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A Secretaria - Capitulo 39



CAPÍTULO 39: FIQUE

Demi Lovato narrando:

− Paul. – eu disse, me levantando e secando as lágrimas – Se você me der licença, eu preciso ir me encontrar com meu noivo. – dei dois passos determinados antes de Paul pigarrear:
− Gostaria de uma carona? – é pequeno detalhe.
− Sim, eu gostaria.

Eu podia ver que Paul estava tentando não rir da minha cara enquanto apanhava minha bagagem de mão e me escoltava até a saída. Tentei não pensar nas minhas malas, que estavam partindo naquele momento com ninguém além de Victor como companhia. Tive um pressentimento de que nunca reaveria minhas lingeries novamente.
Eu esperava estar uma pilha de nervos a essa hora. E eu estava nervosa, com medo de que Joe não me aceitasse de volta, que ele fosse pensar que eu estava voltando só porque Paul tinha me contado a verdade. Mas na verdade, eu não acho que teria conseguido ir adiante com a viagem, de qualquer maneira. O que Paul me contou fora apenas o empurrão que faltava. Eu tinha me sentido errada a cada passo que dava para longe de Joe. Agora eu estava ansiosa, é claro, por voltar, mas a expectativa de ficar de uma vez por todas com meus amigos e Joe superava qualquer desconforto.
Paul, por outro lado, parecia mais e mais impaciente a cada passo que dávamos em direção ao estacionamento.

− O que foi agora, Papai Jonas? – perguntei, praticamente trotando até o carro dele e o arrastando pelo braço junto.
− Papai Jonas? – ele indagou em resposta, me fazendo corar diversos tons de vermelho, uma reação que eu jurava ter superado.
− É, agora, vá em frente e esqueça que eu disse isso em voz alta, Sr. Jonas. – balbuciei, deixando-o pôr minha bagagem de mão no porta-malas enquanto rebolava até o lado do passageiro.
− Que tal ficarmos com um meio-termo? – ele riu, abrindo o carro e segurando a porta aberta para mim – Me chame de Paul. Eu insisto.

Rolei meus olhos para o fato de ele estar evitando minha pergunta, mas entrei no carro e vi pelo relógio no painel que já passava da meia-noite.

− Você tem a chave do apartamento do Joe? – perguntei assim que ele saiu da vaga. Eu tinha entregado a minha chave para Nick, não querendo ser tentada a ir lá para me esconder na biblioteca ou cheirar alguma loção pós-barba de Joe – Ele provavelmente estará dormindo.
Tenho certeza de que Paul corou enquanto murmurava.

− Sim, ele me deu uma cópia quando se mudou para lá. Eu ainda a guardo no meu chaveiro. – e por isso era tão impossível para mim odiar Paul Jonas, mesmo depois de todas as decisões equivocadas que ele havia tomado.
− Além do mais... – ele continuou, seu tom hesitante – eu não quero me intrometer, mas sinto que é meu dever explicar minha parte disto ao Joe. Eu tentei conversar com ele no sábado...
− O que? – guinchei, interrompendo-o com minha surpresa. Joe sabia que a bolsa de estudos era uma farsa? Se sabia, ele provavelmente estava me achando uma vaca desalmada por tirar o que alguém havia conquistado por direito – O que ele disse?

Nós havíamos abandonado as luzes do estacionamento e estávamos em relativa escuridão, mas a iluminação azulada do painel me permitiu enxergar a expressão de dor no rosto de Paul.

− Eu não consegui realmente falar com ele. – admitiu em voz baixa, com culpa – Ele não estava muito bem logo que vocês dois se separaram.
− Oh! – parecia que algo estava preso em minha garganta, impedindo que eu engolisse a saliva apropriadamente. Tossi de leve para tentar limpá-la – O senhor pode conversar com ele primeiro, se quiser. Acho que é melhor resolver tudo de uma vez.
− Obrigado, Demi. Eu não posso imaginar mulher mais merecedora do meu filho.

Senti minhas bochechas queimarem (mais uma vez) com o seu elogio, e torci silenciosamente para que ele estivesse certo.
Quando finalmente chegamos ao apartamento, eu estava tomada pela tensão e esperança, quase parecendo cômica se comparada a Paul, que estava começando a ficar um pouco esverdeado. Apesar disso, nós dois estávamos tão determinados a conversar com Joe, que ignoramos completamente o fato de ser quase uma hora da manhã.
As luzes do hall de entrada e da cozinha estavam apagadas, mas as luzes da cidade que vinham pela janela nos permitiram enxergar alguma coisa. Após checarmos a biblioteca e a sala de estar e constatarmos que ele não estava lá, Paul desmoronou no sofá e eu fui acordar Joe.
O mais silenciosamente possível, abri a porta do quarto de Joe, do nosso quarto, onde as cortinas estavam abertas e eu conseguia ver claramente mais uma vez. E fui presenteada com "a" visão. Joe estava deitado de costas, resmungando baixinho enquanto dormia. Os lençóis tinham escorregado durante a noite, caindo na altura de suas coxas e expondo metade do seu corpo nu. Uma de suas mãos estava pousada no "v" formado pelo seu quadril, como se ele fosse começar a se tocar a qualquer segundo.
Meus hormônios entraram em cena, e eu soube que esta era uma oportunidade boa demais para ser desperdiçada. Sem pensar no fato de Paul estar esperando na sala, ou que o nosso relacionamento havia tecnicamente acabado e que eu estava pra lá de indignada com a maneira como ele havia me tratado na última vez que conversamos, eu soube que tinha de subir naquela cama e surpreendê-lo.
Descalcei meus tênis e meias, tirei freneticamente os jeans pelas pernas, passei a camiseta pela cabeça e me arrastei até meu lado da cama. Com minha habilidade ninja, baixei meu peso no colchão até que minhas pernas estavam sob os lençóis. Em seguida, prendi a respiração e me curvei de encontro ao seu corpo.
Agora, deixe-me lhe contar uma coisinha a respeito de Joe Jonas: o cara era um maldito de um frenético durante o sono. Um grande – se enterrando em seus seios, bufando em seu pescoço – frenético. Eu sabia que não demoraria muito até que o corpo inconsciente dele registrasse o calor do meu e, pode apostar, depois de alguns minutos me esfregando contra ele, Joe se mexeu.
Suas mãos vieram até mim, envolvendo minha cintura enquanto ele rolava até ficar com seu peito pressionado em minhas costas. O ouvi suspirar melancolicamente quando enterrou o rosto insistentemente em meus cabelos, sua respiração quente em meu pescoço. Me requebrei contra sua ereção, sorrindo vitoriosa quando o senti escorregar na curva do meu traseiro. Também senti uma pulsação em meus músculos internos enquanto relaxava em resposta à sua excitação. Porque em algum lugar dentro de mim havia uma espécie de dispositivo que dizia que, se Joe tivesse uma ereção, então era melhor eu estar mais do que preparada para ela.
Nota da tradutora: no livro, a autora coloca Joe como um “sleep humper”, que seria uma pessoa que tem tensões sexuais durante o sono, chegando até mesmo a poder praticar o ato sexual dormindo com objetos (como já vimos em capítulo anteriores ele comento o “travesseiro-Demi”). Como a expressão não tem traduções para o português, achei que “frenético” seria uma boa definição.

5 comentários:

  1. Você é malvada me deixou roendo as unhas aqui. Mais vou me controlar e esperar o próximo capítulo. POSTA LOGO ... <3

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  2. COMO VC PODE PARAR AI? QUER ME MATAR? AI MEU DEUS CONTINUAAA

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  3. Quero que eles se acertem logo <3 Já tá acabando, nãooooo :(
    Quero muito ver a continuação, então, CONTINUA LOGO SE NÃO EU MORRO.

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