Quatro
Três dias depois de dar a ela um orgasmo como almoço, eu não
estava nem um pouco menos obcecado. – Então, quem você vai trazer hoje à noite?
– Mikey perguntou distraidamente, com os olhos grudados no jornal. A viagem de
volta para o escritório depois de passarmos no alfaiate foi silenciosa até
então, com exceção do barulho do motor e ocasionais buzinas no trânsito.
Continuei lendo os arquivos que tinha trazido comigo – fotografias de uma nova
exposição no Queens – quando respondi: – Na verdade, eu vou sozinho. Ele olhou
para mim. – Você não tem ninguém para te acompanhar? – Não – olhei de volta a
tempo de ver suas sobrancelhas se erguerem com a surpresa. – O que foi? – Desde
quando nos conhecemos, Joe? – Seis anos, acho. – E, nesse tempo todo, você
alguma vez já participou de algum evento social sem ter uma garota ao seu lado?
– Realmente não me lembro. – Talvez você possa checar as colunas sociais. Tenho
certeza de que pode descobrir por lá – ele concluiu, sarcástico. – Muito
engraçado. – É estranho, só isso. É nosso maior evento do ano e você não vai
levar ninguém. – Isso realmente importa? Ele riu. – Você está falando sério?
“Quem Joe Jonas vai levar na festa” é a primeira coisa que as pessoas perguntam
quando temos um evento desses. – Eu acho engraçado quando você me descreve como
um lobo mau que persegue a mulherada, enquanto você é um grande modelo de
virtude e honra. – Ah, eu nunca falei nada sobre ser um modelo… – ele disse por
cima do jornal. – Estou apenas sugerindo que as pessoas vão se perguntar se você
vai levar alguém, só isso. Voltei a olhar meus arquivos enquanto considerava o
que ele falou. Na verdade, não tinha chamado ninguém para o evento de
arrecadação de fundos. Não tinha chamado ninguém porque não estava interessado
em sair com ninguém. O que era mesmo estranho. Talvez Mikey estivesse certo.
Desde que tinha conhecido Demi, as outras mulheres pareciam previsíveis e
domesticadas demais. —
Mikey também estava certo quando disse que o Baile Anual de
Caridade Jonas & Sumner era nosso maior evento do verão. Acontecia sempre
no Museu de Arte Moderna e todas as
pessoas importantes de Nova York apareciam por lá. Com o
baile, o jantar e o leilão, nós conseguíamos arrecadar todos os anos centenas
de milhares de dólares para uma fundação pediátrica contra o câncer. O céu
acinzentado da tarde havia clareado, mas o cheiro de temporal ainda pairava no
ar quando meu carro alcançou os bloqueios em frente ao museu. Um manobrista
abriu minha porta e saí do carro, ajeitando meu terno antes de continuar. Ouvi
meu nome ser chamado em várias direções e câmeras começaram a disparar como uma
pequena tempestade de raios na área de imprensa. – Joe, onde está sua
acompanhante? – Joe, uma foto rápida aqui! – Os rumores da doação para o
Smithsonian são verdadeiros? Sorri e posei para os fotógrafos, acenando até
entrar no museu. Senti como se estivesse no piloto automático e fiquei aliviado
por ter mantido a imprensa do lado de fora. Eu simplesmente não tinha energia
para aquilo. Os convidados eram acompanhados através do museu até o jardim do
lado de fora, onde a maior parte da festa aconteceria. Multidões de pessoas
bem-vestidas perambulavam com seus drinques na mão, discutindo dinheiro, suas
próprias vidas e as fofocas da semana. Uma série de tendas brancas foram
erguidas, cada qual iluminada por um conjunto de luzes coloridas. Uma orquestra
ficava numa ponta do jardim e uma cabine de DJ estava a postos na outra ponta.
O ar estava pesado e úmido – a noite parecia se agarrar à minha pele de um
jeito quase desconfortável. Caminhei até uma linha de grandes mesas brancas
repletas de cristal. Quando peguei uma taça de champanhe, senti alguém se
aproximar de mim. – Perfeito como sempre, Joe. Você realmente conseguiu se
superar. Pisquei ao ver Nick ao meu lado. – Está quente demais aqui, isso sim –
eu disse, fazendo um gesto com a cabeça em direção aos drinques que ele
segurava em cada mão. – Veio com a Miley, eu presumo. – E você veio com…? – Vim
sozinho hoje. Sabe como é, estou ocupado cumprindo o papel de anfitrião. Nick
riu e tomou um gole de champanhe. Ele não disse nada, mas foi impossível não
notar a maneira como seus olhos se focaram em algo atrás do meu ombro. Eu me
virei bem a tempo de ver Miley e Demi voltando do banheiro. Demi estava
incrível, com um vestido verde-claro cravejado de cristais que desciam dos
ombros até a saia. Saltos prateados davam as caras abaixo da barra do vestido.
Levei um instante até conseguir dizer alguma coisa. – Ela veio acompanhada, Joe.
Virei para Nick com o queixo caído e olhei ao redor, tentando encontrar o
acompanhante. – É mesmo? Com quem? – Eu. – Como é? Sem chance. – Deus, estou
brincando. Olhe para você mesmo – ele passou a mão no queixo e acenou
casualmente para alguém do outro lado do salão. Eu legitimamente queria dar uma
porrada nele. – Joe – ele disse, agora com a voz grave e séria. – Demi é a
melhor amiga de Miley e um
membro importante da minha equipe. Confio em sua intuição
para os negócios mais do que em qualquer pessoa, mas seu histórico com as
mulheres não é exatamente impecável. Sei que sou a última pessoa que pode dar
conselhos, mas aqui vai: não faça nenhuma idiotice. – Calma. Não é como se eu
estivesse querendo arrastar a moça pra uma rapidinha num closet ou qualquer
coisa do tipo. – Não seria a primeira vez – ele disse, com um sorriso, enquanto
terminava o champanhe. – Nem para você, meu amigo – eu respondi. Nick pareceu
quase aliviado quando o deixei lá, e por um breve momento, eu quase me senti
culpado por ter mentido. A verdade era que, embora eu quisesse arrastá-la para
o closet mais próximo, eu também queria um momento para apenas observá-la.
Atravessei o jardim, cumprimentei algumas pessoas e agradeci outras por suas
doações, mantendo Demi em minha visão periférica o tempo todo. Parei ao lado da
grande escultura de Lachaise e fiquei observando à distância, cativado por sua
beleza naquela noite. Demi usava um vestido longo e justo, acentuando
perfeitamente a silhueta e enfatizando algumas de minhas curvas favoritas.
Lembrei de sua imagem na boate, selvagem naquele vestido curto demais e nos
saltos altos demais, e comparei com a sofisticada mulher que agora estava
diante de mim. Percebi que o que fizemos naquela noite não era algo comum para
ela. Mas acho que, até aquele momento, eu não tinha entendido exatamente o
quanto aquilo não fazia parte de sua personalidade. Ela parecia equilibrada e
delicada… embora, ainda assim, houvesse algo mais, um tipo de atrevimento que
se escondia debaixo daquele exterior altivo. Meus olhos tracejaram a linha que
descia de seu pescoço até os seios, e imaginei o que ela estaria usando debaixo
do vestido. Tentei pensar o que libertou aquela mulher que transou comigo num
canto de uma boate cheia de gente. Eu tinha certeza de que Nick não estava de
brincadeira quando sugeriu que eu ficasse longe de Demi. Ou que sua noiva iria
comê-lo vivo – e a mim também – se descobrisse nosso caso. Nick estava
obviamente ciente de que eu tinha um interesse pela Demi mais do que casual,
mas nós éramos muito amigos e, apesar de seus protestos, ele nunca interferiria
se isso fosse o desejo de Demi. Mas Miley… era uma questão completamente
diferente. Ela parecia muito esperta, seu olhar parecia muito observador. Eu
conhecia pouco a futura sra. Ryan, mas sabia muito bem que, se Nick tinha
encontrado sua cara-metade, eu não deveria cutucar essa onça com vara curta. E,
apesar disso tudo, eu estava gostando bastante desse joguinho que eu e Demi
estávamos jogando. —
Quando a orquestra começou a tocar uma música lenta, fiquei
olhando algumas pessoas saírem de suas mesas para se aventurar na pista de
dança. Andei ao redor do jardim, fiquei atrás de Demi e toquei-a em seu ombro
nu. Ela se virou e seu sorriso minguou quando me viu. – Bom, oi para você
também – eu disse. Demi tomou um longo gole de seu champanhe antes de
responder. – Como vai você nesta noite, sr. Jonas? Sr. Jonas? Eu tive que
sorrir.
– Então você fez uma pesquisa básica sobre mim, não é? Devo
ter causado uma impressão e tanto. Ela retribuiu com um sorriso educado. – Uma
rápida busca no Google pode revelar muitas coisas interessantes para uma
garota. – Você nunca ouviu falar que a internet está cheia de rumores e
falsidades? – eu me aproximei e passei os nós dos dedos ao longo de seu braço.
A pele estava macia e suave, e notei a maneira como ela se arrepiou. – A
propósito, você está linda hoje. Ela encontrou meu olhar e tentou decifrar
minha expressão. Apesar de se afastar um pouco, murmurou: – Você também não
está nada mal. Fingi estar surpreso. – Você acabou de me elogiar? – Talvez. –
Seria um desperdício para nós dois termos caprichado no visual e não dançarmos
ao menos uma vez. Você não concorda? – Demi olhou ao redor do jardim e eu
acrescentei: – Apenas uma dança, flor. Ela tomou o resto do champanhe e colocou
a taça na bandeja de um garçom que passou por nós. – Apenas uma dança. Pousei
minha mão em suas costas e a conduzi até um canto escuro da pista de dança. –
Gostei do nosso almoço naquele dia – eu disse, tomando-a em meus braços.
–Talvez possamos repetir. Quem sabe com um cardápio diferente. Ela sorriu com o
canto da boca e olhou por cima do meu ombro. Puxei seu corpo para mais perto,
provocando aquele levantar de sobrancelha que eu estava começando a gostar
tanto. – Então, o que está achando de Nova York? – Diferente – ela disse. –
Muita gente. Muito barulho – ela inclinou a cabeça e finalmente olhou para mim.
– E os homens são um pouco atrevidos demais. Eu ri. – Você fala como se isso
fosse uma coisa ruim. – Acho que depende do homem. – E quanto a este homem? Ela
desviou os olhos e sorriu com educação novamente. Percebi que Demi era uma
mulher acostumada a ser observada em público. – Olha, estou lisonjeada por sua
atenção. Mas por que você está tão interessado em mim? Será que não podemos
apenas admitir que tivemos uma noite divertida e deixar as coisas como estão? –
Eu gosto de você – eu disse, dando de ombros. – Gosto muito quando você mostra
seu lado pervertido. Ela riu. – Meu lado pervertido? Essa eu nunca ouvi antes.
– Bom, é uma pena. Agora conte para mim, o que você pensa quando fantasia? Você
pensa sobre sexo gentil e doce? Ela me lançou um olhar de desafio.
– Às vezes, sim. – Mas também pensa em ser tocada no meio de
um restaurante sem ninguém perceber? – eu me inclinei e sussurrei em seu
ouvido: – Ou em dar numa boate? Senti quando ela engoliu em seco e sua
respiração ficou trêmula, quando ela se endireitou e colocou uma distância
socialmente aceitável entre nós. – Às vezes, é claro. Quem não tem esse tipo de
fantasia? – Muitas pessoas não têm. E ainda mais pessoas não realizam. – Por
que você está tão obcecado com isso? Tenho certeza que poderia mirar esse
sorriso para qualquer mulher e levá-la para alguma sala vazia neste museu. –
Porque, infelizmente, eu não quero nenhuma outra mulher. Você se tornou um
grande mistério para mim. Como pode esconder um paradoxo tão grande por trás
desses olhos castanhos? Quem era aquela mulher que transou comigo na frente de
todas aquelas pessoas? – Talvez eu apenas quisesse sentir como era fazer algo
tão maluco quanto aquilo. – E foi incrível, não é? Ela não hesitou quando olhou
para mim: – Sim. Mas veja só – ela disse, dando outro passo para trás. Meus
braços caíram para o lado. – Não estou interessada em ser o brinquedinho de
ninguém agora. – Na verdade, sou eu quem quer ser o seu brinquedinho. Balançando
a cabeça, ela tentou esconder um sorriso e depois voltou a olhar para mim. –
Pare de ser charmoso assim. – Venha me encontrar no andar de cima. – O quê?
Não. – No salão vazio ao lado dos banheiros. É só subir as escadas e virar à
direita – eu me aproximei e beijei seu rosto como se estivesse agradecendo pela
dança. Comecei a me afastar justamente quando a música parou e foi anunciado
que o jantar seria servido no lado de dentro, seguido imediatamente pelo
leilão. Fiquei imaginando se ela me encontraria. Se arriscaria deixar seus
amigos e sumir sem dar explicação. Se sentia a mesma adrenalina que eu. O som
das conversas aumentou quando saí do ar úmido da noite e entrei no ar
condicionado do museu. Subi a larga escadaria e serpenteei pelo corredor até o
salão vazio e escuro. As vozes foram sumindo enquanto eu fechava a porta atrás
de mim, deixando apenas uma fresta aberta. Esperei lá dentro por um momento,
ouvindo os sons abafados da festa que continuava no andar de baixo, prestando
atenção para ter certeza que estava sozinho no salão escuro. Ocasionalmente
alguém andava pelo corredor acarpetado e entrava no salão vazio para fazer
breves telefonemas ou procurar pelos banheiros. Parecia que cada som que eu
fazia ecoava pelo corredor, meus sapatos batiam no chão de madeira enquanto eu
vasculhava o local. O salão era longo, mas não muito largo, e a cidade brilhava
do outro lado das janelas. Ao longo de uma parede, ficava uma mesa retangular
parcialmente coberta por uma tela ornamentada. Fora isso, o salão estava
completamente vazio. Andei até a mesa e me encostei nela, atrás da tela e fora
do alcance de qualquer vista. Então, esperei. Mais de quinze minutos depois que
a deixei – e depois de quase desistir de esperar – a fresta na porta se
expandiu e um facho de luz se estendeu pelo chão. Observei a figura de seu
corpo através da tela, iluminada pela luz que vinha do corredor. Eu sabia que
na escuridão eu
permanecia invisível para ela e aproveitei a oportunidade
para observá-la procurar ao redor. Eu podia imaginar a pulsação em sua garganta
batendo com nervosismo e excitação. Saindo de trás da tela, finalmente permiti
que ela me visse, como uma silhueta marcada pelas luzes da cidade. Ela cruzou o
salão com os olhos colados nos meus enquanto lentamente diminuía a distância
entre nós. Estava difícil decifrar sua expressão no meio da escuridão, então
esperei que ela falasse algo, me mandasse para o inferno ou pedisse para
transar com ela de novo. Mas não disse nada. Apenas parou a centímetros de mim,
hesitando por um momento antes de agarrar meu casaco e me puxar para perto.
Seus lábios estavam quentes e insistentes, e tinham sabor de champanhe.
Imaginei-a tomando uma taça inteira de uma só vez, tentando encontrar a coragem
para subir até aqui. Esse pensamento me fez gemer e fechar os olhos enquanto
ela abria a boca para mim, com a cabeça inclinada para trás e a língua
pressionada contra a minha. Toquei um seio com uma mão e agarrei fortemente sua
cintura com a outra. – Tire isso – ela disse, com as mãos mexendo na minha
gravata e os dedos nos botões da camisa. Conduzi a nós dois andando de costas e
abri o zíper de seu vestido, que deslizou de seu corpo e se derramou em seus
pés no chão. Ela estava completamente nua debaixo do vestido. – Você estava
assim o tempo todo? – perguntei, tomando um mamilo em minha boca e olhando para
cima, para os seus olhos. Ela confirmou com um gesto de cabeça, os lábios
separados enquanto passava as mãos em meus cabelos, sussurrando palavras como
mais e use os dentes e por favor. Eu a guiei até a mesa, segurando-a por trás
dos joelhos para empurrá-la em direção à borda. Meus dedos percorreram suas
costelas e chegaram em sua barriga. Olhei em seus olhos, erguendo uma
sobrancelha enquanto passava minhas mãos nos saltos de seus sapatos. – Vamos
deixar estes no lugar – eu disse, olhando para seu corpo nu. Ela era perfeita:
pele macia, seios maravilhosos, mamilos rosados. Inclinei seu corpo e percorri
com a língua um caminho descendo por seu pescoço até os seios, pressionando meu
polegar numa marca que eu aparentemente deixei nela no sábado. – Aposto que
você olhou para essa marca todos os dias – eu disse, admirando meu trabalho e
pressionando um pouco mais forte. – Você está falando demais – ela disse,
abrindo minha camisa. – Você está vestido demais. Raspei meus dentes em seu
mamilo, chupei e assoprei. – Me toque – eu disse, pressionando sua mão em meu
pau. Ela apertou e eu mergulhei o rosto em seu ombro. As mãos dela tremiam
enquanto desabotoavam minha calça, abaixando-a imediatamente. Ela se inclinou
na mesa, esticando o corpo e deixando que as sombras delineassem as curvas de
seu peito. – Joe – ela sussurrou, cheia de desejo nos olhos. – Sim? – eu estava
distraído por seu pescoço, pelos seios e pela mão que envolvia meu pau. – Você
tem uma câmera? Como ela fazia isso? Como alguém tão comportada, tão
naturalmente refinada, podia se soltar completamente daquela maneira? Enfiei a
mão em meu casaco – que ainda estava pendurado em meu ombro – e puxei meu
celular, segurando-o na frente de seu rosto.
– Essa aqui serve? – Tire fotos de nós. Pisquei
desconcertado. Então pisquei de novo. Será que ela estava brincando? – Uau. Com
certeza. – Sem mostrar o rosto. – É claro. Um instante de silêncio se passou
enquanto nós dois considerávamos o que eu poderia fazer com aquele celular na
mão. Ela queria fotos daquilo que estávamos fazendo. Adorei saber que ela se
excitava com isso tanto quanto eu. Eu percebia em sua pulsação acelerada e em
seu olhar lascivo. – E ninguém nunca poderá ver – ela disse. Eu sorri. – Não
gosto da ideia de compartilhar qualquer parte de você. É claro que ninguém
poderá ver. Ela se inclinou para trás e eu levantei o celular, mirando nela. A
primeira foto foi de seu ombro. A segunda foi de sua mão em cima do seio, com o
mamilo preso no meio dos dedos. Um gemido suave escapou de seus lábios enquanto
eu acariciava sua coxa até chegar ao meio das pernas. Ouvimos vozes ecoando no
corredor, que nos arrancaram daquela fantasia e nos trouxeram para a realidade
de que precisaríamos eventualmente voltar lá para baixo. Coloquei uma camisinha
e passei o polegar em seus lábios, deslizando para dentro de sua boca. Ela
respondeu sem palavras, envolvendo minha cintura com suas pernas e tentando me
puxar para mais perto. Observei a mim mesmo deslizando para dentro dela
exatamente no momento em que a porta do salão começou a se abrir. Assim como
antes, o brilho do corredor invadiu o salão, atravessando a tela e pintando seu
corpo com uma faixa de luz. Ela parou de respirar, mas eu não interrompi meus
movimentos; ao invés disso, levantei seu queixo e fiz um gesto para fazer
silêncio enquanto eu entrava nela novamente. Um calor subiu do meu pau até
minhas costas com a sensação de ser envolvido por ela. Ela fechou os olhos com
força e eu agarrei sua cintura para me apoiar, enfiando com vigor, empurrando-a
ainda mais contra a mesa. O brilho que vinha da cidade foi suficiente para eu
capturar uma foto escura e sensual da minha mão na sua pele. Passos cruzaram o
salão em direção à janela, e suas pernas me apertaram como se quisessem impedir
que eu fugisse. Olhei seus mamilos se enrijecerem e seus lábios se abrirem em
excitação. Não se preocupe, pensei sorrindo. Não vou parar. Meus movimentos
eram curtos e eu agarrei um seio, apertando o mamilo. – Eles estão logo ali – sussurrei,
inclinando meu corpo para beijar seu pescoço e sentir o ritmo selvagem de sua
pulsação debaixo dos meus lábios. – Eles poderiam nos ver se quisessem. Ela
ofegou e eu apertei novamente, mais forte desta vez. – Não vou tirar. Apenas
quero enfiar cada vez mais fundo, sem parar. – Mais forte – ela suplicou no
meio de um suspiro. – No seio ou aqui em baixo? – Nos dois.
Praguejei na pele de seu pescoço. – Você é uma depravada,
sabia disso? Sua boca se abriu num grito silencioso quando aumentei a velocidade,
desejando ir ainda mais fundo. Senti sua barriga tensionar contra mim e sua
cintura pressionar de volta com mais insistência. Merda, ela era quente e
lisinha, e, se ela não gozasse logo, eu não aguentaria muito mais. Felizmente,
com um gemido, ela enterrou as unhas dolorosamente no meu ombro, com seu corpo
enrijecendo enquanto se derramava em mim. Senti a cabeça leve, uma euforia,
como se algo dentro de mim estivesse prestes a explodir. O som de passos
voltou, e então parou logo atrás da tela. Senti meu orgasmo se acumular, quente
e forte o bastante para me fazer ver estrelas. Minha vista se escureceu quando
enfiei uma última vez, com a cabeça enterrada em seu pescoço, perdido para
qualquer outra sensação enquanto gozava profundamente dentro dela. E então veio
o silêncio, no momento em que nós dois tentávamos conter nossa respiração
acelerada e não ousávamos nos mover. Fiquei vagamente ciente de um som de
respiração do outro lado da tela, como se alguém estivesse ali esperando.
Escutando. Virei a cabeça e vi os olhos arregalados de Demi, com os dentes
enterrados no lábio inferior. Alguns instantes se passaram até que os passos
voltaram a soar, e a luz sumiu de nossos corpos suados quando a porta se
fechou.
QUEM ERA A PESSOA? PELO AMOR DE DEUS ME CONTA QUEM QUASE OS PEGOU NO FLAGRA
ResponderExcluirMEU DEUS POSTA MAIS LOGO
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