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A Secretaria - Capitulo 24



CAPÍTULO 24: LOBOTOMIA

Eu esperava que Joe estivesse ridiculamente irritadiço depois da briga semi-real que tivemos. Mas, quando saí do chuveiro, o chefinho já estava vestido num terno cinza-escuro perfeito e seu cabelo ainda estava úmido do banho. Imediatamente o visualizei se masturbando lá.
Joe mexia ovos enquanto assoviava a música tema de Cabaret. Uma noite de sexo e ele já estava assoviando trilhas sonoras. Clichê, oi? Joe já tinha colocado dois pratos sobre o balcão da cozinha, com um copo de suco de laranja e uma cestinha de torradas com manteiga. Não pela primeira vez, eu fiquei admirada pela facilidade das coisas para os homens. Eu mal tive tempo de ajeitar meu cabelo e maquiagem, imagine adicionar um café da manhã perfeito para duas pessoas à rotina matinal. Aproximei-me de Joe por trás dele e rapidamente cobri seus olhos com as minhas mãos.

− Adivinha quem? – perguntei, sentindo seus cílios excessivamente longos fazerem cócegas nas minhas palmas. O corpo dele automaticamente relaxou contra o meu enquanto o ouvia responder, numa voz sem emoção.
− Hmm, Dani, graças a Deus você está de volta, eu acabei de me livrar daquela sua amiga irritante, Demi, acho que esse era o nome dela.
− Estamos bem humorados hoje, então? – bufei, permitindo que ele virasse o corpo de modo que minhas mãos ficaram entrelaçadas em volta do pescoço dele. Joe sorriu abertamente para mim, beijando a ponta do meu nariz. Um puta beijo super amoroso, permitam-me dizer.
− Café da manhã! – ele respondeu alegremente, me puxando pela mão para me guiar até um dos banquinhos de couro, ao lado da bancada.
Enquanto me acomodava no assento e ia servindo meu prato com torradas e ovos, Joe começou a explicar seu cronograma para o resto da manhã num tom falso e exageradamente pomposo.
− Como eu sou excepcionalmente brilhante e casualmente tenho esse incrível talento de calcular a eficiência máxima dos meus funcionários, programei uns dez minutos para comermos estes ovos, o que nos deixa com vinte minutos de sobra para eu passar minha mão por todo seu corpo antes de termos de sair. Claro, prestando uma atenção extra para aquele seu traseiro saboroso, que eu sinto que tem sido absurdamente negligenciado. – eu lhe dei um sorriso áspero de afetação enquanto ele se sentava ao meu lado, nós dois ficamos de frente para o balcão.
− E eu presumo que neste cenário, eu sou o funcionário sendo aproveitado para atingir sua produtividade máxima?

Joe estava com as pernas afastadas uma da outra e um de seus pés se enganchou em torno das minhas pernas, para que ele pudesse simplesmente balançá-las para frente e para trás, como se fôssemos duas crianças no refeitório do colégio, brincando de gangorra com os pés pela primeira vez. Era um gesto surpreendentemente modesto e fofo, e ele me ofereceu um olhar tímido, quase encabulado quando começou a nos embalar daquela forma.

− Isso mesmo, minha querida. – Joe respondeu, sorrindo vitorioso para mim, entre as garfadas ansiosas de sua comida – Neste caso, sua “produtividade” vai envolver eu te prender contra uma parede e usar seu bumbum de apoio para eu fincar essa sua abertura gostosa contra mim.
Engasguei com a torrada, já me sentindo ficar afetada, e alterada, com aquelas palavras. Deus-do-céu, como é que ele conseguia ficar envergonhado com o contato das nossas pernas entrelaçadas quando falava coisas desse tipo para mim com a maior naturalidade? Joe riu da minha cara mortificada, e eu prometi para mim mesma que iria me vingar do Sr. Jonas hoje mesmo.
− Só espere até ver os planos que tenho prontos para você hoje à noite. – Joe riu, piscando provocativamente. – Nós seremos muito produtivos.
− Eu não posso passar a noite aqui hoje. – soltei, me arrependendo logo em seguida, por querer com todas as minhas forças ser produtiva ao lado de Joe. Entretanto, Miley e Dani me matariam se eu não fosse para casa e explicasse como foi minha grande noite, especialmente se considerar o tempo e energia que ambas depositaram para me fazer chegar até aqui. No segundo que terminei de falar, o sorriso de Joe desapareceu do rosto dele e sua perna se desenroscou da minha.
− Oh, ok. Entendo. – ele falou num resmungo baixo. Suas garfadas aceleradas pararam abruptamente e ele cuidadosamente posicionou seu talher ao lado do prato, alinhando-os com o guardanapo como se as regras de etiqueta à mesa fossem a coisa mais essencial do mundo neste momento.
− Não é porque eu não quero ficar, é só que... – tentei explicar com rapidez, qualquer coisa para evitar aquele olhar de desapontamento e rejeição no rosto de Joe.
− Está tudo bem, você não precisa se explicar. – Joe interrompeu, ainda titubeando no mesmo resmungo com uma expressão abatida – Eu compreendo se você não quer ficar depois do que fiz esta manhã.
Mas.
Que.
Porra.
Eu sabia que não era a pessoa mais emotiva do universo. Raramente mostro meus sentimentos verdadeiros por puro e simples medo de ser rejeitada, uma vez que meu coração é colocado na linha de fogo. Eu preferia muito mais fazer brincadeiras sobre situações sérias, da mesma forma como agi quando Joe se assustou pela possibilidade de ter me machucado enquanto fazíamos sexo. Joe era o cara maduro, tanto em idade quanto na forma de abordar nosso recente relacionamento. Mas, se ele ia se culpar por cada minúscula coisa que pensava ter feito de errado, então, eu ia enfiar essa merda toda no... Literalmente.

− Levante-se, Joe. – falei para ele, usando tanta firmeza na voz quanto me era possível, a voz que eu usava quando falava com a minha mãe, tentando convencê-la de desistir das suas idéias mirabolantes, e fiquei de pé, saindo do banquinho.
− Oi? – ele perguntou sem entender, girando sobre o assento para me fitar confuso.
− Para com essa cara de cachorrinho que caiu do caminhão da mudança e foi chutado. Desce desse banco ou vou te arrastar pelo colarinho da camisa. – esclareci, sabendo que eu estava me sentindo tão poderosa nesse momento que seria totalmente capaz de puxar Joe e seus quase cem quilos. Talvez.

Os olhos dele enegreceram enquanto ele ficava de pé também, praticamente derrubando a cadeira. Ele veio na minha direção como um felino letal, ágil, sagaz, inclinando-se para mim, até que as pontas dos nossos narizes se tocaram.

− Satisfeita? – ele me perguntou com ardência, respirando pesadamente.
Afastei minha cabeça da dele com um movimento rápido e empurrei o peito de Joe, fazendo-o cambalear para trás porque certamente não estava esperando essa reação de mim. Os olhos dele estavam quase negros agora, enquanto seus lábios se firmaram numa curva dura, e seus punhos se cerraram com vigor. Eu estava surpresa de perceber como essa feição de fúria de Joe se parecia com sua expressão de tesão, e foi aí que notei uma saliência muito distinta sob o zíper da calça dele. Aparentemente, minha postura de mandona estava deixando Joe tão excitado quanto puto. Isso era definitivamente algo para se registrar sob o título de "coisas que fazem minhas calças pegar fogo" para futuras referências, e futura inspeção. Por ora, eu apenas apontei para a janela, um vidro que cobria a distancia do teto ao chão, e falei com maldade:
− Fique de pé contra a janela. – eu não fazia idéia se ele sabia o que eu estava fazendo, mas Joe obedeceu de primeira, furiosamente se virando para marchar até a janela e ficar de costas para o vidro com um estrondo.
− Então? – ele esguichou para mim, confirmando que ainda não tinha entendido o que eu queria.

Eu tinha uma sensação muito evidente de que não importava o que eu estivesse pedindo a Joe, se fosse para equilibrar uma bola sobre o nariz ou ficar parado em algum lugar. Mesmo com raiva, ele parecia querer me dar exatamente o que eu queria. Porque ele me amava. Eu apenas desejava que ele soubesse disso, ou se já soubesse, que ele expressasse em palavras para mim, porque só Deus sabe o quanto eu sou insegura para chegar a dizer algo assim primeiro.
Fui ao encontro de Joe balançando os quadris, parando a um pé de distancia para que eu pudesse externar minhas lamentações sem a distração do contato dos nossos corpos. Já era difícil o bastante lidar com o calor que Joe emanava, de qualquer forma.
− Como você parece ocupado demais choramingando com o tanto que pensa ter “me machucado”... – fiz as aspas com os dedos no ar enquanto falava, revirando meus olhos de uma maneira muito blasé – para lembrar de seu suposto plano para nós dois esta manhã, acho que é apenas justo que eu te prenda contra uma parede para usar o seu traseiro como apoio enquanto finco esse membro enorme em mim.

A raiva dos olhos de Joe evaporou completamente antes de ele fechá-los, como se estivesse fazendo uma oração. Seus braços se abriram, e suas palmas abertas foram estendidas na minha direção, como se ele estivesse dizendo “aqui estou eu, sou seu, venha e me tome”. O arrepio de tesão que correu por mim ao ver Joe de olhos fechados, à minha espera, e suplicando-se ao meu controle, quase fez meus joelhos cederem e se chocarem um no outro.

− Abra sua boca. – falei com fervor na voz. Joe soltou um resfolego trêmulo enquanto seguia meu comando, e eu rapidamente dei um passo para frente e ataquei os lábios dele com avidez, dominei o beijo, com as minhas mãos no seu rosto, forçando a entrada da minha língua em seus lábios no instante em que nossas bocas se tocaram.
Ele fez um som, do fundo da garganta, meio rouco, aflito e atiçado, e suas palmas abertas se chocaram contra os meus quadris. Eu podia perceber que ele queria tomar as rédeas da coisa, queria sentir meu corpo preso pelo dele, queria ser aquele devorando meu corpo, não o contrário, e eu sabia que ele estava prestes a reverter nossas posições. Antes que Joe pudesse fazer qualquer investida de força no toque de suas mãos, eu me afastei, e rosnei na face dele.
− Mantenha suas mãos para si. Você não estava preocupado em me machucar?

Não deixei Joe sequer pensar em responder às palavras que atirei para ele, e abocanhei seus lábios mais uma vez, nossos dentes praticamente colidiam enquanto eu sugava até a alma daquele homem. Enquanto minha boca se movia, deslizei as mãos pelo peito dele, descendo pelas laterais até que senti sob minha pele o que podia ser unicamente chamado de bumbum de aço. As mãos de Joe se chocaram contra o vidro atrás dele assim que me sentiu apertando seu traseiro, colando, desta forma, todo seu corpo abaixo da cintura contra o meu, lhe oferecendo a fricção tão desejada pela sua ereção pulsante. Ele fazia sons contínuos sob a minha boca, porém eles ficavam cada vez mais animalescos, como se fosse algum tipo de besta selvagem que havia acabado de ser capturada e presa numa jaula.
Pensando bem, os sons, gemidos e arfadas de Joe eram tão angustiantes e dolorosos que se não fosse pelo fato de que eu podia sentir seu membro se revirando nervosamente contra os meus quadris, também nervosos em seus movimentos, além da língua esfomeada dele na minha boca, eu teria pensado que Joe não estava gostando do que estávamos fazendo.
Afastei-me para puxar oxigênio quando minhas opções se reduziram a respirar ou desmaiar, mas até durante este momento não deixei de me atracar na linha quadrada do queixo de Joe, e de seu pescoço, logo acima do colarinho da camisa. Enquanto meus dentes roçavam seu lóbulo, subi uma das minhas pernas para envolvê-la ao redor de Joe, aproximando ainda mais sua ereção sólida contra o ponto do meu corpo que nós dois desejávamos. As mãos de Joe continuavam a se chocar contra o vidro, enquanto ele relutava o ímpeto de tirar o controle de mim, embora cantarolasse entre arfadas.

− Por favor, não pare, por favor, não pare.

Eu odiava negar qualquer coisa para ele, mas sabia que tínhamos que pisar no freio se quiséssemos chegar ao trabalho antes do horário do almoço. Não que estivéssemos atrasados, era apenas que se eu continuasse neste ritmo, jamais chegaríamos ao quarto, muito menos ao escritório na empresa.
Então, eu deixei minha perna escorregar e subi minhas mãos da bunda dele para posicioná-la na cintura de Joe, enquanto alternava entre beijos suaves e urgentes no seu pescoço. As mãos dele se chocaram contra o vidro mais uma vez, agora, de frustração, e ele inclinou sua cabeça para baixo, numa procura às cegas pela minha boca. Rapidamente, virei minha cabeça para longe, para que não começássemos tudo novamente. Joe não iria faltar o trabalho por minha causa.
− Não pare. – ele fez questão de lembrar com um pequeno murmúrio que quase me desfez por dentro.

Antes que eu pudesse sucumbir ao desejo de Joe, dei um passo para trás, colocando distancia entre nós, e sentindo as vantagens da regra do "não-me-toque", já que nem precisei rearranjar meu cabelo depois do nosso pega contra o vidro. Os olhos de Joe, que permaneceram fechados durante todo esse tempo, se abriram de leve, estreitando-se num olhar de tesão, de excitação, como um predador atento à sua presa, esperando que ela retornasse ao seu campo de ataque. Eu, com agilidade, coloquei ainda mais distância entre nós porque esse olhar perigoso dele era uma perdição. Os punhos fechados de Joe se abriram e ele deixou suas palmas livres nas laterais de seu corpo novamente, tentando suavizar a intensidade de seu olhar com este gesto de submissão. Eu não me deixei enganar nem por um segundo.
− Volte aqui para mim, querida. – Joe disse de forma carinhosa, com uma doçura que eu sabia ser falsa. Não havia nada além de uma necessidade feroz naqueles olhos semicerrados. – Eu te prometo que vou manter minhas mãos afastadas pelo tempo que você quiser.
Mentiroso. Eu podia ver claramente que no segundo em que eu estivesse ao alcance dos braços dele a mesa seria virada e abruptamente seria eu a implorar em desespero. E embora eu não quisesse nada mais do que ceder, nós estaríamos oficialmente atrasados se esperássemos por mais tempo.

− Trabalho, Joe. – eu o lembrei – Além do mais, eu ainda estou brava com você por ter sido tão empata-foda sobre o lance do sexo selvagem antes. – Joe olhou para seu relógio no pulso e praguejou baixinho.
− Isso não terminou. – ele me avisou, enquanto gemia e reajustava o cinto logo acima de sua ereção evidente.

Eu compreendia como ele se sentia, começar uma sessão de amassos assim quente com o cara mais gostoso do planeta provavelmente não tinha sido uma boa idéia, considerando que tínhamos que ir para o trabalho e agir como se não estivéssemos prestes a nos agarrar a todo instante.
Sorri para Joe e falei suavemente:
− Eu ficaria incrivelmente desapontada se tivesse terminado por aqui. Vamos apenas esperar que você atenda às expectativas mais tarde.

Eu imaginava que Joe fosse responder com alguma tirada igualmente flertante, mas ao invés, ele me puxou para um abraço de esmagar, fazendo com que meus pés balançassem alguns centímetros acima do chão.

− Oh, Demi. – ele suspirou alto – Eu te adoro. Prometo que não vou ficar choramingando pelos cantos de novo, apesar de que, se você me atacar desse jeito for a punição sempre, vai ser difícil manter a promessa. – eu sorri contra o ombro dele e, querendo arrumar a situação, deixando tudo às claras com Joe, falei:
− A única razão pela qual preciso ir para casa hoje à noite é que sou obrigada a dar um relatório detalhado para as meninas.

Joe se afastou para poder me encarar nos olhos, com toda sua suposta adoração borbulhando naquele olhar. Isso é amor, Joe, não apenas adoração. Perceba essa porra logo, abrace o sentimento, se acostume com ele, alimente-o. E o mais importante de tudo: compartilhe-o comigo.

− Essa é a razão? – ele esclareceu, obviamente aliviado. Como alguém tão fodasticamente perfeito podia ser tão inseguro com relação a essa coisa boba e sem graça que eu era?
− Sim, senhor. – falei casualmente. – Joe riu, inclinando-se para beijar a ponta do meu nariz.
− Essa, sim, é uma conversa que eu adoraria ouvir.
Joe ficou atolado de tarefas no trabalho até depois das onze da manhã, enclausurado em seu escritório fazendo ligações e mais ligações pelo telefone. Ele estava extremamente irritável a menor interrupção feita, a não ser que fosse eu, e mesmo assim seus olhos pareciam fixados nos meus seios ou pernas. Quando entrei na sala dele às nove da manhã para explicar quem a Winston Shipping Co. era e porque eles queriam uma reunião com Joe, levei dez minutos para perceber que ele não tinha prestado atenção em uma só palavra do que falei. Ao invés de me ouvir, ele ficou agarrado na extremidade de sua mesa, babando na minha perna, parcialmente exposta pela saia-lápis de cintura alta, como se jamais tivesse visto uma mulher antes na vida.
Eu me sentia incrivelmente culpada, facilmente reconhecendo, e secretamente compartilhando, os sintomas de extrema frustração sexual. Futuramente, teríamos que sem dúvida instaurar uma regra de nada-de-pega-pesado antes do trabalho, porque era muito óbvio que nenhum de nós dois poderia lidar com essa coisa de deixar o assunto inacabado. Eu ia simplesmente deixar a gente sofrer em silêncio, mas por volta das dez horas, quando eu estava digitando um relatório mensal muito monótono da entrada de receita, minha mente começou a divagar sobre os aspectos físicos da excitação de Joe
Eu o imaginei em seu escritório, sentado à mesa, apenas alguns metros de distancia de mim, duro. Eu o imaginei pulsando, se contorcendo, dolorosamente, por mim. Fiquei me perguntando se Joe tocou-se mesmo sobre as calças em algum momento, apenas para aliviar temporariamente sua necessidade.
Quando chegou as 10:50, minha imaginação me levou a um frenesi e eu liguei para Sarah lhe dizendo que deveria segurar todas as ligações de Joe, e não chamá-lo para nada até que eu liberasse. Às 10:55 eu estava do lado de fora da porta dele, ouvindo-o conversar falando em japonês. Humpf, exibido. Eram 11:05 quando ouvi Joe desligar o telefone e soltar um suspiro longo. Não se preocupe, amor. Estou chegando. Assim como você estará chegando ao seu clímax em alguns minutos.
Bati na porta dele de leve, embora Joe tivesse me dito logo cedo que eu não precisava mais fazer isso. Tinha algo a ver com o meu "aroma delicioso" ser suficiente para lhe indicar que eu estava lá.

− O quê? – ele perguntou, pensando ser outra pessoa por causa da batida. Aroma delicioso, uma ova!

Abri a porta e a carranca no rosto dele automaticamente desapareceu, não porque Joe não queria me dar um olhar tão horroroso, mas porque seus olhos imediatamente se grudaram nos meus seios. Já falei antes e falo de novo: homens. Esperando não parecer uma abobada, rebolei os quadris enquanto me aproximava da mesa dele, com toda a atenção de Joe voltada para mim enquanto me movia.
− Então, Sr. Joe... – sorri maliciosamente para ele, dando a volta na mesa de Joe para me inclinar nela, ao lado do “chefinho” – Como está sua manhã? – ele levou um minuto para perceber que eu tinha falado, e alguns minutos a mais para processar minhas palavras, então, finalmente soltou:
− Longa.
− Oh, pobrezinho. – falei numa voz doce, enquanto meus dedos massageavam a pele de seu antebraço exposta por causa das mangas enroladas até o cotovelo, apoiado no descanso lateral da cadeira. – E tem sido dura, também?

Joe estava trêmulo sob meu toque, fazendo-me ficar maravilhada mais uma vez com o efeito que eu causava nele. Seus olhos dançavam entre meus dedos em seu braço e meus lábios, enquanto ele se inclinava na minha direção em sua cadeira, parecendo que estava prestes a dar o bote, lambendo seus próprios lábios.

− É. – ele falou num tom rouco para mim – Tem, hum, sido uma manhã muito dura.
− Bem, como sua secretária, Sr. Joe, sinto que é meu dever aliviar um pouco desse seu estresse. Você gostaria que eu fizesse isso? – eu já estava me aproximando dele, inclinando-me na direção de sua boca.
− Eu penso que é meu dever como seu empregador, lhe retribuir o favor, Srta. Lovato. – Joe me respondeu, de prontidão, mais focado agora que um objetivo estava claro em sua mente. Seus olhos estavam fixos nos meus lábios e suas mãos tremiam.
Afastei-me dele abruptamente, antes que pudesse ser distraída do meu objetivo com um beijo, e Joe fez biquinho para mim como se alguém tivesse acabado de queimar a árvore de Natal iluminada e todos os seus brinquedos novinhos em folha debaixo dela, junto.
− Eu quero que você se sente na mesa. – expliquei para ele, organizando a logística dos meus próximos movimentos mentalmente.

Eu esperava que ele me desse um olhar inexpressivo e um sermão dizendo que não o controlo, mas ao invés disso, Joe saltou da cadeira, derrubou o teclado no meio do caminho e se empoleirou sobre a mesa, sentando de frente para mim. A perna dele balançava para cima e para baixo impacientemente e ele começou a me questionar ansioso.

− Você vai me beijar? Eu realmente acho que você deveria me beijar. E, vai ficar entre as minhas pernas? Você se sentiria ótima se esfregando em mim assim. Talvez, devêssemos ir para o sofá, aí você pode deitar em cima de mim...
Enquanto ele tagarelava, eu subi na cadeira e sentei de joelhos, deixando minha cabeça na mesma altura da cintura de Joe. Quando terminei de me acomodar, estendi o braço e coloquei um dedo sobre os lábios dele, parando seus devaneios. Também tive que ignorar o modo como a língua dele deu uma escapadela para lamber meu dedo ali.
− Joe. – falei em tom de aviso, olhando diretamente naqueles olhos verdes exageradamente empolgados enquanto ele chupava meu dedo para dentro de sua boca – eu não vou fazer nenhuma dessas coisas. – a velocidade na qual a decepção se registrou no rosto dele foi incrivelmente cômica, mas tendo aborrecido o pobre homem suficientemente por uma manhã inteira, rapidamente dei as boas notícias para ele – Eu não vou fazer nenhuma dessas coisas, mas eu irei te chupar bem gostoso assim que abrir esse zíper aqui.

Joe gemeu meu nome com a boca ao redor do meu dedo, fechando os olhos com força a medida que o som das minhas palavras o atingia, e em seguida abrindo-os num estalo quando me sentiu colocando outro dedo dentro de sua boca.

− Sabe... – falei para Joe, fascinada e ansiosa por prolongar a tortura – você sugando meus dedos assim é uma sensação surpreendentemente boa. Eu fico só imaginando a delícia que vai ser a minha boca ao redor de você.
Ele devia estar muito excitado já, porque seus quadris estocaram o ar por puro instinto quando falei, embora, logicamente, ele devesse saber que não havia nenhum tipo de fricção possível ali.
− Não vai demorar muito agora, eu prometo. – sorri benevolente para ele, e usei minha mão livre para acariciar o joelho de Joe, apesar de que isso só o deixou ainda mais desesperado. – Mas, antes de começarmos, eu realmente acho que você deveria me mostrar como é essa sensação. Chupe meus dedos como você quer me sentir te chupando.

Joe soltou um gemido estrangulado e agarrou minha mão, fechando sua boca ao redor dos meus dedos e sugando com firmeza. Enquanto ele fazia isso, eu comecei a deslizar minha outra mão do joelho dele, subindo delicadamente pela coxa. Joe continuou a escorregar meus dedos para dentro e fora de sua boca, e seus quadris acompanhavam com pinotes ritmados no ar.
Eu finalmente cheguei ao cinto dele, surpreendendo a mim mesma por conseguir desfazer a fivela com apenas uma mão, e Joe permanecia gemendo e enroscando sua língua em torno dos meus dedos. Eu sabia que ele queria falar, provavelmente para dizer qualquer coisa combinando com a palavra "porra", e eu compadeci da aflição dele ao abrir o botão de sua calça.
No segundo em que meus dedos escaparam dos lábios de Joe, ele arfou:
− Anjo, você está... isso é uma porra de tortura. – sorri torto para ele enquanto rapidamente desci o zíper.
− E eu nem comecei ainda.

Joe ergueu os quadris de modo que eu pudesse abaixar suas calças, e ofegou rigidamente quando puxei as boxers de forma brusca, sem tomar cuidado com a rigidez de seu membro. Eu me certifiquei de que Joe estava observando quando levantei minhas duas mãos até a boca e lambi as duas palmas.

− Je-sus. – os braços de Joe cederam, e ele se apoiou nos cotovelos, inclinando o corpo para trás sobre a mesa, com a cabeça jogada também para trás, para que não tivesse que passar pelo suplício de assistir tudo o que eu faria.

Ele já estava grosso e trepidando, e eu tinha a impressão de que se ele tivesse que assistir todo meu desempenho, a brincadeira acabaria numa questão de três segundos. Sem perder tempo, me inclinei sobre Joe e fechei uma mão ao redor da base de seu membro, massageando seus testículos com a outra.
− CARALHO! PORRA! – Joe gritou alto, deixando-me particularmente feliz que meu escritório do lado de fora nos oferecia uma boa barreira de som das outras pessoas do andar do edifício.
Eu comecei a acariciar as bolas dele com a minha mão, puxando levemente. A mão que estava envolvida na ereção de Joe não fez qualquer movimento, e eu podia sentir um gemido rosnando através do peito dele, enquanto resistia à necessidade urgente de ou rebolar contra o meu punho fechado ou gritar imprecações para mim. Chegando ao ponto da verdadeira tortura, usei o aperto mantido na base do membro dele para deixá-lo firme no mesmo ponto enquanto tomava sua cabeça sensível com a minha boca. Ela já estava umedecida por um liquido esbranquiçado e eu suguei tudo, estalando a língua bem alto e de forma pomposa, pressionando-a na aberturinha da extremidade dele para tirar um pouco mais do leite de Joe. Em seguida, comecei a lamber a ponta uma vez após a outra, ocasionalmente revirando a língua em volta daquela pele sensível. Eu sabia pelo meu primeiro namorado que isso deixava os caras loucos.

− Mmm... você tem um sabor tão gostoso... – gemi com a minha boca ocupada em torno da ereção quase explodindo de Joe, falando nada mais do que a verdade, mas, principalmente, porque eu sabia que isso acrescentaria um toque a mais à tortura.

Àquela altura, Joe já estava à beira da insanidade, com a cabeça caída para trás, ofegando num ritmo alucinante. Quando dei uma passada particularmente caprichada com a língua, ele engasgou nas próprias palavras.
− Por favor, por favor... – ele mal sussurrava – por favor, Demi... por favor...
Eu libertei a ponta do membro duro dele, tirando-o do calor úmido da minha boca e tirei minhas mãos dele também. Joe gemeu em protesto à perda do nosso contato, como se tivesse acabado de perder uma parte do próprio corpo ou algo igualmente vital.

− Diga-me o que você quer. – eu disse para ele, usando minha voz adocicada novamente.

Considerando as mudanças de humor repentinas de Joe, ele podia tanto ficar incrivelmente hesitante ou inacreditavelmente apressado com esse meu pedido, e ele acabou me deixando muito satisfeita ao escolher a segunda opção. Com a cabeça ainda para trás e de peito arfante, ele me ordenou claramente:

− Me. Chupe. Agora. – Joe resfolegou impacientemente e acrescentou num tom mais quieto – Por favor.
− Sim, Sr. Joe. – eu sorri de lado, antes de mergulhá-lo novamente entre meus lábios, até senti-lo tocando o final da minha língua.
Engasguei um pouquinho, sabendo que ele adoraria a sensação de ter o fundo da minha garganta tampando a cabeça da sua extensão, e engoli ao redor de seu membro na tentativa de relaxar minha garganta para levá-lo um pouco mais além.
− Porra-porra-PORRA! – Joe gemia, claramente não esperando que eu o engolisse por completo daquela maneira.

Eu o deixei aproveitar a sensação de ter seu membro todo envolvido pela minha boca, e quando senti a saliva aumentar excessivamente, movimentei minha cabeça para cima e para baixo. Mantive um nível consistente de sucção enquanto me movia, revirando minha língua ao redor da extensão de Joe, particularmente na extremidade. Os cotovelos de Joe cederam, entraram em colapso sobre a mesa, mas ele pareceu não perceber quando a sua nuca fez um contato bruto com o tampão da mesa. Eu tive que me inclinar mais para frente para conseguir manter meus esforços enquanto Joe gemia e resmungava e arfava, sob um fôlego acelerado.

− A porra da sua boca... molhada... tão quente... Demi... preciso tanto de você...

Eu podia sentir que ele estava perto, então adicionei meus dentes à receita, arranhando toda a extensão a cada passada. Foi a gota d'água. Antes que eu pudesse pensar, as mãos de Joe se tornaram punhos fechados nos meus cabelos enquanto ele estocava dentro da minha boca, e eu sentia seu membro grande atravessando meus lábios para dentro e para fora enquanto eu chupava o mais forte que podia.
Ele começou a gemer mais alto, fazendo-me desejar ter espaço suficiente para tocar meu clitóris agora, porque este som desesperado, combinado com o modo que ele sulcava na minha boca, como um animal, me deixava com mais tesão ainda. Não demorou até que Joe enfim empurrou minha cabeça totalmente para baixo, fazendo meus lábios tocarem exatamente a base de seu membro enquanto sua extremidade entrava parcialmente na minha garganta. Ele me segurou daquele jeito enquanto gozava, soluçando meu nome alto com seu corpo enrijecendo os músculos a cada espasmo.
Enquanto Joe arfava, tentando tragar oxigênio suficiente para seus pulmões, ele libertou o aperto doloroso que manteve nos meus cabelos, acariciando minha nuca suavemente, provavelmente pronto para dar outro pite sobre ter "me machucado". Antes de suas mãos caírem debilmente nas laterais de seu corpo, eu passei minha língua por ele, limpando-o completamente de qualquer resíduo do seu gozo e o retirei da minha boca com um estalo, inclinando-me para trás na cadeira para admirar meu trabalho bem realizado. Joe tinha um verdadeiro lençol de suor na testa, suas bochechas estavam coradas e ele encarava o teto da sala com olhos vazios e rosto inexpressivo. Eu acabei de, neste momento, chupar verdadeiros absurdos, até o cérebro de Joe Jonas. Uma lobotomia através de um boquete.

− Então... – sorri, quando ele finalmente voltou a se apoiar sobre os cotovelos – Acho que você mencionou algo a respeito de retribuir o favor?.

A Secretaria - Capitulo 23



CAPÍTULO 23: EPIFANIA


Demi Lovato narrando:

Eu o compreendia totalmente agora.
Quero dizer, antes, ele era um completo enigma, uma série de personagens diferentes que possuíam características próprias e distintas. Mas, agora? Agora, eu entendia completamente o Keanu Reeves. Eu nunca conseguia compreender direito porque ele tinha que dizer "whoa" em praticamente todos os seus filmes. Tipo: aconteceu algo de tão incrível assim, foi, Keanu? Porém, para descr
ever a noite de ontem, tudo em que eu conseguia pensar era...
WHOA.
Acabei de perder minha virgindade para Joe Jonas. E havia sido a experiência mais maravilhosa e encantadora de toda a minha vida. Ele me tratou como se eu fosse feita de cristal, algo precioso que precisava ser adorado e reverenciado – ele havia literalmente ficado de joelhos à minha frente, me oferecendo prazer, como se me dar essa sensação máxima era sua única preocupação no mundo. O modo como ele acariciou cada centímetro da minha pele, o modo como ele falou meu nome debaixo do meu ouvido enquanto entrava em mim foi reverente, perfeito.
O jeito que Dani e Miley descreveram o ato sexual para mim sempre soava como algo egoísta, era um homem arrancando seu prazer da mulher, usando o corpo dela para servir às suas próprias necessidades. Eu estava ansiosa para isso, imaginando que não poderia ser uma experiência tão ruim, já que era com Joe, o homem que amo, e que estaria tendo seu prazer comigo.
Ele havia derrubado essa teoria facilmente. Sexo com Joe era como uma droga. Uma experiência viciosa, que muda sua visão, seu pensamento, e à medida que eu olhava para trás e refletia, parecia que tinha acontecido com outra pessoa. Apenas a ligeiramente prazerosa irritabilidade que eu sentia entre as minhas coxas me apontavam para o contrário. Isso e aquela coisa enorme do Joe me cutucando nas costas.
Ele ainda estava dormindo, com um de seus braços dobrado na direção da sua cabeça para que eu pudesse usar seu rígido, embora infinitamente preferível, bíceps como travesseiro. Eu havia me afastado um pouquinho dele enquanto dormia e a despeito do emaranhado suado e ofegante que era nossos corpos, eu agora podia sentir o peito dele pressionado contra as minhas costas cada vez que Joe puxava o ar para os pulmões.
Apesar de ainda não conseguir enxergar nada dentro do quarto porque as cortinas estavam fechadas, eu sabia que ainda era bem cedo, muito antes de precisarmos nos levantar para o trabalho. Eu havia adormecido logo após meu defloramento e presumo que Joe também dormiu logo em seguida, isso é, depois de ter parado de me puxar para mais perto dele, ao ponto que pensei que chegaria a cair em prantos da maravilha que era a situação toda.
Acordei agora apenas porque Joe estava gemendo e murmurando enquanto dormia. Primeiro, pensei que ele estivesse tendo algum tipo de pesadelo, e eu tinha toda a intenção de acordá-lo, sendo que eu jamais seria capaz de ouvi-lo sofrer sem tomar alguma atitude. Mas, em seguida, ele começou a balançar seus quadris enquanto dormia, e embora sua virilha não estivesse tocando diretamente meu corpo, eu podia sentir a extremidade de sua ereção me dando um olá-bom-dia pelas costas. Porque era assim grande que aquela coisa era. Senti o formigamento úmido crescendo entre as minhas coxas e decidi ali, naquele momento, que eu não estava mais assim tão sensível, lá.
Determinada, rebolei de volta para Joe, subindo pelo seu corpo levemente até deixá-lo acomodado entre as minhas nádegas. Os gemidos dele aumentaram enquanto eu me movia e ele começou a se movimentar contra o meu corpo, também. Pelo jeito, esse homem podia literalmente comer alguém dormindo.

− Demi. – a voz de Joe era um murmúrio estrangulado de aflição, embora ele permanecesse adormecido.

O bíceps sobre o qual eu estava apoiando minha cabeça flexionou instintivamente sob mim enquanto eu me esfregava contra o corpo de Joe, e este braço abruptamente se desdobrou para envolver meus ombros. Eu fui puxada para trás, ao encontro do corpo de Joe enquanto continuava rebolando, já podendo ouvir sua respiração falhar assim que despertou e percebeu nossas posições. Rapidamente, cessei meus movimentos, ainda não me sentindo confiante o suficiente quando se tratava de sexo, a ponto de ser pega no flagra toda-toda pra cima de Joe como se ele fosse uma lâmpada mágica com um gênio preso dentro.
− Demi? – ele murmurou baixo, indagando se eu estava acordada mesmo.
− O que houve, glória da manhã? – provoquei, para que ele soubesse que eu estava ciente do problema pulsante que ele estava tendo. – tentei rolar para ficar de frente para Joe, inutilmente já que sua mão livre serpenteou pelo meu corpo até me apalpar entre as pernas, sentindo meu sexo.
− Não se mexa, por favor. – Joe disse, naquele tom de estou-falando-serenamente-porque-estou-prestes-a-fazer-algo-que-crianças-não-devem-ver.

Era um pedido duvidoso, de qualquer forma, porque um segundo depois a mão que me apalpava intimamente começou a desenhar uma linha vertical de forma rude, sem se focar em uma parte específica do meu corpo, apenas espalhando aquele líquido por toda a região do meu clitóris. E, agora, claro, nem uma manada de búfalos desatinados me afastaria dos poderes daquela mão mágica. Eu só esperava que os dedos mágicos aparecessem pra brincar no play, também.

− Assim. – Joe sibilou ferozmente, enquanto o braço que estava sob meu pescoço e envolvido nos meus ombros descia para que aquela mão tivesse acesso aos meus seios.
Ele começou a girar e puxar meus mamilos e eu estremeci e gemi como, bem, como uma desavergonhada em chamas. Porra, eu estava em chamas. Sem aviso prévio, e com uma virada de punho, dois dedos de Joe me penetraram e começaram a bombear para dentro e para fora imediatamente, enquanto meus músculos já se contraíam com a crescente tensão. Comecei a puxar o ar em lufadas pesadas e trancadas enquanto Joe trabalhava em meus seios e na minha entrada, ainda ínfima, igualando seus gemidos e grunhidos aos meus. Eu sentia que ele preparava meu corpo para sua grande tomada de forma impaciente, e resolvi que precisava de terapia urgente, considerando o quanto essa idéia era apelativa e atraente para mim. “Arranque seu prazer de mim, Joe”.
Com outra virada ágil de seu pulso, Joe operava sua mágica infalível no meu sexo, e eu gritei alto um palavrão enquanto mordia seus dedos lá embaixo, sentindo cada vibração de um orgasmo ofertado por Joe Jonas, o próprio, em pessoa. Mal consegui abrandar as sensações do meu gozo quando senti Joe pressionando seu rosto no meu cabelo, espalhado pelo meu pescoço. Seus dedos recuaram da minha entrada, totalmente molhada, enquanto seu outro braço se fechava num aperto firme ao redor da minha cintura.
− Erga os braços e segure-se na cabeceira da cama, por favor. Com as duas mãos.
Obrigada, Senhor! Buddha, Superman, Academia do Oscar, Gênio da Lâmpada!
Subi as duas mãos, agarrando com força as barras de metal que compunham a cabeceira da cama luxuosa de Joe.

− Muito bem, Demi. – ele ronronou sua aprovação para mim. Seu rosto havia atravessado a cortina que meu cabelo formava sobre o pescoço para que ele pudesse grudar a boca aberta num ponto sensível na base da nuca, e eu senti seu hálito quente perto do meu ouvido enquanto falava num sussurro rouco – Deitada desse jeito, completamente entregue, indefesa, sem poder algum... você pertence a mim.

Eu gemi alto, concordando mesmo sem usar palavras, para não deixar dúvidas. Em seguida, segurando minhas coxas afastadas uma da outra, Joe se enterrou em mim, preenchendo-me até o limite máximo com apenas uma única entrada, deixando escapar um resfolego que senti no meu pescoço. Mal tive tempo de apreciar a perfeição que era Joe se encaixando da forma mais exata em mim até que o senti nos movimentando sobre a cama. Ele usou o braço em volta da minha cintura e a mão que mantinha meus quadris abertos para manipular meu corpo e me invadir com seu membro, martelando sua pélvis num ritmo de ida e vinda de igual compasso, como se suas ações não fossem suficientes para a rapidez que desejava, ou como se ainda não fosse forte o bastante, profundo o bastante. Era fácil perceber que na noite passada ele não havia utilizado nem metade da potência que aplicava em suas investidas agora.
− Caralho – arfei, como uma verdadeira garota propaganda da articulação de palavras inúteis, e comecei a chocar meus quadris em resposta, sem esperar por instruções de Joe, usando minha mão grudada em torno da cabeceira da cama como apoio.
Ele começou a gemer sem parar, em tom crescente, enquanto nossos corpos se colidiam, e em seguida trouxe sua mão que agarrava meus quadris para sentir meu clitóris. Pensei que ele fosse massagear meu nervo com o dedão como já havia feito antes, me engolindo numa tempestade sensual e lânguida de um prazer divino, mas ao invés disso, Joe usou seus dedos para separar meus lábios íntimos e começou a rudemente esfregar seus dígitos no meu centro pulsante a cada estocada de seu membro selvagem e descontrolado.

− Você goza para mim... – ele ordenou numa voz possessiva. Cada comando que Joe me dava parecia multiplicar meu tesão, e eu fiz uma nota mental de dizer para ele ter sempre isso em mente. Eu já estava no limite do limite, mas quando ele inesperadamente mordeu a minha nuca, me fazendo sentir seus dentes cravados na minha pele enquanto sua boca me sugava com avidez, me joguei do precipício.
Espremi meus músculos, gozando em torno daquela dureza gloriosa de Joe, enquanto ele rosnava meu nome em alívio, se contorcendo logo em seguida para despejar seu liquido quente dentro de mim, tendo segurado seu orgasmo até que eu tivesse o meu primeiro.
Depois de alguns instantes, Joe gentilmente se retirou de dentro do meu corpo, fazendo o mesmo som de protesto que havia feito ontem à noite. Eu não podia culpá-lo por isso, realmente adorava senti-lo me preenchendo tanto quanto ele. Embora, acho que agora eu entendia o significado de ser esfolada até o osso. Acabei de ser totalmente deflorada e esfolada, e permanecia ansiosa por novas oportunidades destas mesmas ocorrências num futuro muito próximo.
Eu podia sentir Joe ainda trêmulo, tocando minhas costas com seu corpo enquanto descia das alturas do seu orgasmo, respirando entrecortado, soprando lufadas quentes sobre meu pescoço e ombros. Continuei imóvel no mesmo ponto, na mesma posição, com os dedos trincados em torno da cabeceira da cama enquanto puxava o oxigênio com dificuldade.
Whoa. Pensei que a primeira vez tinha sido especial, mas esse momento, de agora, havia sido puro desejo. Foi puramente Joe me querendo com tanto ímpeto a ponto de estar praticamente ofegando enquanto me possuía. Eu já sentia algumas pontadas incômodas na nuca e estava certa de que havia sido marcada pelos dentes dele, sendo que jamais fiquei tão feliz por ter um hematoma assim antes. Eu teria que retribuir o favor.
Aparentemente, Joe não estava tão contente assim com essa experiência como eu, porque quando desprendi meus dedos das barras de ferro da cabeceira, gemendo por ter ficado segurando com tanta força, ele subitamente se ergueu sobre a cama, ficando de joelhos, com metade do corpo sobre o meu, me encarando horrorizado. Rolei sobre o colchão, ficando deitada de costas para poder estar de frente para Joe, e gemi novamente por causa da dor entre as minhas pernas, uma reação totalmente involuntária que eu provavelmente deveria ter tentado manter sob controle.
Eu nunca tinha visto Joe titubear para falar, mas foi isso que ele fez agora, enquanto segurava minhas mãos nas suas e me afagava com carinho. Seus olhos vagavam entre minhas curvas nuas, e não em apreciação, mas como se estivesse vasculhando por algum vestígio físico de uma possível lesão. Isso me deixou meio puta da cara. Quero dizer, alô-ou, eu tenho o abdômen bem trabalhado de tanto malhar com a Miley e essa porra, sim, é tortura. Joe podia tirar pelo menos um segundinho que fosse pra me secar, né? Não vamos nem mencionar meus peitos, aqueles que ele devorou tão deliciosamente durante estes últimos dias, e que estavam ali na cara dele.
− Eu sinto muito, é só que eu estava, hm, estava tendo sonhos tão incríveis com você, e você estava realmente aqui quando eu acordei, e nem raciocinei. Você está machucada? Eu nem me certifiquei de que estavas pronta. – tentei abrir a boca para dizer que estava bem, mas ele já começou a me interromper em questão de segundos. – Te machuquei demais? – Joe abaixou os olhos, focando-se no próprio corpo, fazendo meu olhar se voltar imediatamente no atualmente-satisfeito instrumento de perfeição entre as pernas dele, também. – Eu não sou exatamente construído para inocência. Sei que machuca. Por favor, me diga se foi demais.
Ele estava ruborizado de constrangimento, entristecido com a idéia de ter me causado algum tipo de dor. Embora eu quisesse confortá-lo, o fato era que, minhas afeições agora pertenciam a outro.

− Olha só, Joe. – falei para ele, guiando seus olhos para os meus, ao erguer seu queixo com firmeza. Ele parecia aflito, porém tentando entender, ao ouvir meu tom de voz comedido. – Se você fizer isso de novo, vou ter que terminar nossa relação.
− Não, por favor. – Joe suspirou, agarrando firme meus ombros com as suas mãos enquanto me encarava com olhos perturbados. – Eu sinto muito, muito, jamais vou te machucar novamente. Sequer coloco minhas mãos em você, se esse for o seu desejo. Apenas, não vá embora, por favor?
As mãos de Joe libertaram meus ombros quando ele percebeu que já estava se contradizendo. Ele cerrou seus dedos, em punhos rígidos, que apertavam seus próprios quadris, obviamente resistindo à necessidade urgente de apenas me agarrar e me abraçar como havia feito ontem à noite, para me manter ali com ele.
Oh, céus, eu realmente o amava.
Encarei-lhe num tom severo, apesar de que Joe tinha estragado toda a minha brincadeira ao levar minhas palavras tão a sério. Essa situação me lembrou do elevador há algumas semanas atrás quando eu havia pedido que ele parasse de me beijar. Antes que eu pudesse explicar que parei o beijo apenas por querer tomar o comando da situação, ele ficou com uma cara de quem estava tendo suas tripas arrancadas de dentro para fora com um descascador de batatas. Eu pensei que tinha imaginado tudo isso até então, mas ficou claro pelo modo como os olhos de Joe pareciam estar á beira de lágrimas agora que não era exagero meu pensar assim.
Porém, não fazia sentido para mim. Pelo que eu podia dizer, de acordo com as minhas conversas com Kevin e Nick, Joe havia crescido em um lar estável, com amor. Ele não tinha motivo para se tornar apegado demais a alguém que mal conhecia, ou nutrir algum tipo de trauma de abandono. Eu sabia de fato que nenhuma mulher jamais tinha o deixado, além de sua última namorada, e isso apenas aconteceu porque ele ficava gritando o nome de outra pessoa (o meu! Rebola e sai correndo pela casa!) na hora do bem-bom.
E, então, a ficha caiu.
Como um raio na minha cabeça.
Uma puta de uma epifania.

− Demi? – Joe engasgou, depois de um minuto, enquanto presumo que seja o tempo em que fiquei congelada, em estado catatônico – Por favor, não vá, ok? Fique. Ok, Demi?

Joe Jonas me amava também.
Ele podia não saber disso, ele podia pensar que eu era apenas mais uma de suas aventuras sexuais infindáveis, mas esse homem estava tão ligado a mim que não podia sequer lidar com o fato de eu pedir uma interrupção depois de alguns beijos, e muito menos com uma despedida minha depois da noite que tivemos ontem. Eu queria sair gritando “gooooooool” e, embora isso não estivesse exatamente dentro do contexto, eu não conseguia pensar em um jeito melhor para celebrar minha descoberta.
Ao invés disso, deixei minha feição séria se iluminar num sorriso descarado e expliquei para Joe:
− Eu não estava falando do sexo insanamente sensual que acabamos de fazer, quero muito mais disso no futuro. – o rosto de Joe registrou uma expressão de surpresa, mas a decepção parecia continuar no fundo de seus olhos, como se pensasse que o fato de eu não lamentar ele ter acabado de me comer como um maluco fosse um grande engano – Eu estava me referindo aos insultos que você proferiu contra uma certa parte deliciosa do seu corpo. – zombei de Joe. – Não exatamente construído para inocência? Quem se importa com isso quando o pequeno Joe é perfeito de todos os ângulos, formas e jeitos?

Joe pareceu precisar de um minuto para processar minhas palavras e entender que eu estava brincando com ele, e em seguida, inesperadamente se agarrou em mim, contorcendo-se entre as minhas pernas para me beijar com fervor, cobrindo cada centímetro da minha face com seus lábios. Eu não fazia idéia de como beijos carinhosos na minha face podiam ser tão fervorosos, mas Joe dava conta do recado. Ele estava deixando claro que estava absurdamente aliviado de eu não estar o abandonando, e que estava furioso por eu ter brincado com isso, pra começo de conversa.
− Não... – ele me beijou com firmeza – brinque... – outro beijo - com... – e outro - isso... – e outro - jamais. – a língua dele invadiu meus lábios, que não apresentaram qualquer resistência, a despeito de qualquer mau hálito matinal ou outro possível obstáculo no caminho dele, e foi lambendo minha boca, meus dentes, subindo, descendo, sugando minha língua até que eu reagi, massageando a boca dele com a minha. – Prometa! – ele rosnou, tão rudemente, que 90% daquilo me excitou e os outros 10% me deixaram arrepiada de medo. Enquanto retornava aos beijos calorosos, com a boca aberta, ao redor do meu rosto, para que pudéssemos recobrar nossas respirações – Você me prometa isso, porra.
− Eu... – a língua de Joe aparentemente não estava interessada numa resposta tanto quanto o resto do corpo dele, porque fui novamente invadida por ela, que seguiu devastando minha boca, em movimentos precisos de entrada e saída, imitando o ato que havíamos realizado minutos antes.

Soltei um gemido urgente, o que pareceu trazer de volta os sentidos de Joe. Ele se afastou e escondeu sua cabeça na curva do meu pescoço enquanto respirava pesadamente. Depois de alguns instantes, ele falou.

− Sinto muito. Eu exagerei na dose, no modo como reagi. Normalmente, não sou tão... – ele hesitou, procurando pela palavra correta para descrever a si próprio.

Apaixonado?
− Sombrio. Ou possessivo. Vou tentar parar. – a voz dele era dura e relutante, como se pensasse que não seria capaz de parar. E, honestamente? Eu não queria que ele parasse.
− Nada de insultos ao seu pênis daqui para frente? – confirmei, ganhando uma erguida de sua cabeça combinada com o início de um sorriso torto.
− Sabe, Srta. Lovato, eu estou começando a achar que você gosta mais dele do que de mim. – ele me falou em tom de escárnio, com o sorriso torto agora à toda potência. Bem, com todo esse aparato, eu realmente não podia culpar o rapaz.
− Você pode estar na pista certa, Sr. Jonas. – falei muito séria, batendo no queixo com a ponta do dedo, representando reflexão profunda. Joe gemeu, rolando de cima de mim, para deitar de costas na cama, bem quando senti seu membro dando pulinhos ao lado do meu quadril.
− Cacete, Demi, cada vez que você me chama assim, dá vontade de fazer coisas muito censuráveis contigo, e se eu começar essas coisas agora, nós jamais chegaremos ao trabalho hoje e não quero te machucar de novo. – ele falou sem parar para tomar fôlego, com o braço cobrindo seus olhos e sua ereção já a postos, à meio-mastro. Eu queria perguntar se isso se aplicava a todas as vezes em que eu o chamei de Sr. Jonas nestes últimos cinco meses, mas imaginei que essa era uma tortura melhor de ser guardada para quando estivéssemos no trabalho.
− Acho que vou tomar banho, sozinha, então. – ri à custa dele, recebendo um resmungo de sobreaviso, vindo de trás do braço de Joe que cobria seu rosto.
Eu me levantei da cama observando o corpo de Joe realmente se retesar frente à idéia de me ver zanzando pelo seu quarto sem roupa, e aproveitei para fazer pose na porta do banheiro, com os quadris de lado e um braço esticado sob os meus seios, segurando o outro.
− Ei! – chamei-o esperando enquanto ele relutantemente descobria seus olhos e se virava para me encarar. A ereção de Joe parecia consideravelmente maior desde minha última espiada no rapaz, e seus olhos dançavam livremente por todo meu corpo, secando de cima a baixo.
− Sim, anjo? – ele perguntou numa voz de puro veludo.
− Eu adorei cada segundo de tudo isso. – prometi para Joe, sendo retribuída por um sorriso alegre e grato dele.

Ele estava totalmente caidinho por mim. Joe me amava.

 

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