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A Secretaria - Capitulo 11



CAPÍTULO 11: CONTROLE


Eu não iria mais perder essa batalha de egos. Porque era exatamente isso o que era, também. Um desafio. Uma lição de controle. Quando Nick e Kevin apareceram para jantar lá em casa, eu expliquei o que havia acontecido entre Joe e eu para os quatro. Eles romantizaram a coisa toda, dizendo que era tudo tão doce e que estavam felizes que meu plano havia funcionado.
Se qualquer um deles tivesse compreendido a tensão que foi se escalando entre eu e Joe, eles não estariam chamando tudo isso de "doce". Era uma diária e dupla batalha de ímpetos, um cabo de guerra, a tensão de dois pólos magnéticos opostos, um intenso e borbulhante inferno confinado num espaço limitado.
Joe havia me beijado pela primeira vez na segunda-feira da semana passada, e agora, na quarta-feira da semana seguinte, nós já havíamos nos beijado um total de quinze vezes. Não me levem a mal, eu provavelmente teria contado de qualquer forma, mas a razão pela qual eu tinha um número tão preciso dos nossos amassos era porque que cada um de nossos beijos haviam acontecido no elevador. Um beijo na chegada ao trabalho, enquanto o elevador subia, e outro beijo na descida, antes de seguirmos para o carro dele no final do expediente.
O pretexto que usamos para nos beijar já havia sido esquecido. Durante os primeiros dias, Joe me provocou um pouco, dizendo que ele estava se certificando que eu não ficasse assustada, e eu respondia às indiretas e malícias tanto quanto me era possível. Então, todos os dias, antes de irmos embora, ficávamos esperando feito dois bobos, para que Joe me arrebatasse em seus braços no segundo em que aquelas portas se fechassem.
Não demorou muito para que toda essa impetuosidade virasse uma impaciência abrasadora. Eu percebi que Joe começou a dirigir mais rápido para o trabalho, começou a abrir a porta do carro com mais agilidade, me segurando pelo antebraço e praticamente me arrastando até o elevador. No final do dia, ele esperava ao lado da minha mesa, quase curvando seu corpo em antecipação, enquanto eu corria para guardar minhas coisas na bolsa sob seus olhos atentos.
Ele me empurrava e puxava no segundo em que as portas se fechavam, me grudando no corpo dele enquanto simultaneamente me empurrava até a parede de nosso confinamento. A boca dele não saia da minha durante todo o trajeto, subindo ou descendo. Joe parou de me provocar sobre o meu pânico no elevador mais ou menos no mesmo dia em que descobriu que se ele segurasse o botão de fechar as portas, nós teríamos alguns minutos a mais para permanecermos enrolados um no outro. Claramente, isso não tinha nada a ver com uma tentativa de me distrair de algum tipo de fobia quando ele propositadamente prolongava nossos momentos juntos.
Agora, quando Joe estMi prestes a iniciar nosso beijo número quinze na descida do escritório na noite de quarta-feira, eu sabia que teria que dar o primeiro passo. Todas as outras vezes havia sido Joe quem me beijou primeiro, e consequentemente era ele quem direcionava nossos amassos. Eu ainda tinha um arraigado medo de rejeição que me impedia de tomar o comando.
Mas, agora, eu sabia que tinha que mostrar a ele que eu podia fazer isso. Não porque eu não gostasse absurdos de sentir o corpo dele contra o meu, aplicando todas as suas habilidades perversas e pecaminosas comigo. Eu adorava. Mas, eu só precisava deixar ele ciente de que eu podia fazê-lo comer na minha mão do jeito que ele fazia comigo todos os dias, se essa fosse minha vontade. E realmente era, realmente era.
Então, quando Joe me pressionou contra a parede naquela quarta à noite, minha bolsa já descartada no chão sem qualquer cuidado, eu desviei meu rosto de seus lábios ansiosos. Eu fiquei momentaneamente detida de meus planos de comandar aquele pedaço-inteiro-de-mau-caminho quando percebi a dor da rejeição e a expressão confusa que se tomaram o rosto dele pela minha atitude. Claro que não podia ser minha simples esquivada a causadora daquilo. Eu provavelmente já estava imaginando coisas com a intensidade das minhas emoções correndo à toda.
– Chega. – eu falei asperamente, determinada a fazê-lo entender que eu jamais conseguiria dar fim nisso.
Ele literalmente se contorceu com as minhas palavras, e acho que ele pensou que eu queria dizer que bastava dessa coisa louca que estava acontecendo entre a gente. Como ele permanecia imóvel, foi fácil para eu rapidamente agarrar as lapelas do paletó dele e rMirter nossas posições, e então eu pude finalmente coloca-lo contra a parede. Outro olhar angustiante de Joe, dessa vez esperançoso, acenderam seus olhos quando eu me inclinei sobre seu corpo para sussurrar contra seus lábios.

– Chega de você no controle. – o olhar de ansiedade se tornou de alívio, e ligeiramente tomou seu habitual caráter selvagem de desejo quando ele processou o que eu havia falado.

Minhas mãos correram pelo tecido fino da camisa dele, e eu intencionalmente deixei meus dedos acariciarem os mamilos de Joe. Uma vez. O maxilar dele travou. Mais uma vez. A mão dele se estendeu até o botão para segurar o elevador. De novo. Ele inspirou pesadamente, e quando soltou o fôlego, saiu numa espécie de soluço tenso.

– Sim, Demi, sim, o que você quiser...

Eu o calei com a minha boca. Tocando sua língua com a minha, deixei minhas mãos bem abertas apalparem todo seu abdômen de músculos impressionantes, sentindo-os contrair e ficaram tensos com o desejo dele.
Joe não impediu que eu tomasse o controle enquanto movimentei linha língua por cada centímetro da boca dele, mas eu pude sentir toda sua aceitação em ser o lânguido recebedor de nosso jogo quando cerrei meus punhos nos tufos de seu cabelo castanho, puxando forte, porque eu já tinha percebido o quanto ele gostava daquilo. Dei outro puxão, para inclinar a cabeça de Joe, e usei o novo ângulo para explorar mais sua boca, enquanto a língua dele destramente lambeu e sugou a minha.
Depois de quase um minuto, meus pulmões estavam prestes a explodir, então eu interrompi o beijo e movi meus lábios através de seu queixo, correndo toda aquela linha primorosa. Joe até que vinha sendo um belo cavalheiro em termos de onde colocar suas mãos, mas eu não tinha receios em ser uma dama, então deixei minha outra mão agarrar o ombro dele, me recompensando com um tremor arrasador de Joe, até que a desci para seu bolso de trás, apertando com firmeza seu traseiro. E como podia eu permanecer virgem quando havia traseiros assim no mundo?
– Oh Deus... – ele gemeu e eu realmente adorei ser capaz de despertar aqueles sons de Joe, e querendo nada mais do que ouvir continuamente aquela melodia deliciosa, fiz o que parecia natural para mim e deixei minha língua correr pela pele quente do pescoço dele.
Ao sentir minha língua úmida e morna sobre sua jugular, Joe empurrou automaticamente seus quadris contra o meu corpo, algo que ele vinha resistindo até então. De qualquer forma, eu me mantive a certa distancia da cintura pra baixo, propositalmente, para que não houvesse nenhum tipo de fricção. Mordi o pescoço dele numa provocação, lMi o bastante para que não ficasse marca, embora tudo o que eu mais quisesse era marcá-lo como um animal.

– Demi... – já não era mais um murmúrio suplicante. Era um aviso sendo rosnado.

Ele não gostava de ser provocado por mim, então. Bem, o azar é seu, Joe. Isso é o que você ganha por me provocar, mesmo sem ter conhecimento, por quatro meses, e depois me tratar feito lixo por uma semana, para em seguida decidir corresponder minhas indiretas. Claramente, eu tinha alguns problemas de confiança, embora que com esse comportamento bipolar dele, não fosse algo surpreendente.
Então, a despeito do fato de que tudo o que eu queria era atacá-lo, dei um passo para trás e encarei Joe com um olhar arrependido, exageradamente falso.
– Desculpa, eu paro se você quiser. - falei inocentemente, mas ambos sabíamos que eu não tinha compreendido errado o aviso de Joe.

Com braveza, Joe soltou o botão do elevador, para que as portas se abrissem, já que estávamos no andar da garagem há alguns minutos – não que nós realmente percebíamos quando o elevador parava no seu destino final – e as portas se abriram com prontidão. Ele pegou minha bolsa do chão, e eu podia ver o esforço intenso que ele fazia ao entregar a pasta nas minhas mãos. O olhar sombrio que ele direcionou para mim, enquanto secava sua boca com as costas da mão e esperava à porta que eu saísse antes dele, reforçaram seu controle reduzido.
Perde o controle, Joe. Eu quero que você perca o controle. Ao invés, ele caminhou logo atrás de mim até o carro, seu rival-interno não lhe permitiu sequer a habitual mão nas minhas costas. Quando ele bateu a minha porta e depois a sua própria com força, dando a ré sem nenhuma cautela, eu sabia que não tinha mais chance de conversa.
Isso realmente era uma pena, porque nesta última semana e meia, descobri que eu gostava de conversar com Joe tanto quanto eu gostava de beijá-lo. Ok, bem, não, nem chegava aos pés do quanto eu adorava beija-lo, mas era mais do que eu gostava de qualquer outra coisa.
Joe juntava-se a mim e a seus irmãos para o almoço todos os dias agora, e como passávamos boa parte de nosso tempo discutindo a situação deles com Mi e Dani, havia até alguns comentários sobre nós seis fazermos alguma coisa juntos. Do tipo, o melhor encontro triplo da história. Passar esse tempo entre os três irmãos e suas histórias hilárias, me fez aprender muito mais sobre a infância deles em Dallas, no Texas, e sobre a mãe deles, Catherine, a única da família que eu ainda não conhecia.
Durante o dia, quando eu e Joe pegávamos nosso café matinal com Sarah, ou até mesmo quando eu ocasionalmente o chamava pelo ramal para alguma informação, Joe sempre me questionava sobre a minha vida e detalhes insignificantes, sem razão ou motivo, descobrindo coisas a meu respeito também. Seria tudo incrivelmente platônico, se não fosse pelo fato de que ele me encurralava duas vezes por dia e enfiava aquela língua fantástica dele na minha boca.
Eu estava tão absorta nos minhas divagações que nem percebi que estávamos indo pelo caminho errado há uns bons dez minutos.
– Hm... – eu gesticulei, indagando silenciosamente. Eu presumi que o silencio seria a melhor opção considerando o modo como agi antes, dando outra incrível performance de Demi, a extraordinária provocadora.
– Estou com fome. – ele respondeu de forma súbita, mas Joe podia ter me olhado como se eu fosse uma poça de lama naquela hora, que mesmo assim eu ainda teria feito a dança da bundinha na minha mente.

Joe Jonas estava me levando para jantar.
Considerando a falta que eu sentia de nossa disputa verbal, decidi que me sentia confiante o suficiente para tentar mais uma vez. Ele estava me levando para jantar, afinal de contas.

– Nós vamos parar para comer? – questionei num tom de voz digna da secretária do ano.
– Correto. – ele concordou, numa entonação que me desafiava a pedir que ele desse meia-volta.
– Oh, que pena. – ah, sim, essa não era mais a voz da secretária Demi. Era a voz do disque-sexo mesmo. – Eu pensei que estávamos pegando um atalho para sua casa.
Ele murmurou alguma coisa profana que parecia ser em grego, provavelmente me amaldiçoando por infinitas gerações, e em seguida, vi o carro entrar numa área de estacionamento do lado de fora de um restaurante aparentemente chique, La Bella Itália. Joe me observava contemplativo, e com olhos nebulosos enquanto o manobrista me ajudava a sair do carro, o que me fez tremer um pouco de insegurança, em estar sob tanta atenção. Eu vestia uma camisa justa de seda preta presa seguramente na cintura por uma saia-lápis da mesma cor, mas o modo como Joe me examinava, fazia-me sentir como se eu estivesse nua na frente de milhares de holofotes.
Nenhum de nós dois falou nada enquanto entrávamos no lugar, mas a mão de Joe voltou a repousar nas minhas costas, o que eu desejava de forma alarmante depois da distancia que ele impôs anteriormente, então concluí que havíamos passado do estágio de xingar em línguas estrangeiras por esta noite, ao menos.
O restaurante era lindo, iluminado somente por velas, fazendo parecer que cada mesa existia em sua própria pequena bolha. Eu percebi que só havia casais ali, e fiz uma nota mental de mencionar isso para as meninas quando descrMisse todos os detalhes da noite para elas. Pensar em Mi e Daniison me lembrou de que eu precisaria dar uma ligada para elas e avisa-las que eu não estaria em casa para o jantar. Quando eu e Joe enfim estávamos sentados frente a frente numa das cabines mais reclusas do restaurante, de encostos bem altos, eu já estava discando no celular.
– Nós precisamos de leite. – Dani falou ao atender ao telefone, sem se incomodar com cumprimentos.
– Oi, Dani. – eu falei, sorrindo para tranqüilizar Joe quando ele franziu a testa para mim. – Eu dei uma paradinha para comer, então vou chegar em casa mais tarde. Ok?
– Putaqueopariu, você está num encontro com o chefinho-paixonite-aguda?
– Ok, claro, eu levo o leite. Tchauzinho.

No segundo em que eu desliguei, Joe me olhou com o que parecia ser remorso em sua expressão, e vi seus punhos fechados sobre a mesa, como se ele quisesse alcançar minha mão.

– Desculpe. – ele falou numa voz calma – Eu te trouxe aqui sem nem perguntar. Você provavelmente já tinha outros planos. Isso foi incrivelmente insensível da minha parte... eu só estava sentindo...
– Como se eu tivesse acabado de atacar você num elevador e te provocar sem um pingo de vergonha? – ofereci, numa voz inexpressiva. Eu não tive como evitar o sorriso que surgiu quando Joe riu, no entanto.
–Eu vejo... – ele falou gentilmente, inclinando-se para frente e fitando-me com olhos amorosos. – Eu já deveria ter aprendido a não medir as palavras com você a essa altura.
– Tenho certeza que você vai aprender a lidar comigo, eventualmente. – brinquei, dando o sorriso mais insolente que aquele restaurante já viu.

Joe deu um largo sorriso, indicando que ele não tinha restrições em retomar nossa copulação verbal, que eu havia acabando de reiniciar.

– Bem, nesse caso, você vai responder todas as minhas perguntas pelo resto da noite. Vou precisar de toda a munição que for possível conseguir.

Então, para minha surpresa, ele começou a me questionar sobre tudo, desde meus livros favoritos até a minha opinião sobre a crise econômica atual. Eu tentei fazer com que algumas
perguntas fossem respondidas por Joe também, mas ele copiosamente sacudia a cabeça e me dizia que queria saber tudo sobre mim hoje à noite.
Em algum momento entre o prato principal e a sobremesa, Joe usou sua mão livre para tocar a mão que eu mantinha sobre a mesa. Parecia que ele foi tomando seu tempo para chegar até ali, ao invés de agir de forma abrupta, o que era totalmente ridículo. O homem estava de amassos comigo por mais de uma semana já.
Mas, então, eu pude ver como isso era, de alguma forma, um passo importante. Tudo o que ele fez foi correr seus dedos sobre a pele do lado de dentro do meu pulso, mas combine isso ao modo íntimo como ele me fitou durante todo o jantar, e eu sentia como se Joe estivesse fazendo muito mais.
Ele permaneceu perfeitamente bem articulado enquanto massageava meu pulso, mas eu estava bastante certa de que gaguejei, corei e fiz papel de boba durante todas as perguntas que ele havia feito. O sorriso torto no rosto de Joe denunciava isso para mim, e eu podia praticamente sentir a satisfação do babaca. Ele estava devolvendo minhas provocações.
E eu não ia engolir aquela merda.
Não hoje à noite, quando era a minha noite de tomar o controle dele. Eu não estava pronta para abrir mão do comando assim fácil.
Esperei até que a sobremesa foi servida, para que não tivéssemos interrupções para o plano cheio de más intenções que se formava na minha mente. Àquela altura, estávamos falando da minha infância ao lado de Mi e Dani.
– Então, você era mesmo uma molecona? – ele perguntou, e eu tive aquela mesma sensação que havia tido durante toda a semana, pela forma genuína que Joe demonstrava interesse na minha vida.

Tirei meus sapatos, ficando só com a meia-fina nos pés, e considerei a melhor forma de ir em frente com essa idéia. Nos filmes, eles sempre fazem muito sutilmente, devagar, com o pé subindo pela perna do homem, mas Joe e eu ainda não conhecíamos o significado de ir devagar ou do que era sutileza. Mas, que porra.

– Totalmente, – eu respondi para ele – na verdade, Mi era a única que pensava em se vestir de forma adequadamente feminina. Dani estava ocupada demais mexendo em carros e eu passava meu tempo achando que o Velvet Underground eram deuses.
– Velvet Underground? – Joe pareceu satisfeito, mas eu mal pude notar enquanto tomava um longo gole do meu vinho. Em seguida, deslizei meus pés pelo lado de dentro das coxas dele e os pressionei diretamente contra sua virilha.

O corpo de Joe deu um lMi sobressalto e em seguida ele contraiu seus músculos, eu podia sentir uma fervura vigorosa sob as solas do meu pé. Praticamente como se eu estivesse captando um sinal do corpo dele, me senti ficando molhada e meus seios ficando intumescidos.
– Espere, Demi... o quê? – a voz dele era um suspiro surpreso e estrangulado, e de repente eu senti suas mãos nos meus pés, embora ele não tenha feito nada para remove-los dali. Enrolei meus dedos do pé, experimentando-os contra Joe e ele apenas gemeu meu nome, em derrota.
– Você gosta do Velvet Underground? – perguntei, enquanto o provocava correndo a ponta dos meus dedos verticalmente sobre o fecho da calça dele.
– Sim, eles eram... merda. – eu havia empurrado meus pés, levemente arquejados, sobre ele mais uma vez, fazendo-o interromper suas palavras e praguejar através de dentes cerrados.
– Você não gostava deles, então? – eu sorri.

Joe me deu um olhar ameaçador em resposta à minha provocação, então eu comecei a esfregar meus pés para cima e para baixo, certificando-me de cobrir cada centímetro de sua muito evidente ereção. Ele repousou suas costas e ombros tensos no encosto do banco, e relaxou as pernas, dando distância entre seus joelhos para que eu tivesse mais acesso, então, eu flexionei meus dedinhos e arquejei meus pés mais uma vez.

– Sim, anjo... – ele arfou aí, e eu continuei com aquele movimento, sempre para cima e para baixo. Estaríamos em completo silêncio, se não fosse pela respiração pesada de Joe, e pelas vezes que ele ocasionalmente murmurava meu nome, porém qualquer pessoa que desse uma boa olhada neste momento para as bochechas rosadas de Joe e seus olhos enfurecidos, entenderia exatamente o que estava acontecendo.
Seus olhos dançavam entre o meu pescoço e a pele exposta dos meus braços e peito, sobre o meu rosto, demoravam alguns minutos sobre os meus mamilos, claramente rígidos sob a camisa, e eventualmente seu olhar repousava sobre os meus lábios.
Quando vi que Joe voltou a olhar fixamente para a minha boca, propositalmente, peguei a colher de sobremesa da mesa e inclinei minha cabeça um pouco para o lado, para que ele pudesse ver enquanto eu enrolava minha língua na colher, e lambia todo o mousse de chocolate. Ao mesmo tempo, eu pressionava mais sobre seu membro, sem parar de trabalhar meu pé em sua ereção.

– Porra. – ele praguejou numa voz trêmula, e seus quadris pareceram passar a empurrar meus pés.

As mãos de Joe prenderam meus tornozelos, e por fim não era mais eu quem me movia contra ele, era ele que se esfregava, muito apertado dentro da calça, contra as solas do meu pé.

– Demi... tão gostoso... vai me fazer g... – ele conseguiu verbalizar algumas palavras incoerentes sob seu fôlego pesado, e eu nem conseguia acreditar em como isso tudo me deixava excitada, só em ver o corpo de Joe embalando-se para frente enquanto ele se satisfazia comigo.
Eu me inclinei sobre a mesa no mesmo momento em que passei a massagear a cabeça do membro dele com a ponta dos pés. A própria mão de Joe substitui meus pés no restante de sua extensão automaticamente, e como se essas duas sensações combinadas não fosse o bastante, eu passei a língua sobre os meus lábios e sussurrei:
– Eu queria tanto que fosse a minha boca em volta de você agora, debaixo dessa mesa.

Isso finalizou o trabalho. Joe empurrou contra sua própria mão e meu pé, eu vi seus olhos revirarem descontroladamente, enquanto ele mordeu o lábio inferior com força. Alguns instantes depois, ele relaxou sobre o assento, exausto, enquanto seus dedos massageavam pontos sensíveis do meu pé, seu toque era quase rMirente de tão gentil. Joe levou alguns minutos para poder voltar a falar, e quando ele falou, não era mais exatamente o Senhor Articulado de antes.

– Uau. – ele suspirou, jogando a cabeça para trás e me encarando com olhos quietos.
– O-bri-ga-da. – eu falei presunçosa, brincando com a sobremesa enquanto cruzava as minhas pernas bem juntas uma da outra. Eu estava tão molhada que minha calcinha ficou completamente úmida e meu corpo pulsava. O rosto satisfeito e lento de Joe franziu lMimente quando a ficha pareceu cair.
– Você realmente pensa que pode me controlar, anjinho? – ele indagou gravemente, suas mãos agora desciam pela minha panturrilha, e eu sentia seus dedos apertarem dolorosamente a minha pele.
Como ele conseguia me chamar de anjo minutos depois de eu ter falado onde queria ter colocado minha boca no meio desse restaurante, era algo além da minha compreensão, mas respondi com nada além de uma sobrancelha erguida, fazendo ares de superior.
– Você pensa, sim, então. – ele riu sem nenhum pingo de humor, passando a língua sobre os lábios de ansiedade – Bem, eu lhe prometo, Demi, você estará sentindo os efeitos do meu controle sobre você quando eu te deixar em casa esta noite.

Tudo bem, então.
Eu nunca havia ficado tão feliz em toda a minha vida por entregar os pontos.

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