Eu sentia como se minha pele fosse pegar fogo. Joe estava ao
meu lado na limusine enquanto nos dirigíamos para o jantar, olhando e-mails em
seu celular, extremamente calmo. Depois que o ensaio implodiu em caos, fui até
o quarto para me trocar, lavar o rosto e recuperar minha sanidade. Mas assim
que voltei para junto dele, eu queria encontrar mais alguma coisa para poder
gritar. Eu queria começar outra briga homérica. Infelizmente para nós, brigas
significavam sexo, mas nós concordamos com a regra idiota da abstinência. Em
vez de brigar de novo, ficamos sentados em silêncio, com a lembrança do ensaio
desastroso pairando entre nós como uma grossa névoa. Joe pigarreou e, sem olhar
para mim, perguntou: – Você trouxe suas pílulas? Olhei para ele e bati em sua
mão que segurava o celular. Ele o guardou. – O que você acabou de perguntar? –
Suas pílulas contraceptivas – ele esclareceu. – Você. Trouxe. As. Pílulas? Eu
virei no banco para encarar seu rosto, sentindo a adrenalina disparar em minhas
veias. – Você está brincando comigo? – Eu pareço estar brincando? – Eu tomo
pílula há dez anos sem a sua ajuda, viajei praticamente toda semana no último
ano e nunca me esqueci de trazê-las em nenhuma viagem, você acha que precisa
verificar isso comigo agora? Ele desviou os olhos e pegou o celular de novo. –
Um simples “sim” ou “não” teria sido suficiente. – E o que você acha de um “vai
se foder”? Virando a cabeça para mim, ele disse num tom muito baixo: – Acho que
você está brincando com fogo, Srta. Lovato. Um calor desceu por minha barriga
até o meio das minhas pernas quando percebi que ele estava me provocando de
propósito. Por mais calmo que parecesse, ele estava tão excitado quanto eu. Eu
me ajeitei no banco e murmurei: – Idiota egocêntrico. – Cretina temperamental.
Eu me inclinei para cima dele e pontuei cada palavra com um toque do meu dedo
em seu peito. – Seu. Arrogante. Tirânico. Insuportável. Estúpido. Minhas costas
atingiram o chão da limusine com força e Joe colocou todo peso de seu corpo
sobre mim, com seu pau pressionando o espaço negligenciado entre minhas coxas.
Subindo minha saia até a cintura, ele se esfregou em mim, sua boca cobriu a
minha e forçou meus lábios para que pudesse correr a língua para dentro. Eu
senti mais do que ouvi seu gemido, o som vibrando por minha língua e descendo
pela garganta; minha boca, minhas mãos, meu sexo sentiam o vazio. Eu o queria
em todos os lugares. Puxei seu cabelo com força até ele grunhir de dor. Joe
apanhou meu pulso, prendendo
meu braço sobre minha cabeça enquanto levava a outra mão
entre nossos corpos. Ele precisou de dois puxões para rasgar minha calcinha –
afinal de contas, por que eu usaria uma fraquinha se não esperava que ele fosse
me tocar lá embaixo? – e depois ele abriu seu zíper, libertando seu pau e se
posicionando. – Por favor – eu implorei, tentando libertar meu pulso para poder
colocar as duas mãos em sua bunda e assim controlar seus movimentos. – Por
favor, me coma? – ele perguntou, chupando meu queixo e pescoço. – Por favor, me
faça gozar? – Sim. Seus lábios se moveram sobre meu pescoço, chupando,
lambendo. – Você não merece isso agora. Eu só quero… – Joe olhou para mim com
um olhar tenso. – Eu quero… – E o casal de noivos acabou de chegar! – escutei
uma voz abafada surgindo do nada. Nós nem percebemos que estávamos estacionados
até que a porta da limusine se abriu e vimos Max, sorrindo para nós até nos ver
no chão enganchados um no outro. Seu rosto passou de feliz para horrorizado num
segundo, e ele fechou a porta com força. Lá fora, eu o ouvi dizer: – Parece que
os noivos precisam de um tempinho para terminar uma conversa. Joe se apressou
em sair de cima de mim e colocou o pau e a camisa para dentro da calça. Eu me
sentei, empurrando minha saia para baixo e apanhando minha calcinha rasgada. Com
um rosnado irritado, eu joguei a calcinha na cara dele. – Fala sério, Joe! Você
não consegue controlar seu fetiche nem por uma maldita noite? Ele sacudiu a
cabeça e guardou a calcinha no bolso. Levei um minuto para checar a maquiagem
no meu espelhinho enquanto Joe apoiava os cotovelos no joelho e quase arrancava
os cabelos. – Merda! – ele gritou. – Foi você quem inventou essa regra
estúpida. – É uma boa regra. – Eu também achei. Mas agora já não tenho tanta
certeza. Você transformou a nós dois em um casal de homens das cavernas. Quase
com o mesmo ritmo, nós respiramos fundo várias vezes. Encostei a mão na porta e
olhei para ele. – Pronto? Ele soltou os cabelos e se virou para me encarar. Joe
examinou meu rosto e meus cabelos, e deixou o olhar cair até meus peitos e
minhas pernas antes de voltar a focar meus olhos. – Quase – ele chegou mais
perto, tomou meu rosto com as mãos e me beijou. Puxou meu lábio inferior em sua
boca e o chupou. Sem nunca piscar, Joe olhou diretamente para mim, com seus
olhos passando de duros e frios para acolhedores e amorosos. Soltando meu
lábio, ele repetiu: – Quase – depois beijou meu queixo, meu pescoço, voltando
para um último e demorado beijo na boca. Ele estava pedindo desculpas por ser
um cretino. E o meu pedido de desculpas foi permitir que ele fizesse isso.
O restaurante Bali Hai ficava a quilômetros do nosso hotel,
mas era um dos lugares favoritos de Joe em San Diego. Localizado na ponta mais
ao norte de Shelter Island, o restaurante possuía uma vista incrível de toda a
enseada e da maior parte da praia de Coronado. O prédio, reminiscente do estilo
tiki, da Polinésia, tinha dois andares, com um famoso restaurante no andar de
cima e um grande salão privado de eventos ao nível do mar. Desci da limusine e pisei
na calçada que agora estava vazia (aparentemente Max decidira que era melhor
sermos recebidos lá dentro) e dei um grande sorriso. Embora eu tivesse visto
fotos e escutado muito sobre o cardápio, eu ainda não tinha visto o lugar com
meus próprios olhos; Joe quis organizar este jantar para mim, assim como eu
tinha organizado a lua de mel. Alugamos todo o primeiro andar e a festa já se
espalhava pela varanda afora. Um bar foi montado de frente para o mar, e um
bartender já misturava algumas bebidas lá dentro. Garçons carregando aperitivos
andavam pela multidão, e todos os convidados estavam aqui para este jantar
antes do grande dia. Quando pisamos no salão, todos olharam para nós dois. Foi
engraçado… essas pessoas eram nossos familiares e melhores amigos, mas ao meu
lado, Joe forçava um sorriso, agradecendo a todos. Eu não podia culpá-lo por
sentir esse constrangimento. Vai saber quantas pessoas tinham nos visto no chão
da limusine, com Joe prestes a me penetrar… Quando os cumprimentos diminuíram,
ouvi a distinta voz de tia Judith quebrar o silêncio quando ela praticamente
gritou: – Aquele homem poderia me comer até eu voltar a ter vinte anos.
Murmúrios e risadas constrangidas surgiram, mas Judith nem ligou por ter sido
flagrada assediando o noivo. Ela apenas encolheu os ombros e disse: – O que
foi? É verdade. Não finjam que vocês não sabem do que eu estou falando. Só
estou dizendo que é melhor nossa Demi ter algumas cartas na manga, só isso. –
Bom, meu rosto não está tatuado no braço dele – murmurei, sorrindo docemente
para Joe. Com o cenho franzido, ele me conduziu pelo salão, indo direto para o
bar. – Eles fazem um coquetel chamado Mai Tai aqui, que é muito forte – ele
alertou antes de pedir um. – Quer dizer, é puro álcool. – Você diz isso como se
fosse uma coisa ruim – eu me apertei nele, enganchando seu braço. Sorrindo para
o bartender, eu disse: – Quero um igual. – Nós estamos dirigindo demais nesta
semana – resmungou o tio do Joe, Lyle, que chegou atrás de nós. – Não sei por
que não podemos ficar simplesmente num lugar só. Minhas sobrancelhas se
ergueram enquanto eu encarava Joe. Não apenas estávamos pagando para sua
família inteira se hospedar no Del, como também contratamos carros para
conduzir a todos. Ele apertou meu braço como se pedisse paciência: nossa
família é maluca. Pigarreando, Joe disse: – Temos vários pontos turísticos para
visitar, Lyle. Nós não queríamos que vocês perdessem nada. Bull chegou perto de
nós, com sua famosa capa térmica para cerveja envolvendo uma lata, e fez um
sinal de aspas no ar. – Eu sei que “ponto turístico” eu gostaria de visitar –
ele deu uma piscadela para mim. Era
como se ele tivesse apertado um gatilho em minha direção.
“ESSA MULHER AÍ.” – Bull, você é sempre um cavalheiro… – Joe disse secamente.
Bull fez um tchauzinho e foi direto para a pista de dança vazia. O DJ estava
apenas começando a tocar, mas isso não parecia importar. Bull começou a dançar
como um maluco, olhando para todas as mulheres ao redor com um olhar que
provavelmente só ele achava sexy. – Hoje eu sou um solteirão, garotas. Quem vai
ser a primeira? Praticamente todo mundo desviou a atenção. Peguei meu Mai Tai e
dei um gole. Imediatamente tossi. – Uau, você não estava brincando – Joe
esfregou minhas costas enquanto eu tomava ar. – Isso aqui é realmente forte. –
Ah, por favor, Demi – George disse quando se aproximou, batendo sua cintura em
mim. – Você é homem o suficiente para aguentar. – Mais homem do que você –
concordei, olhando para ele. George havia se trocado e agora estava vestindo um
par de jeans e uma camisa incrustada de brilhantes. Ele estava fantástico.
Fiquei um pouco triste quando percebi que ele não teria ninguém divertido para
flertar, exceto Will, que estava usufruindo de um descanso merecido com Hanna
num canto. Will parecia um pouco exausto por causa das Aventuras de Judith e
Mary – ele finalmente cedeu e começou a gostar das estranhezas das duas,
permitindo que elas dessem morango em sua boca no café da manhã enquanto Hanna
ria ao lado. Mas continuar a brincadeira com o George seria demais. – Parece
que o primo do Joe está procurando alguém para dançar. Você está pronto para
laçar o Bull? George levantou uma sobrancelha ao olhar para ele, que ainda
estava dançando sozinho tentando seduzir todo o mulherio ao redor. – Essa é
minha única opção de diversão neste fim de semana? – Infelizmente, acho que
sim. A menos que você esteja disposto a continuar tentando converter o Will.
Mas acho que você vai ter muita competição nessa luta, e eu soube que a Hanna
está tentando quebrar o pênis dele neste fim de semana. George pegou minha
bebida e tomou vários goles antes de estremecer e me devolver apenas pela
metade. – Nossa, isso é forte. – Se você acha que isso é forte – Lyle disse,
apontando para o George –, você deveria experimentar as bebidas que tomávamos
na marinha. Um sorrisinho surgiu no canto da boca do George. – Aposto que eu
teria adorado tudo na marinha. – E todos os marinheiros – Joe acrescentou
discretamente enquanto tomava um gole. Ele correu sua mão livre pelas minhas
costas até chegar à minha bunda. Lyle continuou como se ninguém tivesse falado
nada: – Aquelas bebidas… Você toma um gole e depois pensa que gasolina é igual
a água. E como a gente ficava animado depois… – Ao meu lado, Joe se mexeu,
gemendo baixinho. Lyle assentiu, apontando para mim. – Eu tinha que andar por
aí até achar alguma mulher solícita, às vezes precisava pagar, mas eu não me
importava – Lyle olhou ao redor do salão, erguendo seu drinque para Paul e Denise.
– A bebida era forte assim, o que mais eu podia fazer? Tapei minha boca
tentando não rir.
– Ah, não sei, Lyle – Joe disse. – Talvez você pudesse não
apontar para minha noiva quando fala sobre contratar prostitutas? – Isso é o
que eu provavelmente faria – George concordou. Sem nem perceber sua gafe, Lyle
continuou. – Eles colocavam um pau de canela no natal. Para celebrar a ocasião.
Mesmo assim, era puro veneno. – Veneno de canela – eu acrescentei. – Nas
bebidas ou nas prostituas? – George perguntou. Lyle não achou nem um pouco
engraçado. – Nas bebidas. – Bom, podia ser um ou outro, né? – eu disse para o
George. – Eu não sei qual é o sabor de uma mulher, com ou sem canela – George
sussurrou para mim. – Talvez seja algum fetiche. – Tinha um cara no quartel –
Lyle recomeçou, voltando a lembrar do passado. – Qual era mesmo o nome dele? –
Tomou outro gole, fechou os olhos e depois abriu de repente. – Bill. Ah, aquele
Bill, vou te contar. Ele era uma figura. Teve uma noite que ele bebeu tanto que
voltou vestindo calcinha e sutiã. Acabou sendo perseguido no quartel a noite
inteira. Nós ficamos em silêncio, contemplando aquela imagem quando o George
disse: – Foi o que eu disse. A marinha parece ser a minha praia. Então, nós
todos viramos ao mesmo tempo quando ouvimos um grito. Do outro lado do salão,
Will estava segurando sua bunda com as duas mãos e olhando feio para minha tia
Mary. Ele começou a andar em direção a ela enquanto Mary cobria a boca. George
olhou para mim. – Eu deveria estar com ciúme por outra pessoa estar assediando
meu garotão? – Sim, muito ciúme – Joe disse com um sorrisinho. – Estou surpreso
pelas tias da Demi ainda não o terem enlaçado. – Bom, então acho melhor ir
atrás dele e dizer que uma vez que experimentar a fruta, vai descobrir que não
tem nada melhor. Acho que ele vai ficar interessado em saber o que minhas mãos
mágicas podem fazer – Ele mexeu os dedos sugestivamente. Lyle se virou,
segurando sua bebida, e olhou para George confuso. – Com um teclado. Minhas
mãos são mágicas para tocar teclado – George acrescentou, piscando para mim
antes de cruzar o salão.
No jardim, Joe e eu observávamos o oceano e conversávamos
com alguns primos que ele não via há anos. Eles eram legais, mas a conversa
entrou no território familiar da maioria das conversas nesta semana: Como é o
tempo em ______? Você trabalha com o quê mesmo? Quando foi a última vez que
você encontrou com Joe? O tempo todo, sua mão agarrava minha cintura, como se
estivesse me punindo por alguma coisa. Seu toque bruto me irritava ao mesmo
tempo em que excitava. Deslizando minha mão sobre a dele, eu cuidadosamente
enterrei as unhas nas costas de sua mão. Ele me apertou mais forte e
eu as enterrei mais ainda. Com um pequeno ganido, ele me
soltou e me olhou feio. – Mas que droga, Demi. Eu sorri para ele com doçura,
satisfeita por ter vencido essa pequena batalha. Então senti a grande mão de
Max em meu ombro enquanto se enfiava entre mim e Joe para dizer aos primos, que
a essa altura estavam com os olhos arregalados sem entender nada: – Não liguem
para eles. É assim que eles demonstram amor. O DJ anunciou que o jantar estava
sendo servido, e todos se dirigiram para as mesas. Joe e eu ficamos na
cabeceira da mesa, espremidos entre nossos pais e de frente para todos os
convidados. Eu ainda podia sentir a força da mão de Joe apertando minha
cintura, e doía. Mas mais do que isso, eu sentia o lugar vazio e frio. Ele era
o único homem que eu desejava tão desesperadamente que o atormentava apenas
para desfrutar da satisfação de conseguir quebrar seu ímpeto e observá-lo
cedendo a mim. Paul e meu pai se levantaram e andaram até a frente do salão. Paul
sorriu para o DJ e pediu o microfone. – Joe é meu filho mais novo e ele sempre
levou uma vida obstinada e equilibrada. Quando Demi apareceu em minha vida, Joe
ainda morava na França. Na época, eu não fazia ideia do que ela causaria na
compostura do meu filho. O salão se encheu de leves risadas e murmúrios
concordando. – Mas eu tinha uma esperança – ele disse, olhando para mim. – Foi
difícil conhecer você, minha querida, e não querer que pertencesse a nós de
algum jeito. Mas, principalmente com esses dois, você não pode forçar nada.
Eles são forças da natureza. Estou muito feliz por vocês dois, e muito feliz
por mim e Denise, Kevin e Dani. Sentimos como se o mundo tivesse tomado o
caminho certo quando vocês dois se juntaram. Meu pai tomou o microfone em
seguida. Fez um chiado horrível e todos estremeceram. Meu pai pediu desculpas
com a voz trêmula e depois limpou a garganta. – Demi é minha única filha, e sua
mãe faleceu vários anos atrás. Acho que estou aqui representando a nós dois,
mas eu nunca fui bom nesse tipo de coisa. Tudo que quero dizer é que estou
muito orgulhoso de você, minha filha. Você encontrou a pessoa que não apenas consegue
lidar com você, mas quer lidar com você. E, Ben, eu gosto de como você olha
para minha filha. Gosto do que vejo em você, e também tenho orgulho de poder
chamá-lo de filho. Paul percebeu que meu pai estava começando a se emocionar,
então ele apanhou o microfone de volta. – Nós fizemos um vídeo com as fotos
desses dois crescendo. Vamos deixar passando durante o jantar. Por favor,
divirtam-se e aproveitem a ocasião. Os convidados aplaudiram e depois gemeram
em uníssono quando fotos de nossa infância começaram a passar no telão. Eu
sorri diante das minhas fotos nos braços da minha mãe e brincando com meu pai.
Eu parecia tão pateta. Em cada uma de suas fotos, Joe estava arrumadinho e
lindo, mesmo em seus anos de adolescência constrangedora. – Por acaso você
nunca foi nem um pouco feio? – perguntei. Uma foto minha apareceu e todos
riram: era o ano do pior corte de cabelo de todos os tempos (franjinha e
mullet) e eu ainda usava aparelho. – Espere e verá – Joe murmurou. Logo depois
que ele disse isso, apareceu uma foto de Joe segurando um certificado. Ele
claramente havia espichado; suas calças estavam curtas, o
cabelo longo e despenteado, e a fotógrafo o flagrou no meio de uma risada nem
um pouco atraente. Mas ele parecia apenas um pouco menos bonito, e nem de longe
estava feio. – Eu odeio você – eu disse. Ele se aproximou e me beijou. – Eu
sei. O vídeo tinha algumas fotos recentes, e terminou com uma imagem que Denise
mantinha num porta-retratos em sua casa: Joe sussurrava algo em meu ouvido e eu
ria. Eu virei para o lado e beijei o rosto do meu pai, depois me levantei e
abracei Paul e Denise. As fotos começaram a se repetir e todos começaram a
beber. Olhei para os convidados em nossa mesa. Sara disse algo para Max, que a
beijou em seguida. Will jogou uma amêndoa para Hanna, que tentou apanhar no ar
com a boca, mas errou por um quilômetro. George e Julia discutiam sobre o
retorno na moda dos jeans rasgados. A sobrinha do Joe, Alena, subiu no colo de Kevin
e Paul serviu água para Denise, que olhou para mim e sorriu, tão feliz que eu
praticamente podia ver toda a história de Demi e Joe em seus olhos, e o quanto
ela queria isso para o seu filho. Ao meu lado, Joe passou a mão debaixo da mesa
e subiu por minha coxa e debaixo da saia. Meu coração se apertou tanto que
parecia ter parado de vez, depois acelerou de repente batendo fortemente. O
ensaio fora tão desorganizado que só ali, naquele momento, eu senti toda a
força de nosso casamento iminente. Eu iria me casar no dia seguinte. Com o Joe Jonas.
O homem que me fez amá-lo de tanto me comer com raiva. Eu me lembrei… – Srta. Lovato,
trabalhar com você seria muito mais fácil se você não insistisse em ignorar
todas as regras gramaticais em nossos relatórios. – Sr. Jonas, notei que a empresa
está oferecendo treinamento de comunicação para os administradores. Posso
inscrever o senhor? – Leve estes documentos para a contabilidade. O que foi,
Srta. Lovato? Você precisa de um mapa? Apanhei minha água com a mão trêmula e
tomei um grande gole. – Você está bem? – Joe sussurrou em meu ouvido. Eu
assenti freneticamente, exibindo o sorriso mais calmo que eu conseguia fingir.
Com certeza eu parecia uma lunática. Eu podia sentir o suor escorrendo em minha
testa, e meus talheres tilintaram no prato quando tentei apanhar o guardanapo. Joe
ficou me olhando fascinado, como se estivesse observando uma tempestade se
anunciando ao longe. – É bom ver que você finalmente está cuidando da sua forma
física, Srta. Lovato. Maldito cretino irresistível. – E depois você vai
compensar sua hora de atraso fazendo uma apresentação da conta da Papadakis
para mim na sala de conferência às seis. E também lembrei… – Peça para eu fazer
você gozar. Diga por favor, Srta. Lovato. – Por favor, vá se foder.
Joe deslizou a mão em meu pescoço para me acalmar. Olhei
para ele e pisquei rapidamente. – Eu te amo – sussurrei, sentindo meu coração
como se estivesse preso em uma pipa carregada pelo vento. Era quase impossível
não ficar grudada nele, implorando por seu toque. – Eu também te amo – ele
chegou mais perto e raspou os lábios sobre minha boca. Ao nosso redor, as
pessoas urraram e aplaudiram. Mas, muito cuidadosamente, ele pressionou a boca
em meu ouvido e murmurou: – Não se atreva a me provocar agora, Srta. Lovato.
Este não é o lugar para testar minha força de vontade. Tentei explicar que eu
não estava jogando, que eu não estava tentando seduzi-lo agora, mas nenhuma
palavra saiu. Ele sorriu, arrumando uma mecha do meu cabelo, mas o gesto
amoroso foi traído por seu sussurro: – Se você tentar me provocar com meu pai
sentado aqui do lado, amanhã eu não vou me preocupar em ser gentil e vou comer
você apenas forte e rápido. Vou deixar você com fome e insatisfeita em nossa
noite de núpcias – ele afastou o rosto, deu uma piscadela, e depois passou a
cesta de pão para Paul, que estava ao seu lado. Lembrei de uma vez, durante uma
reunião, quando Kevin encontrou os botões da minha blusa no chão da sala de
conferência e Joe me provocou, perguntando se eram meus. Foi ele quem arruinou
aquela blusa, mas ficou lá fingindo inocência. Lembrei como fiquei magoada, com
raiva e aterrorizada quando pensei que ele também queria arruinar a minha
carreira diante de sua família. Mas na verdade não era nada disso. Assim como
eu, ele estava simplesmente tentando formar uma conexão, mas sem saber como, e
completamente à mercê do fogo entre nós. Lembro-me de ter saído correndo
daquela reunião, extremamente irritada, assim que ela terminou. Aquela
lembrança ainda estava tão fresca em minha memória que eu praticamente podia
ouvir as portas do elevador se fechando e o calor de sua respiração em meu
pescoço. – Por que você de repente está tão mais irritada do que o normal? –
Porque você me fez parecer uma vadia que transa para subir na vida na frente do
seu pai. – Nós vamos nos casar amanhã – eu disse, suspirando. – Não é? – Isso
mesmo – Joe tocou minha mão, sorrindo para mim, mas eu sacudi a cabeça,
agarrando seu braço. Meu pulso acelerou ainda mais e senti minhas mãos suadas.
– Eu tenho o poder? Foi você que se apertou contra o meu pau no elevador. É
você quem está fazendo isso comigo. – Nós vamos nos casar. Amanhã. Diga isso
para mim. O sorriso dele diminuiu um pouco e seus olhos me olhavam confusos. –
Nós vamos nos casar amanhã. Eu fechei meus olhos, lembrando-me agora de como
sua expressão mudara naquela ocasião e seu coração ficara exposto para mim pela
primeira vez. – O que você está fazendo comigo? – ele perguntou. – Você está
mesmo bem? – Joe sussurrou, olhando e sorrindo para o garçom que havia acabado
de servir a entrada em nossa mesa. – Eu não quero sair por aquela porta e
perder o que encontramos nesta sala. Empurrei minha cadeira para trás, levantei
e saí correndo entre as mesas me dirigindo para
os banheiros. Subi as escadas e entrei na salinha reservada
para os convidados, sem nem me preocupar em acender a luz. A sala era apertada
e estava cheia de flores que deixavam o ar carregado de perfume. Respirei
fundo, olhando para meu reflexo nos espelhos que forravam toda a parede em
minha frente. Era como se eu pudesse sentir cada emoção que já experimentei com
Joe, tudo de uma vez. Ódio, luxúria, medo, arrependimento, necessidade, fome,
amor, amor amor amor incontrolável. Puxei meu colar, sentindo-me sufocada pela
nostalgia, antecipação e, acima de tudo, necessidade de que tudo acabasse logo,
que se tornasse oficial para que o destino não pudesse repentinamente decidir
tomar um caminho diferente e de algum jeito nos transformar em inimigos em vez
de amantes. – Respire, Demi – sussurrei. A porta se abriu e um raio de luz
cortou o quarto antes de tudo voltar à escuridão. As grandes mãos quentes de Joe
deslizaram por minhas costas e pousaram em minha cintura. – Ei – ele disse,
beijando minha nuca, sua voz grave se espalhando como uma corrente elétrica por
minha pele. Eu fechei os olhos e me endireitei, virando de frente para ele.
Mergulhando meu rosto em seu pescoço, senti o cheiro de sua loção pós-barba,
abri minha boca e chupei sua pele com vontade. Eu me sentia em casa com ele. Joe
gemeu silenciosamente, arrastando os dedos por minha cintura, apertando,
tremendo. Mas com a lembrança da abstinência pela qual ele estava nos fazendo
passar, uma onda de raiva, calor e frustração tomou conta de mim e eu bati em
seu peito. – Você fez isso comigo! Você e sua regra estúpida e seu sorrisinho
provocador e o pau gigante que você não quer compartilhar! E seus dedos longos
e a sua língua que faz aquela… aquela coisa que você sabe fazer! Você! – tomei
fôlego e continuei: – Você é um perfeito filho da mãe teimoso e mandão! Vai se
foder, Joe! Por que você tem que ser tão esperto e tão bom em tudo? Por que
você me ama? Por que eu tenho tanta sorte? Você está me transformando numa
louca! Eu pensei que fosse começar a chorar lá fora! Ele riu em silêncio e eu
podia sentir seu desdém. – Duvido. Você já chorou uns dois anos atrás. Acho que
só vai chorar de novo daqui uns… Eu o interrompi com um beijo que eu pretendia
ser firme e apaixonado para fazê-lo calar a boca – para que eu calasse a boca –
e agradecê-lo por ele ser ele quando eu mais precisava. Mas o beijo passou de
firme para febril assim que ele abriu a boca, permitiu que eu deslizasse a
língua sobre seu lábio inferior e contribuiu com sua própria língua. Com um
gemido, ele me ergueu e me pressionou contra a parede, com suas mãos subindo
pela saia e os dedos agarrando minhas coxas. – Você não está se arrependendo,
não é? – Não! – eu disse, deixando minha cabeça cair para trás e batendo na
parede quando ele posicionou o pau entre minhas pernas. – Pois eu arrastaria
você até o altar pelos cabelos se fosse preciso.
Eu ri, e minha risada se transformou num gemido quando seus
lábios subiram por meu pescoço até chegar ao meu queixo. – É engraçado você
pensar que poderia me arrastar para onde quisesse – eu disse. Quando ele se
voltou para mim, afastei meu rosto e empurrei seus ombros. – Fique de joelhos.
Ele ficou me olhando. – Como é? – De joelhos – repeti. Se um olhar pudesse
matar, eu estaria dura no chão a essa altura. Mas sem dizer nada, Joe me colocou
de volta no chão e se ajoelhou na minha frente. Não foi preciso mais
instruções; ele simplesmente colocou uma de minhas pernas sobre seu ombro,
inclinou-se para frente e colocou a língua em meu clitóris. O único objetivo de
Joe era me fazer gozar em tempo recorde. Não houve nenhuma preliminar; nada de
provocações ou beijinhos safados. Havia apenas sua boca aberta, chupando e,
finalmente, pressionando os dedos na entrada da minha vagina, girando e
juntando todo o líquido dela. Mas ele não fez o que eu estava esperando. Ele
deslizou o polegar em cima de mim e arrastou os dedos molhados para minha parte
de trás, onde cuidadosamente enfiou apenas um dedo. Soltei o gemido mais
desesperado e patético da minha vida, agarrando seus cabelos para poder impulsionar
minha virilha contra seu rosto. Joe não me penetrava ali frequentemente, mas
quando fazia – fosse com os dedos ou com o pau – sempre me deixava saciada e
amortecida por vários dias. Sua boca chupava e puxava minha pele sensível, e
seu polegar e os outros dedos pressionavam e depois relaxavam ao mesmo tempo,
provocando um grande prazer pulsante. A sensação era ao mesmo tempo demais e
insuficiente. Eu queria que tudo que o que ele estava fazendo fosse mais
profundo, mais forte, maior, até quase doer. Meu prazer se concentrou em meu
estômago, num formigamento que latejava entre minhas pernas. Eu temia que a
explosão iria me frustrar, com tanta coisa acontecendo lá fora, do outro lado
da porta. Eu achava que nada além do corpo nu de Joe seria suficiente, pesado e
dominador, penetrando em mim. Mas então, como se tivesse lido meus pensamentos,
ele enfiou outro dedo lá atrás, e me fodeu mais forte e rápido até minhas coxas
tremerem e o prazer explodir num calor delicioso que arrancou um gemido afogado
da minha garganta. Joe não parou até eu ficar sem fôlego, apoiada em seus
ombros e tentando empurrá-lo para longe. Então, gentilmente, ele beijou meu
sexo e se recostou, olhando para mim. – Você acha que agora consegue aguentar
até amanhã? Encostei minha cabeça na parede, sentindo minhas pernas moles como
geleia. – Com certeza. – Parece que você foi comida de jeito. Suspirando, eu
murmurei: – Eu me sinto comida de jeito. Você e essa sua boquinha mágica e seus
dedos safados sabem o que estão fazendo. – Eu sabia que iria funcionar – ele se
levantou e ajeitou o casaco. Baixei a minha mão e segurei seu pau, massageando
e sentindo a ponta grossa de sua ereção.
– Um de nós deveria voltar para lá. Nós sumimos… já faz
alguns minutos. Mas é sério, Joe, isso foi incrível. Ouvi seus dentes rangerem
e olhei para seu maxilar se movendo de um lado a outro. – Eu sei. – Sinto muito
não termos tempo para eu devolver a gentileza – sussurrei, beijando seu queixo.
– Vá se ferrar. – Bom – eu disse, dando um tapinha em seu rosto –, você precisa
se limpar, de qualquer maneira. Aproveite para bater uma no banheiro – dei um
beijinho em seus lábios e acrescentei: – De novo. Ele mergulhou sua cabeça em
meu pescoço e inspirou meu perfume antes de bater com a mão na parede ao lado
da minha cabeça e sair correndo da sala. Eu acendi a luz e examinei meu
reflexo. Arrumei meu cabelo com minha presilha de brilhantes e sorri para a
minha imagem antes de voltar para o corredor.
Will saiu do banheiro logo após Joe entrar apressado. Virando-se
para mim, ele riu e perguntou: – O que deu nele? Eu encolhi os ombros e
respondi simplesmente: – A culpa é toda dele. Will assentiu ironicamente. –
Você está pronta para amanhã? – Nem um pouco. Ele envolveu meu ombro com seu
braço. – Vai ser perfeito. E mesmo que não seja perfeito, teremos álcool à
vontade. – Eu sei. Na verdade, não estou nervosa, estou apenas… – Mamãe, esse é
o homem com o pipi grande! Eu vi ele no banheiro! Nós dois nos viramos e vimos
o filho pequeno da prima de terceiro grau de Joe, a Kate. Tive que tapar minha
boca para não explodir em uma risada. Will levantou as mãos e seu rosto parecia
aterrorizado. – Eu juro que não mostrei… – Ah, eu sei que não – Kate o acalmou,
com olhos arregalados e pedindo desculpas. Ela mordeu os lábios, olhando um
pouco demoradamente demais para Will. Um silêncio longo e constrangedor se
estendeu até ela se lembrar de sua própria existência. – Ele está aprendendo a
usar o banheiro sozinho e meu marido disse que ele ficou analisando você – ela
estremeceu o corpo todo, depois acrescentou: – Quer dizer, não o meu marido.
Entendeu? Não foi o meu marido que ficou olhando para você no banheiro. Isso
seria estranho. Mas ele mencionou que nosso filho estava andando por aí e… Oh,
Deus, é melhor eu parar de falar, nada de bom pode sair dessa história – Kate
então apanhou a mão de seu filho e entrou no banheiro das mulheres. Olhando
para o Will, eu perguntei, incrédula: – O que foi isso? Ele deu de ombros,
rindo um pouco. – Aquele garoto estava andando pelo banheiro enquanto o pai
dele lavava as mãos. Não foi
nada de mais. – Por que as mulheres perdem a habilidade de
falar quando estão perto de você? – Tem certeza de que isso acontece? – ele
perguntou, sorrindo para mim. – Você consegue falar. – Isso é porque eu sou
mais leoa do que mulher – respondi com uma piscadela. – Touché – olhando para
mim, seus olhos faiscaram de repente, como se fosse um cachorro que avistou um
osso suculento. – Tem uma coisa que eu queria conversar com você. – William –
eu disse, me apoiando na parede –, estou lisonjeada, mas se você me criticar
por alguma coisa, vou chutar o seu traseiro tão forte que o seu nariz vai
sangrar. Ele suspirou, olhando intensamente para mim. – Demi, eu sei que você é
a única mulher que conseguiria fazer isso comigo. Mas não quero falar sobre
você. Quero falar sobre seu futuro marido. – O que é que ele aprontou dessa
vez? Will exalou lentamente. Ele era um adversário e tanto. – Eu acho que você
sabe o que ele fez. Olhando para ele, eu podia ver traços de batom em seu rosto
e arranhões provavelmente feitos por unhas postiças. Will era o mestre da
sedução e do blefe. Na verdade, era fascinante enxergar sua armadura cedendo. –
Ah, qual é, a Judith e a Mary são adoráveis. – Certo – ele disse, rindo um
pouco. – E eu sei que foi o Joe quem as encorajou a agir assim. Vou dizer uma
coisa, Demi, eu vou me comportar pelo resto do fim de semana. Mas assim que
vocês voltarem da lua de mel, eu vou me vingar. Entendeu? Eu sorri com
entusiasmo. – Aquele palhaço psicótico que eu enviei no aniversário dele não
vai ser nada comparado com o que vou fazer. O laxante que ele colocou na minha
comida? Vai parecer brincadeira de criança. Se você achou que foi ruim quando
eu enviei aquele currículo falso para a vaga de assistente e depois uma
stripper apareceu na entrevista, você ainda não viu nada. – Mal posso esperar,
Dr. Sumner. Ele cerrou os olhos e disse: – É um pouco estranho ver o quanto
você parece animada com isso. Eu me endireitei e belisquei seu rosto. – Eu
estou animada. Gosto de ver que a única coisa que vai mudar depois desta semana
é que o Joe vai ter um anel no dedo e o meu sobrenome na identidade. Gosto de
saber que vocês vão continuar com essa guerra de testículos. Você e Hanna vão
continuar adoráveis, Max e Sara vão continuar apaixonados. Joe vai continuar me
deixando maluca e me amando ao mesmo tempo. É a vida do jeito que deveria ser.
Nesse momento, Joe saiu do banheiro com uma expressão muito mais calma. Ele deu
uma piscadela para mim. Will olhou feio para ele antes de se virar e voltar
para o andar de baixo. – E então? – perguntei quando Joe beijou meus lábios. –
Então o quê? – Está se sentindo melhor? Ele deu de ombros. – Um pouco.
– Qual foi a fantasia? Seus olhos castanhos ficaram duros
quando olhou para minha boca. Inclinando-se para frente, ele murmurou: – Você
estava amarrada e amordaçada. Eu comi você por trás e não deixei você gozar.
Quando ele beijou meu rosto e apanhou minha mão para voltarmos ao jantar, eu
sabia que estava dizendo a verdade. E, de repente, eu já não me senti tão
saciada quanto antes.
O jantar já estava terminando e os convidados começaram a
pedir coquetéis, conversando em pequenos grupos e se aventurando na pista de
dança. Da nossa mesa, Joe e eu ficamos apenas observando. Seu longo braço
esticava-se na cadeira atrás de mim, e ele brincava com meus cabelos. – Você é
muito irritante – ele sussurrou. – Bom, não ouvi você reclamar quando estava me
violando lá no banheiro. Rindo um pouco, ele completou: – Você não tem vergonha
na cara. – Não tenho mesmo. Ele sacudiu a cabeça e apanhou sua bebida. Olhei
para Judith e Mary “ensanduichando” Will. – Você vai se encrencar por causa
daquilo – disse. – Will me contou que vai se vingar à altura. – Eu já esperava
por isso. As mãos delas exploravam cada canto possível de Will. Ele estava
tentando levar na boa, mas, meu Deus, até mesmo o cara mais calmo do mundo não
aguentaria aquilo. – Vocês duas, parem de se comportar mal! – meu pai gritou do
outro lado do salão. – Estamos apenas brincando, Eddie, relaxa! – Judith gritou
de volta. Quando ela agarrou a bunda de Will, ele cuidadosamente se levantou e
se aproximou da mesa do DJ, onde agarrou o microfone. – Hanna! – o microfone
chiou e todos cobriram os ouvidos. O DJ parou a música abruptamente e o
silêncio tomou conta do salão. Will parecia absolutamente calmo. – Hanna. Olhe
para mim. Todos se viraram para ela, que conversava com Dani. Seus olhos se
arregalaram e ela sacudiu a cabeça levemente. – Oh, Deus – ela sussurrou. –
Lembra do que eu mencionei no avião? – ele perguntou, com os olhos grudados
nela. Um pequeno sorriso surgiu em sua boca. – Refresque minha memória. Ele
fechou os olhos com força, respirou fundo, e quando abriu de novo, disse: –
Case-se comigo. Eu claramente não fui a única pessoa surpresa. Acho que o salão
inteiro ofegou ao mesmo tempo. Joe, antecipando minha necessidade, pegou seu
lenço no bolso e o ofereceu para mim. Do outro lado do salão, vi Max fazendo a
mesma coisa para Sara. Mas enquanto ela aceitou e agradeceu, eu dei um tapa na
mão do Joe. – Desculpe, Demi – Will disse, parecendo nem estar ciente de que
outras cinquenta pessoas
podiam nos ouvir. – Eu sei que o momento é péssimo para
fazer isso. – Não se atreva a quebrar o clima falando comigo! Continue! Isso é
a melhor coisa que aconteceu hoje. Joe apertou meu ombro, rindo
disfarçadamente. – Você vai pagar por essa. Hanna começou a andar na direção de
Will, e as pessoas na pista de dança abriram caminho para ela. – Você está
dizendo isso porque está com medo das mãos bobas das tias de Demi? – Um pouco –
Will admitiu, com a voz quase falhando. Ele engoliu em seco e repetiu: – Um
pouco. Eu quero dizer isso todos os dias, mas todos os dias fico com medo –
erguendo a mão antes que ela pudesse entender errado, ele acrescentou: – Não
por não ter certeza. Mas porque quero que você tenha tanta certeza quanto eu.
Hanna cruzou o salão, tomou o microfone das mãos trêmulas de Will e o devolveu
para o DJ. Então, ela se esticou para beijar Will depois de dizer algo que
ninguém mais ouviu, mas que fez Will Sumner abrir o maior sorriso de sua vida.
Os convidados começaram a aplaudir e Joe sinalizou para os garçons servirem
champanhe para todos. A música voltou a tocar e a pista de dança se encheu de
novo. Joe se levantou e olhou para mim. – Vamos dançar, Quase Srta. Jonas. – Só
se você me deixar conduzir, Quase Sr. Lovato.
posta maaaiiiiiiiiiiiiisssss, ri a beça das doidices do Joe e Demi
ResponderExcluirPOSTA MAIS HJ PF PF PF HAHAHAHAH
ResponderExcluirpreciso de mais
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