Dois
No sábado, minha vida estava perfeita: uma ótima carreira,
um apartamento arrumado, várias mulheres disponíveis para brincar onde e quando
eu quisesse. Domingo e segunda: uma completa merda. Eu não conseguia me
concentrar e ficava assistindo aquele vídeo compulsivamente, além de ter a
calcinha de uma estranha queimando um buraco no chão do meu quarto.
Ajeitando-me na cadeira, passei o polegar na tela, ligando o celular pela
milésima vez no dia. O assunto na reunião do almoço tinha se desviado
novamente, e tentei fingir interesse nas bobagens que surgiam, mas, assim que
começaram a falar de futebol, eu simplesmente desisti. De qualquer maneira, eu
só conseguia pensar nela. Olhei para o celular e chequei o botão de volume.
Hesitei por um momento antes de apertar o play. A tela estava escura, a imagem,
tremida, mas eu não precisava ver todos os detalhes para saber o que viria a
seguir. Mesmo sem som, eu conseguia lembrar da música pulsante e a maneira como
seus quadris se moviam no ritmo enquanto a saia subia cada vez mais pelas
coxas. As mulheres americanas não apreciam o valor de uma pele branca e macia,
mas a minha estranha tinha a pele mais perfeita que eu já vi. Droga, eu a
lamberia desde o calcanhar até a cintura se ela me desse a chance. E agora sei
que estava dançando só para mim e sabia que eu estava observando. E ela adorou.
Deus. Aquele vestidinho. O cabelo curtinho cor de mel e aqueles enormes e
inocentes olhos castanhos. Olhos que me deixavam com vontade de fazer coisas
muito malvadas enquanto ela me observava. E a bunda perfeita, e os seios também
não eram nada mal. – Você é um péssimo companheiro de almoço, Jonas – Mikey
esticou o braço e pegou uma batata frita do meu prato. – Hum? – murmurei, com
os olhos ainda abaixados, tomando cuidado para manter uma expressão neutra. –
Vocês estão discutindo futebol. E eu morrendo de tédio. Estou sentado aqui
praticamente morto. Se tem uma coisa que aprendi nesta profissão é que você
nunca, nunca mostra suas cartas, mesmo quando está segurando a pior mão possível.
Ou um vídeo de uma garota dançando minutos antes de você ter transado com ela.
– Seja lá o que estiver olhando nesse celular, obviamente é muito melhor do que
os Jets vão fazer neste ano. E você não está compartilhando. Se ele soubesse. –
Estou dando uma olhada no mercado – eu disse, balançando um pouco a cabeça.
Quase soltei um grunhido quando fechei o vídeo e guardei o celular no bolso do
meu casaco. – Só coisa chata. Mikey tomou o resto de sua bebida e riu.
– Eu te odeio por você mentir tão bem – se não fôssemos
melhores amigos desde que abrimos uma das mais bem-sucedidas empresas de
capital de risco há três anos, eu poderia até ter acreditado nele. – Acho que
você está vendo pornografia no seu celular. Eu o ignorei. – Ei, Joe – James
Marshall, nosso conselheiro sênior de tecnologia, se inclinou para o meu lado.
– O que aconteceu com aquela mulher com quem você estava conversando no bar?
Normalmente, quando meus melhores amigos perguntam sobre alguma mulher que eu
conheci, eu respondo, desinteressado, “Foi só uma rapidinha”, ou apenas diria
“Limusine”. Mas, por alguma razão, desta vez eu balancei a cabeça e disse: –
Não aconteceu nada. Outra rodada de bebidas chegou em nossa mesa e eu agradeci
o garçom distraidamente, mesmo não tendo nem tocado no meu primeiro copo. Olhei
ao redor do restaurante. Havia a típica multidão da hora do almoço: pessoas
fazendo reuniões e senhoras almoçando. Eu queria sumir dali. James grunhiu,
fechando o arquivo que estava olhando e guardando-o de volta em sua pasta.
Levantou seu copo e o encostou na testa, estremecendo. – Por acaso mais alguém
vai pagar pelo fim de semana? Estou muito velho para essa porcaria. Levei meu
copo de uísque até os lábios e me arrependi imediatamente. Como uma bebida que
eu tomava desde a adolescência poderia de repente me lembrar de uma mulher que
vi apenas uma vez? Olhei na direção de alguém limpando a garganta. – Ei – disse
Mikey. Segui seu olhar até onde um homem estava cruzando o restaurante. –
Aquele não é Nick Ryan? – Bom, quem diria – eu disse, enquanto a figura alta do
meu velho amigo se movia entre as mesas. – Você o conhece? – perguntou James. –
Sim, estudamos na mesma faculdade, moramos juntos durante três anos. Ele me
ligou meses atrás pedindo para emprestar a casa de Marseille. Disse que iria
pedir sua namorada em casamento lá. Nós também conversamos sobre o novo
escritório da Ryan Media em Nova York. Ficamos observando Nick parar numa mesa
do outro lado do restaurante, sorrindo como um idiota antes de beijar uma bela
morena. – Pelo visto, levá-la para a França funcionou – Mikey soltou uma
risada. Mas não foi a futura sra. Nick Ryan quem chamou minha atenção. Foi a
linda mulher ao seu lado, segurando uma bolsa. Cabelos cor de caramelo, os
mesmos lábios vermelhos que beijei na boate, os mesmos olhos castanhos. Tentei
ao máximo não sair correndo até aquela mesa. Ela sorriu para Nick e ele disse
algo que fez as duas rirem enquanto começavam a se retirar. Não pude fazer nada
além de ficar olhando. Acho que estava na hora de visitar meu velho amigo. —
– Joe Jonas. Grandes portas de metal que separavam o
escritório da recepção se abriram e O Cara Em Pessoa saiu de lá para me
encontrar. – Como vai você? Eu me afastei das janelas que iam do chão ao teto
com vista para a Quinta Avenida e cumprimentei Nick. – Estou ótimo – eu disse,
olhando ao redor. O espaço em si tinha ao menos dois andares no átrio, e o chão
de mármore brilhava refletindo os raios de sol. Uma pequena sala de espera
ficava ao lado, com sofás de couro e um enorme lustre pendurado no teto. Atrás
da grande mesa da recepção, uma bela fonte tinha sido construída na parede, com
água caindo em cascata sobre ladrilhos de ardósia. Alguns grupos de
funcionários corriam dos elevadores para vários escritórios, lançando olhares
nervosos para Nick. – Parece que você já está acomodado por aqui. Ele fez um
gesto para que eu o acompanhasse. – Ainda estamos lentamente arrumando tudo.
Afinal de contas, Nova York ainda é Nova York. Segui-o até o seu escritório,
uma sala com janelas panorâmicas e uma vista estonteante do Central Park. – E
como vai sua noiva? – perguntei, acenando para uma foto emoldurada em cima da
mesa. – Aposto que ela gostou do Mediterrâneo. Por qual outra razão ela teria
aceitado casar com um bobão arrogante como você? Nick riu. – Miley é perfeita.
Obrigado por nos emprestar a casa. Dei de ombros: – A casa fica vazia na maior
parte do tempo. Fico contente por ter ajudado. Fazendo um gesto para eu me
sentar, Nick se arrumou em sua cadeira, com as costas viradas para a parede de
janelas. – Faz tempo que não nos vemos. Como estão as coisas? – Fantásticas. –
Fiquei sabendo – ele passou a mão no queixo, estudando minha expressão. – Eu
adoraria que você viesse me visitar agora que mudamos para cá. Contei tudo
sobre você para Miley. – Espero que isso seja um exagero seu – de todos os meus
amigos em Nova York, Nick Ryan provavelmente era quem mais sabia sobre os
podres do meu passado selvagem. – Bom – ele concedeu –, contei apenas o
suficiente para ela querer te conhecer. – Sim, vamos nos encontrar algum dia –
olhei para os edifícios na janela atrás dele, hesitando. Não era fácil decifrar
o humor de Nick nesse tipo de situação; isso era uma das razões de seu sucesso
naquilo que fazia. – Mas admito que estou aqui para pedir um favor. Ele se
inclinou para frente e sorriu. – Foi o que pensei. Já trabalhei
confortavelmente com as pessoas mais intimidadoras do mundo, mas Nick Ryan
sempre me fazia escolher cuidadosamente minhas palavras. Principalmente quando
eu perguntava algo assim tão… delicado. – Estou um pouco obcecado por uma
mulher que conheci numa boate. Deixei que ela fosse embora sem pedir seu
telefone e me arrependi muito. Mas, para minha sorte, eu a vi almoçando com
você e sua adorável Miley ontem à tarde.
Ele me encarou em silêncio por um tempo. – Você está falando
da Demi? – Demi – eu disse, talvez um pouco triunfante demais. – Ah, não – ele
disse, imediatamente balançando a cabeça. – Sem chance, Joe. – Como assim? –
com Nick eu não conseguia manter uma expressão de inocência por muito tempo. O
cara me conhecia apenas pelos meus dias de faculdade. Provavelmente não é minha
melhor representação de bom comportamento. – A Miley vai me comer vivo se
souber que eu deixei você chegar perto da Demi. De jeito nenhum. Pressionei a
mão em meu peito. – Estou ofendido, meu caro. E se minhas intenções forem as
melhores possíveis? Nick riu e se levantou para andar até a janela. – A Demi é…
– ele hesitou. – Ela acabou de sair de um namoro muito ruim. E você é… – olhou
para mim e ergueu uma sobrancelha. – Você não faz o tipo dela. – Poxa, Ben. Não
sou mais um adolescente tarado. Ele abriu um sorriso malicioso. – Certo, mas
você está falando com o cara que presenciou quando você pegou três mulheres
numa única noite, sem que nenhuma delas soubesse da outra. Eu tive que rir. –
Você entendeu errado. Elas se tornaram muito íntimas no final da noite. – Você
está brincando? – Apenas me dê o número de telefone dela. Considere como um
agradecimento por eu emprestar a casa naquele vilarejo maravilhoso. – Você é um
grande filho da mãe. – Acho que já ouvi algo assim antes – eu disse, ficando de
pé. – A Demi e eu… tivemos uma conversa muito interessante. – Uma conversa. A Demi
teve uma conversa com você. Por que será que estou cético quanto a isso? – Sim,
realmente foi uma conversa muito prazerosa. Ela é uma garota muito intrigante.
Infelizmente, fomos interrompidos antes que eu pudesse pedir seu telefone. –
Certo. – Que sorte a minha dar de cara com vocês no restaurante – ergui minhas
sobrancelhas na expectativa de uma resposta. – Sorte, é claro… – sorrindo, Nick
sentou-se novamente, olhando para mim. – Mas acho que você vai ter que procurar
sua sorte em outro lugar. Já disse que não quero irritar a patroa. Não vou
facilitar a sua vida assim de graça. – Você sempre foi um cretino. – Já ouvi
isso também. Almoço na terça? – Com certeza. —
Fui embora do escritório de Nick com a intenção de dar uma
olhada nas novas dependências da empresa. Eles tomaram três andares do prédio e
ouvi dizer que já tinham reformado a maior parte. O átrio espaçoso era de tirar
o fôlego, mas a área dos escritórios também era luxuosa, com largos corredores,
chão de pedra polida e muita luz natural entrando
pelas janelas, paredes de vidro e clara-boias. Cada
escritório parecia ter sua própria sala de espera – nada igual à de Nick, mas
perfeitas para conversas que não requeriam a formalidade de uma sala de
conferência. Dito isso, a sala de conferência era realmente incrível: uma
parede de janelas com vista para Manhattan, uma grande mesa de nogueira polida
para ao menos trinta pessoas, além de tecnologia de última geração para
apresentações. – Nada mal, Ben – murmurei, voltando para o corredor e encarando
uma grande fotografia de Timothy Hogan. – Até que você tem um ótimo gosto para
arte, para um completo cretino. – O que você está fazendo aqui? Virei para
encontrar uma Demi completamente surpresa no meio do corredor. Não consegui
evitar um sorriso no canto da boca; este realmente era meu dia de sorte. Ou…
não, considerando sua expressão. – Demi! – eu disse. – Que surpresa agradável.
Estou saindo de uma reunião. Aliás, meu nome é Joe. É um prazer finalmente
associar um nome a um par de… – baixei os olhos e estudei seus peitos, depois o
resto do corpo, num vestido preto apertado – olhos. Deus, ela era gostosa.
Quando olhei de volta em seu rosto, vi que seus olhos estavam arregalados.
Honestamente, aquela mulher tinha os maiores olhos que já vi. Se fossem um
pouco maiores, ela seria uma lêmure. Ela agarrou meu braço e me puxou pelo
corredor, com suas botas de couro estalando pelo chão de pedra polida. – É
ótimo te encontrar de novo tão rapidamente, Demi. – Como você me encontrou? –
ela sussurrou. – Foi um amigo de um amigo – fiz um gesto para que ela
esquecesse isso e a encarei. Seus cabelos estavam penteados para o lado e
presos com uma pequena presilha vermelha que combinava perfeitamente com a cor
de seus lábios. Ela parecia ter saído diretamente de alguma fotografia dos anos
sessenta. – Demi é um nome muito bonito, sabe? Ela estreitou os olhos. – Eu
deveria saber que você é um psicopata. Eu ri. – Não é bem assim. Uma jovem
mulher passou por nós e murmurou timidamente: – Boa tarde, srta. Lovato. E
agora temos o nome completo. Obrigado, estagiária aterrorizada. – Ah, Demi Lovato.
Talvez devêssemos continuar esta conversa num local mais sossegado? Ela olhou
ao redor e baixou o tom de voz: – Eu não vou transar com você no meu
escritório, se é isso que está pensando. Ela era fantástica. – Na verdade, só
vim para dar as boas-vindas do jeito certo. Acho que posso fazer isso aqui
mesmo… – Você tem dois minutos – ela disse, virando o corpo e andando para sua
sala. Passamos por vários corredores até finalmente chegarmos a outra pequena
área de recepção com janelas com vista para a cidade. Um jovem sentado numa
mesa circular olhou para nós enquanto passávamos.
– Estarei na minha sala, Matthew – ela disse por cima do
ombro. – Sem interrupções, por favor. Com a porta fechada atrás de nós, ela se
virou para me encarar. – Dois minutos. – Se me sentir pressionado, eu até
poderia fazer você gozar em dois minutos – dei um passo para frente e passei o
polegar em seus quadris. – Mas acho que nós dois sabemos que você prefere que
eu me demore um pouco. – Dois minutos para você explicar por que está aqui –
ela esclareceu com a voz falhando um pouco. – E como me encontrou. – Bom –
comecei –, conheci uma garota no sábado. Na verdade, transei com ela contra uma
parede. E não consegui parar de pensar nela desde então. Ela era
extraordinária. Linda, engraçada e muito sexy. Mas não me deu seu nome e foi
embora sem me deixar nada. Exceto a sua calcinha. E isso dificilmente poderia
ser considerado uma trilha de migalhas de pão – diminuí a distância entre nós,
coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e passei a ponta do meu nariz
ao lado de seu queixo. – E quando eu gozei hoje de manhã pensando em como ela
era gostosa, eu ainda não sabia que nome gritar. Limpando a garganta, Demi me
afastou e foi para trás de sua mesa. – Isso não explica como você me encontrou
– ela disse, com o rosto cada vez mais vermelho. Eu a tinha visto sob as luzes
da boate, com a cabeça jogada para trás e os olhos fechados, mas eu queria
vê-la ao natural, com os raios de sol que invadiam através das janelas. Queria
saber exatamente até onde aquele rubor se espalharia em seu corpo. Parei de
provocar um pouco. Esta Demi era tão diferente daquela ex-moradora de Los
Angeles que flertou comigo no bar. – Acontece que eu vi você por acaso ontem
enquanto almoçava com o Ben. Somos amigos faz tempo. Simplesmente somei dois
mais dois e pensei que poderia encontrar você aqui. – Você contou para o Nick
sobre sábado? – ela disse rispidamente, e o rubor que eu estava admirando sumiu
de repente. – Deus, não. Juro para você, eu não quero morrer cedo. Apenas pedi
seu telefone. Ele não quis dar. Seus ombros relaxaram um pouco. – Certo. –
Olha, foi uma coincidência encontrar você, e sei que é meio estranho eu
aparecer por aqui, mas eu tinha que encontrar Ben de qualquer maneira. Se você
por acaso quiser sair para jantar… – coloquei meu cartão em sua mesa e me virei
para ir embora. – O vídeo – ela disse de repente. – O que você fez com o vídeo?
Eu me virei novamente e o desejo de provocar se tornou quase insuportável. Mas,
quanto mais eu demorava a responder, mais ela parecia entrar em pânico.
Finalmente, ela disse: – Por acaso, você colocou no YouTube, no PornTube, ou
seja lá onde? Explodi numa risada que não consegui segurar. – O quê? – Apenas
diga que não fez isso. – Deus, é claro que não! Admito que eu assisti
aproximadamente umas setecentas mil vezes.
Mas, não, eu nunca iria compartilhar aquilo. Ela olhou para
as próprias mãos e começou a brincar com as unhas. – Posso ver? Tinha algo no
tom de voz que ela usou. O que era? Curiosidade? Algo mais? Dei a volta na mesa
para ficar ao seu lado. Ela ainda estava tensa, mas se aproximou de mim. Tirei
meu celular do bolso da jaqueta e mostrei o vídeo, segurando a tela em sua
direção. Com o volume ao máximo, a batida da música ecoava através do pequeno
aparelho. Ela apareceu na tela, dançando com os braços acima da cabeça, e,
assim como na primeira vez que a observei pessoalmente, senti uma ereção
iminente. – Aqui, bem neste momento – eu disse em seu pescoço –, foi quando
você se perguntou se eu teria notado seu vestido subindo pelas coxas. Não é? –
pressionei meus quadris contra suas costas, para não deixar dúvidas do que ela
provocava em mim. Coloquei o celular em cima da mesa e pousei minha mão em sua
cintura. – E aqui – eu disse, apontando para a tela novamente. Ela pegou o
celular e olhou mais de perto. – A maneira como você olhou para mim por cima do
ombro, essa é a minha parte preferida. O olhar em seu rosto, parece que você
está dançando apenas para mim. – Oh, Deus – ela sussurrou. Desejei que
estivesse lembrando da sensação de ser observada por mim. Então ela tomou minha
mão e dirigiu-a lentamente até a barra de seu vestido, levantando-o até a
cintura. Senti sua pele macia debaixo da palma da minha mão. Deslizei a mão até
sua barriga, onde senti os músculos se contorcendo sob meu toque. – Você estava
mesmo dançando para mim? – perguntei, precisando ouvir a resposta. Ela
confirmou com a cabeça, empurrando minha mão mais para baixo. Deus, essa mulher
era um emaranhado de contradições. – O que mais você pensou lá na pista de
dança? – perguntei. – Pensou no meu rosto entre as suas pernas, pensou na minha
boca? Ela confirmou novamente, desta vez mordendo o lábio. – Eu queria tocar
você – eu disse, movendo minha mão para debaixo da calcinha. – Desse jeito. Seu
corpo se contorceu e se curvou contra o meu, debruçando-se na mesa. – Eu queria
sentir o quanto você ficou molhada – eu disse, com a respiração ficando
acelerada e a voz grave, quase rouca. – O quanto ficou molhada sabendo que eu
gozei hoje de manhã assistindo seu vídeo. Meus dedos deslizaram mais para
baixo. Ela perdeu o fôlego. – Você está assistindo? – perguntei, enfiando um
único dedo. Ela confirmou e eu deslizei mais um, com meu polegar circulando em
seu clitóris. – Você está tão molhada – eu disse, passando os dentes em seu
ombro. – Não… não podemos fazer isso aqui – ela disse. Mesmo assim, ela
empurrou seu corpo em minha mão. Enquanto mantinha o ritmo, eu podia senti-la
enrijecer e começar a ofegar. Com um sentimento de culpa, removi a mão e a
virei para me encarar. Ela parecia praticamente drogada, com as pálpebras
pesadas e os lábios separados.
– E infelizmente meus dois minutos acabaram. Beijei seu
rosto, o canto de sua boca e, quando ela fechou os olhos, beijei também cada
uma das pálpebras. Então, tomei meu celular de sua mão e fui embora do
escritório.
Ai meu Deus,estou em choque com essa fic,já Ta perfeita,esses dois tão bem saidinhos kkkk
ResponderExcluirsenhor amado, to vendo que esses 2 terao um romance quenteeeee
ResponderExcluir