Capítulo 7
Eu afundei na água quente, segurando os lados da grande
banheira de porcelana para não afundar. Montanhas de bolhas de espumas faziam
cócegas no meu nariz enquanto eu me sentava numa posição confortável, e eu
sorria, soprando essas bolhas enquanto elas dançavam no ar. A banheira profunda
era surpreendentemente confortável e eu me ajeitei nela, dando um suspiro de
alivio e brincando com as bolhas de água com meus dedos dos pés. Joe me mandou
subir para o quarto, dizendo que tinha que cuidar de algumas coisas antes de se
juntar a mim. Eu segui um rapaz que trabalhava no hotel que me mostraria o
quarto e, quando ele abriu a porta, a visão me deixou sem palavras. O interior
da suíte era o mais incrível, espalhafatoso que eu já tinha visto, com seus
espelhos dourados e pinturas, painéis brancos aparadas com candelabros de ouro,
cristal e luzes, molduras cheias de rococó e filigrana ao longo de cada canto e
um painel aberto. Tapeçarias cobriam as paredes, e cada pedaço do quarto
gritava Olhe para mim, eu sou caro, batendo na cabeça com sua elegância
exagerada e design escabroso e extravagante.
Eu simplesmente adorei. Enquanto o recepcionista do hotel estava me
mostrando ao redor, eu mal escutava, muito ocupada explorando por mim mesma. A
suíte incluía diversas salas de estar ao lado do quarto com móveis que pareciam
muito caros, mas nem um pouco confortáveis. Toda recreação que eu poderia
pensar, e várias que eu nunca teria considerado, foram fornecidas
gratuitamente. Eu pensava que tivesse morrido e ido para o céu quando vi o
banheiro com seus tetos altos e espelhos, tampos de mesa e pisos em mármore, e
uma banheira quase tão grande como uma Jacuzzi, localizada no meio. O
recepcionista só teve tempo de me apontar o armário com toalhas de linho e
roupões antes de dispensá-lo o mais educadamente possível e me jogar num banho
de espuma. Eu escolhi uma fragrância de lavanda da seleção de óleos para banho
antes de tirar minhas roupas de trabalho, pegar um roupão e fechar a porta. Eu
me permiti aproveitar o calor e o cheiro doce da água por um tempo, antes de
tomar o banho de verdade. Usando meus dedos dos pés para não desperdiçar água
quente e apertar o botão da banheira, mantive a água aquecida enquanto eu
esfregava minha pele. Eu levei meu tempo, mas minhas mãos finalmente enrugadas
me convenceram a deixar a banheira, as bolhas agora eram apenas uma fina camada
em cima da água. Entrando no roupão e enrolando meus cabelos em uma toalha, dei
uma olhada nas bancadas e gavetas para ver se achava outros tesouros escondidos
no banheiro. Três batidas cortantes contra a porta trancada me fizeram pular de
surpresa. “Gostaria de ver você aqui fora.” A voz profunda de Joe que
atravessou a grossa porta de madeira, suas palavras um comando, que esperava
ser obedecido. Eu congelei, a tensão que eu tentei levar mais cedo estava de
volta agora com força total. Uma rápida olhada em volta me fez perceber com
profundo horror que eu não tinha roupas além do roupão e da toalha; eu as
deixei na cadeira do quarto agora ocupado pelo meu chefe. Respirando fundo eu
dei uma olhada em mim mesma no espelho. Meu rosto estava limpo de toda a
maquiagem, brilhante e limpo, mas nu sem meu usual rímel. Embaixo da toalha
enrolado desordenadamente na minha cabeça, meu cabelo estava uma bagunça e
ainda muito molhado para pentear. Eu não posso deixar ele me ver desse jeito;
ele vai me expulsar do hotel! Eu tirei rapidamente a toalha da minha cabeça e
gritei “Só um minuto” para ele não achar que eu o estava ignorando. Por que
você se preocupa com o que ele pensa, o lado racional do meu cérebro tentou
perguntar enquanto eu me atrapalhava com meu cabelo molhado e tentava suavizar
as minhas sobrancelhas que precisavam desesperadamente de uma pinça. Você não
quer ficar longe dele, de qualquer maneira?
Talvez, mas pelo menos eu quero parecer decente quando eu
for embora. Desembaraçando meu cabelo
longo, tentando dar alguma ordem e ajeitando meu roupão certifiquei que o cinto
estava bem amarrado, eu andei para a porta. Parando um pouco eu dei uma olhada
no espelho – sério você nunca foi tão vaidosa! – antes de abrir a porta e sair.
Joe estava do outro lado do quarto ao lado de um carrinho de prata pequeno com
pratos com tampas. O aroma suave da comida chegou ao meu nariz, me deixando com
água na boca. Ele me olhou enquanto eu me aproximava seus olhos parando em meu
roupão e cabelos molhados. “Como foi seu banho? Estava bom?” Eu resisti à
vontade de esguichar, encolhendo um ombro. “Não é exatamente o que eu estou
habituada.” Seu olhar fixo me incomodou como se tivesse me pegado em uma
mentira, e levou muito autocontrole para eu ficar quieta. Ele se virou para
puxar o carrinho ao lado da mesa e de repente eu não conseguia respirar de
novo. Pare de permitir que ele te deixe desse jeito. Minhas reações a ele eram
estúpidas, mas eu não poderia deixar de me sentir ameaçada, como se ele
estivesse sutilmente me perseguindo. “Eu tenho algo para você.”
Isso ganhou minha atenção. “Café da manhã?” Eu perguntei
meus olhos recaindo nos pratos ao lado dele. Minha barriga retumbou em
antecipação. “Daqui a um momento,
talvez.” Ele se endireitou e olhando direto em meus olhos disse: “Tire o roupão
e venha aqui”. Tudo dentro de mim gelou. Eu abracei o roupão mais apertado em
volta de mim tentando impedir o inevitável. “Por quê?” Ele não disse nada, e eu
olhei para cima e vi que ele estava me observando. Não havia emoções em seu
olhar e até onde ele sabia, eu deveria tirar o roupão e ir até ele simplesmente
por que ele disse. Porque eu assinei um documento dizendo que eu deveria fazer
o que ele mandasse, algo que eu fiz só porque ele não me deu outra escolha. Os
ornamentos brilhantes ao redor não conseguiram disfarçar o que eram: uma
gaiola, projetada para manter-me fora do equilíbrio e à sua mercê. Finalmente,
finalmente eu fiquei furiosa. “Por que eu? Por que tudo isso?” Eu apontei ao
redor do quarto. Ele inclinou a cabeça, “Por que não você?” Ele estava devolvendo
minhas perguntas, aquilo me deixou puta. “Eu não era nada na sua vida, apenas
um par de mãos para digitar e depois ser jogada na rua quando não fosse mais
necessária. Então porque eu estou aqui?”
Seus lábios se tornaram uma linha fina, mas ele não disse
nada. Atravessando o quarto até a mesa larga de mármore, ele pegou uma garrafa
de cristal e se serviu de um copo com um liquido âmbar. “Minha carreira
consiste em procurar por potencial,” ele disse girando o líquido enquanto me
olhava sereno. “É meu trabalho encontrar empresas que eu posso comprar ou
patrocinar, consertar, depois vender para obter lucros.” “Então o que eu sou?
Um projeto?” Um pequeno movimento de sua cabeça confirmou minhas suspeitas.
“Você era ambiciosa, inteligente quando era estudante, acostumada com certo
tipo de vida. A vida lhe deu uma mão cruel, te deixou mais pra baixo do que
você poderia imaginar.” Ele me desejou saúde com o copo antes de tomar um gole.
“Você nunca iria dispensar a chance de se restabelecer, custe o que custasse.”
“Então me de um emprego.” Eu falei, o sarcasmo escapando da minha língua. “Você
não precisa me tirar a dignidade, me fazer... o elevador, a garagem—“ O barulho
do copo batendo na bandeja me deixou em choque alem da minha raiva. “Você
pegava aquele elevador todas as manhãs,” Joe disse em uma voz baixa, olhando
para a garrafa de cristal, “me dando aqueles olhares, chegando perto, mas não
tão perto.” Seus olhos encontraram os meus, e eu tive que respirar com força
pelo fogo que eu vi ali. “Eu conhecia seu cheiro, sabia quando aquela
necessidade atravessava você, Aqueles pequenos sorrisos, sem saber o que se
passava pela sua cabeça...” Minha respiração ficou presa quando ele parou os
dedos apertando a parte superior do vidro, seus dedos brancos com a tensão. Eu
não acredito em você. “Eu não sou ninguém,” eu disse minhas próprias palavras
enfiando adagas em meu coração. Sua mão que estava livre se apertou com o punho
enquanto seu maxilar ficou cerrado, depois seu corpo relaxou. Ele se dirigiu a mim,
e eu dei um passo para trás tentando em vão me agarrar a um último resquício de
raiva que eu ainda possuía como um escudo. Estar tão perto dele era
intimidante, meu coração batendo no meu peito enquanto eu olhava para o lado,
incapaz de ser mais forte. Um dedo
levantou meu queixo e eu o estava encarando. Seu rosto estava implacável como
sempre, mas sua voz era mais suave enquanto ele repetia seu pedido anterior.
Exigiu: “Tire seu roupão”. As palavras ecoaram através do meu corpo, sua
proximidade fazia coisas estranhas com a minha mente e eu me encontrei
desatando o cinto do roupão. O material macio saiu dos meus braços e foi parar
no chão, caindo nos meus pés. Totalmente exposta para ele pela primeira vez, eu
fechei meus olhos contra sua análise cuidadosa, uma lágrima escapando entre
meus cílios. Quando ele colocou seus
braços ao meu redor, eu endureci, mas suas mãos pararam em meus ombros,
enquanto ele me virava. “Olhe uma coisa,” ele disse, e quando eu não abri meus
olhos imediatamente ele repetiu “Olhe.”
Um espelho largo e oval estava parado na minha frente e eu me encolhi
para o meu reflexo. “O que você vê?” ele perguntou. Barrigas e coxas flácidas,
quadris grandes, peitos que precisam de um sutiã para ficar bons. “Eu.” Eu
sempre fui minha própria pior crítica. Eu o vi franzir o cenho no espelho,
depois ele virou o rosto para analisar meu reflexo. “Eu vejo um rosto lindo,”
ele começou, passando um dedo na minha bochecha e em meu pescoço. “Pele macia,
as curvas certas.” Ele se aproximou mais perto ao lado da minha cabeça e
respirou fundo. “Você cheira bem o bastante para ser comida.” Ele acrescentou
suas palavras quase um rugido. Eu perdi meu fôlego, suas palavras fizeram minha
barriga apertar, Uma mão grande cobriu meu peito, dedos beliscando um mamilo, e
dessa vez eu engasguei bem alto. Sua mão apertava meu ombro enquanto a mão que
estava em meu peito descia, passando pela minha barriga e deixava um rastro de
fogo no caminho. “Tão linda.” Ele murmurou e minha cabeça caiu em seu ombro
enquanto sua mão passava pelo meu quadril, seus dedos afundando em minha pele.
Eu o olhava no espelho, as batidas do meu coração altas em meus ouvidos,
enquanto sua mão descia mais, não muito apenas para sentir a forma. De repente ele se afastou e me deixou ali
confusa e desequilibrada. “Não se mexa.” Ele disse, sua voz cortante e eu
congelei. Minha obediência instintiva me perturbou, mas eu fiquei parada
enquanto Joe pegou a caixa que eu vi ele carregando mais cedo na entrada do
hotel e ele me alcançou. “Eu estava guardando isto para mais tarde, mas agora é
uma hora melhor.” Desconfiada eu peguei o pacote e abri, tirando o papel que o
cobria. Meus olhos se arregalaram enquanto eu corria um dedo ao longo de um par
de meias calças e sob as tiras de cetim havia um bustiê de puro branco. Sem
palavras eu olhei para o meu chefe e de volta para o conteúdo da caixa, sem
muita certeza de como responder. Joe pegou a caixa das minhas mãos gentilmente
quando eu não fiz nada por vários segundos. “Se vire.” Eu fiz o que ele mandou,
ele tirou os artigos minúsculos da caixa e então, para minha surpresa maior
começou a me vestir.
Primeiro o bustiê branco, que ele fechou nas minhas costas;
cobriu meus seios e barriga com laços que caiam até minhas coxas. Eu entrei nas
minúsculas calcinhas e depois na cinta liga que se unia aos laços do bustiê.
Havia algo incrivelmente sensual sobre todo assunto apesar de como profissional
ele se mostrou. Eu nunca na minha vida vesti uma lingerie como esta, certamente
nunca para um homem e, era uma experiência interessante. Eu sou muito pálida
para usar branco, uma parte cínica de mim pensou, mas eu mantive essa
observação para mim mesma. Quando ele terminou me pegou pelos ombros e me virou
de novo até que eu estivesse de novo de frente para o espelho. “Agora o que você vê?” ele perguntou,
chegando perto do meu ouvido. Eu pisquei. Wow! Então é isso que você ganha
quando veste lingerie super cara. O tecido branco conseguiu esconder o que eu
sempre odiei e acentuar o que eu nunca imaginei que eu tivesse. Minhas mãos
correram até minha cintura modestamente afinada pelas cordas ao longo da minha
espinha, e sobre meus quadris passando os dedos nas tiras de cetim e pelas
minhas pernas para as meias. Todo o conjunto não era excessivamente restritivo,
mas firme o suficiente para puxar as partes para cima e empurrar certas partes
também – especificamente meu peito, o que eu nunca considerei exatamente
impressionante.
Com uma boa aparência agora eu pensei, passando meus dedos
pelos firmes topos de cada peito. De repente me lembrei de que ele tinha feito
uma pergunta, eu limpei minha garganta para responder, mas não sabia o que
dizer. Eu prendi meu olhar com o dele no espelho e ele assentiu, obviamente
vendo minha resposta ali. “Bom que nós vemos olho no olho,” ele murmurou
passando suas mãos em meus braços e ombros. “Agora que já resolvemos isso...”
Uma mão torceu meu cabelo e minha cabeça foi virada de volta. Eu dei um pequeno
grito, minha mão cobrindo a sua em surpresa enquanto eu olhei para ele. Seu
rosto ficou frio como granito, seus olhos verdes intensos, mas sua voz era
macia como seda. “Eu não gosto que me contradigam. Quando eu digo para você
fazer alguma coisa, eu espero que você faça imediatamente ou senão haverá
consequências.” A mão em meu cabelo apertou mais forte. “Fique de joelhos.
Eita que o bicho ta pegando..... continua logo por favor......
ResponderExcluir