Translate

O Que Você Quiser - Capitulo 14

Capítulo 14 

Não ficamos na praia de Utah o tanto quanto eu gostaria. Joe nunca deixou meu lado enquanto o puxei de uma exposição para outra. Senti enfraquecer após menos de uma hora e então pedi para descer para as praias, antes que eu me desvanecesse completamente. Ele me obrigou a encurtar a viagem depois que eu tropecei duas vezes e comecei a tremer incontrolavelmente apesar de múltiplas camadas de roupas que eu usava.  Joe me prometeu que eu voltaria quando eu não estivesse tão doente ou não fosse tão frio, e eu acreditei nele.  Dormi quase a viagem inteira de avião de volta para Nova York, acordando apenas quando aterrissamos no aeroporto. Fiel a sua palavra, Joe nunca deixou meu lado quando movemos rapidamente pela segurança do aeroporto para a aguardada limusine o que levou por coisas desconhecidas, pelo menos para mim. Descansei minha cabeça no ombro de Joe enquanto sua mão se movimentou para o interior da minha coxa, segurando firme. Não havia nada abertamente sexual, mas eu podia sentir a posse de sua aderência e não me importava com nada.  Quando eu vi as lindas casas através das janelas de limusine, eu levantei minha cabeça para admirar o cenário de passagem. A luz solar parcial a partir do dia nublado refletia fora da água nas proximidades, e passamos por uma marina com grandes veleiros e mais alguns iates. "Onde estamos indo?" Finalmente perguntei.  "O loft de Manhattan é muito público para manter seguro. Minha casa de família em Hamptons permite muito mais segurança até chegarmos ao fundo dessa confusão."  Joe rosnou a última parte de sua resposta e engoliu, lembrando o que estava em jogo. Voltando minha atenção para as casas de passagem - não, mansões ou propriedades era o melhor termo - eu tentei não pensar sobre o quão estranho tornou-se minha vida. Poucos dos palácios pelos quais passamos tinham quaisquer semelhanças entre si, além dos tamanhos, todas as casas e propriedades eram grandiosas. Eu nunca tinha ido a esta região de Long Island, ou qualquer uma das regiões mais ricas de Nova York, mas tinha ouvido e descrito através de amigos e visto as fotos na TV e Internet. Ao longo da costa tinham cais que levavam às águas com áreas de entretenimento que mais parecia um parque, com verdes gramados e mesas bem cuidados. Apesar da óbvia riqueza na área, muitas das mais antigas propriedades ao longo da costa tinham um aspecto caseiro passando uma idéia de luz e felicidade – tão diferente da cidade grande a apenas duas horas de distância.  A propriedade que nossa limusine se dirigiu, no entanto, não era menor e ainda mais ameaçadora do que seus vizinhos. O pequeno exército de guardas no portão que nos fez abaixar a janela não me fazia sentir nada melhor, mas Joe parecia contente com a segurança. "É sempre assim?" Eu perguntei quando os enormes portões começaram a abrir.  "Eu pedi a Ethan para trazer não só pessoas essenciais de sua empresa de segurança para cuidar das instalações. A maioria deles são ex-soldados então sabem ao que estarem atentos".  "Oh," eu disse fracamente, insegura de como responder. Ele tem um exército. "Isso é, hum, grande."  A entrada de automóveis não era longa, mas estava alinhada com sebes e árvores que ocultou a propriedade. O carro virou para a direita eu perdi o fôlego com a vista. Minha família era de classe média alta, nossa casa era boa se não enorme. Por isso o fato da casa em que cresci, e foi perdida para o banco após a morte de meus pais, caber em menos da metade desta me fez perder o fôlego. Eu podia perceber o olhar de Joe em mim e senti que devia dizer algo, mas eu não conseguia pensar o que. A casa me lembrava de um castelo inglês, todas as pedras pesadas e Hera. A área era bloqueada dos vizinhos por árvores e vegetações, mas as áreas estendidas passando pela casa para baixo ao redor da costa, incluindo várias estruturas, apesar de enormes, não correspondiam à grandiosidade da casa.  Um carro caro vermelho já estava estacionado perto da entrada principal e ao meu lado eu ouvi Joe dar um suspiro irritado. A limusine parou atrás do carro e, enquanto nosso motorista movimentou-se para abrir a porta, eu vi uma mulher loira e magra saltar para fora do outro veículo. "Quem é aquela?" Eu perguntei.  "Família".  A palavra resmungada guardou uma riqueza de significados, mas Joe já foi saindo do carro antes que eu pudesse pedir mais detalhes. Ajudou-me a sair do veículo enquanto a mulher loira caminhou em nossa direção. Ela era mais velha do que eu tinha pensado inicialmente, embora fosse difícil dizer sua idade exata; seus lábios pareciam muito cheios e a pele do seu rosto parecia artificialmente apertada e esticada. Apenas a pele semi-solta em seu pescoço e clavícula proeminentes, cortesia de uma estrutura super fina, entregou sua maturidade.  "Querido, é tão bom ver você." A mulher abriu seus braços e abraçou Joe, que não devolveu a gentileza. "Os homens da frente disseram que você estava a caminho, então esperei. Você acredita que eles não permitiram a entrada dos Dashwoods? Eles estavam tão ansiosos por um tour nas propriedades."  "Os Dashwoods não estão na lista de convidados aprovados." A voz de Joe foi educada, mas tensa como se ele estivesse controlando seu temperamento. "O que você está fazendo aqui?" 
A recepção fria não pareceu afetar a mulher em nada. "Eu disse a você querido, eu daria apenas um breve tour da propriedade aos Dashwoods. Eles estavam aguardando ansiosos por isto e acho que você feriu seus sentimentos, mantendo-os afastados. Talvez agora, podemos chamá-los de volta?" Minha presença ainda não tinha sido notada, o que foi um alívio. A mulher estava vestida com esmero em uma blusa sob medida e saia que combinava perfeitamente com seus sapatos e uma pequena bolsa. Eu, por outro lado, usava uma roupa enrugada e amassada pela viagem e tinha perdido peso suficiente no hospital que elas caiam na minha estrutura. Eu não me importei como eu me parecia até este momento, e eu tentei me manter o mais invisível possível, uma habilidade que eu tinha passado a vida toda aperfeiçoando. Joe suspirou com a declaração da mulher. "Essa não é mais sua casa."  O argumento parecia velho, e a mulher deu de ombros. "Bobagem querido, eu ainda estou autorizada a visitar o antigo lugar de vez em quando." Seu olhar voltou-se para mim, na minha aparência abatida e gasta da viagem, com seus olhos gelados. "Realmente Joe, Você deve manter seu casinhos do lado de fora da casa da família. O que será se a imprensa a ver?" 
Meu queixo caiu aberto com suas palavras e minhas mãos enrolaram em punhos a indignação espalhou através do meu corpo. Eu fiquei tão irritada que minha mente não conseguia pensar em nada para dizer que não fosse xingar ou não lidaria com algum tipo de briga física. Essa vaca!  Até Joe estava implicitamente irritado, um passo à frente e parcialmente entre nós duas enquanto eu me preparava para soltar fogos. "Já é o suficiente mãe," ele cortou.  Eu olhei entre os dois incrédula. Esta harpia é sua mãe?  A mulher fungou irritada, revirando os olhos em repreensão. "Bem, então?" ela perguntou depois de uma pausa para respirar com uma carranca. "Você não vai nós apresentar?"  Joe parecia ter mordido um limão, mas seus modos prevaleceram mesmo ele não gostando. "Essa é Srta Demi Lovato, minha nova assistente. Demi, esta é minha mãe Denise Jonas."  "De novo com esta farsa?" A condescendência no tom de sua mãe era palpável.  Joe não pareceu inclinado a insistir neste ponto, mas fiquei de repente sem medo de dar a mulher um pedaço da minha mente. Eu abri minha boca para defender-me, a mulher na nossa frente revirou os olhos, então a inspiração me bateu e eu postei um sorriso no rosto. "Olá," eu disse docemente em francês, com imposição sobre o falso encanto. "Você deve saber que seus lábios e seios parecem terem sido feitos pelo mesmo médico, exceto que ele os colocou do avesso"  Geórgia piscou, obviamente surpresa. "Ah, você é da França?"  Meu sorriso aumentou quando eu percebi que ela não tinha idéia do que eu estava dizendo. "Eu posso ver por que ambos seus filhos têm problemas," jorrei gesticulando em direção ao seu correspondente semblante imaculado. "É um milagre que você ainda tenha permissão de vir aqui se é isto que ele tem que aturar a cada visita."  "Demi estará nos ajudando com os segmentos franceses dos negócios," Joe interrompeu sem problemas enquanto os olhos de sua mãe estreitaram suspeitos. Ele me deu uma olhada, mas eu não conseguia tirar o sorriso de satisfação do meu rosto. "Eu contratei tradutores há muito tempo e preciso de alguém em casa que fala fluentemente".  Eu dei a Joe um olhar interrogativo, mas ele escolheu este momento para me ignorar. Ele falava sério, ou essa era outra estratégia para inviabilizar a sua mãe?  "Ah, bem." Geórgia alisando suas roupas já impecáveis com mãos finas. "Eu ainda acho que você tinha uma sintonia total com aquela menina russa, Anya. Foi uma vergonha deixá-la ir." Ela deu de ombros, aparentemente alheia ao descontentamento de seu filho com a mudança de tópico. "Prazer em conhecê-la minha cara. Talvez nós pudéssemos, almoçar?" 
Nem pensar. Eu rangi meus dentes, de alguma forma, mantendo o sorriso no lugar enquanto Joe envolveu seu braço no meu. "Se você nos desculpar, eu devo mostrar Demi seu quarto."  "Não vai chamar os Dashwoods primeiro e pedir desculpas? Eles ficaram bastante ofendidos por ficarem fora."  "Bom dia, mãe." Joe me conduziu em direção a porta, não interessado em ficar com a mulher mais do que eu estava. Houve um som frustrado atrás de nós, então eu ouvi a porta do carro bater, enquanto entramos nas portas enormes de madeira para dentro da construção. Quando eu pisei dentro de casa eu não sabia ao certo o que esperar. As paredes eram revestidas com painéis de madeira e as esparsas peças do mobiliário eram similarmente escuras, mas os tetos altos e paredes pálidas evitaram que atmosfera fosse demasiadamente sisuda. Havia grandes escadas em caracol em ambos os lados da entrada sendo a luz transmitida de uma claraboia acima e a abertura beneficiava a varanda que rodeava toda a casa. Após as escadas e através de uma abertura havia uma cozinha ampla com armários de madeira escuras e uma grande ilha no centro. A sala foi decorada com uma televisão grande, facilmente mais alta do que Joe ao longo da parede distante. A parede do fundo foi quase inteiramente forrada com vidro, levando para um grande pátio com vista para o oceano. 
A vista levou minha respiração, mas do meu lado Joe rosnou em aborrecimento. "Por que esse vidro está claro?" ele disse, segurando meu braço para me impedir de entrar na sala.  "Desculpe Senhor," disse um dos homens atrás de nós, "sua mãe pediu desta forma."  "Esta não é mais a casa da minha mãe. Gire-o."  Um segundo depois, a vista para o oceano desapareceu, o vidro enevoou-se repentinamente. Surpreendida com a mudança fiquei tensa, mas Joe nem se incomodou e me levou para o quarto. "Vidro inteligente", disse, respondendo a minha pergunta silenciosa. "Usa eletricidade para fazer as janelas opacas. Eu instalei em toda a casa para ter privacidade."  Eu nunca tinha visto nada parecido antes. Enquanto eu perdia a visão, as luzes espalhadas pelas paredes iluminaram o lugar. Em frente à sala de TV tinha uma sala de jantar com uma gigante mesa de jantar e cadeiras; ao lado da mesa tinha uma lareira com um grande manto. A parede alta acima dela estava vazia e eu me perguntava o que era pendurado lá.  "Mais alguma coisa, Senhor?" Ethan perguntou, e quando Joe sacudiu sua cabeça o segurança desvaneceu-se em direção a porta da frente, deixando nós dois sozinhos.  "É bonito aqui," eu respirei, olhando para Joe. "Este lugar que você cresceu?" 
"Um dos lugares." Joe entrou na cozinha enquanto eu olhava ao redor do living aberto. "Eu quero saber, o que você falou para minha mãe?" ele perguntou depois de um momento.  Eu sorri para a pergunta. "Fiz algumas observações afiadas, nada mais," eu respondi dando-lhe um olhar divertido. Quando ele não retornou meu sorriso, apenas balançou a cabeça em resposta, meu prazer diminuiu. "Eu juro que não disse nada tão rude," eu adicionei mais sobriamente sem querer ofendê-lo. Afinal, ela era sua mãe.  "Está com fome?" ele perguntou.  Eu pensei por um momento e, em seguida, balancei minha cabeça. "Você cozinha? Com um lugar como este, eu acho que você teria seu próprio chef.”  "Meus pais empregaram um chef quando eu estava crescendo, mas eu achei um desperdício." Ele verificou dentro da geladeira e da despensa grunhindo em aprovação, em seguida, olhou para mim. "Como você se sente?"  Eu bocejei e estiquei-me. "Cansada". Eu dormi muito no avião, mas ainda não pareceu o suficiente. Assistindo Joe e pensando sobre cama, no entanto, fez um arrepio percorrer meu corpo que não tinha nada a ver com o veneno. Humm, talvez eu não esteja tão cansada quanto eu pensava. Ele tinha mudado o terno e vestido algo mais normal em algum momento durante o vôo e, agora, usava um par de jeans caros e uma camisa de botão branca. Esta foi a primeira vez que o vi assim, a mudança foi um choque, mas bem agradável; a maneira como seu corpo preenchia o jeans deu água na boca e minhas mãos coçavam para tocar. "Deixe eu te mostrar então seu quarto." Ele colocou a mão nas minhas costas e me escoltou para fora da sala em direção a escada. Inclinei-me contra seu corpo enquanto fomos subindo as escadas, enrolando meu braço em torno da sua cintura. O senti rígido sob o meu toque, sem resposta, e eu olhei para cima para vê-lo olhando para frente, com uma carranca aprofundando sua fronte. Confusa, puxei minha mão para trás e fiquei desapontada ao vê-lo relaxar. O que está acontecendo? Eu me perguntava, perplexa com a sua reação. Eu pensei que tinha finalmente começado a entendê-lo, mas agora ele era de novo um estranho.  O quarto que ele me levou era maior que qualquer padrão, com uma cama king-size e anexo o banheiro. Todas as janelas tinham a mesma opacidade e eu percebi que era o mesmo vidro inteligente, eu tinha visto anteriormente. O quarto mesmo enorme, não se encaixava com o que eu imaginava o quarto master  pareceria, muito maior que um quarto grande de convidado. Estava na ponta da minha língua perguntar qual seria meu status durante a minha estadia, mas enquanto ele me ajeitou na cama algo me disse que eu iria dormir sozinha.  Espontaneamente, peguei sua mão e trouxe a meus lábios, impondo um beijo na junta grossa. 
Ele enrijeceu ao meu toque, congelando por um momento; Eu pensei ter visto um flash de anseio em seu rosto, mas se aconteceu o momento foi fugaz. Puxando a mão do meu alcance, ele pressionou-me de volta para a cama. "Você precisa de descanso," ele murmurou.  Eu preciso de você. O pensamento fez minha boca fechar em decepção. Ele pareceu relutante em me tocar, o que machucava mais do que eu pensava, mas eu estava cansada. Talvez esta seja a sua forma de ter certeza que eu vou dormir?  Tomei uma respiração profunda para relaxar, me aconcheguei debaixo das cobertas e fechei os olhos, esperando que minhas preocupações sobre as ações de Joe não iriam me manter acordada. Enquanto as expulsava, meu corpo precisou de mais descanso e antes mesmo de Joe sair do quarto eu já estava fora como uma luz.         

0 comentários:

Postar um comentário

 

© Template Grátis por Cantinho do Blog. Quer um Exclusivo?Clique aqui e Encomende! - 2014. Todos os direitos reservados.Imagens Crédito: Valfré