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A Secretaria - Capitulo 20



CAPÍTULO 20: MONSTRO DE OLHOS VERDES


Depois de todos termos concordado em sair à CBF: “Caça de Boates em Fort”, como Kevin batizou a noite, as meninas e eu nos trocamos, fazendo a produção mais foda possível. Eu não tinha trazido comigo nenhuma roupa apropriada para uma noite na balada quando arrumei minhas coisas para vir à Dallas, mas Miley, que gosta de pensar que sabe de tudo, tinha trazido um vestido para mim em um das três malas que ela trouxe consigo para passar uma única noite aqui. Meu vestido era um míni prata, Carolina Herrera, sem alças, que me fazia parecer vestida enrolada num guardanapo de Natal. Mas de forma sexy, não mal vestida. Usar roupas assim, sem pagar nada por elas é uma vantagem quando sua amiga trabalha para a principal revista de moda do país.
Quando descemos as escadas, os rapazes estavam acomodados um em cada sofá da sala de estar, se servindo de doses de alguma Vodka russa meio obscura, muito cara, acompanha por colheradas de pasta de amendoim. Pelo que pudemos decifrar da explicação confusa deles, essa era uma das várias combinações estranhas de bebida que tinham aprendido na faculdade, achamos que foi isso, porque quando Miley perguntou qual era a moral da pasta de amendoim antes de subirmos para nos arrumar, os três começaram a falar alto, super animados, abanando suas colheres de braços erguidos, falando um por cima da voz do outro.
Joe havia literalmente engasgado na sua colher quando me viu arrumada, e imediatamente tropeçou sobre os próprios pés.
− Oh, Céus! – ele resmungou enquanto me acolhia em seus braços trôpegos – Eu amo... – ele abafou a última palavra no meu cabelo, que estava recém-produzido naquele visual acabei-de-ser-comida.
− Você ama o quê? – perguntei confusa, pelo modo como as mãos dele massageavam meus ombros tão destramente.
− Como você está. Eu, ah, realmente amo como você está vestida.

Dani foi dirigindo o Jeep de Kevin até Fort Worth, aos gritos por quase todo o trajeto. Ela ficava xingando Ben por passar a mão na coxa dela. E ficou reclamando de Miley e Nick por cantarem músicas do Radiohead alto demais no banco do meio. E gritando com Joe, no banco de trás, por ficar com a cabeça enterrada, mais uma vez, entre os meus seios. Eu teria falado para Dani que ela estava sendo injusta, mas àquela altura Joe já tinha começado a ficar um pouco expressivo sonoramente em suas exclamações de prazer. Ela realmente não gostou dos gemidos de Joe ou dos suspiros dele em agradecimento tanto quanto eu, então até que a bronca foi compreensível.
Os irmãos Jonas eram aparentemente bem conhecidos na área, o que fazia sentido já que eu duvidava que houvesse muitos milionários conhecidos mundialmente na cidade. Passamos por dois bares e um club antes de nos decidirmos pelo que os rapazes consideravam ser seu playground de infância, a boate SIX. E era exatamente o que eu tinha visualizado quando imaginei eu e Joe dançando colados: escuro, cheio de pessoas, máquinas de fumaça, com a música tão alta que dava para sentir pulsando nos ossos, e uma área VIP cheia de sofás onde todos nós podíamos sentar próximos.
Com nosso grupo espalhado em casais pelos diversos pufs, Joe em cima de mim, todos nós tomando até os pés da mesa, deveria ter sido uma noite perfeita. Mas, não foi. No momento, eu estava mortalmente enfurecida. Eu era a pessoa para quem você olha antes de sair correndo na direção oposta, gritando, gaguejando incoerentemente e se mijando todo. Eu era a pessoa para quem se liga para combater o Hulk numa batalha letal. Eu acabaria com a raça daquele filho da mãe verde agora mesmo. E o objeto da minha fúria estava completamente negligente a tudo isso.
Ele estava sentado lá, sorrindo serenamente como se jamais tivesse sido tão feliz em toda sua vida. Claro, eu só podia presumir que Joe estava sorrindo, já que ele permanecia aninhado entre as minhas pernas, com a cabeça contra o meu peito, as costas pressionando minhas coxas, tornando-me incapaz de ver sua expressão.
No minuto em que entramos na SIX, uma velha conhecida da família Jonas abordou nosso grupo, primorosamente se atracando em Joe. O braço dele permaneceu ao redor do meu pescoço todo o tempo, mas ele teve que descortesmente me soltar para que não tombasse para trás.

− Hm. Olá? – ele perguntou num tom incerto para a mulher, já que não tinha visto seu rosto antes que ela executasse o pulo, impulsionado por um salto quinze. Meus olhos automaticamente se estreitaram, assim como os de Dani e Miley, por pura lealdade.
− Joe! – ela gritou, enquanto ele recuava tentando se libertar daquelas garras, odiando o apelido recebido. – Vamos pegar um cantinho na área VIP e botar o papo em dia, sou eu, Lana!

Lana. Lana Reves. A mesma Lana descrita para mim por Kevin e Nick quando me contaram sobre as preferências sexuais de Joe na área VIP de um outro clube noturno. A Lana para quem Joe havia perdido a virgindade no alto de seus tenros quatorze anos. Aparentemente, eles haviam decidido escapar de uma excursão escolar a um museu de história local para fornicar no quarto dele. Provavelmente nos lençóis do Batman.
Eu a odiei logo de início apenas por isso, sem mencionar o fato de que ela era absurdamente sexy. Lana, ainda por cima, ignorou a presença de todos nós enquanto focava suas habilidades predatórias em Joe, exceto por um momento, para me dar uma encarada quando fui apresentada a ela, como "meu anjo, Demi".
Sentamos nos sofás brancos e baixos da área VIP e Joe deslizou suavemente até ficar no meio das pernas, usando suas mãos para puxar os meus braços insistentemente, até que cedi e me enrolei em torno do corpo dele. Não apresentei muita resistência, e mesmo que tivesse, o modo como ele suspirou contente e murmurou um "perfeito" ao sentir meu abraço, teria feito valer a pena.
Durante as primeiras rodadas de bebida, Kevin, Dani, Nick e Miley todos tentaram em vão fazer Lana parar de babar em cima de Joe, mas ela continuou tagarelando e arrastando-o por velhas recordações, enquanto casualmente se aproximava, estendendo a mão para tocar o braço ou o peito dele. Descobri um novo patamar de ódio que jamais havia sentido antes.
A porra daquela vaca era um perfeito Capitão Hook para o meu Peter Pan.
O xerife de Nottingham para o meu Robin Hood.
O Megatron para o meu Optimus Prime.
Joe continuamente tentava conduzir a conversa para um tópico que pudesse me incluir no papo, sempre se virando à minha frente, para me olhar e sorrir, ou esfregar sua nuca contra mim, ou colar seus lábios num beijo íntimo nas dobradiças dos meus dedos enquanto ouvia o falatório de Lana.
Mas, Lana sabia o que estava fazendo. Ela desenterrava histórias do tipo "oh, e lembra aquela vez no banco de trás do seu carro no aniversário de dezesseis anos de Tyler...", e Joe, em seu estado embriagado, fácil de se distrair e deixar levar, acabava se envolvendo na conversa, fazendo com que eu me sentisse a própria vela para os dois, enquanto Lana sorria maliciosamente para mim.
Eu poderia ter lidado bem com a situação, mas quando ela estendeu o braço para passar os dedos pelo cabelo de Joe dizendo "olha como está ondulado, você fica tão sexy!", eu virei uma bomba nuclear.
O. Cabelo. Era. Meu.
Vaca.
Então, sabiamente inebriada, tirei da manga o plano recomendado universalmente para monopolizar a atenção do seu namorado numa boate. Fitei Miley e Dani, com a determinação facilmente transbordando dos meus olhos, e elas me indicaram sua aprovação do plano enquanto encaravam desgostosas as investidas de Lana.
Mas, quando tentei implementar subsequentemente o mencionado plano, me espremendo para sair de debaixo de Joe, ele abruptamente parou de falar, contraindo os músculos do corpo e se tornando um peso morto sobre mim.
− Você está bem, querida? Aonde vai? – ele perguntou, me fitando preocupado, porém seus olhos continuavam entorpecidos. Eu teria usado a desculpa de ir pegar um drinque, mas nós tínhamos um garçom exclusivo, então isso estava fora de questão. Eu não queria mencionar a necessidade de usar o toalete na frente de uma sofisticada Lana, e felizmente Dani me salvou.
− Nós, garotas, vamos dançar. – ela se levantou, estendendo suas mãos para mim e Miley, dando uma encarada em Lana que dizia “por favor, queridinha, estamos de olhos bem abertos pra cima de você”.

Lana olhava para ela sem expressão, como quem não entendia em absoluto o que estava acontecendo. Em resposta, Joe franziu a testa, relutando para permanecer em sua posição, sentado contra mim. Nick e Kevin observavam Dani, Lana, Joe e eu com total atenção, enquanto Miley rapidamente dava sua mão para Dani.
− Então, eu vou... – ele começou, mas Lana se aproximou mais uma vez para colocar um dedo sobre os lábios de Joe. Os meus lábios.
− Joe, eu não te vejo desde o colegial! – ela fez biquinho – Deixe as garotas dançarem e converse comigo!

Antes que Joe pudesse abrir a boca para responder, Dani já havia espertamente me puxado para cima. Na verdade, ela deve ter usado um bocado de força, considerando que Joe continuava me segurando firme.

− Vê, ela não se importa. – Lana resmungou para ele, no instante em que fiquei de pé.

Enojada, puta-da-vida, e incapaz de continuar de espectadora daquele show, deixei Dani me guiar e descemos as escadas para a área principal da boate antes que Joe sequer tentasse falar alguma coisa. Fomos engolidas pela multidão assim que chegamos ao último degrau, e em seguida fui puxada para o corredor do lado de fora dos banheiros, onde despejamos toda nossa indignação em voz alta.
− Ela TOCOU com a porra da mão o cabelo dele!
− Se qualquer um flertasse com Kevin desse jeito na minha frente, eu esfolava a vadia azeda na mesma hora!
− Vocês viram o corte do vestido dela? Tipo, fora-de-estação-baby!

Passamos alguns minutos colocando para fora todo nosso descontentamento com relação à Lana e em seguida eu expus meu plano para as meninas, contente pela aprovação imediata delas. Eu fui me acotovelando entre as pessoas para chegar até o bar, sozinha, deixando Dani e Miley para trás, já que elas realmente queriam usar o banheiro, e fui escaneando a área até achar um candidato adequado. Havia um homem atraente, alto, que pousava um copo vazio sobre o balcão, na ponta do bar. Ele corria seus olhos pela multidão com confiança. Aliás, ele parecia ser um homem confiante demais para se tornar um problema. Perfeito.
Dirigi-me até ele, olhando para trás e percebendo que eu era baixa demais para se enxergar a área VIP, porém esse não seria o caso para o rapaz alto do bar. Aproximei-me sorrateiramente do cara e coloquei a palma da minha mão no peito dele, para chamar sua atenção.
− Oiii. Dê uma olhada à esquerda das pessoas dançando, na área VIP. Vê aquele rapaz encostado no sofá lá em cima, conversando com uma guria de cabelo avermelhado? – totalmente pintado, embora eu não ache que esse homem gostoso à minha frente fosse se importar com esse tipo de informação. Ele ergueu o olhar, absorvendo a visão de Lana toda fodamente gloriosa, e voltou seus olhos para mim, dando aquela peito/bunda muito minuciosa.
− Você é muito mais gostosa que ela. – ele falou diplomaticamente, provavelmente porque Lana estava lá em cima distante entre os VIPs, e eu estava aqui embaixo, na frente dele com a mão no seu peito. – E seu namorado é um idiota.

A pior parte disso tudo? Eu nem sequer sabia se Joe queria ser classificado como meu namorado, enquanto ele estava ocupado demais colocando o papo em dia com a garota que havia tirado sua virgindade. O cara alto do bar enxergou totalmente a situação e a que pé a coisa andava, porque ele me pegou prontamente pela cintura e deu aquela sussurrada-de-boate no meu ouvido:

− Quer fazer ciúmes nele?
− Você lê mentes! – gritei para o rapaz, pegando na sua mão para nos guiar até a pista de dança.
Uma música perfeita para dançar-com-um-estranho-enquanto-faço-meu-namorado-ficar-com-ciúmes estava tocando enquanto eu conduzia o rapaz até um ponto estratégico, de onde quem estivesse na área VIP poderia nos enxergar com perfeição.
O estranho-alto me puxou contra o seu corpo, e ficamos de peitos colados um no outro. Ele deslizou uma perna no meio das minhas e usou as duas mãos no meu quadril para se manter grudado em mim, o mais perto possível, deixando nossas pernas num rala-coxa. Em seguida, ele começou a nos embalar na batida da música

− Eu acho que já chega disso, você não acha? – ouvi sua voz aveludada no meu ouvido, enquanto suas mãos se moviam habilmente pelos meus quadris, facilmente deixando o cara alto de lado.
− Claro. – o desconhecido me deu uma piscada muito provocativa enquanto se afastava. Eu sabia que ele estava fazendo aquele teatro para Joe ver.
− Obrigada pela dança, ah... animada, baby. – ele disse, antes de se virar e sair em meio à multidão.
− Dança animada? – Joe murmurou, soando lívido.

Eu tentei me virar para tentar beija-lo, ou perguntar onde estava o docinho da Lana, mas os braços dele se apertaram em volta de mim, e desta vez não tinha Dani por perto para me resgatar.

− Bem, agora eu vou dançar animadamente com você... – falei numa voz leve, empinando meu traseiro contra a virilha de Joe num movimento patenteado por Dani – A não ser que precise voltar para papear com a Lana...
− Eu teria vindo com você se tivesse apenas esperado um pouco. – Joe falou, bufando ironicamente antes de começar a nos embalar num ritmo lento, seguindo uma música sensual que tocava agora
Talvez ele tivesse vindo comigo mesmo, mas como é que eu poderia pensar claramente quando uma mulher que já transou com ele, e eu não, estava se jogando pra cima dele daquela forma? As mãos de Joe deslizavam pelo meu corpo todo sem realmente tocar qualquer ponto que eu particularmente gostaria. Os dedos dele ficavam passeando de leve pela lateral dos meus seios, mal roçaram pelas minhas coxas, e em seguida empurravam meu pescoço para o lado para que ele pudesse começar a beijar minha jugular como havia feito durante a janta.
Eu comecei a mexer meus quadris da direita para a esquerda enquanto Joe rebolava o seu para frente, num movimento contínuo, contra o centro do meu traseiro. Joe já estava com uma ereção tão pronta que ambos estremecemos quando ele se inclinou para sussurrar no meu ouvido reverentemente o meu nome
A parede de corpos ao nosso redor parecia nos enclausurar em nosso próprio mundo, mas ainda havia aquele fator risco pulsando quando Joe apalpou meus seios em suas mãos completamente, e começou a bombear seu corpo contra o meu num ímpeto furioso.
Eu soltei um gemido estrangulado, e isso pareceu libertar algo nele. Abruptamente, Joe se afastou de mim, me puxando forte pelo antebraço enquanto atravessava a multidão comigo. Quando um homem tentou me puxar para dançar, Joe sedosamente me girou em torno de seu corpo para usa-lo como bloqueio para o outro homem.
Eu não fazia idéia de como ele sabia para onde ia, mas fui guiada por algumas passagens escuras até que chegamos no que era certamente um corredor além dos limites do agito. Não havia ninguém por perto e nada além de armário de louças no fim do corredor. Joe soltou meu braço uma vez que eu estava presa contra a parede, com ele se inclinando para cima de mim, formando uma jaula com seus braços apoiados na parede. Ele escondeu seu rosto em um dos braços como se estivesse tentando se controlar.
− Você traz todas as suas garotas aqui? – perguntei sem fôlego, quase não resistindo ao desejo de me atracar nos buracos do cinto dele para trazê-lo mais perto de mim. Eu não queria saber de controle.
− Que garotas? – Joe murmurou, ainda contra o seu braço. – Você é a minha garota.
− Claro, Joe. – deixei escapar antes de conseguir segurar a língua.

Joe ergueu a cabeça com um olhar incrédulo, mas antes que eu pudesse ver qualquer outra coisa, ele me girou, esmagando as minhas costas contra o seu peito. A ereção que eu senti pulsando minutos antes ainda estava lá, a todo vapor.

− Demi, eu quero que você coloque suas mãos na parede, por favor.

Foda-se. Ele estava usando aquele tom de voz educado novamente. Trêmula, ergui minhas mãos para apoiar meu corpo contra a parede à minha frente, o que se provou muito necessário no minuto seguinte, quando Joe manipulou meu corpo até que eu estivesse ligeiramente inclinada na altura da cintura. Em seguida, ele se inclinou sobre mim pressionando seu peito nas minhas costas
− Foi por isso que saiu de lá? Você realmente pensou que eu queria Lana ao invés de você? – ele rosnou no meu ouvido. Pensei que ele fosse ficar satisfeito, talvez até um pouco presunçoso em saber que eu fiquei com ciúmes. Ao invés, Joe parecia furioso. Bem, ninguém falou que esse garoto era previsível.
− Bom, não te vi fazendo nada parar impedir que ela ficasse em cima de você lá. – não tive como não falar, embora amanhã quando estivesse completamente sóbria, eu me arrependeria de mostrar a Joe a intensidade dos meus ciúmes.
− Sim, mas será que você não percebeu como eu fiquei totalmente em cima de você? – ele me perguntou como se sua voz fosse um veludo.

As mãos de Joe serpentearam descendo da minha cintura até apalparem perfeitamente o ponto de encontro entre as minhas coxas. Ao mesmo tempo, ele flexionou os joelhos para acomodar seu membro duro entre as minhas nádegas. Joe começou a rebolar seus quadris como se estivesse me penetrando enquanto descaradamente esfregava sua mão sobre meu sexo, numa coreografia louca.
Eu gemi, tentando arrancar um pedaço da parede com as unhas, e quando Joe ouviu meus gemidos, senti sua boca quente se aproximar do meu pescoço. Ele hesitou um segundo antes de me beijar com os lábios abertos, molhados, enquanto estocava por trás e me apalpava
− Você realmente não faz idéia do quanto te quero, não é? Não faz idéia de quanto tempo esperei por você. – ele falou enfim, passando sua mão com tanto vigor que eu não tinha como me impedir de rebolar na mesma sincronia, contra seus dedos.
− Do que está falando? – questionei, tirando uma mão da parede para poder agarrar aqueles buracos do cinto que estavam me irritando tanto.

Nós respirávamos muito ofegantes, mas quando usei o cinto dele para puxá-lo duramente contra o meu corpo, nós dois soltamos um suspiro longo, entrecortado pelo ar pesado sendo exalado. Os movimentos de Joe só aceleravam com a proximidade criada.

− Eu tinha uma namorada quando você começou a trabalhar pra mim. Sabia disso? – os pretextos não existiam mais. Quando estávamos na pista de dança éramos apenas dois estranhos no meio da multidão, perdidos entre dezenas de pessoas, movendo nossos corpos na balada da música. Agora não havia mais nada disso, a batida da música estava distante, e nosso ritmo, aquele que Joe criava com tanta habilidade, não era nem um pouco similar.
- Vagamente. – admiti. 
Na verdade, eu estava bastante certa sobre essa informação, considerando o tempo que eu havia sido a terceira secretária dele, providenciando reservas em restaurantes e apanhando jóias encomendadas. Joe afastou minhas pernas uma da outra, embora isso significasse que ele não teria o mesmo estímulo de antes. Sua mão parou de me tocar, e ele começou a correr seus dedos no sentido vertical sobre o meu clitóris, parando somente para apertar o centro dele a cada passada.
− Ela terminou comigo, algumas semanas depois que te conheci. Ninguém nunca tinha terminado comigo antes. Você gostaria de saber o motivo por trás disso, anjo?
Isso eu queria saber, mesmo. Eu não podia imaginar alguém que conseguia se afastar fisicamente daquele homem depois de tê-lo por uma vez que fosse. Mas, eu estava com dificuldade de assentir com a cabeça com Joe mordendo meu pescoço e concentrando-se em seu toque de forma tão precisa. Quando finalmente mexi a cabeça, ele pareceu ter que arrastar sua boca do pescoço pelo curto caminho de retorno ao meu

- Eu só conseguia pensar em você. – o dedão de Joe focava apenas meu clitóris através da minha calcinha úmida, enquanto seus dedos já pulsavam e se arrastavam ao redor da minha entrada. – Ela me tocava e eu imaginava que era você. Eu a pegava de jeito e na minha mente, era você que eu estava comendo... uma vez após a outra. – a voz dele era áspera, como se estivesse confessando sua maior fraqueza. – Eu comecei a sonhar contigo. Imaginei como você ficaria enquanto eu te comia. Ou o que você vestia debaixo daquelas roupinhas de escritório. Em como você iria suspirar inocentemente enquanto eu te abria toda pra mim sobre a minha mesa... – Joe gemeu ao contemplar essa idéia e sua cabeça caiu sobre meu ombro enquanto ele se movia.
− Oh, Céus... – minha respiração ficou presa, porque ouvi-lo falar todas essas coisas. A gente tinha mesmo desperdiçado todo esse tempo? Que coisa mais sentindo.
A mão livre de Joe subiu até o decote do meu vestido sem alças, puxou a frente para baixo, dando acesso para que ele massageasse meus seios, alternando entre os dois. O estimulo a mais me fez tombar a cabeça contra a parede. Eu podia sentir agora a tensão familiar crescendo no meu abdômen, aquela sensação maravilhosa amolecendo as minhas pernas.
-- Eu ficava dizendo seu nome enquanto dormia. Em cada porra de madrugada. Eu gritava seu nome quando gozava e nem fazia idéia disso tudo até que ela me falou.
Joe caiu de joelhos e pressionou o rosto entre as minhas pernas, eu podia sentir o nariz dele roçando a minha entrada, como se estivesse absorvendo meu aroma. Era a coisa mais animal, sexual e possessiva que ele já havia feito comigo e eu senti um ímpeto de orgulho crescendo em mim. O homem era meu, e agora ele me clamava como sua. Não importava se ele não queria se intitular de meu namorado enquanto eu fosse dele.
− Eu não consigo querer ninguém além de você, está compreendendo, Demi? – ouvi Joe murmurar, um segundo antes de sua língua me tocar. Seu dedão continuava circulando meu clitóris, embora eu não pudesse mais entender o mecanismo de tal movimento.
− Por favor... porra... – a língua dele, que era tão pontuda que eu podia senti-la diretamente contra a minha entrada enquanto ele a revirava e torcia na minha pele. Quando eu implorei, ele se afastou para poder sussurrar as palavras que facilmente seriam minha queda.
− Isso mesmo. Você só goza para mim. Como eu só gozo pra você.


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