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Playboy Irresistivel - Capitulo 14



Quatorze

Fazia tanto tempo que eu não ficava deitado no sofá com uma mulher que até tinha esquecido o quanto isso é bom. Mas com Demi, era algo divino poder curtir ao mesmo tempo uma cerveja, um jogo de basquete, uma conversa nerd e uma garota linda cheia de curvas. Terminei a cerveja com um longo gole e então olhei para Demi, que parecia estar caindo no sono. Fiquei decepcionado comigo mesmo por ter recuado diante de sua reação hoje de manhã. Mas eu estava descobrindo rapidamente que faria tudo por esta mulher. Se ela quisesse manter as coisas num tom casual, então eu faria isso. Se ela quisesse uma amizade colorida, então eu poderia fingir ser apenas amigo. Eu posso ser paciente. Posso dar tempo a ela. Tudo que eu quero é estar com ela. E por mais patético que seja, eu me contento com o que ela quiser me dar. Por ora, eu estava satisfeito em ser a Kitty desta relação. – Tudo bem? – murmurei, beijando o topo de sua cabeça. Ela assentiu, apertando a garrafa de cerveja em sua mão com mais força. Sua garrafa estava praticamente cheia e, a essa altura, provavelmente quente, mas achei legal ela pedir uma mesmo assim. – Não gostou da cerveja? – perguntei. – Essa aqui tem gosto de folha seca. Rindo, tirei meu braço de baixo dela e me estiquei para colocar minha garrafa no chão. – É por causa do lúpulo. – Isso é aquela coisa que eles usam para fazer roupas de maconha? Tive que rir. – Não, eles usam cânhamo, Demi. Caramba, você é incrível. Quando olhei para ela, Demi estava sorrindo, e eu percebi, claro, que ela estava brincando. Ela deu tapinhas na minha cabeça como se eu fosse um cachorrinho. – Esqueci por um segundo que você provavelmente decorou os nomes de todas as plantas que existem. Demi se espreguiçou, tremendo de leve os braços acima da cabeça enquanto soltava um gemido de prazer. Naturalmente, aproveitei a deixa para olhar seus peitos. Ela estava usando uma camiseta do Doctor Who que eu nem tinha notado antes. – Está checando o material? – ela disse, abrindo um dos olhos e me flagrando. Balancei a cabeça. – Sim. – Peitos sempre foram sua preferência? – ela perguntou. Aquilo estava claramente se tornando um padrão, então ignorei a pergunta implícita sobre minhas outras mulheres, decidindo que eu não iria falar mais nada sobre esse assunto delicado… pelo menos por enquanto. Ao meu lado, ela ficou totalmente parada e em silêncio. Eu sabia que a mesma pergunta implícita pairava em nossas mentes: já encerramos esse assunto?
Fomos salvos pelo gongo ou, no caso, pelo meu celular vibrando em cima da mesa. Uma mensagem de Nick apareceu na tela. Estou indo na Maddie tomar uma cerveja. Topa? Mostrei o celular para Demi, em parte porque queria mostrar que não era uma mulher tentando falar comigo numa noite de terça-feira, e em parte para ver se ela queria ir junto. Ergui minhas sobrancelhas numa pergunta silenciosa. – Quem é Maddie? – Maddie é uma amiga do Nick que tem um bar chamado Maddie’s, no Harlem. É um lugar geralmente vazio, mas tem ótimas cervejas. Nick gosta por causa da comida horrível típica de pub inglês. – Quem mais vai? Dando de ombros, eu disse: – O Nick. Provavelmente a Miley. Fiz uma pausa, considerando a situação. Era uma terça-feira: Miley e Dani provavelmente queriam saber se eu estava com Kitty. Então eu tive quase certeza de que essa mensagem era uma armadilha para saber o que eu estava fazendo. – Aposto que Dani e Kevin também vão aparecer. Demi inclinou a cabeça, analisando meu rosto. – Vocês frequentam bares no meio da semana? É um hábito estranho para homens de negócios como vocês. Suspirei, fiquei de pé e a puxei junto comigo. – Acho que eles estão querendo saber da minha vida sexual. Se ela sabia que os sábados eram reservados para Kristy, então provavelmente também sabia que as terças-feiras geralmente eram de Kitty. Achei melhor ser honesto sobre o quanto meus amigos são abelhudos. Sua expressão continuou indecifrável, e eu não sabia se ela tinha ficado irritada, ciumenta, nervosa ou apenas realmente neutra. Eu queria tanto entender o que se passava em sua mente, mas eu não podia recomeçar o assunto e assustá-la de novo. Sou um homem; um homem perfeitamente capaz de aceitar sexo de uma mulher mesmo sob as mais delicadas circunstâncias emocionais. Principalmente quando essa mulher era Demi. Eu me abaixei para apanhar as duas garrafas de cerveja. – Vai ser estranho se eu for junto? Eles sabem sobre nós? – Sim, eles sabem. Não, não vai ser estranho. Ela parecia cética. Então envolvi seu ombro com meu braço e disse: – Aqui vai uma regra: as coisas apenas ficam estranhas se você deixar que fiquem. —
Como o bar ficava perto do meu prédio, nós decidimos ir andando. O final de março em Nova York geralmente é cinza e frio, mas por sorte a neve já havia desaparecido e estávamos vivendo uma primavera confortável. Após andarmos um quarteirão, Demi segurou minha mão. Entrelacei meus dedos nos dela e apertei nossas mãos juntas. Por algum motivo, sempre esperei que o amor fosse primariamente um estado mental, então eu ainda estava desacostumado com as manifestações físicas dos meus sentimentos por ela: o jeito como meu
estômago dava nó, minha pele sentia a necessidade de seu toque, meu peito se apertava, meu coração batia rápido e forte. Ela também apertou nossas mãos e perguntou: – E afinal, você gosta de meia-nove? Tipo, falando sério. Olhei para ela incrédulo, se possível me apaixonando ainda mais e rindo muito. – Sim. Adoro. – Mas… eu sei que você vai odiar o que vou dizer agora… – Você vai arruinar isso para mim, não é? Ela olhou em meu rosto, quase tropeçando num buraco na calçada de novo. – E isso é possível? Pensei um pouco. – Provavelmente, não. Abrindo a boca, ela começou a falar, mas então desistiu. Finalmente, ela disse de uma só vez: – Seu rosto fica praticamente na bunda da outra pessoa. – Não, não fica. O rosto fica no pau ou na xana, dependendo do ponto de vista, é claro. Ela já estava balançando a cabeça antes mesmo que eu terminasse de falar. – Não. Vamos dizer que eu estou por cima de você e… – Gostei dessa hipótese. Fiquei esperando ela morder a isca e responder com algo safado. Na verdade, gostei tanto de ouvir isso que precisei discretamente me arrumar dentro da minha calça. Ignorando minha dica, ela continuou: – Então isso significa que você fica embaixo de mim. Minhas pernas ficam abertas no seu rosto, então minha bunda… fica ao nível dos olhos. – Por mim tudo bem. – É a minha bunda. Na altura dos seus olhos. Soltei sua mão e arrumei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha. – Isso não vai ser uma surpresa, mas eu tenho zero aversão a bundas. Acho que a gente deveria experimentar isso. – Não é constrangedor? Virei meu rosto para olhar em seus olhos. – Por acaso fizemos alguma coisa até agora que foi constrangedora? Seu rosto ficou vermelho, e Demi começou a olhar para o chão, murmurando um “Não”. – E você acredita em mim quando digo que vou fazer tudo ser bom para você? Ela voltou a olhar para mim, com olhos suaves e confiantes. – Sim. Segurei sua mão novamente, e continuamos a andar. – Então, está combinado. Um meia-nove estará no seu cardápio no futuro. Caminhamos em silêncio por vários quarteirões, ouvindo os pássaros, o vento, os carros passando pelas ruas. – Você acha que algum dia eu vou ensinar alguma coisa para você? – ela perguntou um pouco antes de chegarmos ao bar. Eu sorri para ela. – Com certeza.
Então abri a porta do bar e fiz um gesto para Demi entrar. Meus amigos, sentados numa mesa ao lado da pista de dança, nos viram assim que entramos. Dani, de frente para a porta, foi a primeira a notar, formando um “O” com a boca que quase imediatamente escondeu. Kevin e Miley se viraram e se esforçaram para não mostrar reação nenhuma. Mas o maldito do Nick tinha um sorriso enorme no rosto. – Olha só – ele disse, levantando-se para dar um abraço em Demi. – Veja só quem apareceu. Demi sorriu, cumprimentado a todos com pequenos abraços e acenos. Então puxou uma cadeira e sentou-se no fim da mesa. Fiz Nick se mexer para eu poder me sentar ao lado dela, e não deixei de perceber seu sorrisinho e a palavra “apaixonado” dita no meio de uma tossida. Maddie em pessoa se aproximou da mesa, jogando dois porta-copos na nossa frente e perguntando a Demi o que ela iria tomar. Ela ouviu as marcas de cerveja, e como eu sabia que ela não iria gostar de nenhuma, eu me aproximei e disse: – Eles também têm outros tipos de drinques, ou refrigerante. – Refrigerante é expressamente proibido – Nick interrompeu. – Se você não gosta de cerveja, pode pedir uísque. Demi riu, fazendo uma careta. – Você tomaria vodca com 7-Up? – ela perguntou para mim, antecipando nossa rotina em que ela pedia, mas eu quem tomava no final. Balancei a cabeça e também fiz uma careta, praticamente encostando minha testa na dela. – Provavelmente não. Ela pensou mais um pouco. – Jack e Coca-Cola? – Isso eu beberia – e olhei para Maddie e disse: – Jack e Coca-Cola para a moça, e para mim um Green Flash. – Uau, o que é isso? – Demi perguntou. – É uma cerveja bem amarga – eu disse, beijando o canto de sua boca. – Você não iria gostar. Assim que Maddie nos deixou, eu me afastei de Demi e olhei ao redor, encontrando quatro rostos muito interessados olhando para nós na mesa. – Vocês dois parecem bem confortáveis um com o outro – Nick disse. Com um pequeno aceno, Demi explicou: – Faz parte do nosso sistema: eu só tomo uns goles do meu drinque e depois ele termina. Ainda estou aprendendo o que ele gosta de tomar. Miley soltou um sonzinho animado, e Dani sorriu como se nós fôssemos a coisa mais fofa do mundo. Eu respondi com um olhar ameaçador. Quando Demi perguntou onde ficava o banheiro e depois seguiu na direção, eu me debrucei sobre a mesa e olhei cada um deles nos olhos. – Gente, isso aqui não é o show do Joe e da Demi. Nós estamos num momento esquisito. Apenas ajam normalmente. – Certo – Miley disse, mas então ela cerrou os olhos. – Mas só para constar, vocês dois ficam muito bem juntos, e já que todo mundo sabe que vocês estão transando, ela realmente é corajosa por sair com você numa noite com seus amigos. – Eu sei.
Maddie voltou com minha cerveja, e eu tomei um longo gole. O sabor amargo desceu quase imediatamente com um final forte e agradável. Fechei os olhos, gemendo um pouco enquanto os outros conversavam. – Joe? – Miley chamou, desta vez com voz mais discreta, para que apenas eu ouvisse. Ela se virou e olhou ao redor antes de continuar: – Por favor, apenas faça isso com Demi se tiver certeza de que é o que você quer. – Eu agradeço a intromissão, Miley, mas pare de se intrometer. O rosto dela ficou sério de repente, e eu percebi meu erro. Demi era um pouco mais velha do que Miley era quando ela começou a namorar aquele congressista idiota de Los Angeles, mas eu tinha a mesma idade que ele tinha: trinta e um. Miley provavelmente sentia ser seu dever proteger outras mulheres que poderiam cair na mesma armadilha. – Ah, Miley, desculpe. Eu entendo a intromissão. Acontece que… agora é diferente. Você sabe disso, não é? – Sempre é diferente no começo. Isso é o que a paixão faz com a pessoa. Você acaba prometendo qualquer coisa. Não era como se eu nunca tivesse me apaixonado por uma mulher; eu tinha. Mas sempre mantive meus pensamentos para mim mesmo, sabendo até onde eu podia levar as coisas fisicamente, mas mantendo o lado emocional sob controle. Mas com Demi? Eu sentia vontade de abandonar esse modelo e mergulhar de cabeça na relação, onde as coisas são mais incríveis e aterrorizantes ao mesmo tempo. Demi voltou, sorrindo para mim antes de se sentar e tomar um gole de seu drinque. Ela quase engasgou e então olhou para mim, com olhos lacrimejando como se a garganta estivesse queimando. – Ah, é – eu disse, rindo. – Maddie capricha nos drinques. Eu deveria ter avisado. – Continue bebendo – Kevin sugeriu. – Fica mais fácil depois que sua garganta se acostuma. – Isso é o que ele acha – Dani brincou. A risada de Nick ecoou pela mesa enquanto eu revirava os olhos, torcendo para Demi não perceber a piada interna deles. Aparentemente, ela não percebeu, tomando outro gole e reagindo de um jeito normal dessa vez. – Certo. Nada mal. Putz, vocês devem achar que estão assistindo a alguém tomar álcool pela primeira vez na vida. Juro que às vezes eu bebo, só que… – Só que não de um jeito muito eficiente – eu completei, rindo. Por baixo da mesa, Demi pousou a mão em meu joelho e subiu pela coxa. Ela encontrou minha mão, e nós entrelaçamos os dedos novamente. – Eu me lembro da primeira vez que bebi – Miley disse, balançando a cabeça. – Eu tinha quatorze anos e fui até o bar no casamento da minha prima. Pedi uma Coca-Cola, e a mulher ao meu lado pediu uma Coca com algum tipo de destilado. Eu acidentalmente peguei a bebida dela e voltei para minha mesa. Eu não entendi por que meu refrigerante tinha um gosto estranho, mas, no fim, aquela foi a primeira vez em que esta garota aqui tentou dançar break numa pista de dança. Todos riram, principalmente por causa da imagem da doce e reservada Miley dançando como uma louca na frente de todo mundo. Quando as risadas diminuíram, pareceu que havia
apenas um assunto faltando, pois todos se viraram de uma vez para Dani. – Como estão os preparativos do casamento? – eu perguntei. – Sabe de uma coisa, Joe – ela disse, com um sorrisinho irônico. – Acho que essa é a primeira vez que você pergunta sobre o casamento. – Passei quatro dias em Las Vegas com esses caras – eu disse, acenando para Kevin e Nick. – Eu sei muito bem o que está se passando. O que mais você quer? Que eu dê o nó nos lacinhos dos arranjos de flores? – Não – ela disse, rindo. – E os preparativos estão… indo bem. – Ou quase isso – Kevin murmurou. – Quase bem – Dani concordou. Eles trocaram um olhar, e ela começou a rir novamente, recostando-se em seu ombro. – O que isso quer dizer? – Miley perguntou. – Vocês ainda estão discutindo o fornecedor dos comes e bebes? – Não – Kevin disse, antes de tomar um gole de sua cerveja. – O fornecedor já está decidido. – Graças a Deus – Dani acrescentou. Kevin continuou: – É inacreditável o que um casamento faz com as famílias. Todo tipo de drama surge por causa dos detalhes. Juro por Deus, se conseguirmos casar sem que aconteça um banho de sangue nós deveríamos ganhar um prêmio. Ponderando aquilo, eu apertei a mão de Demi. Após uma pequena pausa, ela apertou de volta, virando-se para me encarar. Seus olhos encontraram os meus, e então se acenderam num pequeno sorriso. Eu estava pensando sobre nós dois. Pensei sobre sua família e como nos últimos anos eles se tornaram minha família postiça na costa leste, e como eu conseguia enxergar um futuro em que eu me apaixonava, casava e começava uma família. Soltei sua mão esfregando minha coxa, sentindo minha pulsação explodir em meu pescoço. Puta merda, o que aconteceu com minha vida? Em apenas alguns meses, quase tudo mudou. Bom, nem tudo. Meus amigos continuavam os mesmos, minha vida financeira também. Eu ainda corria (quase) todos os dias e ainda assistia ao basquete na TV. Mas… Eu me apaixonei. Isso não é algo que se pode prever. – Você está bem? – ela perguntou. – Sim, tudo bem – eu sussurrei. – É só que… – mas não consegui dizer mais nada. Concordamos em continuar apenas amigos. Eu disse que também queria isso. – É estranho ver seus amigos passando por essas coisas – eu disse, mostrando Dani e Kevin. – Para mim isso é outro mundo. E com isso, todos estavam olhando para nós de novo, com olhos vidrados em cada gesto e olhar que se passava entre nós dois. Olhei para cada um deles e então me levantei. Minha cadeira chiou alto, deixando meu constrangimento ainda mais evidente. Eu não me importava em ser o centro das atenções desse grupo, fosse tirando sarro deles ou vice-versa. Mas agora parecia diferente. Eu podia rir das piadas sobre minha agenda romântica ou sobre meu passado nebuloso, mas agora eu me sentia vulnerável nesta nova situação com Demi. Eu não estava acostumado a ficar deste lado dos olhares curiosos. Limpei minhas mãos suadas na minha calça.
– Vamos… sei lá. Olhei para o bar desesperado. Nós deveríamos ter ficado em meu sofá, talvez transado de novo na minha sala. Deveríamos nos manter discretos até as coisas entre nós ficarem menos em evidência. Demi olhou para mim, com uma expressão divertida no rosto. – Vamos…? – Vamos dançar. Eu a tirei da cadeira e a puxei para a pista de dança vazia, percebendo tarde demais que isso seria bem pior que aquilo de que eu estava tentando escapar. Eu nos tirei da segurança de uma mesa e nos coloquei num palco. Ela se aproximou, colocou meus braços ao redor de sua cintura e depois correu as mãos em meu peito e cabelos. – Respire, Joe. Fechei meus olhos e respirei fundo. Nunca me senti tão constrangido em minha vida. Para falar a verdade, nunca me senti constrangido antes. – Você está engraçado – ela disse, rindo em meu ouvido. – Nunca te vi tão desconcertado. Tenho que admitir, isso é muito fofo. – Estou tendo um dia realmente estranho. Maddie estava tocando uma música lenta qualquer. Era uma melodia instrumental bonita, quase um pouco melancólica, mas que tinha o ritmo perfeito para o tipo de dança que eu queria ter com Demi: uma dança lenta e agarradinha. Do tipo que eu podia fingir que dançava, mas na verdade estava apenas de pé a abraçando por alguns minutos fora da mesa. Numa volta lenta, eu me virei e pude ver que meus amigos já não estavam mais olhando para nós; tinham voltado a conversar. Dani estava falando animada sobre alguma coisa, agitando os braços acima da cabeça. Eu tinha certeza de que ela estava encenando algum fiasco do casamento. Agora que a Patrulha do Joe havia terminado, fiquei dividido entre continuar ali com Demi ou voltar para a mesa e me atualizar com as aventuras de Kevin e Dani. Eu tinha certeza de que eles tinham histórias épicas para contar. – Gosto de estar com você – Demi disse, interrompendo meus pensamentos. Talvez fosse a luz do bar, ou talvez fosse seu humor, mas seus olhos pareciam mais azuis do que o normal. Isso me fez pensar que a primavera havia chegado com toda a força em Nova York. Eu queria o inverno longe daqui. Acho que precisava que tudo ao meu redor se transformasse, para que eu não sentisse que era o único passando por mudanças. Ela fez uma pausa, e seus olhos focaram meus lábios. – Desculpe por dizer aquelas coisas. Rindo, eu sussurrei: – Você já se desculpou. Se desculpou com palavras. E depois se desculpou com a boca no meu pau. Ela riu, mergulhando o rosto em meu pescoço. Eu fingia que estávamos sozinhos, apenas dançando na minha sala de estar ou no meu quarto. Só que se isso fosse verdade, não estaríamos dançando. Apertei meus dentes, tentando evitar que meu corpo reagisse a esse lembrete de que ela estava pressionada contra mim e tinha me dado a melhor chupada da minha vida, e que eu poderia ainda convencê-la a voltar comigo para meu apartamento mais tarde. Mesmo que só quisesse dormir abraçada comigo. Depois de todo o drama de hoje, eu realmente não queria que ela fosse para casa sozinha.
– Acho que não sei realmente o que fazer – ela admitiu. – Sei que já conversamos, mas tudo parece ainda meio estranho. Suspirei. – Mas por que tem que ser tão complicado? – perguntei. As luzes da pista jogavam sombras em seu rosto. Ela estava tão linda, eu sentia que estava perdendo minha cabeça. Uma pergunta ficou presa em minha garganta até eu não aguentar mais: – Não está bom do jeito que está agora? Eu sorri para que ela soubesse que eu achava que sim; talvez até acreditasse que eu não estava inseguro e precisava de sua confirmação. – Sim, na verdade isso é maravilhoso – ela sussurrou. – Sinto como se não conhecesse você de verdade antes, embora achasse que sim. Você é um cientista brilhante, com todas essas tatuagens incríveis e cheias de significados. Você corre em triatlos e tem uma relação muito próxima com suas irmãs e sua mãe – suas unhas arranharam de leve meu pescoço. – Sei que você sempre foi um animal sexual, realmente sexual. Desde a primeira vez que te conheci, quando você tinha dezenove anos, até hoje, doze anos depois. Eu realmente gosto de passar meu tempo com você também por essa razão, porque você me ensina coisas que eu nem sabia sobre meu próprio corpo. Eu acho que o que temos agora é mesmo perfeito. Eu estava a um milímetro de beijá-la, correndo a mão ao seu lado e sentindo as curvas de sua cintura. Eu queria jogá-la no chão e senti-la debaixo de mim. Mas estávamos num bar. Joe, seu maldito idiota. Desviei os olhos e sem querer olhei para meu grupo de amigos. Os quatro tinham voltado a nos observar. Kevin e Miley até viraram suas cadeiras para não precisarem torcer o pescoço enquanto assistiam ao show. Mas assim que perceberam que eu os flagrei, eles desviaram a atenção: Nick olhou para o bar, Miley para o teto, Kevin para seu relógio. Apenas Dani continuou nos observando, com um grande sorriso no rosto. – Vir até aqui foi uma péssima ideia – eu disse. Demi deu de ombros. – Acho que não. Acho que foi bom sair de casa e conversar um pouco. – Foi isso que fizemos? – eu perguntei, sorrindo. – Conversamos sobre o quanto não precisamos conversar sobre isso? Sua língua molhou seus lábios. – Exatamente. Mas acho que agora quero voltar para seu apartamento e fazer coisas enquanto nós conversamos. —
Tirei as chaves do meu bolso e procurei a chave certa. – Você não vai subir apenas para tomar um chá e voltar para casa. Ela concordou. – Eu sei. Mas preciso ir trabalhar amanhã. Acho que nunca faltei sem explicação igual fiz hoje. Abri a porta e a deixei entrar. Ela foi direto para a cozinha. – Lado errado. – Não vou embora depois de tomar chá – ela disse sobre o ombro. – Mas eu quero, sim, tomar um pouco. Aquele drinque me deixou com sono. – Você tomou só dois goles.
Deixamos seu Jack com Coca praticamente intocado na mesa, enquanto Kevin e os outros tentavam nos convencer a ficar não apenas para terminar o drinque, mas para pedir outros. – Acho que isso é o meu equivalente a sete doses. Andei até o fogão, peguei a chaleira e comecei a encher com água. – Então você não aguenta nada. Se eu tomasse sete doses eu acabaria tirando a roupa em cima da mesa. Ela riu, abrindo a geladeira e analisando o conteúdo até escolher uma cenoura. Demi andou até o balcão e sentou-se em cima dele, ao meu lado, com um pulinho. Apesar dessa situação tão nova, parecia que ela já era da casa. Seu penteado começou a se desfazer e algumas mechas caíram em pequenas ondas ao lado do rosto e atrás do pescoço. O calor dentro do bar, ou talvez os dois goles do drinque, deixaram seu rosto corado e seus olhos pareciam brilhar ainda mais. Ela piscou lentamente enquanto me observava. – Você está bonita – eu disse, debruçando-me sobre o balcão ao lado dela. Ela mordeu a cenoura. – Obrigada. – Acho que vou comer você loucamente daqui a alguns minutos. Dando de ombros e fingindo desinteresse, ela murmurou: – Beleza. Mas então ela esticou a perna e me puxou para o meio de suas coxas. – Apesar daquele aviso que eu dei sobre trabalhar amanhã, acho que você provavelmente vai conseguir me manter acordada por toda a noite de novo, se é isso mesmo que você quer. Estendi a mão e abri o primeiro botão de sua camisa. – O que você quer que eu faça hoje? – Qualquer coisa. Ergui uma sobrancelha. – Qualquer coisa? Ela reconsiderou, e então sussurrou: – Tudo. – Adoro isso – eu disse, dando um passo à frente e raspando a ponta do meu nariz em seu pescoço. – O tipo de sexo no qual eu posso aprender tudo que você gosta. Posso descobrir todos os seus sons. – Não sei… – hesitando, ela fez um círculo no ar com a cenoura. – O melhor sexo não é aquele que você faz com a pessoa com quem já está há tempos? Tipo, ela vai para cama, adormece, e então ele entra no quarto, e ela por instinto rola para ele, entende? E, tipo, o rosto dela procura o pescoço quente dele, e as mãos dele fazem carinho nas costas dela, daí ela tira a calça e ele começa a entrar nela antes mesmo dela tirar a camisa. Ele sabe o que tem ali embaixo. Talvez ele nem consiga esperar para entrar nela. E nem precisa mais tirar toda a roupa dela. Afastei meu rosto e fiquei olhando enquanto ela dava outra mordida na cenoura. Aquela foi uma imagem realmente vívida. Pessoalmente, eu nunca diria que sexo familiar é o melhor tipo de sexo. Claro, é um bom tipo. Mas o jeito como ela descreveu… o jeito como sua voz baixou o tom e seus olhos quase se fecharam… sim, ela me convenceu que poderia ser o melhor sexo. Eu conseguia enxergar uma vida assim com Demi, onde dividíamos uma cama, uma cozinha,
as contas da casa, e até discutíamos juntos. Eu podia enxergar um cenário onde ela ficava brava comigo, e então eu a encontrava mais tarde e compensava com algum ataque repentino que eu teria aprendido com o tempo porque ela era minha, e sendo a Demi, ela não conseguia evitar e botava para fora todos os pensamentos e desejos e loucuras. Ela não era sexy em nenhum jeito convencional. Ela era sexy porque não se importava que eu estivesse vendo-a comer uma cenoura, ou que seu cabelo estivesse com um rabo de cavalo todo desarrumado. Demi se sentia tão confortável sendo ela mesma, tão confortável sendo observada – nunca conheci uma mulher como ela. Demi nunca pensava que eu estava olhando e julgando. Ela pensava que eu estava olhando porque estava ouvindo com interesse. E eu estava mesmo. Eu podia ouvi-la tagarelando sobre sexo familiar e sexo anal e pornografia para todo o sempre. – Você está olhando para mim como se eu fosse comida – ela mostrou a cenoura, sorrindo com ironia. – Quer uma mordida? Balancei a cabeça. – Quero você. Demi começou a desabotoar a camisa até tirá-la pelos ombros. – Diga do que você gosta – eu disse, chegando ainda mais perto e beijando sua garganta. – Eu gosto de quando você goza em mim. Deixei escapar uma risada baixinha em seu pescoço. – Disso eu sei. E o que mais? – Gosto de quando você fica olhando quando enfia em mim. Balancei a cabeça novamente, dizendo: – Diga algo de que você gosta que eu faça em você. Demi deu de ombros, correndo a ponta dos dedos por meu peito antes de puxar minha camisa sobre minha cabeça. – Gosto quando você me pega e me joga na cama. Gosto quando usa meu corpo como se fosse seu. A chaleira começou a apitar, ecoando pela cozinha, e eu me afastei apenas o suficiente para pegar uma caneca e jogar um pouco de água quente sobre um saquinho de chá. – Quando eu toco em você – eu disse, baixando a chaleira –, seu corpo é meu. É meu para beijar, para foder, para chupar. Demi ergueu uma sobrancelha e sorriu para mim. – Bom, quando eu toco em você, seu corpo também é meu, sabe? Perdi completamente minha cabeça quando ela se debruçou no balcão, pegou o mel e despejou um pouco na caneca. Tirando o mel de sua mão, limpei um pouco de excesso na tampa do frasco e depois passei meu dedo melado na ponta de um seio. Ela ficou apenas olhando, aparentemente se esquecendo do chá por inteiro. – Então assuma o controle – eu disse, beijando seu queixo. – Diga o que eu devo fazer em seguida. Ela hesitou por apenas um segundo. – Limpe com a língua. Gemi ao ouvir sua ordem, lambendo o mel antes de chupar sua pele com tanta força que até deixei uma pequena marca vermelha.
– O que mais? Suas mãos alcançaram o fecho do sutiã em suas costas, soltando-o no momento em que minha língua passava por sua pele. Segui para o mamilo, soprando de leve antes de tomá-lo em minha boca. Ofegando, ela sussurrou: – Deixe bem molhado. Chegando mais perto, fiz exatamente o que ela pediu, lambendo os seios, chupando com força, usando minha língua até deixar sua pele brilhando. – Logo vou foder essas duas maravilhas. – Dentes – ela suspirou. – Use os dentes. Com um gemido, fechei os olhos, mordendo pequenos círculos nos mamilos, encontrando vestígios de mel ainda em sua pele. Minhas mãos desceram devagar até sua cintura, onde abri o zíper e desci a calça e a calcinha até seus calcanhares para que ela pudesse chutar os dois para longe. Suas mãos agarram meus ombros, as pernas se abriram completamente. – Joe? – Sim? Continuei provocando em suas costelas, erguendo os dois seios em minhas mãos. Eu já conhecia seu tom de voz; sabia o que ela estava prestes a implorar. – Por favor. – Por favor, o quê? – eu perguntei, pressionando os dentes com cuidado em seu mamilo. – Por favor, me passe o chá? – Me toque. – Estou tocando você. Ela soltou um pequeno grunhido raivoso. – Me toque entre minhas pernas. Mergulhei meu dedo no frasco de mel e depois pressionei seu clitóris, esfregando em sua pele enquanto mordia o seio delicado. Ela gemeu, jogando a cabeça para trás e trazendo os pés até o balcão, com as pernas totalmente abertas. Eu me abaixei e passei a língua sobre ela, mas não provocando, pois eu nem conseguiria. O mel estava quente em sua pele, e o sabor era incrível. – Puta merda – sussurrei, chupando gentilmente sua pele macia. Sua mão encontrou meus cabelos, puxando, agarrando, mas não por prazer. Ela me ergueu até seu rosto e me beijou. Ela havia colocado mel em sua língua, e eu soube num instante que para sempre esse sabor me lembraria de Demi. Seus pequenos gemidos preencheram o espaço entre nossos lábios e línguas, ecoando levemente, cada vez mais agudos quando deslizei meus dedos sobre sua pele novamente, brincando onde ela estava mais molhada e quente. O balcão era um pouco maior do que a altura da minha cintura, mas eu conseguiria dar um jeito se ela quisesse transar ali mesmo. – Vou pegar uma camisinha. – Certo – ela disse, tirando a mão dos meus cabelos. Entrei no corredor enquanto desabotoava minha calça. Peguei um pacote no armário e me virei para voltar à cozinha, mas Demi estava de pé na porta do meu quarto. Estava completamente nua e, sem dizer nada, andou até minha cama e subiu nela. Demi sentou-se no meio da cama, apoiando a mão num joelho, apenas esperando por mim.
– Quero que seja aqui. – Certo – eu disse, tirando minha calça de vez. – Na sua cama. Entendi, pensei. Está óbvio que você quer transar na minha cama, é só olhar a camisinha na minha mão e a sua completa falta de roupas. Mas então entendi que ela estava tentando me perguntar algo. Queria saber se minha cama estava fora dos limites, se eu era algum tipo de playboy que nunca levava as garotas para a própria cama. Será que seria sempre assim? Com perguntas implícitas, com sua incerteza sobre aquilo que eu oferecia? Não era suficiente eu secretamente oferecer a chance de partir meu coração? Eu me juntei a ela na cama, começando a abrir a embalagem da camisinha com os dentes até que ela a tomou de minhas mãos. – Merda – murmurei, observando enquanto ela se abaixava e passava de leve a língua na ponta do meu pau. – Puta merda, eu adoro essa sua boca safada. Ela beijou a ponta, correndo a língua sobre a extensão e me tomando inteiro em sua boca. – Adoro observar você – balbuciei. Eu estava tão duro, e a visão dela fazendo isso… eu não sabia se conseguiria aguentar muito. – Acho que vou gozar. – Eu mal estou tocando você – ela disse, claramente orgulhosa de si mesma. – Eu sei. Mas eu… isso é demais. Demi pegou a camisinha e a desenrolou em mim, depois se deitou na cama. – Está pronto? Subi por cima dela, olhando para nossos corpos antes de me posicionar e entrar dentro dela. Demi estava tão quente, tão molhada, e eu queria durar e estender o momento ao máximo. Puxei levemente meus quadris para trás, batendo gentilmente meu pau contra seu clitóris. – Joe – ela gemeu, arqueando os quadris. – Você tem ideia do quanto está molhada? Com a mão trêmula, ela alcançou entre nós e começou a se tocar. – Ah, Deus. – Isso é por minha causa? Acho que nunca estive tão duro. Eu sentia meu pulso reverberando por meu pau. Ela me agarrou e parecia nem conseguir respirar quando sussurrou: – Por favor. – Por favor, o quê? Seus olhos se abriram e ela sussurrou: – Por favor… entre. Eu sorri, adorando sua agonia urgente. – Você já não aguenta mais de tesão? – Joe. Debaixo de mim, ela se movia, procurando com suas mãos e quadris. Levei seus dedos para minha boca e chupei cada um para sentir sua doçura. Então, levei minha mão entre nós, circulando um dedo ao redor de sua entrada molhada. – Perguntei se você já não aguenta mais. – Sim… Ela se ergueu, tentando usar meu dedo, mas eu o deslizei por cima do clitóris, provocando
um gemido alto em sua garganta. Desci o dedo novamente e entrei naquela inacreditável umidade. – Está sentindo o desejo aqui entre suas coxas? E aqui em cima? – comecei a chupar um mamilo, provocando com minha língua. – Está pronta e querendo também? Meu Deus, esses peitos. Tão macios e tão quentes. – Deus, Demi – sussurrei, sentindo um desespero tomar conta de mim. – Hoje vai ser tão bom. Vou fazer você gozar muito. Ela se arqueou quase totalmente para fora da cama, com as mãos puxando meu cabelo, arranhando meu pescoço, marcando minhas costas. Descendo o dedo por seu clitóris e mais para baixo, eu pressionei onde sabia que ela queria. – Aposto que você faria qualquer coisa agora. Eu poderia até enfiar aqui. – Qualquer coisa – ela concordou. – Por favor… – Você… está implorando? Ela assentiu freneticamente e então se virou para meu rosto, com olhos arregalados e selvagens. Seu pulso retumbava em seu pescoço. – Joe. Sim. – Então, aquelas garotas nos filmes pornôs que você gosta tanto – eu sussurrei, sorrindo enquanto movia meus quadris. Soltamos um gemido ao mesmo tempo quando a cabeça do meu pau passou por cima de seu clitóris. – Aquelas que imploram. Elas dizem que precisam… Inclinei minha cabeça, apertando o queixo, tentando resistir minha urgência de entrar nela e fodê-la até afundar na cama. – Você diria agora que também precisa? Ela gemeu, arrastando as unhas em meu peito e descendo tão forte que até deixou um rastro de marcas vermelhas. – Vou fazer qualquer coisa que você quiser hoje, apenas me faça gozar logo. Sem conseguir continuar provocando, eu apenas sussurrei: – Me coloque para dentro. Suas mãos voaram até meu pau, agarrando minha ereção e esfregando por toda parte antes de me deslizar para dentro, empurrando seus quadris para me receber cada vez mais fundo. Minha pele se aqueceu, e com um grunhido inesperado comecei a acompanhar seu ritmo, entrando fundo e empurrando suas pernas para cada lado, pressionado até o fim, esfregando onde eu sabia que ela precisava. Fechei meus punhos agarrando o lençol acima de seus ombros, lutando para me controlar. Ela estava tão molhada. Estava tão quente. Fechei meus olhos com força, sentindo meu sangue bombear em minhas veias enquanto eu entrava e saía repetidamente. Seus sons – pequenos gemidos e grunhidos que me enlouqueciam – me faziam querer mergulhar mais fundo, mais forte, e fazê-la gozar de novo e de novo até ela nunca mais querer outra pessoa dentro dela. Agora ela sabia que eu continuaria a noite toda: a nossa primeira vez não foi uma exceção. Eu sempre a manteria acordada por horas. Com Demi, eu raramente deixaria que tudo acabasse rapidamente. Ela era perfeita, linda, selvagem – as mãos em meu rosto, polegar na minha boca, implorando com pequenos gemidos e grandes olhos suplicantes. Mas quando aqueles olhos se fecharam, eu parei, rosnando alto e ordenando: – Abra os olhos. Quero que você olhe para mim. Não vou ser gentil hoje.
Demi olhou em meu rosto – não para meu pau –, então a deixei observar cada sensação que eu sentia: a maneira como minhas estocadas não eram suficientes e eu sentia a necessidade de arranhar toda a sua pele; a maneira como eu adorava os movimentos que ela fazia contra mim, começando a mexer de um jeito perfeito que me fez até rir no meio de um grunhido enquanto seu primeiro orgasmo se anunciava; a maneira como eu queria desacelerar, aproveitar o longo deslizar do meu pau dentro dela, sentindo a vibração em meu sangue, correndo meu dedo entre os seios, desfrutando seu suor, esperando ela me implorar novamente por muito, muito mais. Ela agarrou meus ombros, querendo que eu fosse mais rápido. – Tão mandona – eu sussurrei, tirando meu pau e virando-a de bruços para lamber suas costas, morder sua bunda, suas coxas. Deixei um caminho de marcas vermelhas por toda a sua pele. Eu a puxei para a ponta da cama, dobrando-a sobre o colchão, então mergulhei nela novamente, tão fundo que nós dois gritamos ao mesmo tempo. Fechei meus olhos, precisando me controlar um pouco. Antes, com todas as outras mulheres, eu sempre mantinha os olhos abertos. Eu precisava desse estímulo visual quando estava pronto para gozar. Mas, com Demi, isso era demais para mim. Ela era demais. Eu não conseguia olhar para ela quando estava perto assim. Era como ela se arqueava, ou quando olhava para mim por cima do ombro, com olhos cheios de dúvidas e esperança e aquela doce adoração que me atingia diretamente no meio do peito. Demi começou a se apertar em mim, e me perdi na sensação de como ela ficou ainda mais molhada quando agarrei seus cabelos, depois agarrei os seios em minhas mãos famintas, e ainda dei um tapa em sua bunda para ouvir o estalo alto, seguido por seu gemido de prazer. Seus sons pasMileym de gritos agudos para uma respiração difícil enquanto eu mordia seu ombro e dizia para gozar agora. E quando ela começou, tentei me segurar, tentei bloquear a imagem de nós dois juntos. Apertei com uma mão sua cintura, a outra mão empurrando seu ombro enquanto eu enfiava com força em cada estocada até eu chegar tão perto que podia sentir meu orgasmo na iminência de se derramar. Ela gritou meu nome, pressionou contra meu corpo e de repente senti como se estivesse caindo numa escuridão sem fim. Abri rapidamente os olhos, com minhas duas mãos agarrandoa com força enquanto eu gozava e enchia a camisinha com um urro. Continuei estocando dentro dela, fodendo enquanto ela ainda gozava, sentindo minhas pernas queimarem e minha cabeça latejar. Senti como se eu fosse feito de borracha e mal conseguia sustentar meu próprio corpo. Tirei meu pau e joguei a camisinha fora, assistindo enquanto ela se derramava no colchão. Ela parecia tão perfeita em minha cama, sua pele toda marcada por meus dentes, corada e suada, ainda com alguns vestígios do mel espalhados aqui e ali. Subi na cama, desabando atrás dela e envolvendo sua cintura com meus braços. Havia algo tão familiar nisso. Era a primeira vez que ela dormia em minha cama, mas a sensação era de que esse sempre foi o seu lugar.

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