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Anjo da Noite - Capitulo 34 e Epílogo



Capítulo 34 – Acerto de contas


_Demi o que você ta fazendo, precisa descansar_ ele falou pela milésima vez.
_Mais eu estou bem, já estou enfurnada nessa cama á três dias, não aguento mais_ reclamei.
_Você ainda ta fraca_ argumentou.
_Joseph não me trate como se eu fosse uma humana sem graça, já disse que estou bem e tenho uma coisa importante pra resolver.
_O que é mais importante que sua saúde?
_Da pra parar? Ta parecendo minha mãe, odeio isso. Eu não vou viajar, só vou até o escritório do meu pai pra conversar.
_Não pode deixar pra amanha?
_Porque deixar pra depois o que se pode fazer hoje?_ perguntei sorrindo.
_Você é teimosa em?
_E você é chato em?

Ele cruzou os braços e bufou revirando os olhos. Ele ficava tão lindo zangado, eu me aproximei e descruzei os braços pra abrir os botões de sua blusa.
_Num faz essa cara amor_ fiz biquinho_ se você se comportar eu te recompenso depois.
_É? Como?_ perguntou ainda zangado.
_Você nem imagina?
_Porque não me da uma dica?_ ergueu a sobrancelha.
_Claro.

Deslizei minhas pelo seu peito, ele deu um sorriso devasso. Me aproximei pra beijá-lo, ele me puxou pela cintura pra ficar mais perto dele. Mais antes que ele se empolgasse demais eu me afastei, não era hora pra isso, por mais que fosse tentador.

_Eu acho que posso me comportar_ sorriu maliciosamente.
_Você é um safado_ protestei.
_E você adora.
_Adoro_ dei um selinho nele.

Antes que ele fizesse ou dissesse mais alguma coisa sai do quarto e fui até o escritório do meu pai, nós precisávamos ter uma conversa. Ela não podia mais ser adiada, ele estava sentado em sua cadeira.

_Precisamos conversar_ falei.
_Eu sei_ ele disse.
_Ótimo, sem rodeios. Eu quero saber quem é essa Trish, da onde o senhor a conhece e porque ela fez tudo àquilo com agente?
_É uma longa história_ desconversou.
_Eu tenho todo o tempo do mundo_ insisti.
_Ela é uma velha amiga da família.
_Amiga? Ela não parecia amiga, não ia muito com a nossa cara.
_Ela era uma amiga. Só que ela tinha um estilo de vida diferente do nosso.
_Porque ela matava pessoas?
_Também. Nós a acolhemos, tratamos como se fosse da família. Ela até ajudou sua mãe a te criar.
_Sério?
_É. Só que ela meio que... Confundiu as coisas.
_Confundiu?
_Ela confundiu minha amizade com algo a mais_ explicou.
_Quer dizer que ela se apaixonou por você?
_É.
_Era por isso então que ela disse que a culpa era sua.
_Eu disse que ela não queria nada. Que não podia abandonar minha família, minha filha. Disse que amava vocês e que não as trocaria por nada.
_É por isso que ela tinha raiva de mim. Disse que perdeu aquilo que mais amava por minha causa.
_Ela enlouqueceu de raiva, Paul até me ajudou a se livrar dela. Aparentemente ela não superou.
Eu o observei cautelosamente, estava nervoso. Tinha alguma coisa que ele não estava me contando. Mais eu não quis forçar a barra, eu descobriria mais cedo ou mais tarde.

_Obrigada por me contar_ disse.
_Você tinha o direito de saber_ forçou um sorriso.
_Bom, agora eu tenho outro assunto pra resolver... Um acerto de contas.
_Com quem?
_Com a minha irmãzinha_ sorri.

Sai da sala rapidamente, ouvi os passos da Selena e do Joe atrás de mim mais ignorei, continuei andando, pegando uma espada que decorava a parede da casa no caminho, ela seria necessária. Taylor estava sentada em um banco no pátio, se levantou e sorriu quando me viu.

_Irmãzinha, vejo que já esta melhor_ disse sorrindo.

Eu ignorei o que ela disse e continuei me aproximando até enterrar a espada em seu peito, ela gritou sentindo dor mais eu não parei, continuei empurrando até encostar em uma parede e ela ficar presa.

_Que isso?
_Precisamos conversar_ falei.
_Conversar? Assim?_ falou com dificuldade.
_É o único jeito de você me ouvir.
_Você enlouqueceu?
_Não, ainda não, agora você vai me ouvir. Eu to cansada de você Taylor, das suas manhas, desse seu jeito metido e arrogante. Eu to farta.
_Nunca ouviu o ditado: o incomodado que se mude?
_Cala boca_ gritei_ Eu fiz tudo por você pirralha. Ajudei minha mãe a te criar, te ensinei a lutar, a caçar, a se maquiar, tudo que você sabe fui eu que ensinei.
_O que você quer ouvir? Obrigada?
_Eu só quero que você deixe de ser tão imbecil. Eu fiz tudo que pude durante todos esses anos pra que agente se desse bem, sempre te tratei com respeito, na medida do possível é claro, já que você não colabora, e como você retribui tudo que eu fiz?
_Ha_ ela riu_ você não precisa da minha retribuição, você é adorada por todos, todo mundo te ama, você é a filha perfeita. Até um vira-lata te ama.
_Do que se trata? Inveja? Eu nunca pedi pra der adorada, mais você já pensou que isso pode ser culpa sua? Que se você fosse menos arrogante e metida às pessoas gostariam mais de você?
_O que eu devo fazer? Ser como você?
_Não, só ser outra pessoa, alguém mais legal. Nós somos irmãs Taylor, devíamos ajudar uma à outra, ser cúmplices, mais não... O que você faz? Na primeira oportunidade me apunhala pelas costas. Eu quase perdi tudo por sua culpa, eu quase morri.
_E porque não morreu?_ perguntou sorrindo.
_Olha aqui garota_ empurrei mais a espada em seu peito_ eu só vou avisar uma coisa. Da próxima vez que você me provocar, que tentar me enganar ou me prejudicar, eu não vou pensar duas vezes antes de te matar ta ouvindo?
_É uma ameaça?
_Não, só um aviso. Você não sabe com quem ta mexendo. É minha irmã e por mais incrível que pareça eu te amo, mais se precisar eu acabo com você.
_Eu vou esperar.
_Experimenta me provocar pra você ver só. Continue assim e você vai terminar sozinha.

Eu puxei a espada de uma vez só e ela gritou de dor, caindo de joelhos no chão.

_Maninha_ sussurrei antes de dar as costas.

Eu andei na direção onde a Selena, o Nick e o Joe me olhavam assustados e taquei a espada em cima do Nick.

_O que foi isso?
_Só uma conversinha amigável com a minha irmã_ dei de ombros.
_Você é completamente maluca_ Selena comentou.
_Eu sei disso_ sorri.

Eu sentia que a Taylor ainda daria problemas, ela é minha irmã mais é uma vaca. Eu precisava desabafar, era só o que faltava pra que tudo ficasse bem, achar a Trish e fazer as pazes com a Taylor. É claro que ganhar na loteria é mais fácil que se dar bem com a Taylor mais eu não desistiria. Eu faria isso dar certo.
Epílogo


_É tão bom estar aqui de novo_ comentei.
_Verdade_ ele sorriu.
_Eu estaria mais tranqüila se já tivéssemos encontrado a Trish.
_Nós vamos achá-la, só é preciso um pouco de paciência.
_Não é uma das minhas virtudes.
_O seu pai te disse quem é ela? O porquê de tudo aquilo?
_Contou, mais ele estava mentindo, tem alguma coisa nessa história que ele não quer que eu saiba.
_Você leu a mente dele?
_Sim, mais ele esta sendo cuidadoso em não pensar nisso, ele sabe que eu vou tentar descobrir. Seja lá o que for seu pai esta envolvido e minha mãe não sabe a verdade.
_Deve ser algo serio, pra ele mentir assim.
_Isso não importa agora, nós ainda teremos tempo pra descobrir. E eu vou descobrir. Mais por enquanto eu só quero aproveitar nosso tempo.
_Isso mesmo_ ele sorriu_ os problemas que esperem.

Estávamos nadando no lago, o lugar onde nos encontramos escondidos varias vezes, eu tinha muito boas lembranças desse lugar, a maioria com o Joe. Ele me puxou mais pra perto, deixando que nossos corpos se colassem debaixo da água morna, o silencio tomou conta do lugar, os únicos barulhos eram dos pássaros, dos nossos corações batendo acelerado, o sussurro de nossos lábios se movendo sincronizados. Deslizei minhas mãos por seu peito nu, sua respiração veio pesada no meu rosto, seu coração bateu ainda mais forte. Senti sua língua quente em meu pescoço, sua mão apertando minha cintura com vontade, e a outra acariciando meu seio, me provocando.
_Isso não é justo_ disse com a voz fraca.
_O que?
_O jeito como você consegue me enlouquecer.
_Eu enlouqueço você?_ perguntou em meu ouvido.
_Completamente.

Ele deu um leve sorriso, me levantou um pouco do chão e então prendi minhas pernas em sua cintura, enrosquei minhas mãos em seu cabelo macio, todo bagunçado. Me beijou intensamente, senti sua língua passeando em minha boca, procurando a minha. Ele me apertou contra seu corpo com força, aumentando minha excitação, meu desejo. Me carregou devagar pra fora da água sem parar de me beijar e me deitou na grama verde, ficando sobre mim, sua mão passeou pelo meu corpo sem restrições. Desceu os beijos aos poucos, primeiro até meu colo, depois até minha barriga, prendi minhas mãos com força na grama, inclinei minha cabeça pra trás e soltei um gemido de prazer, ele sorriu satisfeito.

_Sabe que eu adoro te ver assim?
_Você gosta de me torturar?
_Gosto, é incrivelmente prazeroso.
Suas mãos subiram pela parte interna da minha coxa, acariciando quase sem me tocar, separou minhas pernas delicadamente pra poder se encaixar entre elas, roçou seu corpo no meu levemente só pra me tentar, pra me enlouquecer. O puxei pra perto com força, acabando com a distancia entre nossos corpos, seu rosto se contorceu com o prazer, soltou um gemido alto ao mesmo tempo em que eu, acabando com o silencio da floresta e selou seus lábios nos meus apressadamente.

_Eu amo você_ sussurrou quase inaudivelmente.
_Eu amo você.

Eu duvidei muitas vezes que isso fosse possível, mais essas duvidas todas acabaram. Ainda tínhamos um longo caminho pela frente, mais enfrentaríamos tudo juntos. Depois de tudo que passamos, depois de superar nossos medos, duvidas preconceitos... Depois de eu ter resistido a mais forte das tentações... A do seu sangue. Depois de tantas mentiras e obstáculos, nada mais podia nos separar, nem mesmo a morte. Nós ficaríamos juntos... Pra Sempre!
FIM

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