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Hold My Hand - Capítulo 3



Capítulo 3



Às vezes quando pensamos que não há nada de bom na nossa vida... Vemos que são as pequenas coisas que nos fazem sorrir.


Depois de ficar um bom tempo debaixo do chuveiro, tentando me livrar daquela sensação horrível, sai do banheiro e vesti uma calça jeans, querendo esconder as marcas que aquele imbecil deixou na minha perna, e pus uma blusa de alça vermelha. Então sai um pouco de casa, precisava de ar fresco. Então me sentei na porta da minha casa, olhando a rua... Estava quase vazia, exceto pelo caminhão de mudança parado na casa ao lado e um carro preto. Vários homens entravam e saiam levando móveis e caixas. Aquela casa já estava vazia a um bom tempo... Nunca pensei que alguém viria morar ali.

_Ponha isso na cozinha por favor_ um homem alto que parecia ter seus quarenta anos falou.
_Tudo bem_ os homens concordaram.
_Cuidado com isso_ uma mulher disse enquanto falava ao telefone_ é muito frágil, tenha cuidado.

Eu limpei uma lágrima que tinha descido por meu rosto e fiquei observando discretamente enquanto eles levavam as caixas pra dentro da casa às pressas.

_Joseph_ a mulher gritou_ venha aqui nos ajudar, anda logo menino.
_Ta, já to indo_ ouvi alguém dizer.

Então vi alguém sair de dentro do carro preto... Era um garoto, alto, moreno, tinha os cabelos levemente cacheados. Estava sério, a atenção focada no aparelho em sua mão... Caminhou até a mulher ainda distraído.

_Que foi mãe?_ perguntou.
_Leva essa caixa lá pra dentro_ ela apontou pro caminhão_ aproveita e vai logo escolher qual vai ser seu quarto.
_Ta bom_ concordou.

A mulher e o homem entraram na casa apressados... O garoto desligou o aparelho e guardou no bolso, depois pegou a caixa no caminhão. Estava caminhando até a casa quando o fundo da caixa abriu e tudo que tinha dentro foi ao chão.

_Mais que... _ ele resmungou irritado.

Eu ri discretamente da cara dele, que se abaixou e concertou o fundo da caixa... Então me levantei e fui até lá falar com ele e oferecer minha ajuda... Me abaixei do seu lado.

_Precisa de ajuda?_ eu perguntei sorrindo.
_Seria legal_ ele sorriu.

Ele levantou o rosto pra me olhar, tinha um sorrisinho tímido no rosto... Era mais bonito do que eu tinha visto de longe. Ficamos nos encarando um minuto, como se tudo em volta tivesse desaparecido... E senti algo estranho percorrer todo meu corpo quando seus olhos escuros encontraram os meus.

_Érr... _ ele desviou os olhos_ eu sempre faço isso.
_Tudo bem acontece_ eu sorri timidamente.

Ajudei ele a por as coisas de volta na caixa e ele a levantou do chão, ajeitando nos braços... Então estendeu uma das mãos pra apertar a minha.

_Érr... Obrigada por me ajudar, eu sou meio desastrado_ fez careta.
_Percebi isso_ brinquei e ele riu.
_Eu sou Joseph, mais pode me chamar de Joe.
_Demetria_ eu disse_ pode me chamar de Demi.
_Nome legal_ elogiou.
_Parece nome de remédio_ fiz careta.
_Não é tão ruim quanto o meu_ ele garantiu_ então Demi... Você mora por aqui?
_Moro ali do lado_ apontei pra casa ao lado da dele.
_Ah que legal_ sorriu_ vamos ser visinhos.
_É... Você vai gostar daqui... A vizinhança é bem... Legal_ eu disse envergonhada.
_Aposto que vou gostar sim_ disse me olhando nos olhos.
Mais uma vez silencio, ficamos nos encarando e eu me senti corar... Não sabia bem o que dizer, eu sempre fui meio anti-social. Na verdade tinha me tornado assim depois que Half apareceu... Ele me fez ter medo de tudo e de todos, desconfiar de tudo. Me fez ter medo de conversar com os outros, de me abrir.

_JOE_ alguém gritou de dentro da casa, o fazendo revirar os olhos_ ANDA LOGO MENINO.
_Minha mãe_ suspirou_ é melhor eu ir antes que ela venha aqui e me arraste pelos cabelos.
_Tudo bem... Boa sorte com a mudança e... Bem vindo à vizinhança.
_Obrigada_ sorriu_ agente se vê.

Ele se despediu e entrou correndo em casa... Eu fiquei olhando ele se afastar com um meio sorriso no rosto. A primeira vez no dia que eu sorria com mais vontade, sem nenhuma preocupação... Não fora um sorriso forçado como eu dera pra Selena. Me senti bem de poder sorrir assim tão naturalmente.

_Confraternizando com os novos vizinhos?_ ouvi a voz de Half em meu ouvido, mais perto do que eu gostaria.

Eu me virei pra encará-lo, estava sorrindo como sempre e tinha uma sacola de compras nas mãos... Ele me olhou esperando que eu dissesse alguma coisa, mais apenas lhe dei as costas e entrei em casa a passos largos. Me sentei no sofá e liguei a televisão. Ouvi ele entrar logo atrás na cozinha, depois se escorou no sofá atrás de mim.

_Vai começar de novo com a lei do silencio?_ ele riu_ não já passamos disso há um tempo?
Eu continuei calada prestando atenção no programa que passava na TV.
_Não se fala de difícil princesa_ ele disse passando a mão pelo meu pescoço e descendo até meu seio_ eu sei que você gostou.
_Não me toca_ eu me levantei irritada, me afastando dele_ não já se divertiu o bastante por hoje?
_Com você nunca é o bastante_ ele mordeu o lábio me olhando maliciosamente.
_Fica longe de mim ta ouvindo?_ eu apontei o dedo na cara dele_ já teve o que queria agora me esquece.
Eu andei até a escada apressada pra ir ao meu quarto e fiar longe dele... Mais ele agarrou meu braço antes que saísse do primeiro degrau e me virou de frente pra ele, apertando meu braço com força.

_Olha aqui garota_ disse irritado_ cuidado como você fala comigo.
_Me larga_ eu pedi tentando me soltar.
_É bom você não me irritar ta legal? Eu fui bonzinho demais com você hoje... Então é bom colaborar.
_Você quer que eu faça o que em? Te agradeça por não me estuprar de novo?_ zombei.
_Ponha uma coisa na sua cabeça_ ele me apertou com mais força me fazendo gemer de dor_ você é minha... E eu faço o que quiser com você, a hora que eu quiser e quantas vezes eu quiser.
_Você não é meu dono_ desafiei_ não sou sua.
_É sim... E tem que ficar bastante contente por eu te tratar tão bem.
_Bem?_ eu ri_ é isso que você chama de bem? Me estuprar e me bater?
_Eu podia acabar com seu rostinho lindo por você ser tão insolente... Mais eu te trato com mais carinho do que você merece sua vadia. Então pare de reclamar e agradeça por estar viva... E por sua mãezinha ainda respirar.
_Desgraçado_ sussurrei_ isso te excita né? Brincar com uma menina indefesa?
_Indefesa?_ riu_ essa é boa... Mais você devia agradecer por um cara como eu te querer querida... Aposto que nenhum garoto da sua idade te da bola né? Quem ia querer uma vadia como você?

Eu tentei me soltar de novo, não queria olhar mais pra ele, nem ouvir seus estúpidos insultos... Mais ele me imprensou na parede e me beijou, eu quase vomitei de nojo quando ele enfiou a língua na minha boca. Entrelaçou suas pernas nas minhas, grudando os corpos e prendeu minhas mãos impedindo que eu me soltasse.

_Se você não fosse tão gostosa e boa de cama_ ele beijou meu pescoço_ eu juro que matava você.

Eu fechei minha boca com força pra não dizer nenhuma besteira, não queria discutir com ele, era sempre pior pra mim.

_Muito bem_ sorriu_ é assim que eu gosto, bem calminha.
_Será que você pode me soltar?_ pedi educadamente, com muito custo_ esta me machucando.
_Ótimo... Continue assim educada e vai ganhar pontos comigo.

Ele me soltou e se afastou... Eu segurei meus pulsos, vendo as marcas dos dedos dele... Estava vermelho e dolorido.

_Bom, se você me da licença_ passou a mão na boca limpando a marca do meu batom_ tenho que ir agora, vou estar ocupado preparando um jantar romântico pra sua mãe.
_Por que você ainda esta com ela?_ eu perguntei.
_Eu gosto da sua mãe_ ele garantiu sorrindo_ ela é uma boa mulher... Bonita, carinhosa, gosta de mim... E é boa de cama e gostosa, como você.
_Ela não merece isso_ eu sussurrei.
_Claro que merece... Eu sou um ótimo marido e faço ela muito feliz... Você sabe disso.
_Ótimo marido_ eu ri limpando uma lágrima teimosa que descera por meu rosto.
_Olha, não tenho tempo pra discutir com você princesa... É melhor calar a boca antes que eu me estresse_ me deu as costas_ agora vai logo pro seu quarto.

Eu não me mexi, só fiquei encarando ele incrédula... Não podia ser assim tão cara de pau. Não era possível que ele não tivesse nem um pouco de pena, de consideração. Como podia uma pessoa ser tão fria?

_Que é? Vai ficar ai me olhando? Anda... Vai logo por seu quarto_ ele ordenou_ não quero mais ver sua cara hoje. E nem pense em atrapalhar minha noite com a Daiana ouviu?
_Não se preocupe... Não vou incomodar você_ sussurrei.
_Ótimo... Agora vai logo, tenho muito que fazer.
Eu não olhei mais pra seu rosto... Lhe dei as costas e subi correndo as escadas direto pro meu quarto. Só sei que me joguei na cama e comecei a chorar descontroladamente. Era tão difícil ter que agüentar esse inferno todo dia... Sem ninguém pra me ajudar, ninguém com quem desabafar. Era o fim pra mim chegar no final do dia e ver minha mãe sorridente ao lado dele... Dizendo que o ama, me dizendo como ele a faz feliz. Era horrível ter que ver eles aos beijos... Lembrar do que ele faz comigo todo dia quando ela não esta, de como mente pra ela e a engana. Não faz ideia de como sinto falta do meu pai... Ele nunca deixaria qu algo assim acontecesse, ele me abraçaria e diria que estava tudo bem, me protegeria e não deixaria que nada me machucasse... Dói tanto saber que ele estava morto, que eu não o veria mais... E era ainda pior saber que era tudo minha culpa. Ele morrera por que eu era uma menina estúpida e fútil. Ele morrera no dia do meu aniversário de oito anos... Um dia que era pra ser especial. Ele tirara folga no emprego pra passar o dia comigo, e disse que compraria meu presente no outro dia... Mais eu insistira pra que ele comprasse naquele dia, e mesmo contra vontade ele foi... Ele sempre fazia tudo pra me ver feliz. Ele foi e não voltou mais, morrera no caminho.
E agora todo dia eu sinto que se eu não fosse tão teimosa ele estaria vivo... Ainda estaria aqui, cantando canções pra mim antes se eu dormir, dizendo que me ama. Ele estaria com a minha mãe, a fazendo a mulher mais feliz do mundo com seu sorriso e sua atenção... Seu romantismo. E se ele ainda estivesse vivo... Half não estaria aqui... Não estaria enganando minha mãe, não estaria me machucando, me usando... Ainda seriamos felizes e eu não precisaria sofrer tanto. Mais talvez eu merecesse, era o meu castigo por ter causado a morte do meu pai, eu pagaria por isso pra sempre... Pagaria por minha estupidez... Infantilidade.

4 comentários:

  1. ai que triste :'(( tadinha dela, Joseph ainda bem que vc já chegou menino!!! só o gostoso do Joe para poder fazer a Demi feliz e ainda tem quebrar a cara do desgraçado do Half, Joe tem que descobrir logo isso, ou a Demi tem que contar para alguém, para Joe, sei lá, esse cara merece apanhar muito e morrer... Posta Logo!!! ficou perfeito!!! Beijos <3

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  2. Desculpa querida, nao estou conseguindo ler a fic. Estudo para criminalisticaa. E quando comecei a ler. Vi alguns incidentes q realmente acontecem ! Ela tem q denunciar! Desculpe do fundo do coraçao. Amo suas fics. Mas essa nao ta dando. Choro so de pensar ! Vou continuar observando, assim q as coisas melhorarem. Eu volto a ler. Bjs

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  3. nossa seriao eu to chorando horrores aqui
    nossa coitadinha da demi
    eu vou matar esse tal de half,viado,puto,canalha ( okay chega de palavroes,vai saber quem le essa fic diva e perfeita?)
    to amando tomara q o joe de uns bons de uns socos nele em?
    posta logo
    xoxo

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    1. ps: voce pode divulgar meus dois blogs
      e se gostar comentar e se inscrever
      os links são:
      - jemi-in-our-hearts.blogspot.com
      - fanficsforlove.blogspot.com

      espero que goste e thaks
      ps: POSTA LOGO MUIE KKKK

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