calor se espalhando por minha pele. Quando chegou a vez dele, fiquei observando seus lábios: Prometo ser seu amante e amigo…
Seu aliado nos conflitos e seu cúmplice nas travessuras… Seu maior fã e seu maior adversário… Quando ele disse isso, seus olhos ficaram ainda mais brilhantes e ele passou o polegar pela palma da minha mão; depois, lentamente, Joe olhou para minha boca e lambeu os lábios. Cretino. Então seus olhos se tornaram sombrios e sua voz ainda mais grave quando ele repetiu: Prometo ser fiel e colocar suas necessidades acima de tudo… Estes são meus votos para você, Demi, minha única amante e a única pessoa à minha altura em todas as coisas. De repente, senti meu vestido apertado demais. A brisa do oceano parecia fraca demais. O ministro se virou para mim e perguntou: – Demi, você aceita este homem como seu legítimo esposo? Para sempre amá-lo e respeitálo, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, na saúde e na doença? Na primeira tentativa de soltar as palavras, minha garganta se fechou com a emoção. Finalmente, depois de segundos de contemplação, eu disse: – Sim. O ministro se virou e repetiu a pergunta, e sem hesitar, a voz grave de Joe pronunciou facilmente a palavra que mudaria nossas vidas: – Sim. Nós dois nos viramos, eu para Sara, ele para Kevin, para apanhar nossas alianças. E enquanto o ministro falava sobre o significado dos anéis e eu deslizava a aliança do Joe em seu dedo, a única coisa que eu enxergava era o brilho de seu sorriso. Aquele anel ficava muito bem em seu dedo. Agora, ele era oficialmente meu. Se meu rosto não estava tatuado em seu braço, pelo menos a aliança seria um ótimo prêmio de consolação. Passei a ponta do dedo para sentir o frio do metal, mas ele afastou a mão, resistindo ao meu toque e arregalando os olhos bem quando toquei um enorme arranhão na platina. Puxei a mão para olhar mais de perto. O que era aquilo? Sua aliança estava amassada? Quando olhei para seu rosto novamente, ele estava sacudindo a cabeça. – Está tudo bem – ele sussurrou. – Que diabos é isso? – murmurei. – Mais tarde eu explico. Senti o fogo em meus olhos e ele mal conseguiu segurar sua risada quando o ministro disse: – Se existe alguém aqui presente que se opõe a este casamento, por favor, fale agora ou se cale para sempre. Os convidados ficaram quietos e Joe e eu olhávamos um para o outro quando a buzina ensurdecedora de um navio quebrou o silêncio. Tapei meus ouvidos e todos se assustaram. Algumas pessoas gritaram. O som era longo, reverberando pela praia até se chocar com o hotel. – Bom – Joe disse, sorrindo –, acho que o universo não deixaria de enviar um último alerta para nós. Com isso, todos começaram a rir e a aplaudir, e com um sorriso enorme, o ministro finalmente declarou: – Muito bem. Pelo poder investido a mim pelo estado da Califórnia, eu vos declaro marido e mulher. Demi, você pode beijar o noivo. Fiz uma dancinha com essa pequena vitória. Joe soltou um grunhido de derrota, mas
depois aproximou o rosto e eu fiquei na ponta dos pés, descalça e muito menor do que meu marido – marido – e então eu o puxei para mim. Eu não me importava que houvesse pessoas olhando. Eu não me importava que a expectativa fosse que nos beijássemos rapidamente para mais tarde aproveitar muitos outros beijos longos. Agora, este homem era meu maldito marido, e eu precisava ter certeza de que tudo ainda estava normal entre nós. Adorei a maneira como seus braços me envolveram tão intensamente que eu quase perdi a respiração. Adorei a pressão firme de sua boca sobre a minha, os lábios abertos, a língua deslizando gentilmente sobre a minha… uma, duas, três vezes, e a última vez foi mais profunda até eu sentir a vibração de seus gemidos e o sabor de sua urgência. Sua respiração saía entrecortada, e seus sussurros – ah, Demi, precisamos ficar sozinhos – finalmente fizeram eu me afastar antes que arrancasse suas roupas ali mesmo no altar. Sem ar e sorrindo como dois idiotas, nós viramos para os convidados, que estavam com as mãos paradas no ar, prontos para aplaudir, mas com uma expressão de choque no rosto. Aparentemente nós fomos um pouco selvagens demais em nosso primeiro beijo como marido e mulher. – É isso aí, garota, toma aquilo que é seu! – George gritou, enquanto ao mesmo tempo tia Judith gritava: – É assim que se beija uma mulher! – com isso, os convidados acordaram e começaram a aplaudir. – Senhoras e senhores – o ministro gritou sobre a balbúrdia dos aplausos. – É com muito prazer que eu vos apresento Joe e Demi Jonas! Demi Jonas? Eu me virei com o olhar mais puro de ódio para Joe e seu sorriso gigante quando um caos tomou conta de tudo ao nosso redor. Os braços da Sara me envolveram, depois vieram a Julia, o George e a Dani. Senti as mãos do meu pai em meu rosto e seu beijo na minha bochecha. Fui abraçada pelo Paul e a Denise ao mesmo tempo, erguida pelo Kevin e pelo Max, beijada no rosto pelo Will e depois senti a mão macia do Joe apanhando meu braço e me conduzindo para longe do altar e dos convidados. Nós começamos a correr, tropeçando pela lama, deixando pegadas por todo o pátio. Lá dentro, Joe me puxou para a cozinha, onde os funcionários congelaram em seus lugares; os sons da cozinha pararam de repente quando o Joe me jogou contra uma parede, beijando meu pescoço, queixo, orelha, lábios. Ele correu a mão pelo meu corpo, agarrando um seio sobre o vestido, e eu senti sua ereção se formando contra meu estômago. – Hoje à noite – ele rosnou, voltando para meu pescoço. – Hoje à noite eu vou consumar este casamento tão forte que você vai andar pelas praias de Fiji mancando. Eu explodi numa risada, abraçando-o enquanto ele beijava do meu ombro até meu rosto. – Promete? – eu perguntei. Ele suspirou e deu um beijo rápido em meus lábios. – Prometo. Agora, quantas horas eu vou precisar passar bancando o educadinho com nossa família maluca antes que eu possa levar você para o quarto e arrancar o seu vestido? Olhei sobre seus ombros, procurando por um relógio na cozinha, mas tudo que achei foram vinte pares de olhos arregalados e bocas abertas. Um dos garçons parecia tão surpreso que
uma pilha de pratos lentamente deslizou de suas mãos e se espatifou no chão. Após o som ensurdecer dos pratos se quebrando, a cozinha finalmente voltou ao normal, com pessoas correndo com vassouras e o chefe gritando com todo mundo. Joe e eu pedimos desculpas, saímos da lá e entramos na varanda, onde podíamos ver os convidados se juntando para os aperitivos no jardim cheio de lama. Cheguei perto do ouvido do Joe e disse: – Nós acabamos de nos casar. Isso significa que você é legalmente meu escravo agora. Seus longos dedos tocaram meu corpo dos dois lados, fazendo cócegas enquanto subiam para apanhar uma taça de champanhe de uma bandeja e me oferecer. Joe apanhou uma taça para si mesmo e brindamos. – A nós, minha esposa. – A nós. Ficamos olhando os convidados começando a se posicionar para as fotos e Max acenou para nos juntarmos a eles. Sara se virou, rindo de alguma coisa que o George tinha dito, e então eu pude ver o tamanho do estrago em seu vestido. Joe deve ter visto aquilo ao mesmo tempo, pois ouvi quando ele quase engasgou. Ele tomou minha mão e me conduziu até a área onde o fotógrafo havia montado seu equipamento. – Sobre aquilo… – comecei. – Pois é – ele disse, com um pouco de tristeza em sua voz. – Sobre aquilo. – Que diabos aconteceu, Sr. Lovato? Ele deslizou os olhos sobre mim ao me ouvir usar meu sobrenome daquela forma e disse: – Aparentemente, a porta da van estava aberta quando saímos da lavanderia – ele sorriu para os convidados perdidos que passaram ao nosso lado e me conduziu por um caminho mais vazio até o fotógrafo. – E antes que você pergunte, Will tropeçou e derrubou meu anel no estacionamento. Estou prestes a jogar você num banheiro e forçar sua boquinha no meu pau, então se ficar irritada comigo por causa dos vestidos, do anel ou do jardim encharcado, você vai apenas me convencer de que precisa de um pau na boca, e também vai estragar toda a agenda do resto do casamento: fotos, dança, comida, bolo, sexo. Então, tome cuidado com o que fala, Sra. Jonas.
Quando voltamos para a festa, a música pulsava nos grandes altofalantes na varanda e eu me sentia animada, bêbada, completamente feliz por causa deste dia e do homem ao meu lado. Ele não soltava minha mão para nada, mas mesmo se tentasse, eu não deixaria. Eu estava adorando a pressão de sua aliança (amassada) entre os meus dedos, e a maneira como ele ficava levantando minha mão para beijá-la, mas na verdade queria apenas ter certeza de que o anel estava mesmo lá. Andamos ao redor e passamos as próximas duas horas cumprimentando a todos e nos perdendo em conversas banais. Os convidados comiam os aperitivos, e todos estavam começando a se embebedar e a se divertir um pouco demais. Para falar a verdade, não era fácil lidar com toda aquela gente. Quando o jantar foi servido, a multidão se agitou ainda mais e a cada dez minutos alguém batia com a faca numa taça de champanhe tentando propor um brinde apenas para que Joe me beijasse. A cada vez, o beijo se tornava um pouco mais safado até eu achar que ele iria me jogar na
mesa e me comer ali mesmo. Mas quando a Kristin nos disse que a banda logo chamaria a primeira dança, e uma sinfonia de facas em taças de champanhe continuou tocando, Joe simplesmente chegou perto do meu ouvido e sussurrou: – Se você enfiar sua língua na minha boca de novo, vou sequestrar você e usar a primeira cama que eu encontrar, Sra. Jonas. – Bom, então vou só beija-lo inocentemente, Sr. Lovato. Pois quero provar o bolo. Seus olhos se fecharam e ele chegou ainda mais perto, gentilmente beijando meus lábios. Como ele conseguia ser doce e dominador ao mesmo tempo? Andamos até o centro da pista de dança em meio ao silêncio de expectativa de todos. As primeiras notas da música soaram e Joe exibiu um sorriso diabólico antes de me puxar com as duas mãos e agarrar minha bunda. O salão explodiu em aplausos e eu olhei para ele, sacudindo minha cabeça como se aquilo tivesse me irritado. Mas é claro que não era verdade. Eu tinha adorado. Descalça, eu era muito mais baixa do que ele e odiava não poder encará-lo no mesmo nível, mesmo dançando em nosso casamento. Fiquei na ponta dos pés e me entreguei aos seus braços, e após pouco mais de meio minuto, eu o senti agarrar minha cintura e me erguer para que ficássemos cara a cara, com meus pés pendurados acima do chão. – Melhor assim? – ele perguntou, com a voz áspera. – Muito – agarrei seus cabelos e beijei sua boca. Os flashes dispararam ao nosso redor e eu podia imaginar centenas de fotos do Joe me abraçando, girando meu corpo lentamente e meus pés sujos contando para todos no futuro o tipo de casamento que tivemos: o casamento perfeito. A música acabou, mas Joe demorou vários segundos antes de me colocar no chão. – Eu te amo – ele disse, vasculhando meu rosto até chegar aos meus lábios. – Eu também te amo. – Nossa. Você é minha esposa. Rindo, eu disse: – Estamos casados. Isso é insano. Quem deixou isso acontecer? Ele não sorriu nem um pouco. Ao invés disso, seu olhar se tornou denso e sua voz ficou ainda mais grave. – Não vejo a hora de violar você até dizer chega. Toda a superfície do meu corpo se esquentou e se arrepiou. Ele me soltou, deixando meu corpo deslizar até o chão, gemendo baixinho quando minha cintura raspou a extensão de seu pau que já estava semiereto. – Eu pretendia violar você agora – ele disse. – Mas minha esposa quer provar o bolo. Nós nos separamos quando outra música começou e eu senti a mão do meu pai tocar minhas costas. Joe se virou, tomando sua mãe nos braços. Enquanto dançávamos com nossos pais, nossos olhos se cruzavam e sorríamos um para o outro. Eu quis fechar meus olhos e soltar o grito mais feliz da minha vida. – Sua mãe teria adorado o dia de hoje – meu pai disse, beijando meu rosto. Eu concordei, sorrindo. Eu ainda sentia muita saudade de minha mãe. Ela nunca foi o tipo de mãe divertida, ou a mãe que sempre andava na moda; ela era a mãe doce, aquela que sempre abraçava, aquela que sempre protegia. Ela teria odiado o Joe no começo, e essa ideia me fez rir um pouco. Minha mãe teria pensado que ele era um idiota e que eu poderia
encontrar alguém muito mais agradável, bondoso, mais acessível emocionalmente. Mas depois ela o veria olhando para mim num momento de distração, passando a ponta do dedo da minha testa até meu queixo, ou beijando minha mão quando achava que ninguém estava olhando, e então ela perceberia que eu tinha encontrado o único homem, com exceção do meu pai, que me ama mais do que qualquer coisa neste planeta. Flagrar o Joe nesses momentos íntimos foi o que fez meu pai mudar de ideia em relação a ele. Após nossa desastrosa visita no natal, na qual meu pai pegou pesado com ele e acabou nos flagrando enquanto eu o cavalgava como uma vaqueira, meu pai foi nos visitar em Nova York por uma semana. Joe, claro, passou os primeiros dias trabalhando como um maluco, e meu pai resmungava sem parar sobre como um homem deveria servir sua família não apenas com trabalho, mas também com sua presença. Mas então, numa certa noite, quando Joe havia chegado muito depois da meia-noite e meu pai se levantou para tomar um copo d’água, ele nos encontrou no sofá, com minha cabeça sobre o colo de Joe enquanto ele gentilmente acariciava meus cabelos e me ouvia descrever todos os detalhes do meu dia. Joe estava exausto, mas, como sempre, insistiu que eu passasse um tempo com ele, fosse a hora que fosse. Meu pai admitiu no dia seguinte que ficou nos olhando, admirado, por mais de cinco minutos antes de lembrar que queria tomar água. Percebi no meio da dança que meu pai olhava para Joe sobre meu ombro, depois ouvi a risada grave do meu marido – aquela risada que surgia do fundo de sua barriga e terminava com o som mais feliz e silencioso que ele conseguia fazer. – O que vocês dois estão aprontando? – perguntei, afastando meu rosto para encarar seus olhos. – Estou apenas dando um conselho não verbal para meu novo filho. Dei um olhar de alerta para meu pai e depois olhei para Joe. Meu pai parecia estar se divertindo. – Pergunte ao seu marido depois o que foi isso. Depois de um último beijo e um abraço do meu pai, Joe ficou ao meu lado e sussurrou: – Seu pai acabou de indicar que deseja cinco netos. Meu gemido de horror foi sufocado pelo som dos alto-falantes, indicando aos convidados que a verdadeira festa estava começando. As pessoas correram para a pista de dança e nós aproveitamos a oportunidade para beber um pouco de água. Will passou por nós, com minhas duas tias ao seu lado. Elas agarravam seus braços e nós o ouvimos gritar: – Hanna, pelo amor de Deus, onde você está? Do outro lado do salão ela baixou seu drinque, levantou a mão mostrando a linda aliança de noivado e disse: – Então é isso o que este anel significa? Que eu preciso te resgatar sempre que você chamar? Ele assentiu fervorosamente, gritando: – Sim! Finalmente, após olhar por vários momentos para o pobre rapaz, Hanna andou até ele e o soltou dos braços das minhas tias, que por sua vez riram sem parar. Eu sorri e me virei para Joe.
– Podemos ir embora agora? – ele perguntou, com os olhos vidrados na minha boca. Eu sabia que a festa provavelmente continuaria por pelo menos duas horas, mas agora tudo o que eu queria era subir para nosso quarto e tirar esse smoking do meu marido. – Mais uma hora – eu disse, puxando a manga de seu casaco para olhar em seu relógio. Eram apenas oito e meia da noite. – Apenas mais uma hora, e então eu serei toda sua.
Após o que acabou sendo três horas – três horas de dança e brindes bêbados, três horas do Max e Will carregando Joe até o bar para uma “última saideira”, três horas de pura celebração – Joe chegou por trás de mim no bar onde eu estava conversando com Kevin e Dani, e deslizou os braços ao redor da minha cintura. – Agora – ele sussurrou, beijando minha orelha. Eu me recostei nele, sorrindo para meus cunhados. – Acho que chegou a minha hora. Nada de pétalas de rosas, nem grãos de arroz em nossa partida. Will e Kevin pegaram guardanapos e jogaram sobre nós enquanto nos despedíamos de todos. – Boa noite! Obrigada por terem vindo! – eu disse por cima da onda de gritinhos e assovios. Joe me puxou, acenando sobre seu ombro. – Vamos logo. – Foi muito bom ver todos vocês – eu gritei, ainda acenando para nossas famílias e amigos. Ele praticamente me arrastou antes de me levantar do chão e me colocar sobre o ombro. A aprovação de nossos convidados veio com uma onda de aplausos e mais guardanapos voando sobre nós. Ele me carregou até o saguão e depois me desceu por seu corpo, beijando meu pescoço, queixo, lábios. – Está pronta? Eu assenti. – Pronta demais. Mas quando eu me virei para os elevadores, ele me parou, agarrando meu braço com sua grande mão. E então, sua outra mão puxou uma venda de seu bolso. – O que…? – eu perguntei, com um sorriso desconfiado se espalhando em meu rosto. – O que você está fazendo com isso aqui no saguão? – Agora sou eu quem vai te sequestrar. – Mas nós temos um quarto lá em cima – reclamei com a voz baixa. – Com uma cama enorme e várias gravatas que você pode usar para me amarrar – baixei ainda mais o tom de voz – e o frasco de lubrificante na gaveta. Ele riu, aproximando o rosto e beijando meu queixo. – Também temos uma mala na limusine cheia com minhas gravatas, lubrificante e outras coisinhas. – Que outras coisinhas? – Confie em mim. – Para onde vamos? – eu perguntei, quase tropeçando quando ele puxou minha mão para me fazer andar.
– Confie em mim. – Por acaso vamos entrar em um avião? Ele deu um tapa em minha bunda e rosnou: – Já falei para confiar em mim. – Eu vou ter orgasmos ainda hoje? Ele me puxou para junto de seu corpo e disse, olhando em meus olhos: – Esse é o objetivo. Agora, cale a boca.

3 comentários:

  1. esse casamento é o mais maluco que ja li kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, posta mais POR FAVOOORRR

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  2. Meu Deus esses dois estão cada vez mais fogosos kkkkkk, e esse casamento mais doido que eu já vi kkkkk, um vestido com marca de pneu,gramado encharcado e aliança amassada,mas a coisa mais linda é o amor desses dois. Tão cute *-*

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