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Anjo da Noite 4 - O Fim do Segredo - Capitulo 15



Capítulo 15 – Mal Estar


Mais uma dose de veneno na minha veia... Eu me sentia cada vez mais fraca e estava começando a sentir dores também. Dores na barriga, estava morrendo de medo de que acontecesse alguma coisa com meu filho. E pra melhorar tudo eu também estava morrendo de sede... É... Os idiotas humanos não estavam alimentando agente. 

_Você ta bem?_ Matt perguntou, eu não olhei pra ele, mais pelo tom de voz parecia preocupado.
_Ta tudo bem_ menti com a voz fraca.

Fez-se silencio... Um instante depois senti mãos geladas na minha testa, aquilo foi uma sensação incrivelmente boa contando com o fato que eu estava morrendo de calor... O que não era normal, eu nunca sentia calor. 

_Você esta quente_ ele sussurrou_ isso não é bom. 
_Eu estou bem... Só com um pouco de calor_ disse.
_Você não devia estar sentindo calor... Você esta mais pálida que o normal. Tem algo errado. 

Eu abri os olhos e forcei meu corpo a se mexer... Me sentei na mesa... Matt estava me encarando, totalmente preocupado, podia ver isso nos olhos verdes dele... Hipnotizantes que tiraram minha concentração por um instante. Mais sacudi a cabeça levemente saindo do transe e desci da mesa disposta a provar que estava bem.

_Não precisa se preocupar... Eu estou bem_ garanti.
_Demi... Você devia ficar deitada.
_Eu já disse que to bem. 

Dei alguns passos pra esticar as pernas, então senti uma onde dor na barriga e fui ao chão. Sentia alguma coisa dentro de mim queimar... Não era uma sensação muito agradável. Matt já estava no chão do meu lado.
_Demi...
_Ta queimando_ eu gemi agoniada, senti uma lágrima descer por meu rosto.
_Eles não deviam te encher com esse veneno... Você esta fraca demais.
_Eu quero ir embora daqui... Eu quero o Joe_ disse em meio às lágrimas, a dor estava começando a ficar maior.
_Espera aqui... Não se mexe. 

Eu não poderia nem que quisesse... De repente as mãos dele sumiram, o frio que me confortava desapareceu, e a agonia ficou maior... Ouvi batidas ensurdecedoras na porta e Matt estava gritando... Gritando algo que eu não consegui entender. Tudo estava rodando... E a queimação na minha garganta ficou mais insuportável... Eu estava morrendo de sede, de dor... De calor... De tristeza... De medo. Talvez fosse melhor se eu morresse de uma vez. 

_Mais que droga_ ouvi ele resmungar_ ninguém me ouve.

E então ele estava novamente ao meu lado... Me encarando com aflição... Eu nem o conhecia direito mais estava grata por ter alguém que se preocupasse comigo... Eu não queria ficar sozinha. 

_Tenho que tirar o veneno do seu sistema ou você vai morrer... Esta ficando mais quente_ ele disse.
_Não_ eu gemi, mais a dor estava ficando pior e percebi que uma das cadeiras da sala começava a se mexer.
_Você não pode surtar agora Demi... Olha pra mim_ ele ordenou, mais era difícil me concentrar.
_Ta doendo_ eu disse agoniada. 
Ele tirou a blusa que vestia, ficando apenas com a calça e a jogou de lado... Depois segurou meu braço com força.

_Escuta_ ele falou_ vou sugar o veneno do seu sistema... Mais você precisa ficar quieta.
_Não_ tentei me soltar, não queria mais sentir nenhuma dor. 
_Mais eu preciso fazer isso ou você vai morrer.
_Eu não me importo... Eu quero morrer_ gemi.
_Você quer que seu filho morra também?_ me perguntou irritado.
Meu filho... Eu realmente queria morrer pra que toda dor e agonia passassem... Mais não podia matar meu filho também. O filho do meu amor... Não podia morrer, abandonar o Joe. Não assim... Não agora. Então fechei os olhos com força e parei de fazer força no braço.

_Prometo que vai passar logo_ Matt sussurrou. 

Senti as mãos frias dele envolverem meu pulso... Então lábios macios tocaram a minha pele com toda delicadeza, num beijo gelado e reconfortante. Eu pretendia protestar, mais quando ele fez isso o fogo sumiu naquela área, então fiquei quieta, apreciando a sensação. Um instante depois senti seus dentes afiados cravarem na minha pele, me causando uma pequena dor... Nada comparado à queimação, ou a dor na minha barriga. Senti o fluxo de sangue que saia pela veia... E quanto mais ele sugava, mais fraca eu ficava... Mais entorpecida... Mais a dor ia cessando, deixando no lugar apenas um vazio. Também senti sua língua fria tocando a pele do meu pulso, amenizando o calor... Então tinha acabado. Ele afastou a boca, e soltou meu braço com a mesma delicadeza... Ainda pude ver ele sorrir pra mim.

_Vai ficar tudo bem agora_ ele sussurrou_ durma.

Então tudo ficou escuro.
Joe Narrando

Eu estava quase surtando... A cada minuto que passava agonia no meu peito ficava maior... Eu sabia que a Demi estava precisando de mim, eu podia sentir isso. Mais não fazia ideia de onde encontrá-la. 

_Onde esta a Mellany?_ perguntei sentindo falta de sua presença_ ela já devia estar em casa.
_Deve estar com o Ryan_ Miley disse.
_Deve estar né?_ disse nervoso, DEVE, não era suficiente pra mim, eu precisava ter certeza.
_Joe... Você tem que se acalmar_ Liam falou.
_Não me manda ter calma_ eu respondi irritado_ minha mulher desapareceu e minha filha ainda não chegou em casa... Eu não quero me acalmar.
_O que você...
_Vou atrás dela... Aproveito e dou mais um volta por ai pra tentar achar a Demi. Qualquer coisa me ligue.

Não deixei que falassem mais nada... Tirei a blusa que eu usava e corri pra fora... Me transformei no caminho e fui o mais rápido que pude até a casa do Ryan... Eu precisava saber que minha filha estava bem. 

Mellany Narrando

Depois da escola eu fui direto pra casa do Ryan... Não queria ir pra casa e ter que encarar a tensão que eu sei que estaria no ar. Então Ryan me levou pra casa dele, aproveitando que o pai dele estava viajando. Estávamos sentados na cama dele, abraçados. Ele sabia que eu estava triste e preocupada mais não ficou me perguntando por quê... Ele sabia que eu não queria falar sobre isso e não insistiu... Era mais um motivo pelo qual eu gostava tanto dele. 

_Você não ta com fome?_ ele perguntou_ não quer alguma coisa?
_Não amor... Eu to bem... Só quero ficar aqui com você.
Ele me abraçou mais apertado... E deu um beijo no topo da minha cabeça. Então ouvimos um barulho de porta se abrindo, nos afastamos um pouco assustados e meu pai apareceu na porta do quarto.

_Joe?_ Ryan disse assustado.
_Pai? O que ta fazendo aqui?
_Eu tava preocupado com você_ ele disse_ você não foi pra casa.
_Mais eu sempre passo na casa do Ryan... O senhor sabe disso.
_É que...

Ele olhou pro lado com uma cara de agonia, não gostei disso... Eu até tentei ler a mente dele, mais estava tão estressada que não ouvia nada... Era melhor assim.

_Pai... O que aconteceu?
_Sua mãe sumiu Mell... Ela saiu hoje de manhã e ainda não voltou... Eu não sei mais o que fazer.
_Sumiu como?_ falei preocupada.
_Simplesmente sumiu.
_Temos que procurá-la.
_Eu já fiz isso... Já procurei em todos os lugares e nada.
_Pois vamos procurar de novo.

Eu levantei da cama num salto, deixei o Ryan em casa e sai correndo com meu pai pra tentar achar a mamãe. Ela tinha que estar em algum lugar... E se Deus quiser esta bem.

Demi Narrando

Quando abri os olhos de novo estava deitada no chão frio da cela... Minha estava escorada em algo macio... Era a blusa de Matt. Ele estava sentado do meu lado me observando atentamente, sorriu quando me viu abrir os olhos.

_Oi_ ele disse_ como você ta?
_Bem melhor_ garanti_ a dor passou e... A queimação também.
_Que bom.
_E você como ta?_ perguntei.
_Com um gosto ruim na boca_ fez careta_ mais vou sobreviver.
_Obrigada Matt_ sussurrei_ você salvou minha vida.
_Não precisa me agradecer.

Eu me sentei, me escorando no pé da cadeira... Ainda estava um tanto tonta. Tirei as minhas botas, ficando descalça... Era bom sentir o chão frio sob meus pés. Eu ainda estava com um pouco de calor... E isso estava me incomodando.
_Ta sentindo alguma coisa?_ ele perguntou analisando minha expressão. 
_Ainda estou com calor_ confessei.
_É a reação ao veneno... Acho que ainda vai demorar um pouco a passar. 
_Você não esta sentindo nada?_ perguntei frustrada.
Ele riu_ a dose que eles injetam em mim não é suficiente pra me fazer mal, só pra me deixar fraco. Funciona com você porque esta grávida e vulnerável. 
_Que droga_ revirei os olhos.

Enrolei um pouco meu cabelo, tirando das minhas costas e levantei um pouco a blusa... A sensação de calor não era muito agradável, era sufocante.

_Eu posso dar um jeito nisso_ Matt disse abrindo os braços.
_Não, obrigada... Eu estou bem.
_Você esta quase derretendo ai Demi... Vamos_ insistiu.
_Realmente... Não precisa_ garanti um pouco nervosa.
_Não precisa ter medo de mim_ ele disse sorrindo_ eu sou um pouco abusado mais não sou tarado... Não vou te agarrar a força. Só quero ajudar.

Eu suspirei... Ele continuou esperando de braços abertos. Eu estava um pouco desconfortável com isso... Era estranho. Mais eu estava com muito calor e me sentia fraca. Não custava nada... Ele só queria me ajudar.

_Tudo bem_ dei um meio sorriso. 

Então fui até ele... Matt se escorou na parede e abriu um pouco as pernas, eu me sentei de lado em seu colo, me escorando contra o peito dele, que me envolveu com seus braços. A reação foi imediata... Um bem estar inexplicável. O frio do corpo dele acabava com qualquer sensação ruim que tinha em mim. Então escorei a cabeça em seu peito e fechei os olhos aproveitando.
Alguns minutos se passaram, eu ainda estava abraçada ao Matt... E estávamos em silencio, não havia muito que dizer. Só o que eu podia dizer era que me sentia muito bem ali. O calor que me incomodava tinha sido amenizado pelo frio da pele dele, e eu consegui relaxar... Só tinha uma coisa que ainda incomodava... A sede. Eu não sabia há quanto tempo estava sem beber e isso estava me matando. 

_O que foi?_ ele perguntou_ tem alguma coisa errada.
_Estou com sede_ sussurrei_ minha garganta esta ardendo.
_É a minha também_ suspirou_ já faz um tempo que não me alimento. 
_Eu não sei se vou agüentar muito tempo.
_Eu vou dar um jeito nisso.

Eu me afastei dele, me escorando na parede e ele se levantou... No momento que sua pele deixou de tocar a minha o calor voltou, não era mais tão intenso mais ainda incomodava. Matt caminhou até o vidro... E sem dó nenhuma começou a socá-lo enquanto gritava. 

_HEI... VOCÊ AI SEU IDIOTA_ ele gritou com o guarda_ OLHA PRA CÁ. 

O guarda se virou, a cara séria... Não parecia contente de ter que ficar ali vigiando duas aberrações. 

_EU QUERO FALAR COM O CALVIN... AGORA_ Matt gritou_ É MELHOR CHAMAR ELE AQUI OU VAI SE AREPENDER TA OUVINDO?
O guarda não respondeu... Pegou um telefone e discou um numero.
_ACHO BOM MESMO PALHAÇO_ Matt provocou rindo. 

Matt ficou parado no meio da sala esperando... Alguns minutos depois Calvin apareceu. Abriu a porta e entrou, com o mesmo sorriso presunçoso de sempre.
_Queria me ver?_ perguntou. 
_É eu queria te ver sim seu idiota_ falou irritado_ o que você ta pretendendo? Matar agente? 
_Seu eu quisesse matar vocês já teria feito não acham?_ disse como se fosse óbvio.
_Então porque não para de injetar aquela porcaria na gente?
_Par vocês ficarem fortes e fugirem? Não obrigado.
_Ah é? Pois a Demi quase morreu ainda pouco por causa disso... Eu gritei aqui e ninguém me respondeu... Não vê que ta fazendo mal a ela? 
_Eu deveria me sentir culpado?_ fez careta. 

Matt se irritou com a cara de pau do Calvin... O agarrou pelo pescoço e apertou o sufocando... Os guardas atrás dele levantaram as armas, apontando pra nós. 

_Se você não quiser que eu quebre seu pescoço aqui_ Matt ameaçou_ é bom arrumar alguma coisa pra nos alimentar.
_Esta me ameaçando Matt?_ disse com dificuldade, ainda rindo.
_Não vou pensar duas vezes antes de beber seu sangue_ avisou_ então... O que vai ser?
_Podemos resolver sem violência?

Matt o soltou, e Calvin levou a mão ao pescoço respirando com dificuldade. Ele então se virou por guarda ainda sorrindo ( ele realmente não tinha noção do perigo).

_Traga a cobaia 109_ ordenou.
_Outra cobaia?_ ergueu a sobrancelha.
_É uma cobaia diferente_ sorriu.

Então um guarda entrou na sala arrastando uma mulher pelos cabelos... Era uma humana... Eu arregalei os olhos... O cheiro dela me invadiu de uma forma avassaladora. 

_Ela é humana_ Matt fez careta.
_É... Divirtam-se_ Calvin sorriu. 

Calvin e seus guardas saíram da sala e trancaram a porta... Deixando dois vampiros esfomeados trancados com uma humana deliciosa... Homem desgraçado... Eu senti minha boca se encher de água, e a queimação irritante ficar mais forte. Matt rugiu pra garota.
_Por favor, não me matem_ a garota pediu desesperada. 
_Matt_ gemi, prendendo a respiração... Me recusava a tirar a vida daquela garota.
_Merda_ ele gemeu, também fazendo força pra não surtar. 

Ele caminhou de novo até a porta... A garota se encolheu quando ele chegou perto, chorando desesperada. 

_CALVIN_ gritou socando a porta_ VOLTA AQUI SEU DESGRAÇADO.
Nenhuma resposta, e a garota chorava cada vez mais alto... E a minha sede ia ficando cada vez pior. 
_CALVIN_ ele insistiu.
Depois de um minuto, Calvin voltou sorrindo e abriu a porta... Puxando a garota do chão pelos cabelos.
_Dois vampiros com princípios_ ele revirou os olhos_ que tocante.

Voltou a sair arrastando a garota consigo e trancou a porta... Matt se virou pra mim, me encarando. Depois caminhou até onde eu estava e voltou a se sentar no chão me abraçando, pra ficar na mesma posição que estávamos antes... E eu sorri quando o calor desapareceu. 

_Aguenta mais um pouco_ ele sussurrou me abraçando apertado. 

Ouvimos gritos de desespero da mulher... Em seguida tiros. Eu fechei os olhos sabendo o que estava acontecendo e uma lágrima desceu pelo meu rosto... A porta se abriu de novo. Calvin tacou duas garrafinhas na nossa direção e Matt as pegou antes caíssem no chão.

_Aproveitem_ sorriu e voltou a sair. 
_Toma_ Matt me ofereceu uma das garrafas.
_Não posso... Ele matou ela... Esse sangue é dela_ eu sussurrei.
_Olha, isso também não me agrada nenhum pouco mais se não bebermos vamos morrer de fome_ ele insistiu_ anda bebe.
Eu suspirei derrotada e peguei a garrafinha... Puxei o bico e comecei a beber o liquido, surpresa com o tamanho da minha sede. Mais eu tive que sorrir com a sensação boa do liquido descendo pela minha garganta. Matt tinha razão... Não era hora pra princípios... Não importava de onde viera o sangue... Eu precisava beber por mim... Pelo meu filho... Pelo Joe. 

_Obrigada_ sussurrei de novo, agradecida pelo que ele estava fazendo por mim.
_Não precisa agradecer_ disse sorrindo.

Ele também abriu a garrafinha dele e começou a beber... Com uma mão segurou a garrafa e com a outra me abraçou. Eu me aconcheguei em seu colo e fechei os olhos enquanto bebia... Parecia uma criança pequena. Mais me sentia bem. A dor e o calor tinham passado e a sede estava se aquietando... Tudo graças ao Matt... Se não fosse por ele eu já estaria morta.

4 comentários:

  1. o joe não vai gostar nada disso kkkkkk

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  2. sabe aquela coisa da sinopse de "os lindos olhos sem vida,era o fim" e tals....podia ser com a mel nèh? quero dizer,a demi ja sofreu mito com essa coisa de morre não morre,quase morre,tortura e etc..

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