Anjo da Noite 4 - O Fim do Segredo - Prólogo

                                         Anjo da Noite 4 - O Fim do Segredo

Como todos os segredos... Esse normalmente um dia também seria descoberto. A cada dia, o número de Vampiros e Lobisomens que andam por entre os humanos se torna maior, e fica cada vez mais difícil esconder. Já estava mais do que na hora do mundo saber... Que os monstros são reais. 

Ela me encarou profundamente... Seus olhos cobertos de lágrimas, seu coração batia depressa. Seu medo havia se tornado tão grande que era praticamente possível tocá-lo, como algo sólido... Seu desespero contagiava o ambiente, me inundando por completo. Estávamos em um beco sem saída... Se parássemos agora morreríamos... Se continuássemos morreríamos também.
_Eu te amo_ ela sussurrou pra mim por entre as lágrimas.
Senti como se meu coração tivesse parado... Subitamente eu havia esquecido como se fazia pra respirar. Ela pôs a mão no coração, fazendo uma careta de dor e foi ao chão... Seus lindos olhos não tinham mais o brilho que eu tanto amava. Eu não conseguia ouvir mais o som do seu coração... Estava acabado.

Prólogo

Os dois amigos caminhavam pela floresta sorridentes... Estava escurecendo, a lua já começava a aparecer no céu. Um dos homens levantou a câmera que tinha na mão pra mostrar ao amigo... Um motivo de orgulho, cheia de tecnologia e até visão noturna. 

_E ai o que achou?_ perguntou. 
_Pra que isso tudo? Deve ter custado uma nota. 
_É pro trabalho... Preciso de uma matéria nova pro jornal, talvez com uma câmera nova fique mais fácil.
_Uma câmera nova não vai fazer uma matéria nova e boa cair no seu colo.
_Eu ainda tenho esperanças_ sorriu_ Se não tiver algo bombástico até o fim da semana pra apresentar ao meu chefe estou no olho da rua... Então estou meio que “apelando”. 
_Boa sorte pra você meu amigo... Não vai ser nada fácil.
_Eu sei que não. 

Os dois continuaram a andar agora em silencio... Até ouvirem um barulho estranho vindo do meio das árvores.

_O que foi isso?_ perguntou.
_Não sei_ ligou a câmera_ talvez seja a matéria que estou esperando.
_Talvez seja um bicho qualquer.
_Ou talvez um assassino psicopata.
_Você é doente_ riu.

Os dois seguiram em frente e em silencio... A câmera ligada na visão noturna pra facilitar a visão. Então de repente viram algo se mover pelas árvores. Um homem... Estava caído no chão ensangüentado, por cima dele um homem, alto forte... Parecia estar mordendo o outro cara. 

_Mais que...
_Shh_ botou a mão na boca do amigo_ é a minha matéria.
_Temos que chamar a policia.
_Não... Vamos esperar pra ver o que acontece.

Ele olhou pro sorriso no rosto do amigo sem acreditar que ele pretendia ficar ali observando aquilo e então deus as costas e saiu o mais silenciosamente possível, ligando pra policia no caminho. Mais o outro continuou ali filmando a cena horrenda... Não perderia mais seu emprego e ainda seria recompensado por isso.